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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ CURSO DE GRADUAÇÃO EM PROCESSOS ESCOLARES – EAD POLO ITAPUÃ – SALVADOR – BA DISCIPLINA: AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – EEL0019 PROFESSOR (A): VIVIANE DA COSTA LOPES DISCIPLINA: POLÍTICAS PÚBLICAS E ORGANIZAÇÃO DA EDU. BÁSICA – EEL0112 PROFESSOR (A): NADIA REGINA BARBOSA DA SILVA THAYS CARLA DA SILVA GRADIN – 2021.01.04866-1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA - Projeto Educacional Inclusivo Salvador/BA 2022 PCC – PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR PERÍODO 2022.1 (Adaptado do ENADE/2021) Texto I O Plano Nacional de Educação (PNE) 2014–2024 busca, predominantemente em sua Meta 4, universalizar o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação de preferência na rede regular de ensino. Os resultados da Meta revelaram, em diferentes faixas etárias, discrepâncias no acesso e na taxa de escolarização, de alfabetização e de analfabetismo entre a população com e sem deficiência. As diferenças observadas se acentuam na população com deficiência intelectual e motora. Tais dados corroboram a necessidade de reconstrução do modelo educativo escolar para a efetiva inclusão de pessoas com deficiência. Texto II A educação especial na perspectiva da inclusão concebe o espaço escolar como ambiente de realização de propostas à luz da igualdade, no qual todos têm assegurado o direito de aprender, considerando-se as especificidades dos sujeitos, projetando-se atendimentos adequados às necessidades motoras, visuais, linguísticas e cognitivas dos alunos matriculados na escola regular. a) Com base no contexto escolar (você pode visitar uma escola para observar como acontece o atendimento aos alunos com deficiência), escreva sobre a relação entre o direito de aprender e a educação inclusiva. b) Cite e descreva duas ações relevantes para a implementação de um projeto educativo fundamentado nos princípios da inclusão escolar. c) Com as ações descritas no item b, monte um breve planejamento educativo, seguindo as orientações abaixo: INTRODUÇÃO PNE - Meta 4 Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados Educação Inclusiva A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), nº 9.394/96 (Brasil, 1996), no Capítulo III, art. 4º, inciso III, diz que é dever do Estado garantir o “atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino”. Inclusive, o capítulo 5 da LDB 9.394/96 trata somente de aspectos referentes à Educação Especial. Entre os pontos especificados, o art. 58. § 1º diz que, sempre que for necessário, haverá serviços de apoio especializado para atender às necessidades peculiares de cada aluno portador de necessidades especiais. Por exemplo, em uma classe regular com inclusão pode haver um aluno surdo que necessite de um professor de apoio que saiba LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) para auxiliá-lo em todas as disciplinas. É necessário um professor de apoio para cada aluno com necessidade especial. Atualmente, já se tornou uma realidade nas redes públicas de ensino, alunos com necessidades especiais frequentarem a escola em salas de aula com inclusão. Isso é importante para que, “independentemente do tipo de deficiência e do grau de comprometimento, possam se desenvolver social e intelectualmente na classe regular” (BENITE, BENITE, PEREIRA, 2011, p. 48). Isso com certeza é um avanço em relação ao passado, quando um jovem portador de necessidades especiais era excluído da sociedade, sendo mantido somente dentro de sua casa; além de não receber nenhum tipo de educação e de não participar de contatos ou atividades sociais, muitas vezes sendo até mesmo maltratado. Entretanto, para que a inclusão de fato se concretize, é necessário que os professores estejam preparados para lidar com esse tipo de situação. O art. 59, inciso III, diz que os sistemas de ensino devem assegurar aos educandos com necessidades especiais “professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns” (Brasil, 1996, p. 44). Porém, não é isso que é verificado na realidade. Silva e Retondo (2008) citam Bueno (1999), dizendo que: “de um lado, os professores do ensino regular não possuem preparo mínimo para trabalhar com crianças que apresentem deficiências evidentes e, por outro, grande parte dos professores do ensino especial tem muito pouco a contribuir com o trabalho pedagógico desenvolvido no ensino regular, na medida em que têm calcado e construído sua competência nas dificuldades específicas do alunado que atendem” (SILVA e RETONDO, 2008, p. 28). Por isso, torna-se urgente que os alunos de Pedagogia, de Psicologia, das demais licenciaturas e todos os outros profissionais que terão contato com os alunos portadores de necessidades especiais, recebam em sua formação esse preparo. É necessário que todos fiquem “atentos para propostas pedagógicas que auxiliem os docentes no melhoramento de suas concepções e fazeres escolares” (SILVEIRA e SOUZA, 2011, p. 37). Os professores enfrentam dificuldades não só em transmitir para esses alunos as disciplinas específicas em suas áreas de formação, mas falta também o próprio conhecimento “para lidar com a língua brasileira de sinais (libras) e com a presença de intérpretes em suas aulas” (SILVEIRA e SOUZA, 2011, p. 38). Isso se torna ainda mais complicado quando se trata de professores de ciências, como a Química, pois enfrentam grandes dificuldades em lidar com a construção do conhecimento científico voltado para esse grupo específico. Por exemplo, os alunos surdos sofrem muito com essa questão, porque a Química contém uma linguagem específica, que muitas vezes não tem como ser traduzida para LIBRAS, dificultando, assim, a construção do conhecimento. Segundo Silveira e Souza (2011, p.38), o resultado é que mesmo estando em sala de aula, muitos alunos com necessidades especiais acabam sendo apartados ou excluídos – ocorre um distanciamento deles, que não conseguem dar continuidade aos estudos. Se existirem profissionais capacitados para realizar a educação inclusiva, o educando com necessidades especiais receberá o devido apoio para prosseguir em seus estudos e carreira profissional. Além dos professores que não são bem preparados, as próprias instituições de ensino não contam com recursos físicos e didáticos que visam atender às necessidades desses alunos. Por exemplo, alunos cegos necessitam de todos os livros didáticos em Braile, cadeirantes precisam que a estrutura física da escola esteja preparada para recebê-los, tendo, por exemplo, rampas, corrimãos, banheiros adaptados, entre outros aspectos. Infelizmente, não é isso que se vê em muitas escolas da rede pública, principalmente em escolas mais afastadas do centro urbano, que carecem de condições mínimas para continuarem funcionando. Focalizando, porém, no educador, existem cada vez mais pesquisas pautadas nessa formação dos professores voltada para a educação inclusiva. Uma atividade que pode ajudar durante essa formação é “estabelecer uma via de comunicação com instituições e escolas que trabalham com alunos com necessidades educacionais especiais” (SILVA e RETONDO, 2008, p. 28). A elaboração de vários projetos pode ser de auxílio nesse sentido, bem como a inclusão da disciplina Aspectos éticos- políticos-educacionaisda normalização e integração da pessoa portadora de necessidades especiais, nos cursos de graduação citados, conforme a indicação do Ministério da Educação, portaria 1.793/94 (Brasil, 1994). A educação inclusiva no Brasil ainda está em seu estado embrionário, e sabemos que o apoio e o investimento dos governos são necessários. Todavia, esperamos que o contínuo aprimoramento de projetos nesse sentido, tanto na formação, como na formação continuada de professores, com o tempo sane ou melhore para o atendimento aos portadores de necessidades especiais. As dimensões de um projeto educacional inclusivo Projetos de educação inclusivos se tornam consistentes e sustentáveis com ações contínuas relacionadas a cada uma das seguintes dimensões: políticas públicas, gestão escolar, estratégias pedagógicas, famílias e parcerias. A educação inclusiva demanda e envolve a ação direta de diferentes atores e esferas sociais que se relacionam de modo interdependente, numa perspectiva de rede. Os caminhos que vem sendo trilhados no Brasil, na implementação de políticas públicas na área da educação, voltadas para uma Cultura Inclusiva. Num breve levantamento histórico sobre o trajeto das lutas sociais, na garantia de direitos, até o presente momento em que políticas públicas estão atentas a esse tema. O recorte analítico se dá no levantamento de indicadores para a meta 4 do Plano Nacional de Educação, a qual estabelece o planejamento de ações voltadas à Educação Inclusiva para a próxima década. Nesse sentido, são apresentados dados sobre: a evolução das matrículas de alunos com deficiência, formação de docentes para atender a esse público específico e relativos à implantação e ao uso das salas de recursos multifuncionais. As referências utilizadas são provenientes da base de dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Os dados analisados consideram o cruzamento dos números do Censo Escolar e do Censo Demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A sociedade brasileira carrega em suas raízes a história de uma institucionalização da educação iniciada em um processo de colonização do país, que, por si só, garante em sua base uma educação espelhada em costumes europeus e americanos. Assim, conforme nos esclarece Lopes (2014). Desde a consolidação do modo capitalista de produção (meados do século XIX), nos principais países da Europa Ocidental e da América do Norte, com a ascensão da burguesia como classe dominante, esta passou a utilizar a educação como um dos elementos para propagar sua ideologia e contribuir na manutenção da ordem que havia estabelecido (LOPES, 2014, p. 739). No Brasil o caminho foi o mesmo, expandindo-se também para a educação especial, inexistente por um longo período marcado pelo abandono da criança com deficiência, passando pela institucionalização influenciada pela medicina, chegando, posteriormente, à integração, o que significou atendimento especializado com a garantia de direitos, que culmina, por fim, em um paradigma em construção desde a década de 1990 – a inclusão. Lopes (2014) pontua que, por volta de 1950, ocorreu a expansão da educação especial no Brasil, resultando nas décadas de 1960 e 1970, em praticamente um subsistema de educação, sendo este concomitante à concretização da rede privada. Portanto, culturalmente, a população passa por diferentes mudanças na educação proporcionadas pelos acontecimentos históricos e sociais, evidenciando ainda mais a diversidade, e intensificando o paradigma da inclusão, a partir da democratização do ensino. Se por um lado, a democratização do ensino e a universalização da escola foram ideológica e amplamente disseminadas como instrumento de ascensão social às classes populares e às minorias excluídas, por outro lado houve indicação para a educação especial, além do alunado que apresentava deficiências, também daqueles que fracassavam por não se adequarem à escola (LOPES, 2014, p. 740). Ao quantificar toda essa relação histórico-cultural entre a diversidade humana e o contexto escolar, a educação especial passou a abranger uma parcela da população com dificuldades de aprendizagem e/ou dificuldades de adequação. Com vistas à democratização do ensino, que busca a promoção de uma escola que atenda os indivíduos de diferentes segmentos populacionais, a Educação Especial assume um novo papel, caracterizando-se como parte integrante da escola comum, disponibilizando suporte necessário para dar oportunidade de aprendizado a todos os alunos (MARTINS; LEITE, 2014, p. 196). A Constituição Federal de 1988, no Art. 206, passa a garantir o ensino para todos em igualdade de condições, complementado pelo Art. 207, que diz ser dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, entre outras coisas, o direito à educação, à cultura, ao respeito, além de colocá-los a salvo de discriminação e violência. (BRASIL, 1988) A partir dos direitos assegurados na Constituição, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reitera esses direitos, e o Brasil participa do movimento internacional pela Educação Inclusiva, integrando os diversos acordos e convenções do assunto pelo mundo. Por sua vez, as Leis de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (BRASIL, 1996) confirma o direito de os alunos com deficiência frequentarem as classes comuns, de preferência na rede regular de ensino. Nessa perspectiva, em 1998 o Ministério da Educação (MEC) lança um documento contendo as adaptações curriculares que devem ser feitas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (BRASIL, 1998), culminando em 2001 na publicação das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. No artigo 59 da LDBEN nº 9.394/96 (BRASL, 1996), na redação dada pela Lei nº 12.796 de 2013, é apresentado o seguinte texto: Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação: I - Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II - Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV - Educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V - Acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. Apesar de toda a legislação existente, incluindo a Lei Brasileira de Inclusão aprovada em 2015 (BRASIL, 2015), no sentido da garantia de direitos, concordamos com Martins e Leite (2014) ao pontuarem a necessidade de reconhecermos uma dada evolução na formulação de políticas que norteiam a perspectiva inclusiva em educação, porém, o que encontramos na prática é que as necessidades apresentadas pelos alunos, para concretizar um progresso acadêmico, estão para além dos dispostos normativos. À parte estas considerações apresentadas, essas ações foram importantes para desencadear a inserção do assunto no Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172/2001 (BRASIL, 2001), que estabelece entre seus objetivos e metas o favorecimento do atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos, em salas de aulacomuns. Nesse sentido, o PNE no Brasil almeja considerar toda a diversidade do país, que, tendo larga extensão e recebendo influência de culturas diversas, apresenta peculiaridades no ensino em cada canto da nação. Considerando tais aspectos, atentar para determinados fatores contribui para consolidação de uma política pública que respeita e engloba o maior número possível de indivíduos. O ano de 2008 marca importantes conquistas no atendimento ao aluno com deficiência, graças ao Decreto nº 6.571/2008 (BRASIL, 2008a) que dispõe sobre a ampliação de oferta do atendimento educacional especializado nas escolas públicas, e a elaboração da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008b). De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, criada pelo Ministério da Educação em 2008, os estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, segmentos que compõem o público alvo da Educação Especial, têm o direito a frequentar a sala de aula comum e, quando necessário, receber atendimento educacional especializado no período inverso ao da escolarização. Historicamente, essas pessoas foram excluídas do sistema educacional ou encaminhadas para escolas e classes especiais (OBSERVATÓRIO DO PNE, 2013). No ano seguinte, em 2009, a Resolução nº 4/2009 institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado, na Educação Básica. Dessa maneira, percebe-se que a partir da implantação das políticas supracitadas, houve um crescimento considerável de matrículas de alunos da educação especial nas classes comuns da rede regular de ensino, no entanto, isso não tem representado a efetividade de uma cultura inclusiva nas escolas do Brasil, como apontam os estudos de Bezerra (2012; 2017) e Barros, Silva e Costa (2015). DESENVOLVIMENTO DUAS AÇÕES RELEVANTES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROJETO EDUCATIVO. 1. Conheça as necessidades de cada aluno O educador e a educadora serão os mediadores de uma prática inclusiva em sala de aula. É esse profissional que deverá orientar e guiar os alunos, sejam eles especiais ou não, pelo caminho do conhecimento. E para que isso seja alcançado, os professores deverão saber respeitar os diferentes ritmos de aprendizagem. Na prática, pegar a mão dos alunos e, com muita paciência e cuidado, baseado em estratégias pedagógicas, ensinar aquilo que alguns dos alunos não conseguiram dominar na primeira explicação. Em uma sala de aula inclusiva, os conteúdos das aulas são considerados objetos de aprendizagem. À cada um dos alunos cabe atribuir, significar e construir conhecimentos de maneira autônoma, como prega a BNCC. Aos professores cabe mediar o caminho entre os objetos de aprendizagem e o desenvolvimento do conhecimento autônomo. O professor não estará para sempre ao lado dos alunos, portanto, é seu dever entender que cada um se desenvolve em seu ritmo, sem se esquecer de trabalhar a independência de todos os alunos, inclusive os que possuem algum tipo de limitação. https://educacao.imaginie.com.br/bncc/ O educador, então, deve passar ao estudante toda a confiança que ele precisa para se sentir capaz de resolver qualquer problema ou questão. É através desse caminho que será possível ao educador compartilhar, confrontar e resolver conflitos cognitivos dentro da sala de aula inclusiva. 2. Organização de campanhas e feiras sobre inclusão Assim como em todos os aspectos da vida, abordar o assunto de forma clara é uma das melhores maneiras de eliminar preconceitos. Ao organizar uma feira ou campanha com o tema “inclusão escolar”, cada turma da escola pode ficar responsável por abordar algum subtema específico. Nesse caso, além da circulação de informações valiosas pelo ambiente escolar, os alunos vão poder realizar trocas com muitos outros alunos de outras turmas. Em um evento que envolve as famílias, podem ser distribuídas cartilhas contendo desmistificações sobre pessoas portadoras de deficiências e transtornos de aprendizagem, levando informações importantes para além dos muros da escola. Assim como na organização de campanhas e feiras, o desenvolvimento de projetos que tratem o tema de forma clara pode ser uma ótima alternativa para promover a integração entre os alunos. PLANEJAMENTO EDUCATIVO Nome do Projeto: Aprendizagem – um direito de todos, Tema a ser trabalhado: Contação de histórias. Período em que o projeto será trabalhado: Trimestre – 3 meses. https://blog.estantemagica.com.br/de-que-forma-trabalhar-a-inclusao-em-parceria-com-a-familia/ https://blog.estantemagica.com.br/dificuldade-de-aprendizagem-como-ajudar/ https://blog.estantemagica.com.br/dificuldade-de-aprendizagem-como-ajudar/ Séries ou anos que serão contemplados pelo projeto: Educação Infantil – Grupo 2 ao Grupo 5 (2 anos à 5 anos). Objetivos do projeto: Objetivo Geral: A importância da contação de histórias para o desenvolvimento da criança. Objetivos específicos: Identificar o grau de concentração e desenvolvimento das crianças, observar os principais avanços e dificuldades de cada aluno. Justificativa do projeto: Projeto realizado com o intuito de identificar os avanços e dificuldades que as crianças têm com a contação de histórias e poder ajudar os alunos a conhecer cada personagem, trabalhando o lúdico e imaginável com cada uma delas. Metodologia Estratégica: Projeto desenvolvido com a ajuda de histórias, em que incentivam as crianças, a serem desenvolvidas através do imaginário. Avaliação das atividades realizadas: Projeto de grande importância, os resultados indicam que se desenvolveram em diversos aspectos: reproduzem as histórias contadas e gesticulam de acordo com elas, percebem a importância do contato com a Literatura Infantil fazendo distinções entre o que é real e o que é imaginário no mundo do "Era uma vez”. CONSIDERAÇÕES FINAIS O projeto de educação inclusiva, possibilitando aos indivíduos com necessidades educacionais especiais o direito de frequentar o ensino regular ainda é algo relativamente recente, que se encontra em fase de construção e apresenta-se com muitas restrições e dificuldades para tornar-se realmente efetivo. Os principais problemas são a falta de estrutura das escolas, o despreparo dos docentes e das pessoas que compõem a administração e coordenação do espaço escolar, mas, acima de tudo, o preconceito que ainda impera nas relações que envolvem esses educandos, cujos direitos lhes estão garantidos em lei, sem, no entanto, ser postas em prática. 14 Educação inclusiva é possibilitar a todos, independentemente de suas limitações, uma educação de qualidade. Portanto, sendo a escola o espaço onde a educação de modo sistematizado deve ocorrer, tendo o professor como mediador do conhecimento, investir na formação desses profissionais também deve ser um dever do Estado e algo primordial aos professores que, conscientes de seu papel como formadores e transformadores da realidade em que estão inseridos, devem buscar cada vez mais se aperfeiçoar e se reciclar para ajudar seus estudantes a assimilar e internalizar o conhecimento para que a aprendizagem se concretize e eles sejam capazes de fazer a sua própria leitura de mundo. Promovida em defesa do direito de todos os alunos de estarem junto, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação, o movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, cultural, social e pedagógica. Constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, conjuga igualdade e diferença como valores inerentes, indissociáveis, e avança em relação ao conceito de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora do espaço escolar. Ao reconhecer que as dificuldades enfrentadas nos sistemas de ensino evidenciam a necessidade de confrontaras práticas discriminatórias e criar alternativas para superá-las, a educação inclusiva assume espaço central no debate acerca da sociedade contemporânea e do papel da escola na superação da lógica da exclusão. A partir dos referenciais para a construção de sistemas educacionais inclusivos, a organização de escolas e classes especiais pode vir a ser repensada, implicando uma mudança estrutural e cultural da escola para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas. Isso se torna fundamental para não somente incluir o aluno com necessidades especiais, mas, principalmente para integrá-lo efetivamente no ambiente de ensino garantindo-lhe as condições para aprender com qualidade. Referências: BENITE, A.M.C.; PEREIRA. (2011). Formação do professor e docência em química em rede social: estudos sobre inclusão escolar e o pensar comunicativo. BRASIL. Constituição Federal de 1988. BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei 8.069 jul. de 1990. BUENO, J. G. Crianças com necessidades educativas especiais, política educacional e a formação de professores: generalistas ou especialistas. Revista Brasileira de Educação Especial, vol. 3. n. 5, 7-25, 1999. DA COSTA, V. A. Inclusão de alunos com deficiência: Experiências docentes na escola pública. Revista Debates em Educação. Maceió, v. 3, n. 5, p. 49-62 jan./jun. 2011a. DUTRA, Cláudia Pereira. Educação Inclusiva: Atendimento Educacional Especializado para a Deficiência Mental. Brasília: MEC, 2006 https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/o-que-e-educacao-inclusiva https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/educacao-inclusiva.htm https://diversa.org.br/educacao-inclusiva/o-que-e-educacao-inclusiva https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/educacao-inclusiva.htm
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