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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO CURSO LICENCIATURA PLENA em PEDAGOGIA
maria leidina damasceno 
a importÂncia da família na formação das crianças nos anos iniciais do ensino fundamental
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
São Miguel do Guamá- PA
2022
maria leidina damasceno
a importÂncia da família na formação escolar das crianças nos anos iniciais do ensino fundamental
Projeto Educativo apresentado a Universidade Norte do Paraná - UNOPAR como requisito parcial à conclusão do Curso de Licenciatura em Pedagogia.
Orientador: Antonia Mayra Moura da Costa.
São Miguel do Guamá- PA
2022
INTRODUÇÃO 
A proposta do meu trabalho de conclusão passou a construir-se em torno desta relação família-escola e sua importância para a formação dos alunos. Não há dúvidas de que educadores e demais profissionais que atuam na escola reconhecem a importância das relações que se estabelecem entre a família e a escola e os benefícios de uma boa integração entre os dois contextos para o desenvolvimento social, emocional e cognitivo do aluno. 
Tendo com relação, as interações e ligações entre os indivíduos que fazem parte do cotidiano. E a emoção, que acontece quando o sujeito passa por diversas situações em sua vida, e é ela que nos impulsiona a agir. Portanto essas interações das relações com emoção acontecem tanto na família quanto na escola, onde os alunos passam por um processo de desenvolvimento importante para sua formação social. 
Sendo assim, famílias que apoiam seus filhos os ajudam no desenvolvimento de padrões interacionais positivos, dando-lhes mais condições de enfrentar as diferentes situações presentes no dia a dia, o que permite um ajustamento do indivíduo aos diferentes ambientes em que ele participa, incluindo a própria escola. 
A escola é um meio muito importante de socialização, talvez um dos maiores. Por meio dela se dá a mediação entre o indivíduo e a sociedade. Além de transmitir cultura, valores morais, éticos; ela possibilita que a criança se eduque formalmente. Para que a relação entre família e escola se perpetue, é preciso que um se coloque no lugar do outro. A escola deve ter um propósito de oferecer experiencias e reflexões trazendo sempre que possível, a comunidade (família) para dentro da instituição, procurando atrair os pais ou responsáveis dos alunos para participarem do processo de ensino-aprendizagem de seus filhos, pois se acredita que, quando a família toma partido do que ocorre na instituição, fica mais fácil essa interação família-escola. 
OBJETIVOS
Objetivo geral
Investigar a importância da família na formação escolar das crianças no ensino fundamental. 
Objetivos específicos
· Analisar como as relações decorrentes do ambiente familiar influenciam no processo de ensino-aprendizagem;
· Compreender que a família é uma comunidade educadora;
· Encontrar meios para compartilhar com os pais o processo educativo. 
PROBLEMATIZAÇÃO
É de suma importância que a família esteja presente na vida escolar dos filhos, nas reuniões, nas atividades propostas. Acontece que a criança por muitas vezes tem grande dificuldade até em fazer o dever de casa, porque não existe em seu lar um espaço físico e/ou um ambiente saudável de colaboração para o desenvolvimento dessas atividades. 
Dar-se-á em torno desta aproximação família e escola, e como ela é vista por ambos os grupos, partindo da questão: se a aproximação família escola é dita como benéfica, por que ou quais aspectos impedem que isto se realize?
REFERENCIAL TEÓRICO
1.1 FAMÍLIA E ESCOLA: UMA PARCERIA VOCACIONADA
A relação família e escola é um tema que vem sendo abordado mundialmente por vários pesquisadores e estudos revelam que esta relação é elemento primordial para a formação do cidadão. É importante pontuar que cada instituição tem seu papel na formação do indivíduo, mais o que temos observado é que em pleno século XXI, ambas não estão assumindo e reconhecendo as funções e deveres que lhe são delegadas. 
Evita-se então o atrito na relação escola-família, pois no lugar de uma se contrapor a outra, elas trabalharão juntas; escola cumprindo o seu devido papel de educar formalmente e a família o educar informal. 
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva, a muita coisa mais que uma informação mútua: este intercambio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades... (PIAGET, 1972 Apud JARDIM, 2006, p.50). 
Este elo de escola-família resultara em uma ligação, onde ambas começarão se ajudar, aperfeiçoando os métodos. Com isso, a escola deve se aproximar do cotidiano dos pais proporcionando a estes um interesse pelas coisas da escola; e então, ambas criarão uma divisão de responsabilidades se interagindo com o propósito de contribuir para a formação da criança, sendo esta formal e informal. 
Piaget propõem uma escola onde família e professores auxiliem na educação das crianças. Conforme o modelo piagetiano, o vínculo escola-família prevê o respeito mútuo, o que significa tornar paralelos os papeis de pais e professores, para que os pais garantam as possibilidades de explorarem suas opiniões, ouvirem os professores sem receio de serem avaliados, criticados, trocarem pontos de vista. 
A escola tem o importante papel de ajudar pais/responsáveis assumirem o papel da transação do filho para o aluno, fazendo que os seus direitos continuem sendo assegurados, cumprindo seu papel de observar e agir quando esses direitos não estão sendo garantidos, segundo o ECRIAD em seu art. 56° os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: no seu inciso II, reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; ou seja, tudo se interliga, e colocam as responsabilidades tanto para os pais/responsáveis e para escola, onde quem é beneficiado é a criança. Esse é o ponto inicial onde deve haver interação escola e família. Outro ponto inicial onde deve haver interação escola e família. Outro ponto que deve ser considerado pela escola para que essa relação aconteça, visto que muitos pais/responsáveis não sabem ou tem pouco conhecimento quanto se dá aprendizagem de seus filhos o que pode ser um fator que interfira na falta de participação na vida escolar de seus filhos. Esse contato com a família também possibilita a escola saber o conceito dos pais quanto a seus filhos, instituição quanto á contribuição para a formação do aluno.
Segundo Piaget (2007):
“uma ligação estreita e continuada entre professores e pais leva, pois a muita coisa que a informação mútua; este intercambio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais e ao proporcionar reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola chega-se até mesmo uma divisão de responsabilidades” [...] (p.57).
Desta forma família e escola devem conhecer as necessidades e a realidade de ambas as partes, facilitando a conexão entre si e que busquem caminhos para o sucesso educacional do aluno. Todavia a família também deve promover ações que possam contribuir com esse sucesso na vida da criança. 
De acordo com Piaget (1977), a ligação entre os professores e a família resulta em ajuda recíproca e no aperfeiçoamento real dos métodos, aproximando a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, sendo uma interação recíproca resultando na divisão de responsabilidades. 
Percebemos que a relação e a convivência são fundamentais para que ocorra o desenvolvimento do aluno, pois é a partir destas que o educando desenvolve características fundamentais para a sua evolução educacional. Ainda segundo a LDB,em seu 1° art., “a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida 
Piaget fala da ligação entre afetividade e a inteligência (1971, p.190): 
“tanto no agir como no conhecer a inteligência e a afetividade são inseparáveis. Todo ato no intelectual vem ligando a algum sentimento ou interesse. De outra parte, cada disposição de sentimento, cada sensação, cada interesse, cada emoção encerra uma estrutura e com isso o vestígio de uma elaboração intelectual”. 
Portanto o aluno necessita estar bem emocionalmente, com autoestima elevada, para desenvolver-se plenamente. Com este olhar o aluno deve ser desafiado a aprender a ser, aprender a fazer, aprender a encontrar soluções, aprender a viver coletivamente. 
De acordo com Piaget (apud KRAMER, 2000, p. 29) “o desenvolvimento resulta de combinações entre o que o organismo traz e as circunstâncias oferecidas pelo meio [...] e os esquemas de assimilação vão se modificando progressivamente, considerando estágios de desenvolvimento”, desta forma, é correto afirma que de fato o ambiente escolar no que concerne ao espaço físico possui relação com a aprendizagem. 
No ambiente escolar o aluno passa parte de sua vida não somente recebendo conhecimentos teóricos, mas se sociabilizando com as demais pessoas que estão presentes nesse ambiente. Deste modo, o espaço escolar deve ser organizado de forma que atenda todas as necessidades do aluno, sejam elas sociais, cognitivas ou motoras. Ressalta -e a infraestrutura da escola deve sempre considerar o tipo de atividade que será executada na mesma, haja vista que de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1999, p.40) o “Estado tem o dever de garantir padrões mínimos de qualidade de ensino definido como variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. 
As leis brasileiras contemplam o compromisso da família em relação ao cuidado e acompanhamento dos filhos, enfocando a responsabilidade e a obrigatoriedade da frequência escolar. Conforme o Art. 205 da Constituição Federal, lei soberana, promulgada em 1988, a educação é um direito de todos os cidadãos e um dever do estado e da família, devendo acontecer com o incentivo e colaboração da sociedade. Também o Art. 227 declara que é dever da família, da sociedade e do estado assegurar às crianças, jovens e adolescentes o direito á educação e á cultura (BRASIL, 1996). Ademais encontramos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:
 Art.2°: A educação, dever da família e do estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1996). 
com a instituição do ECA (1990), a função e o dever foram definidos, demostrando em seu art. 4 que é dever da família, da comunidade e do poder público assegurar a efetivação dos direitos á vida, á saúde, á alimentação, á educação. Confirme seu Art. 53, as crianças e adolescentes tem o direito á educação visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa e preparando-o para ser um cidadão, citando como direito dos pais ou responsáveis ter conhecimento dos processos pedagógicos e participar da construção das propostas educacionais da escola. 
Portanto, de acordo com as citações anteriores, as leis brasileiras estabelecem de maneira clara o direito fundamental das crianças e dos adolescentes á educação, destacando a importância desta. Mas, estas leis também deixam claro que a formação das crianças não é função somente da escola ou das famílias, mas das duas instituições que, com apoio da sociedade, devem garantir o seu pleno desenvolvimento. Desta forma para que os direitos previstos nas leis sejam assegurados, a escola e a família devem trabalhar em conjunto, buscando envolver a comunidade onde estão inseridas e o poder público, para que os direitos das crianças e adolescentes sejam respeitados e cumpridos. 
Quando a comunidade escolar considerar os pais integrantes de seu projeto pedagógico, todos podem sair ganhando com essa parceria, principalmente os alunos. Essas comunicações entre família e escola deveriam ser mais estudadas. A interação entre essas duas instituições não deveria ser mais estudada. A interação entre essas duas instituições não deveria ser reduzida apenas a reuniões formais e contatos rápidos, mas ocorrer regulamente em momentos de maior intercambio nos quais a família pode efetivamente participar do cotidiano da escola. 
todavia, é importante observar a diferença entre o simples cobrar e o verdadeiro acompanhamento. Os pais precisam entender, no entanto, que acompanhar a vida escolar dos filhos não deve significar apenas cobrar. O acompanhamento pressupõe muito mais do que isso. É necessário estimular, motivar, valorizar, ensinar, conversar, prestigiar, discutir. Nessa parceria, a cobrança é a última ferramenta a ser utilizada.
A correria do dia a dia torna esse acompanhamento um grande desafio, mas é importante lembrar que qualidade vale mais que quantidade. Independentemente da quantia de tempo que se dedica a estar com os filhos, é fundamental que esse tempo disponível seja só deles. É necessário conversar, estudar, estar presente. É o afeto sem dúvida é o maior motivador. 
METODOLOGIA 
Este trabalho foi baseado numa pesquisa bibliográfica. De acordo com Gil (2002, p.59) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. 
A APRENDIZAGEM BASEADA EM PROBLEMAS
PROJETO; A FAMILIA E A ESCOLA; O PAPEL DE CADA UM 
1° etapa; na primeira etapa do projeto é necessário definir o problema, para isso a escola deve aplicar um questionário para as famílias, impresso ou encaminhado via link do google forns, com perguntas de múltiplas escolhas, com o objetivo de conhecer a rotina da família em relação a vida escolar dos filhos. 
Depois é necessário tabular os dados para os professores e iniciar a discussão com a equipe docente de como abordar tal problemática com as crianças em sala de aula. 
2° etapa; na segunda etapa, é importante apresentar o problema aos alunos, podem ser usados nesta etapa slides, gráficos, filmes etc. È também importante abrir uma rota de conversa com as crianças para ouvir o seu posicionamento sobre o tema em questão, qual a opinião deles sobre a participação ativa da família na sua rotina escolar, quais são os benefícios que podem ser considerados.
3° etapa; neste processo os alunos devem ser participantes ativos na resolução do problema, é importante a divisão de grupos (turmas) para a pesquisa de possíveis soluções, assim, cada turma pode ser engajada a procurar uma solução. 
4° etapa; após a discussão, a pesquisa e a elaboração de uma proposta, é o momento de compartilhar as possíveis soluções encontradas. Em uma reunião com as famílias, podem ser apresentadas as propostas trazidas pelas crianças e juntamente com a comunidade escolar a discussão sobre a sua aplicação no projeto.
5° etapa; após a decisão conjunta, a escola fará um cronograma para a execução das atividades escolhidas, sejam palestras com profissionais da pedagogia e psicologia, lives para relatar os problemas e as soluções na ajuda dos pais com as crianças nas atividades escolares. Sendo importante o fechamento do projeto com um evento “o Dia da Família na escola”, onde as crianças farão apresentações culturais para suas famílias em um dia todo especial para elas. 
CRONOGRAMA
	Etapas do Projeto
	Período
	Escolha do tema 
	agosto
	Pesquisa bibliográfica
	setembro
	Proposição de objetivos; geral e específico. 
	setembro
	Descrição da situação problema 
	setembro
	Delineamento de método; pesquisa exploratória.
Levantamentos em fontes secundárias; bibliográficos, documentais, estatísticos etc. 
	outubro
	Especificação de cronogramaoutubro
	Avaliação 
	outubro
RECURSOS
· Internet
· Computador
· Papel A4, tintas, lápis, giz
· Som
· Tv
· Data show
AVALIAÇÃO
Ao final das oito semanas de projeto, será importante a aplicação de um questionário sobre a rotina de acompanhamento das atividades escolares das famílias com as crianças, com o objetivo de mensurar o impacto do projeto nesta rotina. Bem como também recolher relatos das crianças sobre a experiencia de participar da elaboração e execução da solução para o problema apresentado. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. Lei n° 8.069/90. Congresso Nacional. Brasília/ DF.1990
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em: <ttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm> 
BENCINI, Roberta. Como atrair os pais para a escola. In Revista Nova Escola. P.38. Ano XVIII n° 166, outubro de 2003. 
FREIRE, Paulo. Professora sim, tia não. Cartas a quem ousa ensinar. São Paulo, Olho d´ Água: 1997. 
GIL, A. C. Como elaborar Projetos de Pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas S.A. 2002. 
GONZATTO, Katisley Souza. O papel da escola na formação de valores na criança: A parceria família-escola é fundamental. Em: Revista Saberes & Fazeres Educativos. Getúlio Vargas, RS. Vol.3, n.1 (jun.2004), p.40-41. 
JACOBI, Pedro Roberto. Estado e educação: o desafio de ampliar a cidadania. Revista Educar, Curitiba, n.31, p. 113-127, 2008. Editora UFPR. 
JARDIM, A. P. Relação entre Família e Escola: proposta de ação no Processo Ensino Aprendizagem. Presidente Prudente: Unoeste, 2006. 
LOPES, Vanessa Gomes, Linguagem do corpo e Movimento. Curitiba, PR: FAEL, 2006.
MARANHÃO, Magno de Aguiar. Educação brasileira: resgate universalização e revolução. Brasília, Plano: 2004. 
OLIVEIRA, Ivone de Lourdes. Dimensão estratégica da comunicação no contexto organizacional contemporâneo: um paradigma de interação comunicacional dialógica. Tese (Doutorado)- UFRJ, Escola de Comunicação, 2002.
PIAGET, Jean. Para onde vai á educação. Rio de Janeiro: José Olímpio, 2007.
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1984.

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