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FAMILIA E ESCOLA...

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INTRODUÇÃO
Uma boa relação entre família e escola é o que se espera. E está seja a
melhor possível para que o desenvolvimento das crianças por meio da integração
entre a educação escolar e a educação realizada no meio familiar possa ser
realizada.
As literaturas mostram que a família sempre foi apontada como parte
fundamental do sucesso ou fracasso escolar. Entende-se com isso que buscar
harmonizar família e escola deve ser prioridade de qualquer trabalho educativo que
tem como foco a formação de um indivíduo autônomo. 
Essa harmonia entre escola e família deve acontecer a fim de a divisão do
trabalho de educação de crianças, jovens e adultos, possam envolver expectativas
recíprocas. Dessa forma, a parceria entre família e escola é essencial, é um dos
mais importantes recursos para a melhoria na aprendizagem e deve ser sempre
baseada na participação da família na vida escolar do aluno visando à melhoria do
processo ensino-aprendizagem.
Neste sentido, a escola possui um papel importante na construção da
parceria com os pais, conscientizando-os da necessidade que a família tem em
vivenciar reflexões que lhe proporcione a auto-estima, afim de que se sintam
compreendidos e não acusados pela instituição escolar.
Segundo Tiba (2002, p. 123), “Felicidade não é fazer tudo que se tem
vontade, mas ficar feliz com o que se está fazendo”. Diante disto, acreditamos que
cada instituição deve conhecer o seu papel e juntos em uma parceria Família e
Escola compreenderem que juntos é essencial para a construção de verdadeiros
cidadãos críticos, capazes de irem em busca de um mundo melhor, com ideais de
paz, liberdade e justiça social. No entanto, esse ideal somente será concretizado se
houver uma interação entre a convivência familiar, social e escolar.
O presente trabalho não tem a intenção em chegar a uma conclusão de
forma a esgotar o assunto, mas sim em apontar a importância da construção dessa
parceria Família e Escola e os possíveis aspectos que podem ser relevantes às
dificuldades no processo de relacionamento entre essas duas instituições. É por esta
razão, este estudo tem como principal finalidade buscar compreender os fatores que
levam a ausência da família e com isso, tecer reflexões acerca da necessidade que
a escola tem de buscar a relação família e escola. Afinal todo pessoa tem direito à
educação. 
PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA
 PROBLEMA
Não é difícil de observar que a família tem se afastado cada vez mais da
escola. E a partir de nossas observações e experiências no cotidiano de sala de
aula, vimos que os pais não têm vindo buscar os trabalhos de seus filhos na escola,
tão pouco participam de reuniões pedagógicas, projetos escolares, atividades prática
apresentadas pelos alunos e nos eventos da escola como: festas juninas, datas
comemorativas, além de muitas dessas famílias não conhecem o professor de seus
filhos.
Percebendo a necessidade de se estudar a relação família e escola,
optamos por investigar esta problemática que tanto vem se discutindo no âmbito
escolar,ou seja, levantar um estudo acerca dos aspectos teóricos da parceria entre
família e escola, a diferenciação da função dessas duas instituições, as
conseqüências dessa relação no processo ensino-aprendizagem e as possibilidades
de praticar estratégias que possibilitem à família participar efetivamente da escola.
Para o aprofundamento do estudo buscamos eleger as seguintes questões
que nortearão nossa pesquisa.
 Como se dá a relação família e escola no contexto do século XXI
10
 Quais os fatores que levam a ausência dos pais ou responsável na
escola?
 Qual a diferenciação da função entre família e escola?
 Quais as consequências da relação Família e Escola no processo 
ensino-aprendizagem?
 Como tem sido as atitudes do professor diante da família? Como a
escola recepciona a família?
 De que forma a escola pode melhorar a relação família e escola
visando à melhoria do processo ensino-aprendizagem?
 Que metodologias possibilitam a escola em um processo de
reconstrução da autoestima da família, afim de que se sinta
primeiramente compreendidos e não acusados, recepcionados e não
rejeitados, pela instituição escola?
JUSTIFICATIVA
Há muitos anos, se questiona sobre o descaso com relação ao envolvimento
da família no processo educativo. Sem dúvida, a iniciativa de tal envolvimento torna-
se uma tarefa árdua, devido às inseguranças e incertezas, além da ausência de
esclarecimentos sobre o processo educacional.
Segundo Tiba (2002) a parceria entre a família e a escola é de grande valia
para um excelente resultado no desenvolvimento moral, intelectual e na formação do
indivíduo. Ele continua dizendo que estas instituições, assim como toda instituição,
tem passado por profundas transformações ao longo da história. Mudanças sociais,
culturais, políticas e econômicas ocorridas em função da globalização acabam por
interferir na estrutura e na dinâmica escolar, de forma que a família, em vista das
circunstâncias vem transferindo para a escola a tarefa de educar que deveria ser
sua.
11
Sendo assim, Tiba (2002, p. 183) destaca “que se a parceria entre família e
escola for formada desde os primeiros passos da criança, todos terão muito a
lucrar”.
Compreendemos que não são poucas as dúvidas que permeiam essa
relação, Família e Escola, porque as famílias, a comunidade de um modo geral,
imaginam que só se aprende na escola, pensamento este, bastante errôneo, pois
tanto a escola quanto a família são ambientes de aprendizagem e lugares de
constituição do sujeito, à forma de entender e ler o mundo. 
Zagury (2008, p.213) afirma ainda que é a escola e a família os responsáveis
por transformar nossos filhos em homens de bem, em cidadãos, pessoas
maravilhosas, honestas, íntegras, saudáveis física, intelectual e psiquicamente, de
quem todos nos orgulharemos no futuro” 
Torna evidente que a instituição escolar não pode viver sem a familiar e vice-
versa, porque uma depende da outra para atingir seu maior objetivo. Tal objetivo
compreende em tornar o educando/filho em um aprendiz reflexivo para ter um futuro
mais digno e assim formar uma sociedade mais justa para se viver. 
Por isso, a escola precisa compreender que é uma instituição que
complementa a família, e que essas duas instituições necessitam ser um lugar
agradável e afetivo para os alunos/filhos. Tal parceria requer que a família e a escola
coloquem-se uma no lugar da outra, e não troquem apenas favores.
Pensando nessa união da família com a escola é buscamos em nossa
pesquisa levantar um estudo acerca com base em vários teóricos tais como :Zagury
(2008),Tiba (2002) e outros, que tratam da parceria entre família e escola,
esclarecendo a diferença de papeis dessas duas instituições, as consequências
dessa relação no processo ensino-aprendizagem.
OBJETIVOS
 Objetivo Geral: Compreender os fatores que levam a ausência da família e
com isso, tecer reflexões acerca da necessidade que a escola tem de buscar
a relação família e escola
12
 Objetivos específicos
 Levantar quais os fatores que levam a ausência dos pais ou
responsável na escola;
 Investigar as consequências da ausência da família no processo de
ensino e aprendizagem;
 Entender o papel da escola frente às questões da família
RELEVÂNCIA
A relevância dessa pesquisa é poder contribuir para que a escola possa
auxiliar as famílias para uma melhor parceira entre escola e família para que o
ensino aprendizagem de nossos educando tenham bons resultados.
É sempre muito importante para uma criança ou adolescente, que os pais
mostrem seus interesses por algo que eles façam, é expressiva na criança essa
alegria, de ver que alguém admira e vibra pelo seu sucesso. Com isso seu interesse
aumenta ao ver queé valorizado.
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Este trabalho está constituído de uma introdução e quatro capítulos
organizado da seguinte maneira: 
Na introdução descrevemos a justificativa e a importância deste trabalho, as
questões que nortearam esta pesquisa, o objetivo geral e os específicos, a
motivação para esse estudo, e a estrutura do trabalho. 
No primeiro capítulo fazemos um apanhado do referencial teórico da relação
família e escola no contexto do século XXI e os fatores que causam a ausência da
família na escola.
No segundo capítulo traçamos os procedimentos metodológicos, tipo de
pesquisa realizada, sujeitos envolvidos, instrumento para coleta de dados, local da
pesquisa, análise e apresentação dos dados.
No terceiro capítulo é apresentado a pesquisa de campo que foi realizada, a
partir de aplicação de questionários, para melhor entender a relação professor,
13
família e escola: quais as atitudes do professor diante da família- como a escola
recepciona a família. Tal investigação foi feita no sentido de levantar os fatores que
levam a ausência dos pais ou responsável na escola. A análise dos dados foi
fundamentada com alguns referencias estudados.
No quarto capítulo tem a finalidade de propor metodologias, sugeridas por
pesquisadores, para aproximar a família da escola, visando um melhor
desenvolvimento nos educando.
O quinto capítulo é feito a reflexão final acerca do trabalho retomando as
questões de pesquisa e em seguida as considerações finais, referencias e anexos;
14
CAPITULO 1 – REFERENCIAL TEORICO
1.1 FAMÍLIA E ESCOLA: UMA PARCERIA VOCACIONADA 
A relação Família e Escola é um tema que vem sendo abordado
mundialmente por vários pesquisadores e estudos revelam que esta relação é
elemento primordial para a formação do cidadão.
Em um passado não muito recente, antes de a mulher conquistar seu
espaço no mercado de trabalho, sua dedicação era voltada especificamente à
educação de seus filhos. Desta forma a escola não tinha tanta responsabilidade em
educar seus discentes e sim em ensinar de acordo com seus currículos. Mas a partir
dessa inserção houve a necessidade da família dividir essa tarefa com a escola.
Essa mudança de concepção nos é apresentada por Souza e Filho (2008,
p.04) em seu artigo: “A importância da parceria entre família e escola no
desenvolvimento educacional”1, no qual este afirma que no século XX, o acesso à
escola tomou proporções nunca antes imaginadas; a dedicação cada vez maior de
homens e mulheres ao trabalho fez com que as funções da família começassem a
ser divididas com a escola, esta, progressivamente, passou a ter um papel maior na
formação dos indivíduos e a se tornar de grande importância educacional. 
 No artigo “Família e Escola Na contemporaneidade: Os meandros de
uma relação”, de Maria Alice Nogueira (2006, p.156), relata que nos últimos anos os
países ocidentais vêm desenvolvendo políticas públicas visando a ampliação e o
desenvolvimento da participação e cooperação entre essas duas instituições.
Neste sentido, o governo brasileiro vem se preocupando com esta
realidade e em virtude dessas preocupações vem promovendo políticas públicas
1 Artigo publicado na revista Iberoamericana de Educação ISSN: 1681-5653. Nº 44/7 – 10 de Janeiro
de 2088. Edita: Organización de Estado Iberoamericanos. Para La Educación, La Ciencia y La Cultura
(OEI).
15
para atender esta questão como, por exemplo: a ação realizada no dia 24 de 2001,
onde o Ministério da Educação – MEC pela primeira vez através da televisão e com
o auxílio de artistas famosos promoveu o “Dia Nacional da Família na Escola”. Este
dia tinha como objetivo estabelecer um trabalho em parceria com os pais. Outra
ação foi realizada entre Dezembro de 2004 e Janeiro-Fevereiro de 2005, onde o
Ministério da Educação veiculou uma campanha publicitária conclamando as
famílias brasileiras, usuárias da escola pública, a receber em seus domicílios os
pesquisadores do Instituto Nacional dos Estudos Pedagógicos – INEP dentre outras.
Neste sentido é interessante enfatizar que os pais têm o direto de cobrar
dos governos políticas públicas para melhorar a educação de seus filhos, mas estes
precisam também cumprir o seu papel enquanto família, para que esta parceria tão
almejada seja fortalecida. Sendo assim, os pais saberão de fato como exigir mais
qualidade da escola e esta por sua vez buscará se qualificar cada vez mais, e quem
ganha com isso são os alunos e a sociedade.
Diante do exposto, temos observado que as escolas, além de sua
responsabilidade de ensinar, vêm assumindo o papel da família que é o de educar.
Em relação a esta discussão Coronha (2006, p.187) enfatiza que a educação
escolar é diferente da familiar. Contudo, não há como uma substituir a outra, pois
ambas são complementares. Não se pode delegar à escola parte da educação
familiar, pois esta é única e exclusiva voltada à formação do caráter e aos padrões
de comportamentos familiares. A escola nunca deve absorver à educação familiar,
pois seu objetivo é preparar profissionalmente seus alunos, cuidando, portanto, da
convivência grupal e social. 
É importante pontuar que cada instituição tem seu papel na formação do
indivíduo, mais o que temos observado é que em pleno século XXI, ambas não
estão assumindo e reconhecendo as funções e deveres que lhe são delegadas.
Entretanto, percebemos que a família é considerada a primeira e a mais
importante das instituições socializadora, onde a criança tem o primeiro contato ao
nascer e aprendem os primeiros valores estabelecidos, como cultura, afetividade,
valores religiosos e educação vem se distanciando cada vez mais da vida escolar de
16
seus filhos, os mesmos não auxiliam os filhos com os seus deveres de casa e tão
poucos participam das reuniões pedagógicas nas escolas.
Desta forma, podemos considerar que a parceria Escola e Família é na
verdade uma parceria vocacionada em decorrência do contexto sócio histórico da
realidade atual.
1.2 AUSÊNCIA DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS NA ESCOLA
 
São vários os fatores que concorrem para ausência da família na escola
como: pais que trabalham fora falta de conhecimento da família, família com um
número grande de filhos, desinteresse por parte da família também é um dos
fatores, família desestruturada e outros.
As inúmeras configurações que atualmente plasmam a formação do
núcleo familiar moderno, direta ou indiretamente interferem para a ausência dos pais
e ou responsáveis na escola
Neste sentido Ackerman (1986) afirma que nos dias atuais o grande
avanço da tecnologia:
Tem alterado a configuração da vida familiar e tem abalados os padrões
estabelecidos de indivíduo, família e sociedade. [...] Seres humanos e
relações humanas foram lançadas em um estado de turbulência, enquanto a
máquina cresce muito, à frente da sabedoria do homem sobre si mesmo. A
redução do espaço e a intimidade forçada entre as pessoas vivendo em
culturas em conflitos exigem um novo entendimento, uma nova visão das
relações do homem com o homem e do homem com a sociedade. (1986, p.
17)
Com a saída da mãe para o mercado de trabalho, que é a figura central na
educação de seus filhos, tem sido uns dos fatores que também vem abalando a
relação entre família e escola, pois tem afetado as relações de amor, confiança,
segurança, relacionamento social e escolar, essas relações são construída no
decorrer do cotidiano, em um determinado temo historio e um delimitado espaço
físico. A nova mãe da sociedade, que trabalha e possui grandes responsabilidades,
muitas vezes não dispõe de tempo necessário para estabelecer uma relação com
seu filho e educá-lo e muito menos participar da sua vida escola.
17
1.3 FUNÇÕES DA ESCOLA E DA FAMÍLIA 
Atualmente a família e a escola se apresentam na sociedade trazendo emseu dia a dia as inúmeras modificações que foram ocorrendo a estas instituições ao
longo da história. Para entendermos melhor o termo escola e família é necessário
conceituarmos cada uma. 
A escola é um espaço público para a convivência fora da vida privada,
íntima, familiar. Escola não se trata só de prédio, é o lugar onde também fazemos
amigos. Segundo Aulete (2004, p.327) a escola “é um estabelecimento de ensino
coletivo, conjunto dos alunos, professores e pessoal, seguidores de uma doutrina,
teoria. ”Prédio onde funciona a escola.“Ou seja, escola é uma instituição criada para
o ensino de aluno sob a direção de professores.
Já a família, quando pensada, ainda é concebida com a representação ou
configuração tradicional constituída de um pai, mãe e filhos. No entanto, há novos
tipos de famílias que fazem parte de nossa realidade. Para Coronha (2006) discorre
sobre alguns tipos de organização familiar, trazendo a família nuclear, aquela
composta por pai, mãe e filhos; a família expandida, as que entram em sua
composição outros parentes (avós, tios, primos, etc.); e a família monoparental,
formada por um dos pais e os filhos, isto é, a família chefiada apenas pelo pai ou
pela mãe. Portanto, não podemos afirmar que existe um padrão para instituição
Família.
É por isso que ao pensarmos em educação, não podemos esquecer-nos
dessas duas instituições: família e escola e cada uma com sua especificidade
De acordo com Nogueira (2006) a definição desses papeis era bastante
claro.
No passado as fronteiras entre as famílias e a escola eram fixadas pela
instituição escolar e pelos mestres. Os profissionais da educação
consideravam que os pais não tinham nenhuma autoridade em matéria de
ensino e nenhum lugar na escola. Esperava-se que os pais apoiassem os
docentes ou trouxessem contribuições pontuais, mas eles não deveriam
colocar questões em matérias de pedagogia e, menos ainda, fazer críticas).
(2006. p. 164)
Em relação a estes papeis a Lei de Diretrizes e Bases – LDB, Lei n.º
9.394/96, em seu artigo 2º afirma que a educação: 
18
é dever da Família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento
do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação
para o trabalho”. (BRASIL: LDB, 1996)
Desta forma, tanto a escola quanto a família têm o mesmo objetivo de
educar as crianças e os jovens, cabendo a família por sua vez, o papel de cuidar
transmitir valores e está alerta, pois o contrato com a escola pode ser rescindido,
mas o contrato de pai, mãe e filho é para toda a vida. Já a escola se incumbiria em
formar cidadãos conscientes para o mercado de trabalho através da formação
pedagógica. 
Portanto a diferença entre essas duas instituições é quase imperceptível,
sendo que ambas são indissociáveis. Pois uma complementa a outra. Infelizmente é
relativamente baixa a participação dos pais nas reuniões escolares, mas é
importante ressaltar que o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei n.º
8.069/1980, determina que compete aos alunos estudarem e a família incentivá-los
para que os mesmos freqüentem as aulas, pois se os alunos não participarem com
frequência das aulas os mesmos serão penalizados colocando em risco a perda de
seus benefícios oferecidos pelo governo. 
O Ministério da Educação – MEC no ano de 2008 lançou um manual para
incentivar a participação familiar. Recentemente pais que recebem Bolsa Família
passaram a ter presença obrigatória em reuniões escolares. Com essas estratégias
do governo espera-se que a família sinta-se mais motivada a participar não só das
reuniões, mas da vida escolar de seus filhos, para que assim, se tenha uma
educação de qualidade visando o desenvolvimento dos alunos por meio da
integração escolar e a educação realizada no meio familiar.
Assim sendo, a escola não pode viver sem a família e nem a família sem a
escola, pois uma depende da outra para alcançar seu objetivo que é fazer com que
o educando aprenda para ter um futuro melhor e assim construir uma sociedade
mais justa e digna para se viver.
1.4 A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM 
O vertiginoso crescimento tecnológico dos últimos tempos, faz-nos
perceber que não se pode definir ou concluir que a criança adquire valores e se
19
educa unicamente no seio familiar ou da escola. Vivemos em uma época em que a
velocidade das informações interfere diretamente nas relações do cotidiano das
instituições escolares e familiares. Com isso vê-se que a educação da criança não
se restringe unicamente na escola ou na família. Faz-se necessário e indispensável
potencializar o acompanhamento familiar e dinamizar a relação entre a família e a
escola.
Em relação aos espaços de aprendizagem Libânio (2007) ressalta que:
Na atualidade, as pessoas aprendem na fábrica, na televisão, na rua, nos
centros de informação, nos vídeos e no computador, e, cada vez mais,
ampliam-se os espaços de aprendizagem. A instituição escolar, portanto, já
não é considerado o único meio mais eficiente e ágil de socialização dos
conhecimentos técnico-científicos e de desenvolvimento de habilidades
cognitivas e de competências sociais requeridas para a vida prática. (2007,
p. 152)
 Neste sentido, quando a escola e a família têm uma boa relação o aluno
tem bom desempenho em seus estudos. A evasão escolar diminui, os filhos tem um
bom relacionamento com os que os cercam. Apesar disso ainda existem barreiras
que geram conflitos e ações que não contribuem para o desenvolvimento do aluno.
Acredita-se que quanto mais a família participa, mais eficaz é o trabalho da escola,
pois, dessa forma, cada um se dedicará às suas atribuições.
De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP/MEC, com base nos resultados do
Sistema Nacional de Avaliação da Educação, foi evidenciado que a participação da
família na escola é de fundamental importância no processo ensino-aprendizagem. 
Sobre este contexto, o estudos realizados pelo INEP revelam:
(...) a criança cuja família participa de forma mais direta no cotidiano
escolar, apresenta um desempenho superior em relação àquela onde os
pais estão ausentes do seu processo educacional. Ao conversarem com o
filho sobre o que acontece na escola, falarem para não faltar a escola, tirar
boas notas e ter hábitos de leitura, os pais estarão contribuindo para
obtenção de notas mais altas.( BRASIL, 2004) .
Mas mesmo assim, essa atuação dos pais é bem rara, o que temos
observado é uma confusão de papeis, cobranças para as duas instituições e novas
atribuições para o professor. Por um lado, parece que os pais tem dificuldades de
compreender o que a escola esta transmitindo para seus filhos. Por outro lado, há
uma falta de habilidade da escola em promover essa comunicação com a família.
20
A família tem também, um papel essencial para com a criança que e o da
afetividade, Deste modo, a família constitui o primeiro, e o mais importante grupo
social de toda a pessoa. 
Sobre este aspecto, Bassedes, Huguet e Sole (1999), enfatizam a família
como a principal referência de desenvolvimento da criança. Segundo os autores: 
Quando se faz referencias a necessidade de que exista uma relação
construtiva e estável entre a escola e a família, relevamos a convivência,
primeiro, do conhecimento mutuo e, segundo, das possibilidades de
compartilhar critérios educativos capazes de eliminar essas discrepâncias
que podem ser prejudiciais a criança. Precisa ficar claro que a escola e
família são contextos diferentes e que, nesses contextos, as cri aças
encontrarão coisas, pessoas e relações diversas, nisso consiste em parte a
sua riqueza e potencialidade”. (Et Al: 1999, p.283.
A família vem-se transformandoatravés dos tempos, acompanhando as
mudanças religiosas, econômicas e sócio-culturais do contexto em que se
encontram inseridas. Esta é um espaço sócio-cultural que deve ser continuamente
renovado e reconstruído; o conceito de próximo encontra-se realizado mais que em
outro espaço social qualquer, e deve ser visto como um espaço político. 
A família e um sistema de membros interdependentes que possuem dois
atributos: comunidade dentro da família e interação com outros membros. Assim, a
família deverá ser encarada como um todo que integra contextos mais vastos como
a comunidade em que se insere.
Conforme o Art. 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n.º
8.069/1990, toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio
da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência
familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de
substancias entorpecentes. Ainda segundo Paro (2000):
Entretanto não se trata, nem de os pais prestarem uma ajuda unilateral a
escola, nem de a escola repassar parte de seu trabalho para os pais. O se
pretende e uma extensão da função educativa (mais não doutrinaria) da
escola para os pais e adultos responsáveis pelos estudantes. (2000, p.109)
Para Gokhale (1980), a família não é somente o berço da cultura e a base
da sociedade futura, mas é também o centro da vida social. A educação bem-
sucedida da criança na família é que vai servir de apoio à sua criatividade e ao seu
comportamento produtivo quando for adulto. A família tem sido, é e será a influência
mais poderosa para o desenvolvimento da personalidade e do caráter das pessoas.
21
Assim, pode-se dizer que as crianças precisam sentir que fazem parte de uma
família.
Partindo da idéia que a família é a base para qualquer ser humano, não
fazendo referência aqui somente à família com laços de sangue, mas também as
famílias construídas através de laços afetivos. Defini-se família como um conjunto de
pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se
complementarem. E é através dessas relações que os seres humanos tendem a
tornarem-se mais afetivos e receptivos, eles aprendem a viver o jogo da afetividade
de maneira adequada. Mas para que essa adequação ocorra é preciso que haja
referências positivas, responsáveis encarregados de mostrar os limites necessários
ao desenvolvimento de uma personalidade com equilíbrio emocional e afetivo. Para
as crianças e adolescentes, as referências são pessoas, palavras, gestos que irão
proporcionar a formação da identidade. Por isso, crianças e jovens que estabeleçam
vínculos de harmonia nos seus momentos de decepções, e que possam receber
carinho, atenção e compreensão irão desenvolver uma identidade sadia,
conseguindo suportar frustrações até o momento adequado para realizar seus
desejos.
1.5 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR E A RELAÇÃO ESCOLA E FAMILIA.
Pensar o currículo de forma contextualizada, ampliada e dinâmica
acarreta, em primeiro lugar, uma abertura dos canais possíveis de diálogo entre o
mundo da escola e o mundo da família, permitindo não apenas o estreitamento
desta parceria, mas igualmente, e principalmente, a possibilidade de repensá-la a
partir de outras bases. 
Na medida em que os conteúdos escolares deixam de ser percebidos
como verdadeiros "pacotes de conhecimento universais a serem digeridos" e
passam a ser considerados como práticas culturais que se manifestam no domínio
da representação e leitura do mundo dos atores envolvidos, eles permitem um novo
olhar sobre as concepções de mundo do aluno e do seu meio familiar, refletindo
diretamente na forma de pensar esta parceria.
22
Segundo Coll (2004), não se podem separar o que cabe ao professor, as
aulas do que é responsabilidade dos alunos, o conhecimento prévio e a atividade. A
família e outras instituições que fazem parte desse universo também precisam se
fizer presentes. Enfatiza a importância de contextualizar esse novo currículo. "Se o
conteúdo trabalhado tiver relação com a vida do aluno, o êxito será maior",
Não se trata mais de pensa; esta parceria apenas em termos de gestão
administrativa ou emergencial, mas sim de concebê-la e construí-la também no
momento da concepção de escola, da produção e/ou reelaborarão do projeto
político-pedagógico, onde a questão do currículo desempenha um papel central. Os
conhecimentos, valores, desejos e expectativas vindos dos diversos horizontes
familiares passam a integrar o campo dos saberes de referência a serem
considerados no momento da escolha dos conteúdos escolares. 
Ao invés de serem desvalorizados culturalmente, ou percebidos como
obstáculos para a aprendizagem como ocorre com freqüência, em especial quando
são produzidos nos meios socioculturais mais desfavorecidos esse cabedal cultural
formado pelos conhecimentos cotidianos, populares e/ou do senso-comum, podem
ser confrontados com os demais saberes - acadêmicos, científicos, disciplinares - de
forma a fazer do saber escolar produzido nas salas de aula algo mais significativo,
mais prazeroso e mais libertador para todos os atores envolvidos na prática
educativa.
O laço entre família e escola, assim consideradas, vai além do controle
meramente burocrático ou da aquisição, pelos alunos, dos conteúdos escolares. Ao
invés da família ser chamada ou convocada na escola apenas quando as coisas não
andam bem, ou quando se precisa de uma ajuda pontual, ela passa a ser encarada
como co-autora do projeto de escola e conseqüentemente se envolvendo mais
diretamente na concretização do mesmo. Neste contexto, Szymanzsk (2001),
enfatiza: “Quando a ausência dos pais na educação do aluno prejudica o processo
de ensino – aprendizagem porque os pais e as escolas são responsáveis diretos na
formação social da criança”. (2001 p.83-84)
Para além desta mudança na perspectiva do planejamento mais geral da
própria instituição escolar, a concepção de currículo aqui privilegiada permite ao
23
professor organizar a sua prática pedagógica cotidiana de sala de aula de forma
mais dialógica e interativa com a realidade dos seus alunos. As opções didáticas do
professor partem de critérios que "trazem a família" para dentro da sala de aula de
forma positiva e afirmativa, por aquilo que elas têm e que pode contribuir na
construção do conhecimento escolar. Não pelas ausências e carências que fazem
desta inclusão pretexto para mais uma forma de exclusão.
Ao quebrar as concepções hierárquicas de saber, este novo olhar sobre o
currículo abre a possibilidade de valorizar outras formas de conhecimento sem
confundi-las, no entanto, entre si. A valorização dos saberes sociais oriundos dos
meios familiares não deve ser confundida com homogeneização dos papéis sociais
atribuídos à família e à escola. Esta última, como já foi sublinhada, é um espaço
específico de produção e transmissão de conhecimento. Um espaço que estabelece
relações privilegiadas com o saber. Um espaço, onde é possível para o aluno
estruturar e sistematizar os saberes plurais criados em outros lugares. 
Esta concepção de escola e da "cultura escolar" defende que na escola os
saberes sociais dos alunos devem ser vistos muito mais como ponto de partida do
que como ponto de chegada. À escola e ao professor competem organizar,
sistematizar, complexificar esses conhecimentos, isto é compete ensinar.
Complexificar não no sentido de complicar, mas de facilitar aos alunos a construção
de novas grades de leitura do mundo, no sentido de permitir a esses alunos se
situarem em um mundo por definição extremamente complexo. 
Nesta perspectiva, o currículo é, sem dúvida, um elo importante e
indispensável na parceria escola e família. Uma parceria que, por ser selada muito
mais no domíniodas representações e do simbólico, não é facilmente perceptível e
nem fácil de ser construída. No entanto, sem ela qualquer outra modalidade de
parceria pode ficar seriamente comprometida. 
Neste sentido, destaca Coronha (2006): 
Faz parte do instinto de perpetuação os pais cuidarem dos filhos, mas é a
educação que os qualifica como seres civilizados. Atualmente nas escolas e
em casa, os pais/educadores não sabem mais como fazer para que as
crianças sejam disciplinadas. (2006, p. 67)
1.6 UM NOVO OLHAR SOBRE A PARCERIA ESCOLA E FAMILIA 
24
Sabemos que muito tem sido transferido da família para a escola, funções
que eram das famílias: educação sexual, definição política, formação religiosa,
caratê, dança, entre outros. Com isso a escola vai abandonando seu foco, e a
família perdem a função. Além disso, a escola não deve ser só um lugar de
aprendizagem, mas também um campo de ação no qual haverá continuidade da
vida afetiva. A escola que funciona como quintal da casa poderá desempenhar o
papel de parceira na formação de um indivíduo inteiro e sadio. É na escola que deve
se conscientizar a respeito dos problemas do planeta: destruição do meio ambiente,
desvalorização de grupos menos favorecidos economicamente, etc. Deve-se falar
sobre amizade, sobre a importância do grupo social, sobre questões afetivas.
Devido varias reflexões está surgindo uma nova visão de escola, muito
diferente do que tínhamos como entendimento durante anos, que o fazer da escola
é disciplinar, é ensinar a obedecer sem saber exatamente o porquê e engavetar os
sonhos e os projetos de crianças e adolescentes cheios de alegria e capazes de
produzir conhecimento. Atualmente, as escolas estão buscando desenvolver uma
prática de qualidade, mais atentas à formação global e holística, que proporciona
às crianças a vivência da criatividade, da ludicidade, da relação escola e família, da
cooperação, da participação e do exercício da cidadania. A família inserindo-se na
escola, indo mais além através de contatos informais, as conversas breves, onde
cada escola e cada educador desenham em conjunto com a família, caminhos e
alternativas de partilha mento. O propósito é que essa parceria se construa através
de uma intervenção planejada e consciente, para que a escola possa criar espaços
de reflexão e experiências de vida numa comunidade educativa, estabelecendo
acima de tudo a aproximação entre as duas instituições (família-escola). A
necessidade de se estudar a relação escola e família se sustenta e é reafirmada
quando o educador se esmera por considerar o educando, sem perder de vista a
globalidade da pessoa, ou seja, compreendendo que quando se ingressa no
sistema escolar, não se deixa de ser filho, irmão, amigo etc. Os pais precisam ter
consciência de que servem como exemplo para seus filhos, portanto sua
responsabilidade é redobrada.
Segundo Coronha (2006), Os filhos usam tudo aquilo que aprendem a seu
favor. Se o filho percebe o quanto seus pais discordam e criticam a escola de seu
25
filho, este fará o mesmo e desrespeitará os professores. Isso, por sua vez, irá
distanciar ainda mais a família da escola. Os pais devem tentar entender o motivo de
a escola fazer de determinada maneira, através de diálogos sempre que for
necessário. Ainda não inventaram melhor forma de trocar idéias do que o próprio
diálogo, pois o olho-no-olho aproxima as pessoas e é mais provável que se chegue
num denominador comum.
São uma relação permeada pelos mais diversos fatores: o sofrimento dos
pais por afastarem seus filhos de si mesmos; os desejos de que a escola lhes
ofereça o melhor, em todos os aspectos; a necessidade da garantia dos melhores
cuidados para com as crianças; os ciúmes que sentem os pais ao dividirem os filhos
com os professores; o medo do fracasso escolar; as projeções dos próprios
fracassos compensados através dos filhos; o pouco interesse pela vida escolar dos
filhos; as super exigências dos pais; as atitudes de aceitação ou não dos filhos; as
questões de rejeição ou negligência; as dificuldades pessoais dos pais; o contexto
sócio-econômico-histórico em que se fundamenta a família; a permissividade ou o
autoritarismo; as relações de amor e hostilidade; a violência contra os filhos, ou
entre familiares; as atitudes, padrões e valores morais da família; o relacionamento
entre casal e filhos; doenças, separação, desemprego; os diferentes modelos de
organização familiar, ou seja, está implícito tudo o que determinada família tem em
seu histórico. É uma relação que deve ter acima de tudo vínculo, A escola, portanto
também necessita dessa relação de cooperação com a família, pois os professores
precisam conhecer as dinâmicas internas e o universo sócio-cultural vivenciados
pelos seus alunos, para que possam respeitá-los, compreendê-los e tenham
condições de intervirem no providenciar de um desenvolvimento nas expressões de
sucesso e não de fracasso diagnosticado. Precisam ainda, dessa relação de
parceria, para poderem também compartilhar com a família os aspectos de conduta
do filho: aproveitamento escolar, qualidade na realização das tarefas,
relacionamento com professores e colegas, atitudes, valores, respeito às regras. Ae
respeito enfatiza Grossi e Bordin (1993):
O conhecimento só é conhecimento porque é socializável..., ou seja, só
podemos partir de um ponto se o conhecemos. Tanto a família quanto a
escola só pode ter um objetivo em comum com determinismo e
persistência se souber como o educando / filho está no outro ambiente
(familiar/escolar). Caso contrário ambos caminha de forma transversal ou
cada um para um lado; paralelo, mas na contramão. (1993,p.205)
26
Como temos no Parágrafo único do Capítulo IV do Estatuto da Criança e
do Adolescente – ECA, é direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo
pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais, ou seja,
trazer estas famílias no convívio escolar já está prescrito no Estatuto da Criança e
do Adolescente e o que falta é concretizá-lo. Devemos pensar no que se espera
fazer, pois Pensar é ponderar o que se quer e o que é viável, é avaliar o que se
deseja e o realizável, conforme afirma Ramos (2001).
A necessidade de se construir uma relação entre escola e família, deve
ser para planejar, estabelecer compromissos e acordos mínimos para que o
educando/filho tenha uma educação com qualidade tanto em casa quanto na escola.
Construindo uma parceria dando sustentação no papel da família no desempenho
escolar dos filhos e o papel da escola na construção de personalidades autônoma.
A relação escola-família se resume no respeito mútuo, o que significa
tornar paralelos os papéis de pais e professores, para que os pais garantam as
possibilidades de exporem suas opiniões, ouvirem os professores sem receio de ser
avaliado, criticado, trocarem pontos de vista. O objetivo é conscientizar a escola do
papel que possui na construção dessa parceria.
27
CAPITULO 2 – PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
2.1 TIPO DE PESQUISA
Este trabalho foi baseado numa pesquisa Bibliográfica e de Campo. De
acordo com Gil (2002, p.59) a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
Enquanto que para Prestes (2007) “É aquela que se efetiva tentando-se resolver um
problema ou adquirir conhecimentos a partir do emprego predominante de
informações provenientes de material gráfico, sonoro ou informatizado.” (2007, p.
26)
A pesquisa de campo, para Prestes (2007, p.32) seria aquela em que o
pesquisador, por meio de entrevistas, questionários, protocolos verbais,
observações coleta seus dados. Já para Furasté (2008, p.35), trata-se da pesquisa
que busca conhecer aspectos importantes e peculiares do comportamentohumano
em sociedade. Envolve estudos de satisfação, de interesses, de opinião de pessoas
ou grupos de pessoas sobre aspectos de sua realidade. Esse tipo de pesquisa visa
analisar, classificar, catalogar e interpretar dados levantados sem sofrer interferência
do pesquisador. 
2.2 SUJEITOS
Os sujeitos da pesquisa foram os pais e responsáveis dos alunos
matriculados e professores da escola na qual a pesquisa foi realizada.
2.3 PROCEDIMENTOS PARA COLETA E ANALISE DOS DADOS 
28
A análise dos dados foi feita por meio da observação no cotidiano da escola,
através de aplicação de questionários tanto para as famílias quanto para a escola,
onde foi realizado a pesquisa.
2.3.1 Coleta de Dados
Para que fosse coletados os dados necessários desta pesquisa, foi
utilizada a pesquisa bibliográfica e de campo. De acordo com Gil (2002, p.59) a
pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos. Enquanto que para Prestes
(2007, p.26) “É aquela que se efetiva tentando-se resolver um problema ou adquirir
conhecimentos a partir do emprego predominante de informações provenientes de
material gráfico, sonoro ou informatizado.”
Além da revisão bibliografia, para que seja realizada uma pesquisa mais
concreta, será também necessário a visita ao campo onde serão permeadas pelas
observações e conseqüentemente, pelo seu registro como também a aplicação de
questionário junto as famílias. Com o intuito de delimitar os dados obtidos, o
questionário será composto por 09 perguntas fechadas para as famílias e 05 para a
escola, visando coletar das famílias dos alunos, e direção da escola informações e
opiniões sobre os mais diversos fatores relacionados a ausência da família na
escola.
2.3.2 analise de dados 
A análise de dados estará presente em vários estágios da investigação 
por meio da observação na escola e questionários aplicados as famílias e 
professores da escola, onde a pesquisa foi realizada. Tornando-se mais sistemática 
e mais formal após o encerramento da coleta de dados. 
Segundo Ludke e André (1986)
“O primeiro passo nessa análise é a construção de um conjunto de
categoria descritiva. O referencial teórico do estudo fornece geralmente a
base inicial de conceitos a partir dos quais é feita a primeira classificação
dos dados. (1986, p.48).
29
O autor enfatiza que o questionário é extremamente útil quando um
investigador pretende recolher informações sobre um determinado tema. Ele
também afirma que o primeiro passo para se iniciar uma pesquisa com a utilização
de questionário é baseado no referencial teórico. No capítulo seguinte mostraremos
como será feito a pesquisa de campo. 
CAPITULO 3 – A PESQUISA DE CAMPO
3.1 PROFESSOR, FAMÍLIA E ESCOLA: QUAIS AS ATITUDES DO PROFESSOR
DIANTE DA FAMÍLIA – COMO A ESCOLA RECEPCIONA A FAMÍLIA.
Para melhor entender a relação professor, família e escola: quais as
atitudes do professor diante da família- como a escola recepciona a família, foi
realizada uma pesquisa com aplicação de questionários à escola, pais e
responsáveis com a finalidade de levantar os fatores que levam a ausência dos pais
ou responsável na escola.
A pesquisa foi realizada na Escola Municipal de Ensino Fundamental:
Raimundo Ribeiro Dias, localizada na Travessa Dulcicléia Torres, nº. 756. Perímetro
compreendido entre a Rua Mariocay e a Rua Tiradentes, setor Santa Maria,
Município de Gurupá, Estado do Pará. Recebeu essa denominação em homenagem
ao Enfermeiro e Homem Público que muito contribuiu com a Educação e a Saúde do
nosso Município.
Em Gurupá, no ano de 1994, havia apenas uma escola Estadual de
Ensino Fundamental denominada “Marcílio Dias”. Com o crescimento da população
e a vinda de pessoas da zona rural do Município, aumentou a demanda e chegou o
momento que foi necessário criar salas de aula em anexo nos centros comunitários
e nos salões disponíveis no Município.
30
Por esse motivo, o Prefeito na época, Sr. Manoel Moacir Gonçalves Alho,
procurou resolver o problema junto ao governo do estado, o Sr. Jader Fontileni
Barbalho, que tomando conhecimento do problema autorizou um convênio com o
Município no valor de R$ 52.000,00 (cinquenta e dois mil reais), onde a verba não
contemplou a realização da obra e a prefeitura ainda investiu algum dinheiro, porém
não havia recursos suficientes para concluir a obra. Novamente o gestor municipal
procurou o Governo do Estado já na pessoa do Sr. Almir Gabriel, que autorizou o
repasse de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), assim, concluindo a construção e o
início de funcionamento da Unidade de Ensino em 1998.
Sua primeira diretora foi a professora Graciana da Silva Coelho, em 1998,
dispensada pela SEDUC a partir de 1999, sendo a diretora substituta a professora
Ana Sônia Gonçalves da Silva no período de Julho a Dezembro de 1999,
reassumindo o cargo a professora Graciana da Silva Coelho em 23 de Dezembro do
ano acima citado, até 21 de Fevereiro de 2006. Em 22 desta mesma data, a
professora Selma Pantoja Jorge assume a direção da escola como diretora, através
da autorização nº. 19/2006 – 0427 – CODOE/SEDUC.
A construção da referida escola se deu a partir do ano de 1994, sendo
concluída em 1996 e funcionou a partir de 26 de Fevereiro de 1998. Instalada em
um pequeno prédio de alvenaria com dois pavilhões, distribuídos em seis salas de
aula, diretoria com banheiro, sala dos professores com banheiro, copa-cozinha,
depósito de merenda e materiais diversos, banheiro dos alunos e pátio coberto. Na
área externa existe um campinho onde são praticadas as atividades de educação
físicas e esportivas da escola.
O prédio está funcionando há 10 anos, e neste curto espaço de tempo já
passaram por uma ampliação e no momento está passando por uma reforma geral.
Com a ação do Conselho Escolar, através do recurso repassado pelo
FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), por meio do PDDE
(Programa Dinheiro Direto na Escola), PDE (Programa de Desenvolvimento da
Educação) e do Fundo Rotativo (recursos repassados pela SEDUC – Secretaria
Estadual de Educação) foram realizadas algumas melhorias, como: manutenção no
piso, telhado, quadro de giz, banheiro dos alunos, sala de professores, diretoria.
31
Também foram comprados materiais didáticos, de higiene, limpeza e
administrativos, assim como armários, computadores, ar condicionado, balcão em
madeira de lei para secretaria, material de cantina, mesa com cadeiras para
biblioteca, racks par computador.
Atualmente a escola funciona em três turnos, sendo 11 turmas de 2º ao 4º
ano pela manhã e dez turmas de 5º ao 9º ano à tarde, ambos do ensino
fundamental.
A escola é constituída por um total de 40 funcionários, sendo destes 40
professores e 1051 alunos, 10 salas de aula, 01 Sala para Direção, 01 Sala para
Professores, Secretaria, 01 sala de Vídeo, Refeitório, horta comunitária, dois
banheiros sendo um feminino e um masculino, possui um Laboratório de Informática
e uma Biblioteca. A escola recebe recursos do Governo Federal sendo ele, PDD
(Programa Dinheiro Direto na Escola). 
A referida instituição atende as crianças com a Educação Integral com 05
oficinas lúdicas tais como: leitura, artesanato, pintura, dança e capoeira e 01 oficina
pedagógica matemática. Vale ressaltar que todas as oficinas são oriundas do
Programa Mais Educação do Governo Federal. 
A escola está sobre a administração da Diretora Maria do Socorro Souza e
Souza e das Vice-diretoras Edna Mª. Pantoja Serra e Gelma do Socorro Gama
Nunes que vêm desempenhado suas funções satisfatoriamente, principalmente
quando se trata da melhoria pela educação.
Portanto, a pesquisa delimitou-se ao estudo com pais e responsáveisdos
alunos e mais seis professores que atuam em turmas do 1º ao 5º ano do Ensino
Fundamental, na referida escola. Após a realização dessa pesquisa com aplicação
de questionários, os quais foram divididos em duas categorias (família/escola),
sendo que um contem seis e o outro seis perguntas fechadas. 
Desta forma, os dados obtidos na pesquisa foram tabulados e analisados
evidenciando a validade e a confiabilidade do estudo, para uma melhor
compreensão dos fatos e possíveis soluções.
32
Gráfico 1: Participação da família na vida escolar das crianças
Como se dá aparticipação da família na vida escolarda 
(s)criança (s)?
32%
28%
22%
18%
pa rti ci pa m es pora di ca mente cons ta ntemente
no fi na l de ca da s emes tre nã o pa rti ci pa
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
Está pesquisa foi realizada a 50 famílias de alunos do 1º ao 5º do Ensino
Fundamental, onde observamos a real participação dos pais ou responsáveis dos
alunos, onde identificou-se 32% dos entrevistados participam esporadicamente, 28%
participam constantemente, 22% somente no final do período de cada semestre e
18% responderam que não participam.
33
Gráfico 2: Relação da participação da Família com a escola das crianças
Como a família participa da vida escolar das crianças?
34%
30%
20%
16%
em ca s a a junda ndo na s ta re fa s es col a res
comi ni ca m-s e com a es col a e prfes s ores
compa recendo em toda s a s reuni ões
nã o pa rti ci pa
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
Em relação à participação dos pais ou responsáveis das crianças, 34 % dos
entrevistados afirmaram que participam em casa, acompanhando e ajudando nas
tarefas escolares, 30 % se comunicam com a escola e professores semanalmente,
20 % comparecendo em todas as reuniões e apenas 16 % não participam.
34
Gráfico 3: Com que frequência a família ajuda nas tarefas escolares das crianças?
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
A pesquisa mostra que as famílias respondentes estão preocupadas em
acompanhar os filhos, olham os cadernos das crianças. Pois 40% dos pais se
preocupam em ajudar as crianças nas tarefas escolares todos os dias, 34%
responderam que só ajudam às vezes, 14% disseram que pedem ajuda a outras
pessoas e 12% não ajudam.
35
Gráfico 4:Com que frequência a família mantem contato com a escola?
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
Quanto o contato ou a participação da família com a escola, 40% dos pais
responderam que todos os dias se comunicam com a escola, 26% semanalmente,
20% disseram que somente três vezes por semana e 14% só quando solicitado.
36
Gráfico 5: Em relação a participação da família nas reuniões escolares:
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
Identificou-se entre os entrevistados que 44% dos pais ou responsáveis
participam das reuniões escolares, 32% às vezes, 14% disseram que pedem para
alguém ir as reuniões e, 10%% responderam que não participam.
37
Gráfico 6: Marque os motivos/ razões que levam a família a não participar com mais
frequência:
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
A participação na vida escolar é essencial para o processo de aprendizado
da criança, mas como mostra o gráfico 6, 32% dos pais entrevistados não participam
com mais frequência da escola de seus filhos por falta de tempo, 28% não sentem
necessidade em participar, 22% não participa porque confia na escola e apenas
18%responderam que não são acolhido satisfatoriamente pela escola.
 
38
Gráfico 7:Formação, escolaridade, sexo, tempo de serviço e idade dos entrevistados:
Fonte: Dados da pesquisa(2015)
Para obtenção das seguintes informações, foi aplicado um questionário à
06 (seis) professores da instituição pesquisada, sendo 05 (cinco) do sexo feminino e
01 (um) do sexo masculino. Com a faixa etária de entre 35 (trinta e cinco) e 50
(cinquenta) anos, com o tempo de serviço de 03 (três) à 20 (vinte) anos.
39
Gráfico 8: Como se dá a participação da família de um modo geral na vida escolar de seus
alunos?
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
De acordo com as respostas obtidas pelos professores entrevistado, nota-
se que 66,60% dos pais às vezes participam da vida escola dos alunos, e 33,30% 
participam.
40
Gráfico 9: Você acredita que a participação dos pais na escola ajuda no desempenho
escolar de seus filhos?
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
Com base nesta pergunta, 100% dos professores afirmam que a 
participação dos pais na escola é de fundamental importância para o desempenho 
escolar dos alunos.
41
Gráfico 10: Qual a participação que a escola espera da família?
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
Pelo que pode se observar no gráfico acima, 50% dos professores 
esperam que os pais participem mais das ações planejadas e executadas pela 
escola, 33,30% nas reuniões de pais e mestres, e 16,60% esperam que os pais 
acompanhem em casa com as atividades escolares.
42
Gráfico 11: De que forma a escola incentiva a participação dos pais na escola?
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
Ao serem perguntados sobre o que a escola faz para incentivar a
participação dos pais, 50% responderam que a escola incentiva por meio de projetos
e 50% por meio de reuniões de pais e mestres.
43
Gráfico 12: Em sua opinião, quais os fatores que dificultam a relação família e escola
Fonte: Dados da pesquisa (2015)
Quanto aos fatores que dificultam a relação da família com a escola,
66,6% do professores responderam que é falta de compromisso por parte das
famílias com a educação de seus filhos, 16, 60% é por falta de tempo em ir à escola
por motivo de trabalho, e mais 16,60% acreditam que os pais não tem conhecimento
sobre o processo educacional.
44
 
16,60%
66,60%
16,60%
Em sua opinião, quais os fatores que dificultam a relação 
família eescola?
Falta de tempo
Falta de compromisso das família
Falta de conhec imento sobre o processo educacional
3.2 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos a partir da pesquisa realizada com a direção da escola,
lócus da pesquisa e mais 50 familiares, identificamos que entre as falas dos
entrevistados comparados com de alguns autores, com o trabalho, são confirmada
ou refutada. Neste sentido foram construídas algumas reflexões a título de
discussão sobre os resultados obtidos: 
 Os pais que contribuem freqüentemente com a escola permanecem mais
motivados, na conquista de bons resultados na formação dos educando, e o
aluno se sente mais motivado e seguro em dedicar-se às tarefas escolares.
 A relação família e escola no contexto do século XXI, vem sendo discutida
sobre as dificuldades que estas duas instituições encontram para se
relacionarem e proporcionarem uma educação de qualidade. 
 São vários os fatores que causam a ausência da família na escola, porém os
mais comuns que ouvimos dos entrevistados foram: pais que trabalham fora
falta de conhecimento da família, família com um número grande de filhos,
desinteresse por parte da família também é um dos fatores, família
desestruturada e outros.
 A obrigação e o dever da família é conceder à criança a formação do caráter 
e da ética para que o indivíduo saiba conviver em sociedade. Enquanto que a 
escola por sua vez vem complementar essa educação preparando-os para o 
mercado de trabalho. 
 Quando a escola e a família têm uma boa relação o aluno tem bom
desempenho em seus estudos, a evasão escolar diminui os filhos tem um
bom relacionamento com os que os cercam.Do contrário, quando a família
45
não participa o aluno sente-se desmotivado e o seu desenvolvimento no
ensino-aprendizagem é prejudicado.
 Escola e família são pontos de sustentação para o desenvolvimento do ser
humano, sendo necessária a harmonia, o envolvimento e o diálogo para
fortalecer essa parceria significativa em busca de uma educação de
qualidade. 
 A aproximação da família e escola tem uma importância relevante na
identificaçãode deficiência que possa existir no aluno, essa sintonia é
fundamental para que haja diálogo entre pessoas que almejam sempre o
melhor para seus filhos e alunos
 A comunicação é uma ferramenta relevante para uma convivência saudável e
prazerosa mantendo aproximação e promove sentimentos de igualdade e
influencia na maneira de viver de cada pessoa.
46
CAPITULO 4 – METODOLOGIAS PARA APROXIMAR A FAMÍLIA DA ESCOLA 
A escola foi criada para servir à sociedade. Por isso, ela tem a obrigação
de prestar contas do seu trabalho, explicar o que faz como conduz a aprendizagem
das crianças e criar mecanismos para que a família acompanhe a vida escolar dos
filhos. Em relação a esta parceria Heloisa Szymanski, do Departamento de
Psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ressalta
que "Os educadores precisam deixar de lado o medo de perder a autoridade e
aprender a trabalhar de forma colaborativa". 
Os pais, por sua vez, devem manter-se em comunicação constante com a
escola, para conhecer os trabalhos e objetivos desenvolvidos pelos docentes. Pois
sabemos que a tarefa de educar é exigente e desafiadora, mais também gratificante
que envolve as organizações sociais em que as crianças estão inseridas. Portanto a
escola precisa está em perfeita sintonia com a família criando mecanismos que
aproxime a família da vida escolar de seus filhos. Mas para isso, é preciso que a
escola abra as portas para as famílias para que as mesmas participem do seu dia-a-
dia ouvindo estes pais sobre o que eles esperam da escola, e que esta participação
não se resuma somente em reuniões esporádicas, buscando junto com as famílias a
melhor forma para superar as dificuldades. 
É importante ressaltar que não existe uma fórmula mágica para aproximar
a família da escola, pois cada família e cada escola vivem uma realidade diferente
segundo TIBA (1998) “Quando a escola abre suas portas para usufrutos dos pais de
47
seus alunos, está favorecendo a formação do espírito comunitário, precursor da
cidadania”. (1998, p. 168)
É importante que a escola mantenha esse contato de comunicação com a
família conforme destaca Vélez:
Para garantir a informação e facilitar a participação deve-se articular
mecanismos que combinam diversas variáveis com canais formais
( reuniões de grupo, assembléia da escola etc.) e informações
(entradas e saídas, oficinas de pequenos grupos e, etc.). É
imprescindíveis pensar em diferentes linguagens e níveis de
compromisso (texto, palestra, festa e, etc.). A colaboração das
famílias em todos os âmbitos e na vida da escola, ao conjugar canais
de caráter informal efetivos com canais de forma mais estruturados,
supõe avançar na tomada de decisões sobre a escola que contribua
para aprofundamento democrático da vida na instituição (2008, p.
17).
Analisando a complexidade desta relação, pode-se observar que a escola
precisa ser mais dinâmica para atrair as famílias, suas ações devem ser repensadas
quando for necessária, e a escola deve incluir em seu Projeto Político Pedagógico,
ações que envolva os pais, construindo com eles ações de envolvimento familiar e
trabalhar a autoconfiança deles em relação a suas habilidades para que eles,
conseqüentemente, possam ajudar seus filhos, envolver todas as famílias para
entender o que elas têm a oferecer para a escola. Uma comunidade bem informada
sempre apoiará sua escola. 
Desta forma a família pode auxiliar, sugerir e fazer cobranças na ação
pedagógica da escola quando for necessário, mas a família também precisa está
comprometida com a educação de seus filhos, não basta colocarem o filho na
escola, é preciso acompanhá-los freqüentemente e ajudá-los verificando se o filho
fez o dever de casa, se estudou para rever os conteúdos para fazer as avaliações.
Mas é importante que não confunda supervisionar com fazer os deveres para os
filhos.
Todavia, se a família coloca-a na escola, mas não a acompanha pode
gerar na criança um sentimento de negligência e abandono em relação ao seu
desenvolvimento. Conforme enfatiza (MALDONADO,2002 Apud JARDIM,
2006,p.20), “Por falta de um contato mais próximo e afetuoso, surgem as condutas
48
caóticas e desordenadas, que se refletem em casa e quase sempre, também na
escola em termo de indisciplina e de baixo rendimento escolar” 
CAPITULO 5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebemos que as mudanças ocorridas no cenário educativo precisa se
fortalecer mais em relação a relação família escola, para atender as exigências da
sociedade, para que assim, promova um aprendizado de qualidade para o
educando. 
Percebe-se que a ausência dos pais na escola se dá principalmente por
falta de tempo, em função dos compromissos de trabalho, nota-se que a maioria
está interessada na educação dos filhos.
 Participar da vida escolar dos filhos implica não só em ouvir o que a
escola tem a dizer, mas expor sua opinião própria, compartilhar ideias novas, com
um só objetivo de fortalecer a união em favor do ensino e aprendizagem do
educando. A escola deve chamar a família não só quando da problemas, mas sim
para mostrar o que seu filho realmente estar aprendendo, e família precisa se
interessar em saber o que acontece com seu filho, se envolver, esse
acompanhamento transmite segurança, os alunos sentem-se duplamente
amparados tanto pela professora quanto pelos pais, favorecendo o processo de
ensino e aprendizagem.
De acordo com Cristina Coronha, construir a moral na criança requer o
amparo de conceitos verdadeiros e permanentes de vida, uma atitude de exemplo e
atuação da repetição.
49
A criança só constrói valores saudáveis à medida que, esses são
vivenciados dia a dia, onde a família tem uma grande responsabilidade na
construção desses valores, estabelecidos por meio de conhecimentos e virtudes e
pela boa conduta familiar.
A educação familiar deve ser pautada no exemplo de vida, de convivência
e partilha, para que seja espelho para os filhos, onde sintam vontade de ser igual
Muitas vezes as palavras não expressam suficientemente, o que deve ser ensinado,
mas o exemplo diário de esforço, de luta favorece essa educação de vida que a
família é capaz de ensinar . 
Os pais que são atentos e interessados no aprendizado do filho, provocam
nos professores a estimulação e interesse de inovação na melhoria do aprendizado
da criança. Essa ponte é extremamente eficaz na vida de todos, onde por meio da
escola a família encontre soluções para alguns problemas existentes e por meio da
família, a escola encontre estratégias de melhorias nas suas práticas de ensino,
almejando sempre o compromisso, a sensibilidade, a honestidade e o amor ao
próximo. Afinal a sociedade precisa disso.
Para Cristina Coronha, o homem mais do que nunca precisa agregar valor
ao seu meio para ser importante e útil; precisa confiar em si mesmo, ter iniciativa,
ser valente, saber exatamente de seus direitos e deveres para colocar-se
corretamente.
O papel de pai mãe professor é sem dúvida uma tarefa árdua o qual
requer muita responsabilidade, será que os filhos, os alunos estão sendo bem
preparados para serem inseridos nesse mundo? Cada um deve fazer a sua parte,
onde todos caminhem para um só objetivo, somando valores ao meio.
Não se pode esperar que uma criança tenha verdadeiros hábitos do bem,
se convive com desordens, com pessoas desumanas, impacientes sem controle
emocional. O adulto precisa ser paciente, ser tolerante, ter conceitos verdadeiros.
Para Cristina Coronha, a educação é o meio onde docentes e discentes
devem formar em todo, único, fruto de colaboração e da irmandade de objetivos
como no universo, construindo uma família.
50
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Artes Médicas, 1986.
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Janeiro: Nova Fronteira. 2004.
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educação infantil. Trad. Cristina Maria de Oliveira. Porto Alegre: Artemed. 1999.
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Congresso Nacional. Brasília/DF. 1996.
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e formatação. 14 ed. Porto Alegre: Brasul Ltda, 2008.
51
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JARDIM, A. P. Relação entre Família e Escola: Proposta de Ação no Processo
Ensino Aprendizagem. Presidente Prudente: Unoeste, 2006.
LIBÂNEO, José Carlos. OLIVEIRA, João, Ferreira de Toschi. MIRZA SEABRA.
Educação Escolar: Políticas, estrutura e organização. 5. ed.- São Paulo:
Cortez,2007.
LÜDKE, Menga e ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
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Paulo: Saraiva, 2002.
NOGUEIRA, M. A. A.; ROMANELLI, G.; ZAGO, N. (Org.).Família e escola:
trajetórias de escolarização em camadas populares e médias. Petrópolis: Vozes,
2006.
NOGUEIRA, Maria Alice. Relação Família/Escola e o Desempenho Escolar. Rio de
Janeiro: Vozes, 200O. 
PARO, V.H. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Ed. Xamã.
2000.
PRESTES, M. L. M. A pesquisa e a construção do conhecimento científico. 3ed. São
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SZYMANSKI, H. Teorias e Teorias da Família. Carvalho, M.C.B: A Família
Contemporânea em Debate. São Paulo, Educ. Cortez Editora. 1995.
52
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TIBA, Içami. Quem ama educa. São Paulo: Editora Gente, 2002.
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2008.
ZAGURY, Tânia. Escola sem conflitos: parceria com os pais. Rio de Janeiro: Record,
2008.
APÊNDICES
53
Apêndice 1 – Carta de apresentação aos pais ou responsáveis dos alunos
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
PLANONACIONAL DE FORMAÇÃO DEPROFESSORES
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA
PREZADO PAI OU RESPONSÁVEL
Solicitamos sua colaboração no preenchimento deste questionário. O mesmo é parte do
Projeto de Pesquisa intitulado: FAMILIA E ESCOLA: UMA PARCERIA POSSIVEL PARA O
DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS, a título de elaboração de Trabalho de
Conclusão de Curso – TCC da UFRA. O principal objetivo é identificar os motivos que levam a (não)
participação dos pais ou responsável na escola e, analisarmos sua influência no desempenho dos
filhos, para com isso buscar estratégias que contribuam com possíveis mudanças. As informações
serão utilizadas na pesquisa e não haverá identificação individual daqueles que responderem a este
questionário.
Assim, gostaríamos de ser autorizadas a aplicar o instrumento de pesquisa que segue em
anexo.
Desde já queremos agradecer a sua participação, que de grande importância para que
possamos obter êxito em nossa pesquisa.
 Atenciosamente
54
 
Helena Gonçalves de Lima
Luciléa Farias Serrão
Apêndice 2- Modelo de questionário da pesquisa
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
TEMA: Família e Escola: uma parceria possível para o desenvolvimento da aprendizagem 
das crianças
AUTORAS: Helena Gonçalves de Lima
 Luciléa Farias Serrão 
Questionário de Pesquisa
Pai ou responsável: __________________________________
Escola: Raimundo Ribeiro Dias
Cidade: Gurupá-Pa
1 – Como se dá a participação da família na vida escolar da(s) criança(s)?
( ) Participa constantemente 
( ) Participa esporadicamente 
55
( ) Somente no final do período letivo de cada semestre
( ) Não participa
2 – Como a família participa da vida escolar das crianças? 
( ) Em casa, acompanhando/ajudando nas tarefas escolares 
( ) Comunicando-se com a escola e professores semanalmente 
( ) Comparecendo em todas as reuniões escolares 
( ) Não participa 
6 – Com que frequência a família acompanha/ajuda nas tarefas escolares das crianças?
 
( ) Todos os dias 
( ) Às vezes 
( ) Não ajuda 
( ) Outros. Especifique: ____________________.
7 – Com que frequência a família mantém contato com a escola?
( ) Todos os dias 
( ) Três vezes por semana 
( ) Semanalmente
( ) Somente quando solicitado 
8 – Em relação à participação da família nas reuniões escolares: 
( ) Participa
( ) Às vezes
( ) Não participa
( ) Outros. Especifique: ____________________.
9 – Marque os motivos/razões que levam a família a não participar com mais frequência?
 
( ) Falta de tempo 
( ) Não sente necessidade em participar 
( ) Confia na escola e o que for decidido está bom
( ) Não é acolhido satisfatoriamente na escola
56
Apêndice 3 - Modelo de questionário da pesquisa
SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
TEMA: Família e Escola: uma parceria possível para o desenvolvimento da aprendizagem 
das crianças
AUTORAS: Helena Gonçalves de Lima
 Luciléa Farias Serrão 
Questionário de Pesquisa
Prof. (a): __________________________________
Formação: _____________________________ Tempo de serviço: _________
Turma que atua: ________________________
Escola: Raimundo Ribeiro Dias
Cidade: Gurupá-Pa
07 – Como se dá a participação da família de um modo geral na vida escolar de seus alunos?
( ) Participa
( ) Às vezes participa
57
( ) Somente no final de cada período letivo
( ) Outros. Especifique: ___________________.
08 – Você acredita que a participação dos pais na escola ajuda no desempenho escolar de seus filhos?
( ) Sim ( ) Não
09 – Qual a participação que a escola espera das famílias?
( ) Nas reuniões de pais e mestres
( ) Nas ações planejadas e executadas pela escola
( ) Participação efetiva como membro do Conselho Escolar
( ) Acompanhamento em casa das atividades escolares realizadas pelas crianças
10 – De que forma a escola incentiva a participação dos pais na escola?
( ) Por meio de projetos
( ) Por meio de reuniões quinzenais
( ) Por meio de oficinas/palestras e cursos
( ) Não incentiva
11 – Em sua opinião qual(is) o(s) fator(es) que dificultam a relação da família com a escola?
( ) Falta de tempo em ir à escola por conta do trabalho e/ou afazeres do lar
( ) Falta de compromisso das famílias com a educação de seus filhos
( ) Falta de conhecimento sobre o processo educacional
58
 
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