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PCC - PRATICA COMO COMPONENTE CURRICULAR - Educação Inclusiva

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PROCESSOS ESCOLARES – EAD
 
POLO ITAPUÃ – SALVADOR – BA 
 
DISCIPLINA: AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – EEL0019 
 
PROFESSOR (A): VIVIANE DA COSTA LOPES
DISCIPLINA: POLÍTICAS PÚBLICAS E ORGANIZAÇÃO DA EDU. BÁSICA – 
EEL0112 
 
PROFESSOR (A): NADIA REGINA BARBOSA DA SILVA
 
 
THAYS CARLA DA SILVA GRADIN – 2021.01.04866-1
 
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA - Projeto Educacional Inclusivo
Salvador/BA 
2022
PCC – PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR
PERÍODO 2022.1 
(Adaptado do ENADE/2021) 
Texto I 
O Plano Nacional de Educação (PNE) 2014–2024 busca, predominantemente em 
sua Meta 4, universalizar o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação de 
preferência na rede regular de ensino. Os resultados da Meta revelaram, em 
diferentes faixas etárias, discrepâncias no acesso e na taxa de escolarização, de 
alfabetização e de analfabetismo entre a população com e sem deficiência. As 
diferenças observadas se acentuam na população com deficiência intelectual e 
motora. Tais dados corroboram a necessidade de reconstrução do modelo educativo 
escolar para a efetiva inclusão de pessoas com deficiência. 
Texto II 
A educação especial na perspectiva da inclusão concebe o espaço escolar como 
ambiente de realização de propostas à luz da igualdade, no qual todos têm 
assegurado o direito de aprender, considerando-se as especificidades dos 
sujeitos, projetando-se atendimentos adequados às necessidades motoras, 
visuais, linguísticas e cognitivas dos alunos matriculados na escola regular. 
a) Com base no contexto escolar (você pode visitar uma escola para observar como 
acontece o atendimento aos alunos com deficiência), escreva sobre a relação 
entre o direito de aprender e a educação inclusiva.
b) Cite e descreva duas ações relevantes para a implementação de um projeto 
educativo fundamentado nos princípios da inclusão escolar.
c) Com as ações descritas no item b, monte um breve planejamento educativo, 
seguindo as orientações abaixo:
INTRODUÇÃO
PNE - Meta 4
Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o 
acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, 
preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional 
inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços 
especializados, públicos ou conveniados
 
Educação Inclusiva 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9.394/96 (Brasil, 1996), 
no Capítulo III, art. 4º, inciso III, diz que é dever do Estado garantir o “atendimento 
educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, 
preferencialmente na rede regular de ensino”. 
Inclusive, o capítulo 5 da LDB 9.394/96 trata somente de aspectos referentes à 
Educação Especial. Entre os pontos especificados, o art. 58. § 1º diz que, sempre 
que for necessário, haverá serviços de apoio especializado para atender às 
necessidades peculiares de cada aluno portador de necessidades especiais. Por 
exemplo, em uma classe regular com inclusão pode haver um aluno surdo que 
necessite de um professor de apoio que saiba LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) 
para auxiliá-lo em todas as disciplinas. 
É necessário um professor de apoio para cada aluno com necessidade especial. 
Atualmente, já se tornou uma realidade nas redes públicas de ensino, alunos com 
necessidades especiais frequentarem a escola em salas de aula com inclusão. Isso 
é importante para que, “independentemente do tipo de deficiência e do grau de 
comprometimento, possam se desenvolver social e intelectualmente na classe 
regular” (BENITE, BENITE, PEREIRA, 2011, p. 48). 
Isso com certeza é um avanço em relação ao passado, quando um jovem portador 
de necessidades especiais era excluído da sociedade, sendo mantido somente 
dentro de sua casa; além de não receber nenhum tipo de educação e de não 
participar de contatos ou atividades sociais, muitas vezes sendo até mesmo 
maltratado. 
Entretanto, para que a inclusão de fato se concretize, é necessário que os 
professores estejam preparados para lidar com esse tipo de situação. O art. 59, 
inciso III, diz que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com 
necessidades especiais “professores com especialização adequada em nível médio 
ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino 
regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns” 
(Brasil, 1996, p. 44). 
Porém, não é isso que é verificado na realidade. Silva e Retondo (2008) citam 
Bueno (1999), dizendo que: 
“de um lado, os professores do ensino regular não 
possuem preparo mínimo para trabalhar com crianças que 
apresentem deficiências evidentes e, por outro, grande 
parte dos professores do ensino especial tem muito pouco 
a contribuir com o trabalho pedagógico desenvolvido no 
ensino regular, na medida em que têm calcado e 
construído sua competência nas dificuldades específicas 
do alunado que atendem” (SILVA e RETONDO, 2008, p. 
28).
 
Por isso, torna-se urgente que os alunos de Pedagogia, de Psicologia, das demais 
licenciaturas e todos os outros profissionais que terão contato com os alunos 
portadores de necessidades especiais, recebam em sua formação esse preparo. É 
necessário que todos fiquem “atentos para propostas pedagógicas que auxiliem os 
docentes no melhoramento de suas concepções e fazeres escolares” (SILVEIRA e 
SOUZA, 2011, p. 37). 
Os professores enfrentam dificuldades não só em transmitir para esses alunos as 
disciplinas específicas em suas áreas de formação, mas falta também o próprio 
conhecimento “para lidar com a língua brasileira de sinais (libras) e com a presença 
de intérpretes em suas aulas” (SILVEIRA e SOUZA, 2011, p. 38). Isso se torna ainda 
mais complicado quando se trata de professores de ciências, como a Química, pois 
enfrentam grandes dificuldades em lidar com a construção do conhecimento 
científico voltado para esse grupo específico. Por exemplo, os alunos surdos sofrem 
muito com essa questão, porque a Química contém uma linguagem específica, que 
muitas vezes não tem como ser traduzida para LIBRAS, dificultando, assim, a 
construção do conhecimento. 
Segundo Silveira e Souza (2011, p.38), o resultado é que mesmo estando em sala 
de aula, muitos alunos com necessidades especiais acabam sendo apartados ou 
excluídos – ocorre um distanciamento deles, que não conseguem dar continuidade 
aos estudos. 
Se existirem profissionais capacitados para realizar a educação inclusiva, o 
educando com necessidades especiais receberá o devido apoio para prosseguir em 
seus estudos e carreira profissional. 
Além dos professores que não são bem preparados, as próprias instituições de 
ensino não contam com recursos físicos e didáticos que visam atender às 
necessidades desses alunos. Por exemplo, alunos cegos necessitam de todos os 
livros didáticos em Braile, cadeirantes precisam que a estrutura física da escola 
esteja preparada para recebê-los, tendo, por exemplo, rampas, corrimãos, banheiros 
adaptados, entre outros aspectos. Infelizmente, não é isso que se vê em muitas 
escolas da rede pública, principalmente em escolas mais afastadas do centro 
urbano, que carecem de condições mínimas para continuarem funcionando. 
Focalizando, porém, no educador, existem cada vez mais pesquisas pautadas nessa 
formação dos professores voltada para a educação inclusiva. Uma atividade que 
pode ajudar durante essa formação é “estabelecer uma via de comunicação com 
instituições e escolas que trabalham com alunos com necessidades educacionais 
especiais” (SILVA e RETONDO, 2008, p. 28). A elaboração de vários projetos pode 
ser de auxílio nesse sentido, bem como a inclusão da disciplina Aspectos éticos-
políticos-educacionaisda normalização e integração da pessoa portadora de 
necessidades especiais, nos cursos de graduação citados, conforme a indicação do 
Ministério da Educação, portaria 1.793/94 (Brasil, 1994). 
A educação inclusiva no Brasil ainda está em seu estado embrionário, e sabemos 
que o apoio e o investimento dos governos são necessários. Todavia, esperamos 
que o contínuo aprimoramento de projetos nesse sentido, tanto na formação, como 
na formação continuada de professores, com o tempo sane ou melhore para o 
atendimento aos portadores de necessidades especiais. 
As dimensões de um projeto educacional inclusivo
Projetos de educação inclusivos se tornam consistentes e sustentáveis com ações 
contínuas relacionadas a cada uma das seguintes dimensões: políticas 
públicas, gestão escolar, estratégias pedagógicas, famílias e parcerias.
A educação inclusiva demanda e envolve a ação direta de diferentes atores e 
esferas sociais que se relacionam de modo interdependente, numa perspectiva de 
rede.
Os caminhos que vem sendo trilhados no Brasil, na implementação de políticas 
públicas na área da educação, voltadas para uma Cultura Inclusiva. Num breve 
levantamento histórico sobre o trajeto das lutas sociais, na garantia de direitos, até o 
presente momento em que políticas públicas estão atentas a esse tema. O recorte 
analítico se dá no levantamento de indicadores para a meta 4 do Plano Nacional de 
Educação, a qual estabelece o planejamento de ações voltadas à Educação 
Inclusiva para a próxima década. Nesse sentido, são apresentados dados sobre: a 
evolução das matrículas de alunos com deficiência, formação de docentes para 
atender a esse público específico e relativos à implantação e ao uso das salas de 
recursos multifuncionais. As referências utilizadas são provenientes da base de 
dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio 
Teixeira). Os dados analisados consideram o cruzamento dos números do Censo 
Escolar e do Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística).
 A sociedade brasileira carrega em suas raízes a história de uma institucionalização 
da educação iniciada em um processo de colonização do país, que, por si só, 
garante em sua base uma educação espelhada em costumes europeus e 
americanos. Assim, conforme nos esclarece Lopes (2014). 
Desde a consolidação do modo capitalista de produção (meados do 
século XIX), nos principais países da Europa Ocidental e da América 
do Norte, com a ascensão da burguesia como classe dominante, esta 
passou a utilizar a educação como um dos elementos para propagar 
sua ideologia e contribuir na manutenção da ordem que havia 
estabelecido (LOPES, 2014, p. 739). 
No Brasil o caminho foi o mesmo, expandindo-se também para a educação especial, 
inexistente por um longo período marcado pelo abandono da criança com 
deficiência, passando pela institucionalização influenciada pela medicina, chegando, 
posteriormente, à integração, o que significou atendimento especializado com a 
garantia de direitos, que culmina, por fim, em um paradigma em construção desde a 
década de 1990 – a inclusão. 
Lopes (2014) pontua que, por volta de 1950, ocorreu a expansão da educação 
especial no Brasil, resultando nas décadas de 1960 e 1970, em praticamente um 
subsistema de educação, sendo este concomitante à concretização da rede privada. 
Portanto, culturalmente, a população passa por diferentes mudanças na educação 
proporcionadas pelos acontecimentos históricos e sociais, evidenciando ainda mais 
a diversidade, e intensificando o paradigma da inclusão, a partir da democratização 
do ensino. 
Se por um lado, a democratização do ensino e a universalização da 
escola foram ideológica e amplamente disseminadas como instrumento 
de ascensão social às classes populares e às minorias excluídas, por 
outro lado houve indicação para a educação especial, além do alunado 
que apresentava deficiências, também daqueles que fracassavam por 
não se adequarem à escola (LOPES, 2014, p. 740). 
Ao quantificar toda essa relação histórico-cultural entre a diversidade humana e o 
contexto escolar, a educação especial passou a abranger uma parcela da população 
com dificuldades de aprendizagem e/ou dificuldades de adequação.
Com vistas à democratização do ensino, que busca a promoção de 
uma escola que atenda os indivíduos de diferentes segmentos 
populacionais, a Educação Especial assume um novo papel, 
caracterizando-se como parte integrante da escola comum, 
disponibilizando suporte necessário para dar oportunidade de 
aprendizado a todos os alunos (MARTINS; LEITE, 2014, p. 196).
A Constituição Federal de 1988, no Art. 206, passa a garantir o ensino para todos 
em igualdade de condições, complementado pelo Art. 207, que diz ser dever da 
família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, entre 
outras coisas, o direito à educação, à cultura, ao respeito, além de colocá-los a salvo 
de discriminação e violência. (BRASIL, 1988)
A partir dos direitos assegurados na Constituição, o Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA) reitera esses direitos, e o Brasil participa do movimento 
internacional pela Educação Inclusiva, integrando os diversos acordos e convenções 
do assunto pelo mundo. Por sua vez, as Leis de Diretrizes e Bases para a Educação 
Nacional (BRASIL, 1996) confirma o direito de os alunos com deficiência 
frequentarem as classes comuns, de preferência na rede regular de ensino. 
Nessa perspectiva, em 1998 o Ministério da Educação (MEC) lança um documento 
contendo as adaptações curriculares que devem ser feitas nos Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 1998), culminando em 2001 na publicação 
das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. 
No artigo 59 da LDBEN nº 9.394/96 (BRASL, 1996), na redação dada pela Lei nº 
12.796 de 2013, é apresentado o seguinte texto: 
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação: 
 I - Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, 
para atender às suas necessidades; 
II - Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido 
para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e 
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os 
superdotados; 
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para 
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados 
para a integração desses educandos nas classes comuns; 
IV - Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em 
sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade 
de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais 
afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas 
artística, intelectual ou psicomotora; 
V - Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares 
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. 
Apesar de toda a legislação existente, incluindo a Lei Brasileira de Inclusão 
aprovada em 2015 (BRASIL, 2015), no sentido da garantia de direitos, concordamos 
com Martins e Leite (2014) ao pontuarem a necessidade de reconhecermos uma 
dada evolução na formulação de políticas que norteiam a perspectiva inclusiva em 
educação, porém, o que encontramos na prática é que as necessidades 
apresentadas pelos alunos, para concretizar um progresso acadêmico, estão para 
além dos dispostos normativos. 
À parte estas considerações apresentadas, essas ações foram importantes para 
desencadear a inserção do assunto no Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 
10.172/2001 (BRASIL, 2001), que estabelece entre seus objetivos e metas o 
favorecimento do atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos, 
em salas de aulacomuns. 
Nesse sentido, o PNE no Brasil almeja considerar toda a diversidade do país, que, 
tendo larga extensão e recebendo influência de culturas diversas, apresenta 
peculiaridades no ensino em cada canto da nação. Considerando tais aspectos, 
atentar para determinados fatores contribui para consolidação de uma política 
pública que respeita e engloba o maior número possível de indivíduos. 
O ano de 2008 marca importantes conquistas no atendimento ao aluno com 
deficiência, graças ao Decreto nº 6.571/2008 (BRASIL, 2008a) que dispõe sobre a 
ampliação de oferta do atendimento educacional especializado nas escolas públicas, 
e a elaboração da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva (BRASIL, 2008b). 
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na 
Perspectiva da Educação Inclusiva, criada pelo Ministério da Educação 
em 2008, os estudantes com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, segmentos que 
compõem o público alvo da Educação Especial, têm o direito a 
frequentar a sala de aula comum e, quando necessário, receber 
atendimento educacional especializado no período inverso ao da 
escolarização. Historicamente, essas pessoas foram excluídas do 
sistema educacional ou encaminhadas para escolas e classes 
especiais (OBSERVATÓRIO DO PNE, 2013). 
No ano seguinte, em 2009, a Resolução nº 4/2009 institui as Diretrizes Operacionais 
para o Atendimento Educacional Especializado, na Educação Básica. Dessa 
maneira, percebe-se que a partir da implantação das políticas supracitadas, houve 
um crescimento considerável de matrículas de alunos da educação especial nas 
classes comuns da rede regular de ensino, no entanto, isso não tem representado a 
efetividade de uma cultura inclusiva nas escolas do Brasil, como apontam os 
estudos de Bezerra (2012; 2017) e Barros, Silva e Costa (2015).
DESENVOLVIMENTO
DUAS AÇÕES RELEVANTES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROJETO 
EDUCATIVO. 
1. Conheça as necessidades de cada aluno
O educador e a educadora serão os mediadores de uma prática inclusiva em sala de 
aula. É esse profissional que deverá orientar e guiar os alunos, sejam eles especiais 
ou não, pelo caminho do conhecimento. 
E para que isso seja alcançado, os professores deverão saber respeitar os 
diferentes ritmos de aprendizagem. Na prática, pegar a mão dos alunos e, com 
muita paciência e cuidado, baseado em estratégias pedagógicas, ensinar aquilo que 
alguns dos alunos não conseguiram dominar na primeira explicação.
Em uma sala de aula inclusiva, os conteúdos das aulas são considerados objetos de 
aprendizagem. À cada um dos alunos cabe atribuir, significar e construir 
conhecimentos de maneira autônoma, como prega a BNCC. Aos professores cabe 
mediar o caminho entre os objetos de aprendizagem e o desenvolvimento do 
conhecimento autônomo.
 O professor não estará para sempre ao lado dos alunos, portanto, é seu dever 
entender que cada um se desenvolve em seu ritmo, sem se esquecer de trabalhar a 
independência de todos os alunos, inclusive os que possuem algum tipo de 
limitação. 
https://educacao.imaginie.com.br/bncc/
O educador, então, deve passar ao estudante toda a confiança que ele precisa para 
se sentir capaz de resolver qualquer problema ou questão. É através desse caminho 
que será possível ao educador compartilhar, confrontar e resolver conflitos 
cognitivos dentro da sala de aula inclusiva. 
 
2. Organização de campanhas e feiras sobre inclusão
 
Assim como em todos os aspectos da vida, abordar o assunto de forma clara é uma 
das melhores maneiras de eliminar preconceitos. 
Ao organizar uma feira ou campanha com o tema “inclusão escolar”, cada turma da 
escola pode ficar responsável por abordar algum subtema específico. 
Nesse caso, além da circulação de informações valiosas pelo ambiente escolar, os 
alunos vão poder realizar trocas com muitos outros alunos de outras turmas. 
Em um evento que envolve as famílias, podem ser distribuídas cartilhas contendo 
desmistificações sobre pessoas portadoras de deficiências e transtornos de 
aprendizagem, levando informações importantes para além dos muros da escola. 
 
Assim como na organização de campanhas e feiras, o desenvolvimento de projetos 
que tratem o tema de forma clara pode ser uma ótima alternativa para promover a 
integração entre os alunos.
PLANEJAMENTO EDUCATIVO
Nome do Projeto:
Aprendizagem – um direito de todos, 
Tema a ser trabalhado:
Contação de histórias.
Período em que o projeto será trabalhado:
Trimestre – 3 meses.
https://blog.estantemagica.com.br/de-que-forma-trabalhar-a-inclusao-em-parceria-com-a-familia/
https://blog.estantemagica.com.br/dificuldade-de-aprendizagem-como-ajudar/
https://blog.estantemagica.com.br/dificuldade-de-aprendizagem-como-ajudar/
Séries ou anos que serão contemplados pelo projeto:
Educação Infantil – Grupo 2 ao Grupo 5 (2 anos à 5 anos).
Objetivos do projeto:
Objetivo Geral:
A importância da contação de histórias para o desenvolvimento da criança.
Objetivos específicos:
Identificar o grau de concentração e desenvolvimento das crianças, observar os 
principais avanços e dificuldades de cada aluno.
Justificativa do projeto:
Projeto realizado com o intuito de identificar os avanços e dificuldades que as 
crianças têm com a contação de histórias e poder ajudar os alunos a conhecer cada 
personagem, trabalhando o lúdico e imaginável com cada uma delas. 
Metodologia Estratégica:
Projeto desenvolvido com a ajuda de histórias, em que incentivam as crianças, a 
serem desenvolvidas através do imaginário.
Avaliação das atividades realizadas:
Projeto de grande importância, os resultados indicam que se desenvolveram em 
diversos aspectos: reproduzem as histórias contadas e gesticulam de acordo com 
elas, percebem a importância do contato com a Literatura Infantil fazendo distinções 
entre o que é real e o que é imaginário no mundo do "Era uma vez”. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto de educação inclusiva, possibilitando aos indivíduos com necessidades 
educacionais especiais o direito de frequentar o ensino regular ainda é algo 
relativamente recente, que se encontra em fase de construção e apresenta-se com 
muitas restrições e dificuldades para tornar-se realmente efetivo. Os principais 
problemas são a falta de estrutura das escolas, o despreparo dos docentes e das 
pessoas que compõem a administração e coordenação do espaço escolar, mas, 
acima de tudo, o preconceito que ainda impera nas relações que envolvem esses 
educandos, cujos direitos lhes estão garantidos em lei, sem, no entanto, ser postas 
em prática. 14 Educação inclusiva é possibilitar a todos, independentemente de suas 
limitações, uma educação de qualidade. Portanto, sendo a escola o espaço onde a 
educação de modo sistematizado deve ocorrer, tendo o professor como mediador do 
conhecimento, investir na formação desses profissionais também deve ser um dever 
do Estado e algo primordial aos professores que, conscientes de seu papel como 
formadores e transformadores da realidade em que estão inseridos, devem buscar 
cada vez mais se aperfeiçoar e se reciclar para ajudar seus estudantes a assimilar e 
internalizar o conhecimento para que a aprendizagem se concretize e eles sejam 
capazes de fazer a sua própria leitura de mundo. Promovida em defesa do direito de 
todos os alunos de estarem junto, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de 
discriminação, o movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, 
cultural, social e pedagógica. Constitui um paradigma educacional fundamentado na 
concepção de direitos humanos, conjuga igualdade e diferença como valores 
inerentes, indissociáveis, e avança em relação ao conceito de equidade formal ao 
contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora do 
espaço escolar. Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de 
ensino evidenciam a necessidade de confrontaras práticas discriminatórias e criar 
alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate 
acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica 
da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais 
inclusivos, a organização de escolas e classes especiais pode vir a ser repensada, 
implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos 
tenham suas especificidades atendidas. Isso se torna fundamental para não 
somente incluir o aluno com necessidades especiais, mas, principalmente para 
integrá-lo efetivamente no ambiente de ensino garantindo-lhe as condições para 
aprender com qualidade.
Referências:
BENITE, A.M.C.; PEREIRA. (2011). Formação do professor e docência em 
química em rede social: estudos sobre inclusão escolar e o pensar 
comunicativo. 
BRASIL. Constituição Federal de 1988. 
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei 8.069 jul. de 1990. 
BUENO, J. G. Crianças com necessidades educativas especiais, política 
educacional e a formação de professores: generalistas ou especialistas. 
Revista Brasileira de Educação Especial, vol. 3. n. 5, 7-25, 1999. 
DA COSTA, V. A. Inclusão de alunos com deficiência: Experiências docentes na 
escola pública. Revista Debates em Educação. Maceió, v. 3, n. 5, p. 49-62 jan./jun. 
2011a. 
DUTRA, Cláudia Pereira. Educação Inclusiva: Atendimento Educacional 
Especializado para a Deficiência Mental. Brasília: MEC, 2006
https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/o-que-e-educacao-inclusiva 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/educacao-inclusiva.htm
 
https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/o-que-e-educacao-inclusiva
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/educacao-inclusiva.htm

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