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Ligações Químicas Carolina Batista Professora de Química As ligações químicas correspondem à união dos átomos para a formação das substâncias químicas. Em outras palavras, as ligações químicas acontecem quando os átomos dos elementos químicos se combinam uns com os outros e os principais tipos são: Ligações iônicas: transferência de elétrons; Ligações covalentes: compartilhamento de elétrons; Ligações metálicas: existência de elétrons livres. Regra do Octeto A Teoria do Octeto, criada por Gilbert Newton Lewis (1875-1946), químico estadunidense, e Walter Kossel (1888-1956), físico alemão, surgiu a partir da observação dos gases nobres e algumas características como, por exemplo, a estabilidade dos elementos que apresentam 8 elétrons na Camada de Valência. Portanto, a Teoria ou Regra do Octeto explica a ocorrência das ligações químicas da seguinte forma: “Muitos átomos apresentam estabilidade eletrônica quando possuem 8 elétrons na camada de valência (camada eletrônica mais externa).” Para tanto, o átomo procura sua estabilidade doando ou compartilhando elétrons com outros átomos, donde surgem as ligações químicas. Vale lembrar que existem muitas exceções à Regra do Octeto, principalmente entre os elementos de transição. Regra do Octeto Lana Magalhães Professora de Biologia A Regra do Octeto ou Teoria do Octeto estabelece que os átomos devem possui oito elétrons em sua camada de valência de modo a adquirir estabilidade química. A regra do octeto diz que: “em uma ligação química um átomo tende a ficar com oito elétrons em sua camada de valência no estado fundamental, semelhante a um gás nobre" Para que os átomos apresentem a camada de valência completa é preciso realizar ligações químicas com objetivo de doar, receber ou compartilhar elétrons. Os átomos tendem a compartilhar elétrons até adquirir uma configuração estável, ou seja, a camada de valência completa. Desse modo, um átomo apresenta a distribuição eletrônica igual a de um gás nobre mais próximo ao seu número atômico. Os gases nobres (Família 8A) são os elementos da tabela periódica que possuem oito elétrons na camada de valência. A única exceção é o elemento Hélio que possui 2 elétrons. Quando o átomo possui oito elétrons na camada de valência, ele alcança a sua estabilidade. Isso quer dizer que não se ligará a outros átomos, pois não apresenta tendência a ganhar ou perder elétrons. É por isso que não encontramos compostos formados por gases nobres. Exemplos Confira alguns exemplos de ligações químicas realizadas com o objetivo de alcançar os oito elétrons na camada de valência: Cloro O Cloro (Cl) possui número atômico 17 e sete elétrons na camada de valência. Assim, para que ele se torne estável precisa de um elétron. Por isso, ele precisa compartilhar um par de elétrons através de ligações químicas. Uma forma é ligar-se com outro átomo de Cloro e formar a molécula Cl2. Assim, alcança-se os oito elétrons na camada de valência, satisfazendo a regra do octeto. Compartilhamento de elétrons Oxigênio https://www.todamateria.com.br/distribuicao-eletronica/ https://www.todamateria.com.br/gases-nobres/ https://www.todamateria.com.br/camada-de-valencia/ https://www.todamateria.com.br/cloro/ O oxigênio possui seis elétrons na camada de valência. Para torna-se estável, ele precisa de mais dois elétrons que serão obtidos através de ligações químicas. O oxigênio pode ligar-se com dois átomos de hidrogênio e formar uma molécula de água. Essa é uma ligação covalente e cada hidrogênio compartilha um de seus elétrons. Assim, o oxigênio passa a ter oito elétrons na camada de valência. Para saber mais sobre as ligações químicas, leia também: Ligações Químicas Ligações Iônicas Ligação Covalente Exceções Como em toda regra, existem as suas exceções. As exceções a regra do octeto abrange os elementos que não precisam de oito elétrons na camada de valência para serem estáveis. Confira alguns casos de exceções a regra do octeto: Os elementos estáveis com menos de oito elétrons Também chamada de contração do octeto, é mais comum de acontecer com elementos do segundo período da tabela periódica. Incluem-se nessa exceção os elementos que com menos de oito elétrons na camada de valência já tornam-se estáveis. Um exemplo é o elemento Berílio (Be), ele torna-se estável com apenas quatro elétrons na última camada. O Boro (B) e Alumínio (Al) tornam-se estáveis com seis elétrons na camada de valência. Os elementos estáveis com mais de oito elétrons Também chamada de expansão do octeto, acontece com elementos não metálicos a partir do terceiro período. Pelo fato de possuírem mais camadas eletrônicas, eles possuem também mais orbitais disponíveis para receber elétrons. Essa situação ocorre com o Fósforo (P) e o Enxofre (S). O fósforo pode receber até 10 elétrons e o enxofre 12 elétrons. Tipos de Ligações Químicas Ligação Iônica Também chamada de ligação eletrovalente, esse tipo de ligação é realizada entre íons (cátions e ânions), daí o termo "ligação iônica". Para ocorrer uma ligação iônica os átomos envolvidos apresentam tendências opostas: um átomo deve ter a capacidade de perder elétrons enquanto o outro tende a recebê-los. Portanto, um ânion, de carga negativa, se une com um cátion, de carga positiva, formando um composto iônico por meio da interação eletrostática existente entre eles. Exemplo: Na+Cl- = NaCl (cloreto de sódio ou sal de cozinha). Nesse composto, o sódio (Na) doa um elétron para o cloro (Cl) e se torna um cátion (carga positiva), enquanto o cloro torna-se um ânion (carga negativa). Outros exemplos de substâncias formadas por ligações iônicas são: Brometo de potássio, KBr Cloreto de cálcio, CaCl2 Fluoreto de magnésio, MgF2 Os compostos iônicos geralmente são encontrados no estado sólido em condições ambientes e apresentam elevados pontos de fusão e ebulição. Quando dissolvidos em água, essas substâncias são capazes de conduzir corrente elétrica, já que seus íons são liberados em solução. Ligação Iônica Lana Magalhães https://www.todamateria.com.br/o-que-e-molecula/ https://www.todamateria.com.br/ligacoes-quimicas/ https://www.todamateria.com.br/ligacao-ionica/ https://www.todamateria.com.br/ligacao-covalente/ Professora de Biologia As Ligações Iônicas são as ligações químicas que ocorrem entre os átomos quando estes reagem entre si a fim de alcançarem a estabilidade. Segunda a Teoria do Octeto, a estabilidade é atingida quando há 8 elétrons na última camada ou camada de valência. Características das ligações iônicas Diferentemente das ligações covalentes, em que há o compartilhamento de elétrons, nas ligações iônicas os elétrons são doados ou recebidos pelos átomos. Também chamada de ligação eletrovalente, a ligação iônica é produzida entre íons (cátions e ânions), daí o termo "iônica". Vale lembrar que os íons são átomos que possuem uma carga elétrica por adição ou perda de um ou mais elétrons. Portanto, nas ligações iônicas, um ânion, íon de carga elétrica negativa, se une com um cátion, íon de carga positiva, formando assim, um composto iônico por meio da atração eletrostática existente entre eles. Assim, podemos concluir que a ligação iônica é um tipo de ligação química baseada na interação eletrostática que ocorre entre íons de cargas opostas, ou seja, íons positivos (cátions) e íons negativos (ânions). Dessa maneira, enquanto um átomo ganha elétrons, o outro perde elétrons. Importante notar que, dos elementos que compõem a tabela periódica, aqueles que apresentam maior facilidade em perder elétrons, são em sua maioria, os metais das famílias IA (Metais Alcalinos), IIA (Metais Alcalino-Terrosos) e IIIA (família do Boro). Por outro lado, os que possuem facilidade em ganhar elétrons são os ametais das famílias VA (família do Nitrogênio), VIA (Calcogênios) e VIIA (Halogênios). Veja também: Íon, Cátion e Ânion Exemplos de Ligações Iônicas As ligações iônicas, geralmente estabelecidaentre um metal e um ametal (não metal), formam os compostos iônicos: elementos sólidos, duros e quebradiços que apresentam alto pontos de fusão e ebulição, além de conduzirem corrente elétrica quando dissolvidas em água. Alguns exemplo de ligações iônicas: Na+Cl- = NaCl (Cloreto de sódio ou sal de cozinha) Mg2+Cl- = MgCl2 (Cloreto de Magnésio) Al3+O2- = Al2O3 (Óxido de Alumínio) Ligação Covalente Também chamada de ligação molecular, as ligações covalentes são ligações em que ocorre o compartilhamento de elétrons para a formação de moléculas estáveis, segundo a Teoria do Octeto; diferentemente das ligações iônicas, em que há perda ou ganho de elétrons. Além disso, pares eletrônicos é o nome dado aos elétrons cedidos por cada um dos núcleos, figurando o compartilhamento dos elétrons das ligações covalentes. Exemplo: H2O: H - O - H (molécula de água) formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Cada traço corresponde a um par de elétrons compartilhado formando uma molécula neutra, uma vez que não há perda nem ganho de elétrons nesse tipo de ligação. Outros exemplos de substâncias formadas por ligações covalentes são: Gás oxigênio, O2 Sacarose (açúcar de mesa), C12H22O11 Ácido clorídrico, HCl https://www.todamateria.com.br/ligacoes-quimicas/ https://www.todamateria.com.br/tabela-periodica/ https://www.todamateria.com.br/metais-alcalinos/ https://www.todamateria.com.br/ion-cation-e-anion/ As ligações covalentes podem ser classificadas em polares ou apolares. No caso da água temos uma ligação covalente polar, pois os átomos que compõem a molécula apresentam diferentes eletronegatividades. Já o oxigênio (O2) apresenta uma ligação covalente apolar, pois é formado por átomos de um único elemento químico e, por isso, não apresenta diferença de eletronegatividade. Ligação Covalente A Ligação Covalente ou Ligação Molecular, são ligações químicas em que há o compartilhamento de um ou mais pares de elétrons entre os átomos, com a finalidade de formar moléculas estáveis, que segundo a Teoria do Octeto: "um átomo adquire estabilidade quando possui 8 elétrons na camada de valência (camada eletrônica mais externa), ou 2 elétrons quando possui apenas uma camada". A partir disso, diferentemente das ligações iônicas, em que ocorre a perda ou o ganho de elétrons, nas ligações covalentes, geralmente ocorridas entre não metais (ametais) da tabela periódica, os pares eletrônicos. Ou seja o nome dado aos elétrons cedidos por cada um dos núcleos dos elementos, figuram o compartilhamento dos átomos que procuram obter a estabilidade. As ligações covalentes são classificadas em: Ligações Covalentes e Ligações Covalentes Dativa. Exemplos de Ligações Covalentes Como exemplo de Ligação Covalente, temos a molécula de água H2O: H - O - H, formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio em que cada traço corresponde a um par de elétrons compartilhado formando um molécula neutra, uma vez que não há perda nem ganho de elétrons nesse tipo de ligação. Da mesma maneira, são ligações covalentes o O2 (O-O) e F2 (F-F). Veja também: Polaridade das moléculas Ligação Covalente Dativa Também chamada de ligação coordenada ou semipolar, a ligação covalente dativa é semelhante à dativa, porém ela ocorre quando um dos átomos apresenta seu octeto completo, ou seja, oito elétrons na última camada e o outro, para completar sua estabilidade eletrônica necessita adquirir mais dois elétrons. Em outras palavras, a ligação covalente dativa ocorre quando um dos átomos compartilha seus elétrons com os outros dois elementos. Representada por uma seta um exemplo desse tipo de ligação é o composto dióxido de enxofre SO2: O = S → O Isso ocorre porque é estabelecida uma dupla ligação do enxofre com um dos oxigênios a fim a de atingir sua estabilidade eletrônica e, além disso, o enxofre doa um par de seus elétrons para o outro oxigênio para que ele fique com oito elétrons na sua camada de valência. Vale lembrar que a seta indica que o enxofre (S) está doando um par de elétrons para o oxigênio (O). Ligação Covalente Dativa Também chamada de ligação coordenada, ocorre quando um dos átomos apresenta seu octeto completo, ou seja, oito elétrons na última camada e o outro, para completar sua estabilidade eletrônica, necessita adquirir mais dois elétrons. Esse tipo de ligação é representada por uma seta e um exemplo é o composto dióxido de enxofre SO2: O = S → O. Isso ocorre porque é estabelecida uma dupla ligação do enxofre com um dos oxigênios para atingir sua estabilidade eletrônica e, além disso, o enxofre doa um par de seus elétrons para o outro oxigênio para que ele fique com oito elétrons na sua camada de valência. Camada de Valência Lana Magalhães Professora de Biologia A Camada de Valência é a última camada de distribuição eletrônica de um átomo. Por ser a camada mais externa, também é a que fica mais distante do núcleo atômico. De acordo com a Regra do Octeto, a camada de valência precisa de oito elétrons para se estabilizar. Assim, os átomos adquirem estabilidade quando têm 8 elétrons na camada de valência. Isso acontece com os gases nobres, eles apresentam a camada de valência completa. A única exceção é o elemento Hélio que possui 2 elétrons. Os demais elementos precisam fazer ligações químicas para receber os elétrons faltantes e alcançar os oito elétrons na camada de valência. Os elétrons da camada de valência são os que participam das ligações, pois são os mais externos. Camadas da Eletrosfera Conforme o modelo atômico de Rutherford-Bohr, os elétrons giram ao redor do núcleo atômico, em diferentes camadas energéticas. Existem sete camadas designadas pelas letras K, L ,M, N, O, P e Q. Cada uma suporta um número máximo de elétrons. https://www.todamateria.com.br/ligacao-ionica/ https://www.todamateria.com.br/o-que-e-molecula/ https://www.todamateria.com.br/polaridade-das-moleculas/ Camadas eletrônicas e os números de elétrons que suportam Leia também: Modelo atômico de Bohr Modelo atômico de Rutherford Gases Nobres Regra do Octeto Como determinar a Camada de Valência? A camada de valência pode ser determinada de duas formas: Distribuição Eletrônica e Tabela Periódica. Distribuição Eletrônica Para determinação da camada de valência através da distribuição eletrônica é usado o Diagrama de Linus Pauling. Diagrama de Pauling Lembre-se que o diagrama de Pauling segue a ordem crescente de energia. A última camada obtida na distribuição eletrônica é a camada de valência. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10 7p6 Assim, na camada de valência, o subnivel mais energético é a última camada. Exemplos: Nitrogênio - N Número Atômico: 7 Distribuição eletrônica: 1s2 2s2 2p3 Camada de Valência: 2s2 2p3, o N possui 5 elétrons na camada de valência. Ferro - Fe Número Atômico: 26 Distribuição eletrônica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 Camada de Valência: 4s2, o Fe possui 2 elétrons na camada de valência. Cloro - Cl Número Atômico: 17 Distribuição eletrônica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 Camada de Valência: 3s2 3p5, o Cl possui 7 elétrons na camada de valência. Oxigênio - O Número atômico: 8 Distribuição eletrônica: 1s2 2s2 2p4 Camada de Valência: 2s2 2p4, o oxigênio possui 6 elétrons na camada de valência. Carbono - C Número atômico: 6 Distribuição eletrônica: 1s2 2s2 2p2 Camada de Valência: 2s2 2p2, o carbono possui 4 elétrons na camada de valência. Leia também sobre Números Quânticos. https://www.todamateria.com.br/modelo-atomico-de-bohr/ https://www.todamateria.com.br/modelo-atomico-de-rutherford/ https://www.todamateria.com.br/gases-nobres/ https://www.todamateria.com.br/regra-do-octeto/ https://www.todamateria.com.br/distribuicao-eletronica/ https://www.todamateria.com.br/diagrama-de-pauling/ https://www.todamateria.com.br/numeros-quanticos/ Até agora, os exemplos usados foram com elementos em estado fundamental. Mas o mesmo princípio pode ser usado para os íons,cátions e ânions. Veja o exemplo: Ânion Cloreto - Cl- O número atômico do Cloro é 17. Se estivesse em seu estado fundamental, o número de elétrons seria igual ao de prótons. Porém, nesse caso há o ganho de 1 elétron. Primeiramente, faça a distribuição eletrônica para o elemento Cloro: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5 Com o ganho de um elétron a mais, acrescente na última camada: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6. Assim, existem 8 elétrons na camada de valência (3s2 3p6). Veja também: Exercícios sobre distribuição eletrônica. Tabela Periódica Para determinar a camada de valência através da tabela periódica é preciso identificar o período e a família do elemento. Assim, enquanto a família 1A apresenta 1 elétron de valência, a 2A apresenta 2, e assim sucessivamente. Os elementos químicos constantes na mesma família da tabela periódica apresentam o mesmo número de elétrons na camada de valência. Porém, isso só é válido para os grupos 1, 2, 13, 14, 15, 16 e 17 que possuem os seguintes números de elétrons na camada de valência 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7, respectivamente. Para os elementos em que não é possível essa relação, deve ser usada a distribuição eletrônica. Não esqueça! As ligações químicas surgem da necessidade de estabilizar os átomos e, assim, formar moléculas. Isso é feito mediante a doação de elétrons da camada de valência, os quais pelo fato de estarem mais longe do núcleo, têm a tendência para doação. Ligação Metálica É a ligação que ocorre entre os metais, elementos considerados eletropositivos e bons condutores térmico e elétrico. Para tanto, alguns metais perdem elétrons da sua última camada chamados de "elétrons livres" formando assim, os cátions. A partir disso, os elétrons liberados na ligação metálica formam uma "nuvem eletrônica", também chamada de "mar de elétrons" que produz uma força fazendo com que os átomos do metal permaneçam unidos. Exemplos de metais: Ouro (Au), Cobre (Cu), Prata (Ag), Ferro (Fe), Níquel (Ni), Alumínio (Al), Chumbo (Pb), Zinco (Zn), entre outros. Os metais apresentam estado físico sólido em temperatura ambiente, com exceção do mercúrio, o único metal líquido nessas condições. As substâncias metálicas são boas condutoras de calor e eletricidade e, além disso, apresentam um brilho característico. Ligações Metálicas Lana Magalhães Professora de Biologia As ligações metálicas são tipos de ligações químicas que ocorrem entre metais. Elas formam uma estrutura cristalina chamadas de “ligas metálicas” (união de dois ou mais metais). Propriedades dos metais Na tabela periódica, os metais são os elementos da Família I A, chamados de Metais Alcalinos (lítio, sódio, potássio, rubídio, césio e frâncio) e os elementos da Família II A, os Metais Alcalino-Terrosos (berílio, magnésio, cálcio, estrôncio, bário e rádio). Além disso, no bloco B (grupo 3 ao 12), tem-se a categoria dos “Metais de Transição”, por exemplo, o ouro, prata, cromo, ferro, manganês, níquel, cobre, zinco, platina, dentre outros. Já os mais importantes elementos que compõem os “Metais Representativos” são: alumínio, gálio, índio, estanho, tálio, chumbo, bismuto. Os metais são encontrados na natureza no estado sólido (exceto o mercúrio encontrado no estado líquido), possuem brilho característico e a facilidade de perderem elétrons. https://www.todamateria.com.br/ion-cation-e-anion/ https://www.todamateria.com.br/exercicios-sobre-distribuicao-eletronica/ https://www.todamateria.com.br/tabela-periodica/ https://www.todamateria.com.br/familias-da-tabela-periodica/ https://www.todamateria.com.br/ligacoes-quimicas/ https://www.todamateria.com.br/metais/ São considerados bons condutores elétricos e térmicos (calor), possuem densidade elevada, alto ponto de fusão e ebulição, maleabilidade e ductibilidade. Veja também: Tabela Periódica Teoria da nuvem eletrônica Também denominada de “Teoria do Mar de Elétrons”, a Teoria da Nuvem eletrônica determina o fluxo de elétrons. Nas ligações metálicas, ocorre a liberação de elétrons que formam cátions (íons de carga positiva), e são chamados de “elétrons livres”. Em outras palavras, os elétrons mais externos, uma vez que estão mais distantes do núcleo do átomo, movimentam-se livremente formando uma “nuvem” ou um “mar” de elétrons Esse modelo confere a propriedade de maleabilidade e ductibilidade dos metais. Esses elementos correspondem a um conglomerado de átomos neutros e cátions imersos numa nuvem ou “mar” de elétrons livres, formando, assim, as ligações metálicas. Estas, mantém os átomos unidos por meio de um retículo cristalino. Veja também: Ligações Químicas Exemplos de ligas metálicas As ligas metálicas, constituídas por dois ou mais tipos de metais e formadas através das ligações metálicas, são utilizadas na confecção de muito produtos. Merecem destaque os fios, lâmpadas, estruturas de carros, bicicletas, viadutos, eletrodomésticos, dentre outros. A seguir, apresentamos alguns exemplos mais notórios das ligas metálicas: Aço Comum: liga metálica muito resistente composta de ferro (Fe) e carbono (C), utilizada nas construções de pontes, fogão, geladeira, dentre outras. Aço Inoxidável: composta de ferro (Fe), carbono (C), cromo (Cr) e níquel (Ni). Diferente do aço comum, essa liga metálica não sofre oxidação, ou seja, não enferruja, sendo utilizada na construção de vagões de metrô, trens, fabricações de peças automotivas, utensílios cirúrgicos, fogões, pias, talheres, etc. Bronze: liga metálica formada por cobre (Cu) e estanho (Sn) e utilizada na construção de estátuas, fabricação de sinos, moedas, etc. Latão: constituída de cobre (Cu) e zinco (Zn), esse tipo de liga metálica é muito utilizada na fabricação de armas, torneiras, etc. Ouro: n fabricação de joias, o ouro não é empregado em sua forma pura, ou seja, da forma encontrada na natureza. Assim, a liga metálica formada para a fabricação de joias é composta de 75% de ouro (Au) e 25% de cobre (Cu) ou prata (Ag). Observe que para a confecção de joias de ouro 18 quilates, utilizam-se 25% de cobre, enquanto que o ouro chamado de 24 quilates é considerado “ouro puro”. Além disso, a liga metálica composta de ouro é utilizada na fabricação de veículos espaciais, acessórios de astronautas, dentre outros. Veja também: Forças intermoleculares Curiosidade A “Idade dos Metais”, última fase da pré-história, foi caracterizada pela descoberta e dominação dos metais pelos homens, seja na confecção de artefatos, armas ou ferramentas. Posteriormente, expandiu-se o conhecimento sobre as técnicas de fundição e, a partir disso, os metais tornaram-se elementos essenciais na construção da humanidade. https://www.todamateria.com.br/tabela-periodica/ https://www.todamateria.com.br/ligacoes-quimicas/ https://www.todamateria.com.br/ligas-metalicas/ https://www.todamateria.com.br/aco-inox/ https://www.todamateria.com.br/bronze/ https://www.todamateria.com.br/ouro-elemento-quimico/ https://www.todamateria.com.br/forcas-intermoleculares/ https://www.todamateria.com.br/idade-dos-metais/
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