Buscar

Da dissolução da sociedade e do vínculo conjugal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sociedade conjugal e vínculo matrimonial são diferentes. 
Sociedade conjugal: é o complexo de direito e obrigações que formam a vida em comum dos 
cônjuges. O casamento cria a família ou o matrimônio, passando os cônjuges a terem direitos e 
deveres de ordem moral, espiritual e econômica. 
Vínculo matrimonial: o casamento válido constitui o vínculo matrimonial e este somente poderá 
ser dissolvido pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio. 
- Existem quatro formas de dissolver a sociedade conjugal: pela morte de um dos cônjuges, pela 
anulação do casamento ou a nulidade, pela separação ou pelo divórcio. 
• A dissolução da sociedade conjugal coloca fim aos efeitos patrimoniais dessa relação. 
• A dissolução do matrimônio, além de cessar os efeitos patrimoniais, permite que o 
interessado se case novamente. A dissolução do matrimônio, por sua vez, só ocorre em duas 
hipóteses: pela morte de um dos cônjuges, mesmo a presumida ou pelo divórcio. 
Art. 1.571. A sociedade conjugal termina: 
I - pela morte de um dos cônjuges; 
II - pela nulidade ou anulação do casamento; 
III - pela separação judicial; 
IV - pelo divórcio. 
§ 1º O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando-
se a presunção estabelecida neste Código quanto ao ausente. = vínculo matrimonial 
§ 2º Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o 
nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo em contrário a sentença de separação judicial. 
- A anulação e a nulidade do casamento não são causas terminativas, mas sim desconstitutivas da 
sociedade conjugal. E nada há que se falar em vínculo matrimonial, pois este não existirá uma vez 
que o casamento não será válido, tratando-se de causas de anulabilidade e nulidade. 
Avanço para o Direito: 
- Sofreu fortes resistências da Igreja; 
- O seu art. 2º corresponde ao art. 1.571 do Código Civil 
atual; 
- Em seu art. 24, estabelecia que o divórcio põe termo ao 
casamento e aos efeitos civis do matrimônio religioso, 
colocando fim também, portanto, ao vínculo matrimonial. 
 
DIVÓRCIO E SEPARAÇÃO 
- Encerram com os deveres conjugais; 
Lei do Divórcio = Lei nº 6.515/77 
(da autoria do deputado Nelson 
Carneiro) 
= Cria-se então, o divórcio. 
- Encerram com a coabitação; 
- Encerram com a sociedade conjugal; 
- Admitem a forma judicial e extrajudicial; 
- Devem ser averbados em registro público. 
Obs.: antigamente, para se ter o divórcio era necessário que se cumprisse determinados prazos em 
separação de fato ou separação de corpos, no entanto, por vitória do Direito, atualmente não se 
exige nenhum tipo de prazo para que seja realizado o divórcio. 
 
 DIVÓRCIO SEPARAÇÃO 
- Dissolutivo; - Terminativa; 
- Fim do casamento; - Fim da sociedade conjugal; 
- Não há vínculo matrimonial; - Há vínculo matrimonial (ainda); 
- Não é possível reconciliação; - É possível reconciliação; 
(tem que casar novamente, se reatar); - Pessoas separadas podem ter união estável. 
- Pessoas divorciadas podem casar. 
 
MODALIDADES DO DIVÓRCIO: 
a) Divórcio conversão/indireto: decorrido um ano do trânsito em julgado da sentença que 
houver decretado a separação judicial, ou da decisão concessiva da medida cautelar de 
separação de corpos, qualquer das partes poderá requerer sua conversão em divórcio (art. 
1.580, caput, Código Civil): 
Art. 1.580. Decorrido um ano do trânsito em julgado da sentença que houver decretado a separação 
judicial, ou da decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos, qualquer das partes 
poderá requerer sua conversão em divórcio. 
§ 1º A conversão em divórcio da separação judicial dos cônjuges será decretada por sentença, da 
qual não constará referência à causa que a determinou. 
§ 2º O divórcio poderá ser requerido, por um ou por ambos os cônjuges, no caso de comprovada 
separação de fato por mais de dois anos. 
b) Divórcio direto: o divórcio poderá ser requerido, por um ou por ambos os cônjuges, no caso 
de comprovada separação de fato por mais de dois anos; 
c) Divórcio remédio: demonstração da doença mental do cônjuge, com as consequências da 
separação judicial com esse fundamento. 
 
 
PEC DO DIVÓRCIO – Emenda Constitucional nº 66/2010 
- O divórcio direto é reflexo dos avanços trazidos pela EC nº 66/2010 que eliminou todos os prazos 
e quesitos para as pessoas se separarem e se divorciarem. 
- Tal PEC modificou o §6º do art. 226 da Constituição Federal: 
• Como era: §6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio, após prévia separação 
judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separação de fato 
por mais de dois anos. 
• Atualmente: §6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. 
- Após a PEC o divórcio e a separação passaram a ser direto e imotivado. 
 
O DIVÓRCIO PODERÁ SER 
 
a) Divórcio Consensual: 
Art. 731. CPC: A homologação do divórcio ou da separação consensuais, observados os requisitos 
legais, poderá ser requerida em petição assinada por ambos os cônjuges, da qual constarão: 
I - as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns; 
II - as disposições relativas à pensão alimentícia entre os cônjuges; 
III - o acordo relativo à guarda dos filhos incapazes e ao regime de visitas; e 
Obs.: desde que comprovada a prévia resolução judicial de todas as questões referentes aos 
menores/incapazes. 
IV - o valor da contribuição para criar e educar os filhos. 
Parágrafo único. Se os cônjuges não acordarem sobre a partilha dos bens, far-se-á esta depois de 
homologado o divórcio, na forma estabelecida nos arts. 647 a 658. 
a.1) Requisitos: 
• Consensual; 
• Escritura pública; 
• Assistência de advogado – imprescindível; 
• Disposições relativas à partilha dos bens comuns do casal e pensão alimentícia. 
- Será realizado diretamente no Cartório, através de escritura pública. O tabelião somente lavrará a 
escritura se os interessados estiverem assistidos por advogado ou por defensor público, cuja 
qualificação e assinatura constarão do ato notarial. 
- Importante: a escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para 
qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições 
financeiras. 
• CONSENSUAL; 
• LITIGIOSO. 
Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, 
não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser 
realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731 . 
§ 1º A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer ato de 
registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras. 
§ 2º O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados estiverem assistidos por advogado ou 
por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial. 
 
Obs.: Terá validade a escritura pública mesmo quando ocorrer a descoberta posterior da gravidez, 
quando comprovada a boa-fé dos envolvidos e a imediata tomada de medidas judicias voltadas 
para a proteção do nascituro. Mas o tabelionato ou escrivão do Cartório poderá pedir para os 
cônjuges uma declaração que não há ou que desconhecem gravidez desse relacionamento. 
Obs.2: quando existir nascituro não poderá ter o divórcio consensual. 
a.2) Divórcio consensual celebrado no exterior: 
Desde que seja um divórcio consensual puro ou simples, ou seja, não tenha menores, incapazes e 
assim não tenha discussões sobre pensão alimentícia defilhos, guarda, regime de convivência 
(divórcio consensual qualificado). 
- A sentença estrangeira de divórcio consensual que contemple UNICAMENTE a dissolução do 
matrimônio, dispensa homologação do STJ e passa a ter efeitos imediatamente. 
Art. 961, CPC: A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação de 
sentença estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias, salvo disposição em sentido 
contrário de lei ou tratado. 
[...] 
§5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 
b) Divórcio litigioso: 
Quando há opiniões divergentes sobre a dissolução e as questões que a envolvem. Só é possível ser 
feito judicialmente. 
 
c) Questões consequentes do divórcio: 
• Os cônjuges poderão optar a voltar a usar o nome de solteiro, caso tenha modificado o nome 
quando do casamento. No entanto, se optarem durante o divórcio em não modificar o nome, 
tal modificação poderá ser ulterior ao divórcio; 
• Os cônjuges podem se fazer representar no ato por procuradores; 
• As partes poderão escolher livremente a cidade e o Cartório onde pretendem realizar a 
escritura de inventário ou de separação.

Outros materiais