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Artigo 368 até 380 do código civil. Finalidade ➔ Extinção da obrigação, em que há débitos e créditos recíprocos. ➔ Quando duas ou mais pessoas forem, reciprocamente, credor e devedor uma da outra. ➔ Técnica de simplificação de quitação. ➔ Extingue-se às obrigações até onde possam compensar-se. Exemplo: A deve 500 reais a B, sendo este simultaneamente devedor de A de idêntica quantia, a compensação será total. Mas, se o débito de B com relação A for de menor ou maior valor, haverá compensação parcial. Correntes Corrente antiga: Pagamento fictício. Segunda corrente: Confusão (credor e devedor, são a mesma pessoa...) não é aceita essa corrente. Corrente majoritária na atualidade: Extinção da obrigação, em razão do desaparecimento dos respectivos objetos. Sistemas jurídicos Sistema germânico: Necessário fato humano. Sistema francês: Força de lei. Sistema brasileiro: Sistema francês. ➔ Não necessita pedir a compensação pois ela é automática. Espécies ➔ Compensação convencional ou facultativa Resulta da autonomia privada das partes, que deliberam por reciprocamente extinguir os créditos. Nada impede que as partes compensem débitos ilíquidos, inexigíveis ou mesmo infungíveis. ➔ Compensação judicial. Reside na questão da liquidez dos créditos envolvidos. ➔ Compensação legal (regra) Opera-se automaticamente, independentemente da oposição de qualquer dos interessados, sendo observado os requisitos objetivos e subjetivos descritos no artigo 369 do código civil. 1. Liquidez do débito: São aquelas certas quanto à existência e determinada quanto ao objeto. Admite-se liquidez naqueles débitos cuja quantidade é encontrada por simples cálculos da aritméticos, sem que se necessite de recurso a prova pericial ou testemunhal. 2. Exigibilidade do débito: Quando a obrigação é celebrada configura- se o débito, consistente em uma prestação de dar, fazer ou não fazer. Verificado o evento futuro e certo ou incerto, surge a exigibilidade, ou seja, não se pode pretender a dívida antes do vencimento. Compensação Compensação 3. Fungibilidade das prestações: É fundamental que as coisas sejam fungíveis entre si, homogêneas. assim, dívida de dinheiro só se compensa com outra dívida de dinheiro. O artigo 370 do código civil, descreve a possibilidade de as partes exigirem contratualmente a homogeneidade também quanto à qualidade das prestações. 4. Reciprocidade das obrigações: Norma geral do artigo 368 do código civil, podemos tranquilamente inferir como pressuposto para a compensação, a personalidade dos sujeitos ou da reciprocidade das obrigações. ➢ Consequências da exigência de reciprocidade. a) A compensação seria uma forma extintiva obrigacional limitada a pessoas que ocupem, as posições de credor e devedor. porém, a segunda parte do artigo 371 do código civil, diz que cederá quando o fiador opuser o crédito que o afiançado tiver contra o credor. Ex: Se o locador A acionar o fiador B poderá este, em defesa, alegar que A também é devedor do locatário C, sendo cabível assim a compensação. b) O artigo 376 do código civil descreve que a pessoa que se obrigou por terceiro não poderá compensar essa dívida com a que o credor lhe deve pessoalmente, com isso, é inviável a possibilidade de compensar o débito alheio com aquilo que porventura o credor esteja lhe devendo. Ex: A credor de B, caso C, na qualidade de garante B deseje compensar o débito de B com crédito que ele (C) titularize contra A, não poderá fazê-lo. c) A cessão de um dos créditos provocará a despersonalização da situação originária, pelo ingresso de terceiro em uma das relações jurídicas. Quando notificado da cessão de crédito que o seu credor faz a terceiro, poderá o devedor a ela se opor, realizando a compensação de créditos, desde que o seu crédito seja exigível qual o tempo da notificação. Requisitos ➔ Dívidas líquidas. ➔ Dívidas vencidas. ➔ Dívidas exigíveis (não pode estar prescrita). ➔ Pode haver sobre dívidas não vencidas, quando houver um acordo entre as partes. ➔ Coisas fungíveis. ➔ Mesma qualidade (ex: compensar dinheiro com dinheiro). Não há compensação ➔ Obrigações naturais. ➔ Obrigações Prescritas. ➔ Nulidade absoluta da obrigação. Compensar um terceiro Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele lhe dever. ➔ Se obrigar por fato de terceiro. Ex: arquiteto indica pintor e pedreiro, não se responsabilizando pelo fato de terceiro. Art. 371. O devedor somente pode compensar com o credor o que este lhe dever; mas o fiador pode compensar sua dívida com a de seu credor ao afiançado. ➔ Fiador. ➔ Ex: X é locatário e Y é fiador, X deve ao proprietário 3 meses, entretanto X fez uma Benfeitoria necessária em que o proprietário aceitou anteriormente, contudo, Y poderá compensar sobre essa Benfeitoria feita por X, diminuindo assim a dívida ou até mesmo acabando com ela. ➔ Pode compensar aquilo. Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento. ➔ Compensação com Imputação do pagamento. ➔ Quando se possui pluralidade de dívidas. Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo de direito de terceiro. O devedor que se torne credor do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, não pode opor ao exeqüente a compensação, de que contra o próprio credor disporia Ex: compra de precatório de terceiros. Limites à compensação Mesmo que todos os requisitos sejam eles subjetivos ou objetivos necessários a compensação estejam presentes, poderão as partes excluí-la, seja por mútuo acordo, como por renúncia prévia ao poder de compensar por parte de uma delas, assim como descrito no artigo 335 do código civil. Impedimentos à compensação ➔ Artigo 373, CC. A) Dívidas provenientes de esbulho, furto e roubo. ➢ Esbulho: Retirar de uma pessoa algo que está em sua posse ou é sua propriedade. B) Obrigações derivadas de comodato e alimentos. ➢ Comodato: Empréstimo de coisa não fungível, que se há de restituir no final do prazo estipulado. C) Dívida sobre bens insuscetíveis de penhora. ➢ A impenhorabilidade está prevista no artigo 833 do Novo CPC.
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