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Módulo 1 - Introdução à Emenda Constitucional n 103-2019

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1Módulo
Aposentadoria e Pensão 
de servidores: Atualizações 
conforme Emenda 103/2019
Políticas Públicas 
Introdução à Emenda Constitucional 
nº 103/2019 
Enap, 2022
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
Conteudista/s 
José Guilherme Magalhães e Silva (conteudista, 2022);
Diretoria de Desenvolvimento Profissional.
Sumário
Unidade 1: Conceituando a EC nº 103/2019 e o RPPS dos Servidores 
Civis da União ........................................................................................5
1.1 O que é a EC nº 103/2019 .......................................................................................... 5
1.2 O RPPS dos servidores civis da União ...................................................................... 8
Referências ..................................................................................................................... 11
Unidade 2: Principais Tópicos da Emenda Constitucional nº 103/2019 .. 12
2.1 Alteração das regras de aposentadoria ................................................................. 12
2.2 Alteração do benefício de pensão por morte ....................................................... 13
2.3 Proibição da criação de novos regimes próprios de previdência social e de novos 
benefícios previdenciários, e obrigação da instituição de regime complementar. ......... 14
2.4 Novas alíquotas de contribuição previdenciária .................................................. 15
Referências ..................................................................................................................... 18
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Apresentação e Boas-vindas 
O curso “Aposentadoria e Pensão de servidores: Atualizações conforme Emenda 103/2019” 
é estruturado em quatro módulos. 
No primeiro módulo, é apresentado um panorama geral com as principais alterações 
ensejadas pela Emenda Constitucional (EC) nº 103/2019 (BRASIL, 2019a). No segundo 
módulo, são apresentadas as regras de aposentadoria voluntária. No terceiro 
módulo, são apresentadas as regras de aposentadoria por incapacidade permanente 
e aposentadoria compulsória. No quarto módulo, são elencadas as normas aplicáveis 
ao benefício de Pensão por morte. 
O objetivo do curso não é esgotar o tema, uma vez que a reforma trata de uma enorme 
quantidade de questões, assim, é recomendável ler o texto integral da Emenda após 
encerrar esse curso, de forma a conhecer tópicos não abordados aqui. A proposta do 
curso não é fazer uma defesa ou uma crítica da norma, mas sim apresentar, de forma 
educativa, o novo regramento aplicável a esse tema de grande importância. 
 
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 Módulo
Introdução à Emenda 
Constitucional nº 103/20191
Nesse módulo, você verá uma apresentação conceitual da Emenda Constitucional 
(EC) nº 103/2019 (BRASIL, 2019a) e dos regimes de Previdência Social. Além disso, é 
apresentado um panorama geral das alterações ensejadas por essa EC. A ideia aqui 
é que você tenha uma noção do impacto da reforma sobre o modelo previdenciário 
brasileiro. É importante destacar que o foco aqui são as mudanças referentes ao 
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores civis da União. Entretanto, 
sempre que possível, será indicada a aplicabilidade dos dispositivos aos servidores 
de estados, Distrito Federal e municípios
1.1 O que é a EC nº 103/2019
Unidade 1: Conceituando a EC nº 103/2019 e o 
RPPS dos Servidores Civis da União
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, você será capaz de identificar a Reforma da Previdência como 
uma emenda constitucional que alterou diversas disposições aplicáveis ao regime de 
previdência social dos servidores civis da União.
Ao longo de sua vida, o brasileiro trabalha, mas sem perder de vista o momento 
em que poderá migrar para a inatividade remunerada. É difícil não pensar também 
nas dificuldades pelas quais passarão as pessoas que dependem economicamente 
desse trabalhador caso, por uma infelicidade, este venha a falecer. Para garantir 
a aposentadoria dos trabalhadores e os benefícios mensais daqueles que já não 
podem prover suas próprias necessidades econômicas, a Constituição Federal 
Brasileira prevê, dentre os direitos sociais, a previdência social.
De acordo com o art. 1º da Lei nº 8.213/1991: 
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
“A Previdência Social, mediante contribuição, tem por fim assegurar aos 
seus beneficiários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de 
incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, tempo de serviço, 
encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem dependiam 
economicamente” (BRASIL, 1998).
Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, foram publicadas diversas 
emendas constitucionais que alteram o regulamento aplicável à previdência social.
De acordo com a Exposição de Motivos (EM) nº 29/2019/ME (BRASIL, 2019b), por 
meio da qual o Ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou ao Presidente da 
República, Jair Bolsonaro, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) n.º 6/2019 
(BRASIL, 2019c), tais alterações não foram o suficiente para reduzir as desigualdades 
socioeconômicas e evitar o crescente déficit previdenciário, o que, segundo 
esse mesmo documento, contribuiu para a explosão do endividamento público, 
provocando um ambiente macroeconômico instável e ameaçando a subsistência 
do sistema previdenciário brasileiro. 
Para saber mais sobre a Exposição de Motivos (EM) nº 29/2019/
ME (BRASIL, 2019b), leia o texto, na íntegra, aqui. 
O cenário descrito se dá em um contexto de transformação demográfica, com 
a redução das taxas de mortalidade, diminuição da fecundidade e aumento 
da expectativa de vida. Nesse sentido, de acordo com o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE, 2019), de 1940 a 2019, a esperança de vida do 
brasileiro aumentou em 31,1 anos. 
O Brasil vive uma transformação da pirâmide demográfica, marcada pelo 
envelhecimento da população. Esse processo resulta em uma ameaça à 
sustentabilidade do modelo previdenciário, eis que há cada vez mais pessoas 
dependentes do benefício, diante de uma proporção menor de contribuintes ativos. 
Há uma deterioração da relação entre contribuintes e beneficiários, de forma 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Projetos/ExpMotiv/REFORMA%202019/ME/2019/00029.htm
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 7
que, conforme disposto na referida Exposição de Motivos (BRASIL, 2019b), hoje há 
uma relação de dois contribuintes para cada beneficiário, mas por volta da década 
de 2050 haverá menos de um contribuinte para cada beneficiário.
Pirâmide demográfica da relação entre contribuintes e beneficiários.
Fonte: Elaboração: CEPED/UFSC 
Assim, a PEC nº 6/2019 (BRASIL, 2019c), popularmente conhecida como “Reforma 
da Previdência”, de autoria do Poder Executivo Federal, é apresentada como uma 
resposta necessária às perspectivas de insustentabilidade e desequilíbrio dos 
regimes geral e próprio de Previdência Social. 
De acordo com a EM nº 29/2019 (BRASIL, 2019b), a ideia é instituir um modelo 
sustentável e justo, onde cada brasileiro, de acordo com sua realidade econômica, 
contribui para a continuidade da proteção previdenciária, equilibrando as finanças 
e cooperando para um ambiente macroeconômico estável.
A PEC nº 6/2019 (BRASIL, 2019c), é apresentada para a deliberação do Congresso 
Nacional em 20 de fevereiro de 2019, sendo objeto de um intenso debate político 
até a aprovação. Em 13 de novembro de 2019 foi publicada, no Diário Oficial da 
União, a Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019 (BRASIL, 2019a), 
que alterou o sistema de previdência social e estabeleceu regras de transição e 
disposições transitórias. 
8Enap Fundação Escola Nacional deAdministração Pública
Para saber mais sobre a Emenda Constitucional n.º 103 de 12 de 
novembro de 2019 (BRASIL, 2019a), clique aqui.
A norma alterou parte dos regramentos aplicáveis ao Regime Geral de Previdência 
Social (RGPS) e ao Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores civis 
da União, podendo estas inovações serem estendidas aos servidores de estados, 
Distrito Federal e municípios. As alterações se referem, principalmente, aos 
benefícios de Aposentadoria e Pensão por Morte. 
1.2 O RPPS dos servidores civis da União
O modelo previdenciário brasileiro comporta diferentes regimes de previdência, que 
se diferenciam no que diz respeito aos filiados, os benefícios previstos, os requisitos 
para concessão etc. 
Atualmente existem três possibilidades de regime diferentes.
(A) Regime Geral de Previdência Social (RGPS)
Sistema de repartição público, regido pela Lei nº 8.213/1991 (BRASIL, 1998) e 
legislação complementar, e gerenciado pelo Instituto Nacional de Seguridade 
Social (INSS), ao qual se encontram vinculados os trabalhadores do setor privado, 
empregados públicos (funcionários de empresas estatais) e trabalhadores do setor 
público não amparados por regime próprio de previdência social. É o regime com a 
maior cobertura no Brasil, atendendo situações como incapacidade, idade avançada, 
encargos da família, morte e reclusão.
(B) Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS)
A Constituição permite também a existência de regimes próprios de previdência 
social (RPPS), aplicáveis aos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e aos militares da União, Estados e do Distrito Federal, a 
serem criados pelos próprios entes, na forma da Lei n.º 9.717/1998. A criação do 
RPPS não é obrigatória, havendo entes federativos cujos servidores efetivos estão 
submetidos ao RGPS. De acordo com a supracitada Exposição de Motivos (BRASIL, 
2019b), em 2019 existiam no Brasil mais de 2.130 RPPS, incluindo o da União, de 
todos os estados, de todas as capitais e de cerca de 2.080 municípios, cobrindo cerca 
de 5,7 milhões de servidores ativos e 3,8 milhões de aposentados e pensionistas.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Projetos/ExpMotiv/REFORMA%202019/ME/2019/00029.htm
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 9
(C) Regime de Previdência Comp (RPC)
Regime de caráter complementar e organizado de forma autônoma ao RGPS e aos 
regimes próprios. O modelo é regulamentado pelas Leis complementares n.º 108 e 
109, ambas de 2001. O objetivo do RPC é trazer segurança previdenciária adicional 
àquela oferecida pela previdência pública. O RPC é organizado em segmento aberto 
(planos de previdência oferecidos a qualquer indivíduo por bancos e seguradoras) 
e fechado (fundos de pensão, nos quais os planos de benefícios são restritos 
aos vinculados à empresa ofertante, órgão público ou membros de entidades de 
classe instituidoras). Os servidores civis da União são atendidos por 3 entidades 
fechadas de previdência complementar, denominadas Fundação de Previdência 
Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp-Exe), 
Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder 
Legislativo (Funpresp-Leg) e Fundação de Previdência Complementar do Servidor 
Público Federal do Poder Judiciário (Funpresp-Jud), criadas pela Lei n.º 12.618/2012. 
A adesão ao RPC pelos servidores civis da União é obrigatória para os servidores 
que ingressaram após 04 de fevereiro de 2013 e facultativa aos demais. 
Agora você já conheceu as três diferentes possibilidades de regimes, o foco passa a 
ser o objeto de estudo específico: o RPPS dos servidores civis da União.
Os servidores civis da União estão vinculados a Regime Próprio de Previdência Social 
cuja normatização é prevista na Constituição Federal (e em suas emendas, como a 
EC nº 103/2019), na Lei n.º 8.112/1990 e sua legislação complementar.
O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos 
tem caráter contributivo e solidário, sendo custeado mediante contribuição do 
respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, 
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Dessa forma, 
as contribuições previdenciárias de servidores, aposentados e pensionistas custeiam 
benefícios vigentes e garantem a sobrevivência do regime que deve lhes garantir 
esses mesmos benefícios futuramente, caso cumpridos os requisitos. 
O rol de benefícios dos regimes próprios de previdência social é composto da 
seguinte forma de acordo com o art. 9º, §2º, da EC n.º 103/2019 (BRASIL, 2019a):
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Benefícios dos regimes próprios de previdência social. Fonte: Brasil (2019a). 
Fonte: Elaboração: CEPED/UFSC (2020). 
As disposições da EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019a) alteraram substancialmente o 
regramento aplicável aos benefícios de aposentadoria e pensão do regime de 
previdência dos servidores civis da União, principalmente no que se refere aos 
requisitos para concessão e formas de cálculo. Assim, é fundamental que os 
servidores busquem conhecer a reforma da previdência e os impactos que a sua 
aprovação trouxe sobre seus benefícios. 
Com isso você chegou ao fim do estudo desta unidade! Caso tenha dúvidas, retome 
o estudo dos conteúdos já apresentados. 
Benefício Conceito
Aposentadoria Momento em que o contribuinte ativo migra para a situação de 
inativo, voluntariamente, pelo advento da idade máxima permitida 
ou, nos termos apresentados pela Reforma da Previdência, por 
incapacidade permanente para o trabalho.
Pensão Benefício pago a familiares e/ou dependentes econômicos do 
contribuinte, desde que configurada hipótese legal de concessão. 
A duração e forma de cálculo do benefício dependem da 
hipótese de concessão em que se enquadra o beneficiário e de 
características do próprio ex servidor, denominado nesse caso 
como instituidor do benefício, como o fato deste estar ou não 
aposentado à época do óbito.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 11
BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro 
de 2019. Altera o sistema de previdência social e estabelece regras de transição 
e disposições transitórias. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 13 nov. 2019a. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/
emc103.htm. Acesso em: 25 jan. 2022.
BRASIL. Lei nº 8213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da 
Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 14 
ago. 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm. 
Acesso em: 25 jan. 2022.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tábua completa de 
mortalidade para o Brasil – 2019 Breve análise da evolução da mortalidade no Brasil. 
Rio de Janeiro, RJ, 2019. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/
periodicos/3097/tcmb_2019.pdf. Acesso em: 08 fev. 2022 
BRASIL. Ministério da Economia. Exposição de Motivos nº 00029, de 20 de fevereiro 
de 2019. 2019b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Projetos/
ExpMotiv/REFORMA%202019/ME/2019/00029.htm. Acesso em: 25 jan. 2022.
BRASIL. Ministério da Economia. Proposta de Emenda À Constituição nº 6, de 
20 de fevereiro de 2019. Modifica o sistema de previdência social, estabelece 
regras de transição e disposições transitórias, e dá outras providências. . 
Brasília, DF, 2019c. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/
prop_mostrarintegra;jsessionid=node0qekavst8snku1lyegw2ogauz927771417.
node0?codteor=1712459&filename=PEC+6/2019. Acesso em: 25 jan. 2022.
Referências 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/3097/tcmb_2019.pdfhttps://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/3097/tcmb_2019.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Projetos/ExpMotiv/REFORMA%202019/ME/2019/00029.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Projetos/ExpMotiv/REFORMA%202019/ME/2019/00029.htm
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node0qekavst8snku1lyegw2ogauz927771417.node0?codteor=1712459&filename=PEC+6/2019
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node0qekavst8snku1lyegw2ogauz927771417.node0?codteor=1712459&filename=PEC+6/2019
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=node0qekavst8snku1lyegw2ogauz927771417.node0?codteor=1712459&filename=PEC+6/2019
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
2.1 Alteração das regras de aposentadoria
Unidade 2: Principais Tópicos da Emenda 
Constitucional nº 103/2019
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta Unidade, a partir de uma leitura sobre os principais tópicos da Emenda 
Constitucional (EC) nº 103/2019 (BRASIL, 2019a), você será capaz de identificar tópicos 
dessa EC aplicáveis, de forma geral, aos benefícios de aposentadoria e pensão por morte.
A Emenda Constitucional (EC) nº 103/2019 (BRASIL, 2019a) não é conhecida como 
uma “reforma” à toa. A norma alterou diversos pontos do regramento aplicável aos 
filiados e beneficiários do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e dos regimes 
próprios de previdência social (RPPS) da União, estados, Distrito Federal e municípios.
 
A seguir, serão apresentados os principais tópicos da reforma aplicáveis ao RPPS 
dos servidores civis da União, de forma que você entenda o tamanho do impacto da 
EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019a) sobre o regramento previdenciário brasileiro.
Esse talvez seja o tópico de maior interesse por parte dos servidores federais, que 
contribuem mensalmente para o RPPS com a expectativa de eventualmente migrarem 
para a inatividade remunerada. Em síntese, a EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019a):
• Altera a idade mínima para concessão de aposentadoria voluntária aos 
servidores civis da União. 
• Altera a forma de cálculo dos proventos de aposentadoria. 
• Desconstitucionaliza os requisitos de tempo de contribuição, efetivo 
serviço público e tempo no cargo, tema que agora deve ser regulamentado 
por lei complementar. No caso dos servidores civis da União, devem ser 
obedecidos os critérios estabelecidos pela própria EC nº 103/2019 (BRASIL, 
2019a), enquanto não sobrevier lei complementar federal. 
• Prevê regras de transição aplicáveis aos servidores civis da União que 
tenham ingressado no serviço público até 12/11/2019 (véspera da publicação 
da EC nº 103/2019).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 13
• Preserva o “direito adquirido” em favor dos servidores civis da União que 
atendessem os requisitos para as regras anteriormente vigentes de 
aposentadoria voluntária até 12/11/2019, o que se estende também ao 
direito ao Abono de Permanência. Dessa forma, cumpridos todos os 
requisitos para determinada regra até 12/11/2019, o servidor mantém o 
direito a se aposentar ou requerer o Abono de Permanência com fulcro nas 
regras anteriormente vigentes à publicação da reforma. 
• Revoga, em relação aos servidores civis da União, as normas 
anteriormente vigentes de aposentadoria, incluindo os arts. 2º e 6º da EC 
nº 41/2003 (BRASIL, 2003) e art. 3º da EC nº 47/2005 (BRASIL, 2005), mas 
preservando o direito adquirido, conforme citado anteriormente. 
• Substitui a “Aposentadoria por Invalidez” pela “Aposentadoria por 
Incapacidade Permanente”, medida excepcional, a ser adotada quando não 
for possível a readaptação do servidor. Nesse sentido, a readaptação passa a 
ser mais flexível, podendo ser designadas ao servidor atribuições diversas 
daquelas ligadas ao cargo de origem, desde que compatíveis com a escolaridade, 
habilitação e com as limitações físicas e intelectuais do interessado. 
As mudanças são aplicáveis imediatamente aos servidores da 
União. Em relação aos servidores de estados, DF e municípios, 
devem ser aplicadas as normas anteriores à entrada em vigor 
da EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019a), enquanto não for publicada 
norma de competência do respectivo ente subnacional.
2.2 Alteração do benefício de pensão por morte
A reforma também altera, profundamente, a forma de cálculo do benefício de 
pensão por morte, bem como dispõe sobre hipóteses de acumulação. Veja a seguir 
quais são essas alterações:
• É alterada a forma de cálculo do benefício de pensão por morte, que 
agora passa a variar de acordo com a situação do instituidor do benefício à 
época do óbito (se ativo ou aposentado), com o número de pensionistas 
habilitados e com a existência ou não de beneficiário inválido ou com 
deficiência intelectual, mental ou grave. Em regra, quanto maior o número 
de beneficiários, maior será a cota do benefício a ser repartido em partes 
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
iguais pelos pensionistas, até o limite de 100% do valor (art. 23 da EC n.º 
103/2019) (BRASIL, 2019a).
• Em hipótese de exclusão de beneficiário, fica vedada a reversão das cotas 
aos demais pensionistas, sendo garantida, entretanto, a nova repartição 
das cotas de acordo com o número de beneficiários (art. 23, §1º, da EC n.º 
103/2019) (BRASIL, 2019a).
• O benefício de pensão passa a poder ser inferior a um salário mínimo. 
O piso do salário mínimo só é garantido quando se tratar da única fonte de 
renda formal (art. 40, §7º, da CF88, com a nova redação dada pela EC n.º 
103/2019) (BRASIL, 2019a).
• Há limitações à acumulação de pensões de cônjuge ou companheiro 
com outros benefícios previdenciários. Em determinadas hipóteses, o 
pensionista vai fazer jus ao valor integral do benefício de maior valor e a 
uma parcela do benefício de menor valor, garantida a possibilidade de 
revisão em caso de alteração dos valores dos benefícios (art. 24, §§1º e 2º, 
da EC n.º 103/2019) (BRASIL, 2019a). Já a acumulação de duas pensões de 
cônjuge ou companheiro no âmbito do mesmo regime de previdência 
social só será admitida caso cumpridos, cumulativamente, os seguintes 
requisitos: a) sejam do mesmo instituidor; b) sejam decorrentes do exercício 
de cargos acumuláveis na forma do art. 37, XVI, da Constituição Federal (art. 
24, caput, da EC n.º 103/2019) (BRASIL, 2019a).
Tais normas são aplicáveis aos óbitos ocorridos a partir de 13/11/2019 
(data da publicação da reforma). Caso o óbito tenha ocorrido 
anteriormente, deve ser aplicada a legislação em vigor à época. 
2.3 Proibição da criação de novos regimes próprios de previdência 
social e de novos benefícios previdenciários, e obrigação da 
instituição de regime complementar. 
Um pilar da reforma da previdência é a criação de um novo modelo previdenciário 
capitalizado e equilibrado, destinado às próximas gerações segundo o item 13 da 
Exposição de Motivos nº 29/2019/ME (BRASIL, 2019b). Assim, a EC n.º 103/2019 veda 
a criação de novos regimes próprios e estimula a criação de regimes de previdência 
complementar, assim como explicitado a seguir: 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 15
• Fica vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência 
social, por qualquer ente federativo (art. 40, §22, da CF88, incluído pela 
EC nº 103/2019) (BRASIL, 2019a).
• Lado outro, ficam os entes federados obrigados a instituir Regime de 
Previdência Complementar (RPC) no prazo de 2 anos a partir da entrada 
em vigor da reforma (art. 9º, §6º, da EC nº 103/2019) (BRASIL, 2019a). A 
União se encontra em dia com tal obrigação, tendo instituído seu RPC por 
meio da Lei nº 12.618/2012. 
• Além disso, a reforma limita o rol de benefícios dos regimes próprios 
de previdência social às aposentadorias e à pensão por morte (art. 9º, 
§2º, da EC nº 103/2019) (BRASIL, 2019a). Outros benefícios que já existam 
passam a ser considerados como benefícios estatutários (e não mais 
previdenciários), devendo correr por conta do tesouro dos entes 
federativos e nãoà conta do RPPS.
Tais normas são aplicáveis imediatamente à União, estados, 
DF e municípios. 
2.4 Novas alíquotas de contribuição previdenciária
Anteriormente à publicação da EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019a), a contribuição 
previdenciária correspondia a 11% da base de cálculo. A reforma alterou o 
modelo de cálculo da contribuição previdenciária dos filiados ao RPPS dos 
servidores civis da União. 
A referida EC altera esse modelo, prevendo alíquotas progressivas, de forma que 
quem ganhe mais pague mais. A tabela abaixo informa as alíquotas aplicadas em 
2021, conforme Portaria SEPRT/ME nº 636/2021 (BRASIL, 2021).
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É importante saber que:
• Tais alíquotas não incidem sobre a totalidade da remuneração, mas 
sim sobre cada faixa de remuneração.
• Essas alíquotas valem para todos os servidores da União, inclusive para 
quem ingressou na carreira após a instituição do RPC. Entretanto, para 
servidores que ingressaram após esse marco (04/02/2013 para os servidores 
do Executivo e 07/05/2013 para servidores do Legislativo Federal), tendo 
em vista que a contribuição previdenciária se limita ao teto do RGPS, a 
progressividade terá como teto de contribuição o limite máximo dos 
benefícios do RGPS. Assim, para esse grupo de servidores, a alíquota mais 
elevada não ultrapassará 14%.
• Além disso, a reforma revogou o art. 40, §21, da CF88, que dispunha que 
a contribuição previdenciária sobre proventos de Aposentadoria e Pensão 
por morte incidiria apenas sobre a parcela que exceder o dobro do teto 
estabelecido para os benefícios do RGPS, quando o beneficiário se tratasse 
de portador de doença incapacitante (BRASIL, 1988). Ou seja, até a publicação 
da reforma, aposentados e pensionistas portadores de doença incapacitante, 
que recebiam proventos que não excediam o dobro do teto do RGPS não 
tinham desconto de contribuição previdenciária. Tal benefício foi revogado.
SALÁRIO-CONTRIBUIÇÃO ALÍQUOTAS
Até um salário mínimo (R$1.100,00) 7,5%
De R$ 1.100,01 até R$ 2.203,48 9%
De R$ 2.203,49 até R$ 3.305,22 12%
De R$ 3.305,23 até R$ 6.433,57 14%
De R$ 6.433,58 até R$ 11.017,42 14,5%
De R$ 11.017,43 até R$ 22.034,83 16,5%
De R$ 22.034,84 até R$ 42.967,92 19%
Acima de R$ 42.967,92 22%
Alíquotas Progressivas baseadas no salário. Fonte: Portal do 
Governo Federal (2022). É importante saber que:
Fonte: Elaboração: CEPED/UFSC (2022). 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 17
A publicação da EC nº 103/2019 (BRASIL, 2019a) criou dúvidas 
entre os interessados e aplicadores do direito sobre a entrada 
em vigência de suas inovações e sobre a aplicabilidade a 
estados, DF e municípios. Assim, o Ministério da Economia 
publicou a Nota Técnica SEI nº 12212/2019/ME (ME, 2019), 
de 22/11/2019, com a análise das regras constitucionais da 
reforma previdenciária aplicáveis aos RPPS. 
Clique aqui para conferir uma síntese das conclusões apresentadas. 
Ao chegar até aqui você finalizou o estudo desta unidade! Acesse a atividade 
avaliativa no ambiente virtual de aprendizagem para refletir sobre o que foi 
apresentado até aqui.
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/legislacao-dos-rpps/aplicacao-da-emenda-constitucional-no-103-de-2019-aos-rpps
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília, DF: Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro 
de 2019. Altera o sistema de previdência social e estabelece regras de transição 
e disposições transitórias. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 13 nov. 2019a. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/
emc103.htm. Acesso em: 25 jan. 2022.
BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 
2003. Modifica os arts. 37, 40, 42, 48, 96, 149 e 201 da Constituição Federal, revoga 
o inciso IX do § 3 do art. 142 da Constituição Federal e dispositivos da Emenda 
Constitucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998, e dá outras providências. Diário 
Oficial da União. Brasília, DF, 31 dez. 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc41.htm. Acesso em: 25 jan. 2022.
BRASIL. Constituição (1988). Emenda Constitucional nº 47, de 05 de julho de 
2005. Altera os arts. 37, 40, 195 e 201 da Constituição Federal, para dispor sobre 
a previdência social, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, 
DF, 06 jul. 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
emendas/emc/emc47.htm. Acesso em: 25 jan. 2022. 
BRASIL. Ministério da Economia. Exposição de Motivos nº 00029, de 20 de fevereiro 
de 2019. 2019b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Projetos/
ExpMotiv/REFORMA%202019/ME/2019/00029.htm. Acesso em: 25 jan. 2022.
Brasil. Ministério da Economia. Portaria oficializa reajuste de 5,45% nos valores de contribuição 
dos servidores da União. Portal gov.br, 2021. Acesso em: 31 jan. 2022
BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. 
Portaria nº 636, de 13 de janeiro de 2021. Dispõe sobre o reajuste dos valores 
previstos nos incisos II a VIII do § 1º do art. 11 da Emenda Constitucional nº 103, 
de 12 de novembro de 2019, que trata da aplicação das alíquotas da contribuição 
previdenciária prevista nos arts. 4º, 5º e 6º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004. 
(Processo nº 10133.100018/2021-91). Diário Oficial da União. Brasília, DF, 14 jan. 
2021. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-seprt/me-n-636-
de-13-de-janeiro-de-2021-298903520. Acesso em: 26 jan. 2022.
MINISTÉRIO DA ECONOMIA. SEI 12212: ANÁLISE DAS REGRAS CONSTITUCIONAIS DA 
REFORMA PREVIDENCIÁRIA APLICÁVEIS AOS REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
DOS ENTES FEDERADOS SUBNACIONAIS. Brasília: Ministério da Economia, 2019. 38 p.
Referências 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc41.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc47.htm
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Projetos/ExpMotiv/REFORMA%202019/ME/2019/00029.htm
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https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-seprt/me-n-636-de-13-de-janeiro-de-2021-298903520
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-seprt/me-n-636-de-13-de-janeiro-de-2021-298903520
	Unidade 1: Conceituando a EC nº 103/2019 e o RPPS dos Servidores Civis da União
	1.1 O que é a EC nº 103/2019
	1.2 O RPPS dos servidores civis da União
	Referências 
	Unidade 2: Principais Tópicos da Emenda Constitucional nº 103/2019
	2.1 Alteração das regras de aposentadoria
	2.2 Alteração do benefício de pensão por morte
	2.3 Proibição da criação de novos regimes próprios de previdência social e de novos benefícios previdenciários, e obrigação da instituição de regime complementar. 
	2.4 Novas alíquotas de contribuição previdenciária
	Referências

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