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Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: (Vide Lei nº 10.446, de 2002) Pena - reclusão, de um a três anos. § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005) V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005) § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral: Pena - reclusão, de dois a oito anos. Primeiro inciso: Não importa se o parentesco é legítimo ou ilegítimo. Devido ser hipóteses taxativas, não atingirá aos parentes colaterais. Por afinidade, padrasto ou madrasta do agente. Inciso terceiro: O prazo de quinze dias deve ser contado desde o momento da prova ao até a liberação da vítima. Características • Privar alguém da sua liberdade de locomoção. • Não é julgado no juizado criminal, mas apesar disso cabe SURSIS. • Fatalmente, quase todo crime entrará a qualificadora do inciso 2. • Caso o crime seja cometido mediante violência ou grave ameaça, admite-se o acordo de não persecução penal. • O consentimento da vítima, exclui o crime. • Ação penal pública incondicionada. ❖ O rapto era o sequestro com fim libidinoso, mas em 2005 foi revogado e virou qualificadora de sequestro e cárcere privado (inciso 5 do art 148). Privação a liberdade de alguém, querendo ter com essa pessoa uma relação sexual (comete crime do art. 148) mas ao praticar o ato sexual, comete o crime do art. 213. Não pode usar a qualificadora do art. 148, inciso 1 , pois se não estaria acusando sobre o mesmo crime, com isso, deve ser alegando o art. 148 (caput) e o artigo 213 (caput). Sujeitos do crime • Qualquer pessoa. Quando o delito for praticado por funcionário público, haverá o crime de abuso de autoridade (Princípio da especialidade). Conduta • Privação total ou parcialmente da liberdade de alguém. Para Aníbal Bruno, “o sequestro é a forma geral dessa espécie punível da qual o cárcere provado é um modo particular de excessos, que se distingue porque nele a detenção da vítima se faz em recinto fechado, dentro de um aposento, no interior de uma casa, donde não lhe é permitido sair...” A privação da liberdade pode ser antecedida de violência, grave ameaça ou fraude. Podendo ser praticado por ação ou omissão. O tempo distante o qual o paciente sofre a privação da liberdade, não interfere na configuração do crime, apenas como qualificadora no caso de prolonga-se por mais de 15 dias. Sequestro e cárcere privado Voluntariedade É o dolo (possui à vontade é a consciência do crime). Consumação Com a privação da liberdade do paciente. Tentativa Por ser um crime plurissubsistente, é possível que exista a tentativa. ❖ Em tese é admissível, mas na prática seja de divisível comprovação. Diferença entre os crimes: SEQUESTRO E CÁRCERE PRIVADO: (ART. 148) No Sequestro, a intenção do agente é tão somente de privar a liberdade da vítima, ou seja, não existe nenhuma intenção patrimonial por parte dele. ROUBO COM PRIVAÇÃO DA LIBERDADE (ART 157 P2 INCISO V) O agente priva a liberdade da vítima com objetivo de garantir a subtração por ele realizada, ou seja, tem um propósito de dificultar as chances de ser descoberto ou mesmo de reação da vítima. EXTORSÃO MEDIANTE A SEQUESTRO Na extorsão mediante a sequestro, o agente priva a liberdade da vítima e necessariamente, haverá o envolvimento de uma terceira pessoa, de quem será exigido o resgate. ❖ A Maioria dos crimes que vemos, é crime de extorsão mediante a sequestro Art 159. Exemplo: Quando o criminoso obriga a vítima a fazer pix para ele ou ir ao banco sacar uma quantia de dinheiro é crime de sequestro relâmpago. ➢ No Sequestro relâmpago não necessariamente é necessário ter uso de arma, o uso da arma ser arma majorante. SEQUESTRO DE CÁRCERE PRIVADO: Movimentação da vítima (cárcere ela não pode movimentar pelo local). SEQUESTRO RELÂMPAGO (ART 158 PARÁGRAFO 3) No Sequestro relâmpago, o agente exige que a vítima pratique algum comportamento para que tenha a sua liberdade restituída.
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