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Programas de Saúde e gestão de Enfermagem

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PROGRAMAS DE SAÚDE E GESTÃO EM ENFERMAGEM 
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
➤ Doenças transmissíveis são definidas pela Organização Pan-americana de Saúde como qual doença ocasionada por um agente infeccioso específico, podendo ser transmitido de uma de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório a um hospedeiro susceptível, essa transmissão pode ser direta ou indireta por um hospedeiro intermediário, podendo ser de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado. 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
➤ A Vigilância Epidemiológica é definida como um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos (BRASIL, 1990b). 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
➤ A notificação compulsória é obrigatória para os profissionais de saúde: enfermeiros, médicos, odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, e DEVE-SE notificar a simples suspeita da doença, não se aguardando a confirmação do caso, pois isso pode implicar na perda da oportunidade de adotar meios de prevenção e controle indicadas.
HANSENÍASE
A hanseníase é classificada como uma DOENÇA DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA tornando-se, portanto, de investigação obrigatória. 
➤ Todos os casos precisam ser notificados na ficha de Notificação/Investigação, do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) (BRASIL, 2016b). 
QUANDO CONSIDERAR CASOS DE HANSENIASE?
Deve-se considerar casos de hanseníase quando o indivíduo APRESENTAR 
➤ Um ou mais dos sinais que chamamos de SINAIS CARDINAIS.
➤ e necessitar de tratamento específico com o uso de POLIQUIMIOTERAPIA (PQT). 
São considerados sinais cardinais (BRASIL, 2016b): 
• LESÕES ou ÁREAS da PELE que apresentam alterações da SENSIBILIDADE tátil, térmica ou dolorosa. 
• Espessamento de NERVO PERIFÉRICO com alterações motoras sensitivas ou autonômicas. 
• Presença de bacilos M. leprae, sendo confirmada no exame de baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biópsia de pele. 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM:
A enfermagem deve atentar-se ao aparecimento da doença e suas diferentes manifestações clínicas, como lesões ou áreas de pele com alterações da sensibilidade, estando diminuída ou ausente em um período superior há TRÊS MESES e podendo até ter o comprometimento dos nervos.
➤ Essas alterações DEPENDEM da resposta do sistema imunológico do organismo atingido e podem se manifestar após um longo PERÍODO DE INCUBAÇÃO de DOIS A SETE ANOS.
➤ Para um maior controle e diagnóstico precoce, os agentes comunitários de saúde são fundamentais, pois têm maior contato com a população e devem saber suspeitar se uma das pessoas visitadas pode ter hanseníase para encaminhá-las ao enfermeiro ou médico para avaliações. 
AVALIAÇÕES:
PAUCIBACILAR (PB): casos com ATÉ CINCO LESÕES de pele. 
MULTIBACILAR (MB): casos com MAIS de cinco lesões de pele.
➤ A AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA para determinar o GRAU de incapacidade física deve sempre ser realizada: 
➤ no INÍCIO do tratamento; 
➤ mesmo NÃO havendo queixas, com reavaliação a cada três meses;
➤quando HOUVER queixas como dor em trajeto de nervos, fraqueza muscular, início ou piora de queixas parestésicas;
➤ em doentes em USO DE CORTICÓIDES por estados reacionais e neurites; 
➤ na ALTA do tratamento;
➤ no pós-operatório de descompressão neural, devendo ser reavaliada com 15, 45, 90 e 180 dias. 
· Para verificar a integridade da função neural, recomenda-se a utilização do formulário de Avaliação Neurológica Simplificada.
· Para determinar o GRAU de incapacidade física, verifica-se a sensibilidade dos olhos, mãos e pés e o teste de força muscular.
TRATAMENTO:
Alguns medicamentos no tratamento da hanseníase podem ter efeitos teratogênicos. 
Portanto, em cumprimento à Lei n° 10.651, de 16 de abril de 2003, todos os serviços de saúde devem GARANTIR recursos anticoncepcionais para as mulheres em tratamento de hanseníase ou em episódios reacionais mesmo após o término da PQT, orientando quanto aos riscos de uma gravidez. 
PREVENÇÃO:
➤ NÃO há proteção específica para hanseníase, as ações devem ser de prevenção, e amplas, incluindo atividades como: 
➤ Educação em saúde, que é essencial para a prevenção de incapacitantes, assegurando o conhecimento indispensável sobre a hanseníase. 
➤ Investigação de dados epidemiológicos para diagnosticar novos casos.
➤ Manutenção do tratamento adequado até a cura e busca de faltosos. 
➤ Prevenção e tratamento de incapacidades. 
➤ Vigilância epidemiológica constante.
➤ Realização de exames nos contatos domiciliar e social. 
➤Aplicação de BCG.
TURBECULOSE
➤ A tuberculose (TB) é uma doença de notificação compulsória e de investigação obrigatória. 
➤ Os casos devem ser notificados em ficha de notificação/investigação, do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). 
SINAIS E SINTOMAS:
Dentre os principais sinais e sintomas, observa-se o comprometimento do estado geral, febre vespertina, sudorese noturna, inapetência, emagrecimento, fadiga, tosse que pode ser acompanhada ou não de escarros hemoptoicos, em que as principais complicações ocorrem no sistema respiratório, portanto, o enfermeiro deve abordar na entrevista dados relacionados ao aparelho respiratório e atentar-se ao exame minucioso do tórax. 
ENTREVISTA E EXAME FÍSICO
➤ Na investigação, questiona-se também sobre a história de tuberculose anterior, outras comorbidades, história familiar de TB, moradia, uso/abuso de álcool e drogas, abandono de tratamento e aspectos psicossociais que podem estar ligados ao isolamento, à rejeição de familiares e amigos devido ao estigma e preconceito da doença (BRASIL, 2011a).
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM:
➤ Após a obtenção dos dados da entrevista e do exame físico, o enfermeiro deve iniciar o processo de julgamento clínico com a realização dos diagnósticos de enfermagem da North American Nursing Diagnosis Association (Nanda). 
EXAMES PARA DIAGNÓSTICO:
➤ Com os dados clínico-epidemiológicos do usuário, deve-se solicitar imediatamente a coleta da primeira AMOSTRA DO ESCARRO para aproveitar a presença do cliente. 
➤ Essa amostra deve ser coletada em um ambiente ABERTO, de preferência ao AR LIVRE.
➤ Porém para o diagnóstico solicita-se, pelo menos, DUAS amostras de escarro.
A primeira: geralmente coletada no momento da consulta.
A segunda: no dia seguinte, preferencialmente ao DESPERTAR. 
➥ Esta geralmente é abundante, porque provém das secreções acumuladas na árvore brônquica durante a noite (BRASIL, 2011c). 
➥ Para a coleta da segunda amostra, a unidade de saúde deve ter pessoal adequado para fornecer informações claras e simples ao paciente, no caso, a equipe de enfermagem. (BRASIL, 2011c). 
 Outro exame indicado como método auxiliar no diagnóstico da tuberculose em pessoas NÃO VACINADAS com a BCG é a PROVA TUBERCULÍICA (PT) que consiste na inoculação intradérmica de um derivado proteico do M. tuberculosis para MEDIR a resposta imune celular a esses antígenos. 
➥ É utilizada, em adultos e crianças, para o diagnóstico de infecção latente pelo bacilo (BRASIL, 2011c). 
A tuberculina usada é o PPD-RT 23: 
➥ aplicada por VIA INTRADÉRMICA no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo;
➥ na dose de 0,1 mL, que contém 2 UT.
➥ em que a solução da tuberculina deve ser conservada em temperatura entre 2 °C e 8 °C e não deve ser exposta a luz solar direta. 
OBS.: A técnica de aplicação, de leitura e o material utilizado são padronizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
➤ A aplicação e a leitura da prova tuberculínica DEVEM ser realizadas por profissionais treinados, e ainda assim pode haver divergências, então a leitura deve ser realizada 48 a 72 horas APÓS a aplicação (HOWARD; SOLOMON, 1988). 
Caso o paciente falte à leitura, pode-se estender a até 96 horas (OMS, 1980). 
O RESULTADOé avaliado com o maior diâmetro transverso da área do endurado palpável, que deve ser medido com régua milimetrada transparente e registrado em milímetros, onde 0 a 4 mm é considerado não reator, 5 a 9 mm reator fraco e 10 mm ou mais reator forte. 
Também se pode ter o diagnóstico através da HISTOPATOLOGIA (biópsia), que é empregada para investigação de formas extrapulmonares, ou pulmonares que se apresentam radiologicamente como doença difusa (BRASIL, 2011c). 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO:
 O tratamento farmacológico consiste na QUIMIOTERAPIA ANTITUBERCULOSA com o uso de :
➤ rifampicina(R) – 150mg (RHZE)
➤ isoniazida(H) – 75mg
➤ pirazinamida(Z) – 400mg
➤ etambutol(E) – 275mg 
 cuja apresentação farmacológica do esquema básico de tratamento é em comprimidos de DOSES FIXAS COMBINADAS dos quatro medicamentos (RHZE), nas seguintes dosagens: R: 150 mg, H: 75 mg, Z: 400 mg e E: 275 mg, conforme recomendação preconizada pela Organização Mundial da Saúde (BRASIL, 2011c)
Esquema básico para tratamento de TB em adultos e adolescentes
ORIENTAÇÕES SOBRE CUIDADOS NO TRATAMENTO: 
Ainda conforme o Ministério da Saúde (2011a), alguns cuidados devem ser orientados sobre o tratamento:
 ➤ Os medicamentos deverão ser administrados preferencialmente EM JEJUM (uma hora antes ou duas horas após o café da manhã), em uma única tomada, ou em caso de intolerância digestiva com uma refeição.
➤ Orientar a mulher a utilizar outros métodos anticoncepcionais, pois a rifampicina INTERFERA NA AÇÃO dos contraceptivos orais. 
➤ Atentar-se para as REAÇÕES ADVERSAS mais frequentes ao esquema básico, como:
· mudança da coloração da urina (avermelhada),
· intolerância gástrica (40%), 
· alterações cutâneas (20%),
· icterícia (15%) 
· e dores articulares (4%).
Em todos os esquemas, a medicação é de USO DIÁRIO e deverá ser administrada em uma única tomada, de modo supervisionado. 
BUSCA ATIVA - exames e tratamento dos comunicantes.
PUERICULTURA
Na assistência de enfermagem em puericultura, o profissional enfermeiro deve AVALIAR de maneira SISTEMATICA a criança:
➤ em seu CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO,
➤ o estado nutricional, 
➤ vacinação, 
➤ aspectos sociais e psíquicos.
CONSULTA DE ENFERMAGEM
Para essa avaliação, a consulta de enfermagem torna-se OBRIGATÓRIA e respaldada na Resolução do Cofen 358/2009, sendo esta executada privativamente pelo enfermeiro (Decreto 94.406/87), cujo acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil (criança de 0 a 10 anos) deverá ser realizado em consultas intercaladas entre o profissional enfermeiro e o médico, junto a VISITAS DOMICILIARES E GRUPOS EDUCATIVOS.
Programa de Puericultura, tem os seguintes PROPÓSITOS: 
• Acompanhar o crescimento e o desenvolvimento infantil; 
• Estimular a prática do aleitamento materno; 
• Orientar a introdução da alimentação complementar; 
• Observar a cobertura vacinal; 
• Prevenir diarreia e infecções respiratórias, que são as doenças que MAIS acometem as crianças no PRIMEIRO ANO DE VIDA; 
• Verificar sinais de violência.
CONSULTA DO ADOLESCENTE
Seguem ações preventivas abordadas durante a consulta do adolescente:
 • Nas consultas, reforçar a promoção de saúde. 
• Identificar adolescentes sujeitos a comportamentos de risco. 
• Promover imunização adequada.
 • Desenvolver vínculos de confiança que favoreçam um diálogo aberto sobre questões de saúde. 
• Sensibilizar adolescentes homens para o autocuidado e para a responsabilização pela própria saúde sexual e reprodutiva, como também a de sua parceira. 
• Receber esclarecimentos a respeito de seu crescimento físico e desenvolvimento psicossocial e sexual. 
• Enfatizar a importância de se tornarem ativamente participantes nas decisões pertinentes aos cuidados de sua saúde.
 • Orientar quanto às vantagens da realização de atividade física regular e alertar quanto à necessidade do adequado condicionamento físico antes de exercícios ou práticas esportivas, bem como do uso de equipamentos de proteção no caso da prática de esportes radicais. 
• Promover saúde física, mental e social.
 • Esclarecer sobre cuidados com a saúde bucal e sobre hábitos nutricionais adequados, incluindo os benefícios de uma alimentação saudável e da manutenção do peso ideal. 
• Aconselhar sobre práticas sexuais responsáveis e seguras, com o uso de preservativo, e enfatizar o uso deste como prática indispensável na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. 
• Conversar sobre a importância do afeto e do prazer nas relações amorosas e alertar sobre situações de risco para violência e/ou exploração sexual.
 • Abordar as dificuldades escolares e no trabalho
SAÚDE NA ESCOLA
➤ Conforme o Decreto nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007, que institui o Programa Saúde na Escola (PSE) e dá outras providências, e o art. 1º no âmbito dos Ministérios da Educação e da Saúde, o PSE tem a FINALIDADE de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde.
➤ O programa foi especificamente criado para atender jovens da rede pública de ensino e para alcançar seus propósitos, e é constituído por CINCO COMPONENTES:
• Avaliação das condições de saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola pública. 
• Promoção da saúde e de atividades de prevenção. 
• Educação permanente e capacitação dos profissionais da educação e da saúde e de jovens. 
• Monitoramento e avaliação da saúde dos estudantes. 
• Monitoramento e avaliação do programa. 
SAÚDE MENTAL

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