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TCC PRONTO a importância das atividades adaptadas para a educação inclusiva

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIa
 (
VITÓRIA APARECIDA SILVEIRA DE MORAES 
) (
PROJETO DE ENSINO
EM LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
“
ATIVIDADES 
PEDAGÓGICAS ADAPTADAS PARA ALUNOS PÚBLICO
 ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL”
)
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Nova Friburgo
2021
vitória aparecida silveira de MORAES
PROJETO DE ENSINO
EM LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
“ATIVIDADES PEDAGÓGICAS ADAPTADAS PARA ALUNOS PÚBLICO ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL”
Projeto de Ensino apresentado à 
Universidade Norte do Paraná - UNOPAR como requisito parcial à conclusão do Curso de Licenciatura em Pedagogia. 
Docente supervisor: Marcia de Souza Quadros
 
Nova Friburgo
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................3
1 TEMA....................................................................................................4
2 JUSTIFICATIVA....................................................................................6
3 PARTICIPANTES..................................................................................7
4 OBJETIVOS...........................................................................................8
5 PROBLEMATIZAÇÃO............................................................................9
6 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................10
7 METODOLOGIA....................................................................................15
8 CRONOGRAMA.....................................................................................16
9 RECURSOS...........................................................................................17
10 AVALIAÇÃO.........................................................................................18
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................19
12 REFERÊNCIAS........................................................................................20
INTRODUÇÃO
Nesse presente projeto de ensino, será abordado o tema: “Atividades Pedagógicas Adaptadas para alunos público alvo da educação especial”.
 Ele conta com a escolha do tema que é muito importante pois os alunos com alguma deficiência necessitam de inclusão em sala de aula, contando sempre com o professor de sala e o professor de AEE trabalhando juntos para construir atividades adaptadas e estarem sempre atentos às necessidades e habilidades específicas que cada educando possui.
A perspectiva de uma educação para todos constitui um grande desafio, quando a realidade aponta para uma numerosa parcela de excluídos do sistema educacional sem possibilidade de acesso à escolarização, apesar dos esforços empreendidos para a universalização do ensino. Essas condições exigem a atenção da comunidade escolar para viabilizar a todos os alunos, indiscriminadamente, o acesso à aprendizagem, ao conhecimento e ao conjunto de experiências curriculares disponibilizadas ao ambiente educacional, a despeito de necessidades diferenciadas que possam apresentar, conforme ideias presentes em vários documentos oficiais e de vários autores como consta no trabalho.
 Destaca-se a importância de explorar sobre o tema com todos os alunos, e como o desenvolvido no Projeto de ensino em especial para as classes do quinto ano, para que eles compreendam todas as necessidades que os seus colegas de escola possuem, trabalhem em grupo na projeção de atividades ou jogos adaptados e participem de um processo de educação realmente inclusivo e empático, pesquisando sobre, vivenciando no projeto de ensino e assim compartilhando a experiência e a importância da inclusão para todos.
1 TEMA 
O presente projeto de ensino terá como tema “Atividades Pedagógicas Adaptadas Para Alunos Público-Alvo da Educação Especial”. 
O Atendimento Educacional Especializado, de acordo com o Decreto nº 7.611/2011, compreende o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente, prestados de forma a complementar a formação dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, como apoio permanente e limitado no tempo e na frequência dos estudantes às salas de recursos multifuncionais; ou suplementar à formação de estudantes com altas habilidades/superdotação. O AEE pode ser realizado em uma Sala de Recursos Multifuncionais, ou seja, um espaço organizado com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais especiais, projetadas para oferecer suporte necessário às necessidades educacionais especiais dos alunos, favorecendo seu acesso ao conhecimento. O referido atendimento deve integrar a proposta pedagógica da escola, além de que o professor da sala de aula regular e o professor de AEE devem trabalhar juntos, trocar informações, discutir as necessidades do aluno, e as possibilidades de ensino e aprendizagem, isto é atuando de forma colaborativa para que possam formular melhores condições adaptadas para seus respectivos alunos de inclusão, assim como faz se necessário envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atenderem às necessidades específicas do público da educação especial, e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas.
Ao realizar uma breve entrevista com a Professora Luciléia de Carvalho Cordeiro Silva, que possui formação em Psicologia, Pedagogia, e pós em AEE além de 15 anos de atuação como professora da sala de recursos trabalhando atualmente na Escola Municipalizada José Luiz Erthal em Barra Alegre, no Município de Bom Jardim ela disse que
“As atividades adaptadas inclusivas são de extrema importância,na rotina escolar das crianças com NEE, pois estas atividades facilitam o processo de aprendizagem e ajudam os alunos a desenvolverem habilidades necessárias para facilitar seu desenvolvimento, em minha sala os recursos mais utilizados são o computador, livros, jogos pedagógicos, materiais confeccionados. É sempre importante acreditar que toda criança é capaz de aprender, então quando adaptamos estamos apresentando o conteúdo de sala de aula de outra forma que facilite o processo de aprendizagem do aluno, partindo dessa premissa cada aluno vai avançando conforme seu tempo, mas sempre há avanços, seja no cognitivo, social, linguagem, afetivo ou na coordenação motora”
2 JUSTIFICATIVA
Durante muito tempo aprendemos que era preciso identificar o que os alunos não sabiam e quais eram as limitações. Quando conhecemos as características de determinadas deficiências reconhecemos suas restrições. Sabemos, por exemplo, que o aluno com deficiência visual não acessará as aulas pela visão, pois sua condição restritiva é sensorial. Muitas vezes, identificar as limitações pode ter um efeito paralisante. Por outro lado, se identificamos as competências, encontramos alternativas de ensino e condições favoráveis à participação nas aulas e à aprendizagem.
Ampliar as potencialidades cognitivas dos alunos com necessidades educacionais especiais (NEEs) é um dos grandes desafios do trabalho de inclusão na sala de aula. Mas, mesmo com poucos recursos, é possível oferecer boas alternativas para atender às peculiaridades dos educandos adaptando materiais pedagógicos. O uso deles permite que os alunos sejam capazes de se expressar, elaborar perguntas, resolver problemas e se tornar mais participativos, permitindo assim uma maior interação social com toda a classe.·.
Providenciar a aquisição ou confecção desses materiais, portanto, é uma maneira de a escola proporcionar uma melhoria no atendimento e promover processos de aprendizagem em igualdade de condições. Além da economia de recursos, a produção interna facilita a adaptação às necessidades dos alunos que os utilizam.
A partir do século 21, a produção de conhecimento ocorre em um ritmo muitoacelerado. O acesso à informação e ao conhecimento acontece também com muita rapidez. Com isso, há necessidade de estudo constante e atualização por parte dos profissionais. Some-se a isso o fato de a educação inclusiva ser uma prática em construção. O saber está sendo construído à medida que as experiências se acumulam, aprimoram as práticas anteriores e concretizam a inclusão.
3 PARTICIPANTES
O projeto de ensino tem como participantes os alunos do 5º ano do ensino fundamental e toda a comunidade escolar que foi convidada para prestigiar.
4 OBJETIVOS
Objetivo Geral: Fazer com que os alunos compreendam e respeitem as diferenças com o Projeto proposto.
Objetivos Específicos:
· Reconhecer a importância dos jogos adaptados e inclusivos para todos.
· Incentivar a reflexão dos alunos a cerca da palestra apresentada.
· Motivar o trabalho em equipe.
· Compreender o valor de sermos diferentes, cada um com suas dificuldades.
5 PROBLEMATIZAÇÃO
Historicamente, as pessoas com deficiência foram totalmente excluídas das redes de ensino. Ou, quando muito, tiveram acesso parcial à educação, o qual se dava a partir dos modelos de segregação ou integração.
No primeiro, o estudante com deficiência era atendido por uma instituição educacional apartada do ambiente da escola comum, denominada escola especial. No segundo, o aluno frequentava uma sala de aula inserida dentro de uma escola comum, porém, exclusivamente destinada a pessoas com deficiência. É o que chamamos de sala especial.
Os dois modelos admitiam outras variações quanto ao modo de atendimento. Mas, em ambos os casos, os serviços eram desenvolvidos pela área da educação especial, até então estruturada como uma modalidade substitutiva do ensino comum. Como resultado, o estudante era privado do processo de aprendizagem em um ambiente de contato contínuo com os demais alunos, sob a alegação de que isso garantia um atendimento de maior qualidade.
Além de aprender a adaptar o planejamento e os procedimentos de ensino, é preciso que os educadores olhem para as competências dos alunos, e não apenas para suas limitações. Essa proposta é orientada pelo direito que todos os estudantes têm de frequentar a sala de aula comum juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação, mas infelizmente muita das vezes ocorre à questão do bullying, a escola deve estar atenta para sempre conversar com quem está praticando tal ato, para que ele compreenda o seu erro e assim mude sua postura. Assim sendo no cotidiano escolar os professores se deparam com diversas barreiras que os atrapalham nas adaptações de tarefas, pois muitas escolas ainda não possuem recursos suficientes para uma educação completamente inclusiva como, por exemplo: falta de acessibilidade, de materiais pedagógicos adequados, de internet, esses e muitos outros que podem ser observados em muitas escolas do Brasil.
 6 REFERENCIAL TEÓRICO 
A inclusão escolar, nos últimos anos, tem se desenvolvido em uma perspectiva mundial como um movimento complexo, que inclui a luta social das pessoas com deficiência, bem como de seus familiares, por direitos básicos, e outros mais abrangentes. 
No transcorrer dos últimos anos muitos movimentos em prol da inclusão social e escolar surgiram em função das desigualdades sociais e preconceitos datados historicamente.
O que ocorre, no atual momento histórico, é que a sociedade, antes pautada por processos de segregação e exclusão amplamente difundidos, agora defende a inclusão e, para tanto, cria documentos, políticas e leis que assumem um papel conceitual na sociedade, que visam a garantir direitos e igualdade de todos perante a lei. 
Atualmente, a inclusão de alunos deficientes nas escolas regulares de ensino, no Brasil, é assegurada pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI 2008), que define que: 
[...] os sistemas de ensino devem assegurar aos alunos currículo, métodos, recursos e organização específicos para atender às suas necessidades; assegura a terminalidade específica àqueles que não atingiram o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude das suas deficiências (Brasil, 2008, p. 2)
A educação inclusiva, para Mendes (2006), envolve certa adaptação das instituições de ensino às demandas apresentadas pelos alunos com deficiências, e a mesma tem papel determinante na vida destes sujeitos. Contudo, a inclusão escolar foi e tem sido um enorme desafio para o nosso sistema educacional, sobretudo no que diz respeito à universalização da educação básica e ao desenvolvimento de uma educação unificada. (Saviani, 2011). Ela representa um caminho que está sendo construído, em vias de consolidar uma sociedade mais justa, solidária e apta a garantir os direitos das pessoas que nela vivem.
Seguindo nesta linha, no ano de 1996, com a promulgação da Lei das Diretrizes Básicas da Educação (LDB), ocorre uma modificação no sistema educacional brasileiro em todos os seus níveis, e dispõe acerca de diversos “aspectos do sistema educacional, dos princípios gerais da educação escolar às finalidades, recursos financeiros, formação e diretrizes para a carreira dos profissionais do setor.” (BRASIL, 1996). 
A partir da segunda metade do século XX, os alunos com deficiência foram amparados pela Declaração Mundial de Educação para Todos e pela Declaração de Salamanca; esta última proclamou que “[...] as pessoas com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas comuns que deverão integrá-las numa pedagogia centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades.” (Abenhaim, 2005, p. 43).
O princípio básico da inclusão escolar, de acordo com essa Declaração, consiste em que as escolas reconheçam as diversas necessidades dos alunos e a elas respondam, assegurando-lhes uma educação de qualidade, que proporcione a aprendizagem por meio de um currículo apropriado e modificações organizacionais, das estratégias de ensino, entre outros (UNESCO, 2000). 
Nessa perspectiva, no Brasil, a Resolução do Conselho Nacional de Educação/CEB n°. 2/2001 define as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, e afirma, no art. 2º, que: “os Sistemas de Ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.
Com o advento da inclusão escolar dos alunos com deficiência nas redes regulares de ensino,de acordo com Teixeira (2003), houve uma extensa necessidade, por parte da escola, de repensar os métodos de ensino; nesse sentido, a educação começa a direcionar seus trabalhos, priorizando formas de ensino de acordo com as singularidades de cada criança, visto que cada uma possui um processo de aprendizagem e um jeito de ser, tanto professores quanto alunos; dessa forma, as práticas deveriam variar de acordo com a demanda que a escola receber. Nesse contexto, “[...] a inclusão não prevê a utilização de práticas de ensino escolar específicas para esta ou aquela deficiência, mas sim recursos, ferramentas que podem auxiliar os processos de ensino e de aprendizagem.” (Brasil, 2004, p. 35). Mazzotta e Sousa (2000, p. 97) quando tratam da questão documental do tema inclusão, passando rapidamente pelos documentos oficiais das políticas educacionais brasileiras, em relação a preocupação dos governantes, pontuam que estes tiveram “preocupações governamentais com a educação para todos. Embora constando de documentos oficiais, tais preocupações, intenções ou prerrogativas não têm sido acompanhadas de ações que as tornem realidade”. 
Temos hoje políticas públicas educacionais definidas no território dos estados,que visam uma educação que dê conta das necessidades e limites de seu alunado, no entanto, de acordo com Matiskei (2004) “é necessário admitir que as políticas públicas não são pensadas apenas a partir de determinações jurídicas, legais, nas quais o Estado aparece como mero executor, neutro, destituído de princípios axiológicos que balizam a sua ação.” 2019)
A autora ainda enfatiza que os termos inclusão e exclusão podem ser entendidos como lados de uma mesma realidade, uma vez que “discutir mecanismos para viabilizar a inclusão social, econômica, digital, cultural ou escolar significa admitir a lógica intrinsecamente excludente presente nos atuais modos de organização e produção social que se querem modificar” (p.4). 
Nesse contexto, 
(...) cabe ao Estado, a tarefa de buscar novos caminhos para a superação de alguns dos obstáculos presentes no seio social que distanciam os segmentos excluídos do acesso aos bens e serviços e, no caso específico da inclusão escolar, do direito à educação 
(Matiskei, p.5, 2004).
Então, para que o estado possa efetivamente cumprir suas responsabilidades de forma eficaz, torna-se necessário um olhar diferenciado e comprometido em torno das atuais políticas públicas que regem a educação inclusiva, assumindo para si a responsabilidade para com esse público, uma vez que 
sem dúvida, discutir-se a concretização do direito de todos a educação implica a consideração da multiplicidade de manifestações de exclusão, seja ela social, racial, de gênero ou das pessoas deficientes na sociedade e na escola. Ou seja, ao se assumir a perspectiva da inclusão, tem se como suposto o reconhecimento da exclusão, "processo complexo e multifacetado, uma configuração de dimensões materiais, políticas, relacionais e subjetivas. E processo sutil e dialético pois só existe em relação à inclusão como parte constitutiva dela. Não é uma coisa ou um estado, é processo que envolve o homem por inteiro e suas relações com os outros. Não tem uma única forma e não é falha do sistema (Mazzotta e Sousa, 2000, p. 101).
Lima (1969) traz uma visão que faz pensar a maneira como as leis f
oram criadas e afirma que a instituição escola aparece literalmente vinculada ao desenvolvimento do capitalismo. 
 
No Brasil, a educação tem sido 
reservada a uma elite dominante e totalmente exploradora, sempre esteve voltada a estratificação e dominação social. Esteve arraigada por diversos séculos em nossa sociedade a concepção de dominação cultural, portanto o ensino era apenas para alguns, e a maioria não precisaria aprender. As oligarquias do período colonial e monárquico estavam profundamente fundamentadas na dominação via controle do 
saber. (...) a classe dominante tinha de ser detentora dos meios de conhecimento e de ensino. Isso implicou no modelo aristocrático de vida presente em nossa sociedade colonial e depois na corte de D. Pedro (Lima, 1969, p.9).
Mészáros (2008, p. 11) ainda acrescenta que “[...] o simples acesso à escola é condição necessária, mas não suficiente para tirar das sombras do esquecimento social milhões de pessoas cuja existência só é reconhecida nos quadros estatísticos”. 
 Percebe-se, portanto, nos conteúdo expostos, indícios de uma contradição, uma vez que o Estado e alguns setores da sociedade civil afirmam os direitos das pessoas com deficiência e ao mesmo tempo não possibilitam que a lei seja colocada em prática, por falta de recursos humanos, materiais, força política e reorganização do sistema, pensamento crítico, político e sistematizado. Constata-se que a garantia presente nos discursos oficiais muitas vezes não se materializa no dia-a-dia das instituições.
Portanto, evidencia-se uma necessidade elementar de realizar estudos que problematizem concepções e métodos de trabalho/ensino, ressignificando conceitos e práticas, para um novo olhar sobre o sujeito da educação inclusiva e sua educação escolar, objetivando uma educação efetivamente inclusiva.
Segundo Cerqueira e Ferreira (2000), “talvez em nenhuma outra forma de educação os recursos didáticos assumam tanta importância como na educação especial de pessoas deficientes” (p.24). A manipulação de diferentes materiais ajuda no desenvolvimento da percepção tátil, facilitando a discriminação de detalhes e propiciando a movimentação dos dedos. Njoroge (1994) salienta que é preciso auxiliar os estudantes com visão subnormal a alcançarem a utilização máxima de sua visão com a maior quantidade de adaptações. Também é preciso ajudá-los a manter um equilíbrio real entre o que é possível e o que é prático. Assim, para o professor que tem em sua sala um aluno com necessidades educacionais especiais, não deve haver limite para a criatividade e para a utilização de recursos pedagógicos, mobiliário adaptado e estratégias adequadas que motivam sua vontade de aprender.
Algumas das diversas opções de adaptações para alunos de inclusão e com materiais de fácil acesso são: Livros com marcadores colocar clipes ou velcro entre as páginas ajuda a manipulação em quem possui dificuldades motoras
 Cadernos com linhas escurecidas utilizando uma caneta ou hidrocor para reforçar as linhas das páginas torna a escrita mais fácil das crianças com capacidade visual reduzida, ou objetos sonoros como  inserir guizos ou grãos dentro de bambolês ou bolas o que os deixam perceptíveis aos deficientes visuais.
 assim também como o alfabeto ampliado, colando letras sobre tampas de garrafa, caixas de vídeo ou de fósforo, deixa as peças mais altas e fáceis de visualizar para quem possui baixa visão. Dentre muitas outras opções de adaptação para alunos com as mais diversas dificuldades.
7 METODOLOGIA
Sendo assim, visto que as atividades adaptadas são de extrema importância para a aprendizagem dos alunos, apresento aqui um projeto desenvolvido para turmas do 5° ano do Ensino Fundamental.
As atividades serão realizadas inicialmente em sala de aula para fundamentar a importância do projeto com conhecimentos prévios, e em um sábado letivo para contar também com a presença fundamental dos pais e comunidade escolar.
O projeto está intitulado de “Unidos Pela Inclusão” e será organizado em 3 planos de aula e 1 sábado letivo.
1- PRIMEIRA PARTE: Texto e explicação sobre a importância da inclusão e das atividades adaptadas para alunos com deficiência.
· Observar o que os alunos possuem de conhecimento prévio e conversar com eles sobre o tema abordado.
2- SEGUNDA PARTE: Pesquisa sobre jogos e atividades adaptadas.
· Pedir que os alunos realizem pesquisas sobre o tema “A importância das atividades adaptadas par a inclusão” e que cada turma traga pelo menos uma brincadeira que possamos adaptar para a gincana do sábado letivo.
3- TERCEIRA PARTE: Palestra e atividades adaptadas.
· Os alunos e comunidade escolar convidada, assistirão à uma palestra sobre o respeito às diferenças.
· Os alunos vivenciarão na gincana atividades adaptadas, inclusive da que eles mesmos criaram. Como por exemplo: 
· Vôlei sentado: Todos os alunos ficam sentados na quadra emm suas posições, a rede ficará mais baixa e algumas regras terão de ser adaptadas também.
· Pique e pega sensorial: Os alunos estarão na quadra, todos terão que fazer algum barulho para que quem esteja com o pique de olhos vendados os pegue.
· Caixa dos sentidos: Essa brincadeira poderá ser feita incialmente com objetos em uma caixa, e as pessoas vendadas através dos sentidos deverão descobrir o nome de cada uma delas. Poderá ser feita também explorando elementos da natureza(pedras, folhas, areia...)
4- QUARTA PARTE. Texto sobre os conceitos aprendidos.
· Os alunos em seu próximo dia letivo de aula, deverão criar um texto mostrando o que aprenderam com o projeto, a importância da inclusãoe dos materiais adaptados.
8 CRONOGRAMA
	
1-PLANEJAMENTO
	
490 nutos
	
2- EXECUÇÃO
	1° aula de 50 minutos: Texto e explicação sobre a importância da inclusão e das atividades adaptadas para alunos com deficiência.
2° aula de 50 minutos: Pesquisa sobre jogos e atividades adaptadas.
3° sábado letivo evento de 4 horas: Palestra e atividades adaptadas.
4° aula de 50 minutos: Texto sobre os conceitos aprendidos.
	
3- AVALIAÇÂO 
	
Os alunos serão avaliados em todos os momentos de acordo com suas pesquisas, participação, colaboração e interesse sobre os temas abordados.
9 RECURSOS
· Explicação da importância da inclusão e das atividades adaptadas
· Pesquisas
· Alunos
· Palestrante
· Faixas
· Objetos
· Pátio
· Quadra
· Convidados/ Comunidade escolar
· Microfone
· Caixa de som
· Materiais recicláveis para adaptação de alguns jogos 
· Texto sobre as experiências adquiridas.
10 AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados em todos os momentos de acordo com suas pesquisas, participação, colaboração e interesse sobre os temas abordados.
Em uma aula seguida do sábado letivo, os alunos irão escrever um texto sobre o aprendizado que obtiveram ao abordar os temas da inclusão.
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Ao concluir esse trabalho pude observar que criar leis se mostra uma tarefa muito singular, se notarmos as reais necessidades que envolvem a inserção e permanência dos alunos com deficiência no sistema de ensino e na sociedade como um todo. 
 Pois se políticas de inclusão escolar permanecerem fixas somente na criação de leis, decretos e notas técnicas, não será possível captar a realidade e perceber que existem necessidades que vão além daquelas que se encontram presentes nos documentos oficiais, e que precisam ser conhecidas e atendidas para que a proposta de igualdade se realize na prática escolar do dia-a-dia. 
Até o momento, o que de fato se observa é a presença de contradições, um distanciamento entre as necessidades reais do sistema de educação e ensino e os textos legais que norteiam a política de educação inclusiva, pois muitas escolas enfrentam dificuldades em conseguir adaptar seus alunos da melhor maneira, pois a falta de recursos ainda é uma triste realidade.
Com o presente projeto, pode-se concluir que é de extrema necessidade à adaptação das atividades para os alunos da educação especial, para facilitar a aquisição de conhecimentos por parte dos educandos. Enfatizou-se , porém, que para a construção de uma escola, de uma família, enfim, de uma sociedade que se quer inclusiva, há que se pesquisar, estudar e intervir de forma decisiva para o êxito desse processo . Somente incluindo se faz uma educação de qualidade, e que a participação dos alunos, família e comunidade escolar é fundamental para um aprendizado feito de forma empática, que entenda e compreenda que todos precisamos estar unidos pela inclusão.
12 REFERÊNCIAS
ABENHAIM, E. (2005).Os Caminhos da inclusão:breve histórico. In A. M. Machado, A. J. VEIGA NETO, M. V. O.;SILVA, R. G. PRIET, W. Rannã & E. Abenhaim (Orgs.). Psicologia e Direitos Humanos
: Educação Inclusiva, direitos humanos na escola (p. 39-53). São Paulo: Casa do Psicólogo;
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – nº 9.394. MEC, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial. Adaptações Curriculares para o Ensino Fundamental. MEC/SEESP, 1997.
BLOGLICEUM. 4 estratégias pedagógicas para promover a inclusão na escola. 15 de maio de 2019. Disponível em <https://blog.lyceum.com.br/estrategias-pedagogicas-para-inclusao-na-escola/ > Acesso em 20 de outubro de 2021.
GONZAGA, Ana. Materiais adaptados ajudam a incluir. 01 de julho de 2012 Disponível em: <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/350/materiais-adaptados-ajudam-a-incluir > Acesso em 20 de outubro de 2021.
LIMA, L. O. Estórias da educação no Brasil: de Pombal a Passarinho. 3. ed. 1969
.
MATISKEY,A.C.R.M. Políticas Públicas de inclusão educacional: desafios e perspectivas. Educar em Revista, [S.1] v.20, n23, p.p 185-202, jun 2004.
MENEZES, Ebenezer Takuno de. Verbete Declaração de Salamanca. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2001. Disponível em < https://www.educabrasil.com.br/declaracao-de-salamanca/ >. Acesso em 03 nov 2021.
MENDES, E. G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista Brasileira de Educação,Rio de Janeiro,v. 11,n. 33,
p. 387-405, Dez.2006
MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. Trad.de Isa Tavares. São Paulo: Boitempo, 2008.
______. Ministério da Educação. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, junho de 2008.
NOVA ESCOLA. Educação inclusiva, desafios da formação e da atuação em sala de aula. Disponível em< https://novaescola.org.br/conteudo/588/educacao-inclusiva-desafios-da-formacao-e-da-atuacao-em-sala-de-aula > Acesso em 20 de outubro de 2021.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 8. ed. Campinas: Autores Associados, 2011.

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