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CUIDADOS PALIATIVOS

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CUIDADOS PALIATIVOS
Definição 
"Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais".
PRINCIPIOS 
➤ Fornece alívio para dor e outros sintomas estressantes como astenia, anorexia, dispnéia e outras emergências oncológicas. 
➤ Reafirmar vida e a morte como processos naturais. Integrar os aspectos psicológicos, sociais e espirituais ao aspecto clínico de cuidado do paciente. ➤ Não apressar ou adiar a morte. 
➤ Oferecer um sistema de apoio para ajudar a família a lidar com a doença do paciente, em seu próprio ambiente.
 ➤ Oferecer um sistema de suporte para ajudar os pacientes a viverem o mais ativamente possível até sua morte. 
➤ Usar uma abordagem interdisciplinar para acessar necessidades clínicas e psicossociais dos pacientes e suas famílias, incluindo aconselhamento e suporte ao luto
CONSIDERAÇÕES ÉTICAS 
 ➤ Eutanásia = processo de morte do paciente com doença incurável e sem possibilidade de vida digna, que ocorre por intervenção de terceiro, aliviando sofrimento insuportável. 
➤ Distanásia = obstinação terapêutica ou futilidade médica, que determina que tudo deve ser feito mesmo que cause sofrimento atroz ao paciente. Na distanásia a morte é lenta e com muito sofrimento.
 ➤ Ortotanásia = Morte correta. Não prolongamento artificial do processo de morte, além do que seria o processo natural, feito pelo médico
Resolução 1.805/06 - CFM 
➤ Art. 1º É permitido ao médico limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente em fase terminal, de enfermidade grave e incurável, respeitada a vontade da pessoa ou de seu representante legal. 
◦ § 1º O médico tem a obrigação de esclarecer ao doente ou a seu representante legal as modalidades terapêuticas adequadas para cada situação. 
◦ § 2º a decisão referida no caput deve ser fundamentada e registrada no prontuário 
◦ § 3º é assegurado ao doente ou a seu representante legal o direito de solicitar uma segunda opinião médica. 
➤ Art. 2º O doente continuará a receber todos os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, assegurada a assistência integral, o conforto físico, psíquico, social e espiritual, inclusive assegurandolhe o direito da alta hospitalar.
Paciente em condição terminal
 ➤ É quando sua doença, independente das medidas terapêuticas adotadas, evoluirá de forma inevitável para a morte (Moritz, 2008) 
➤ A irreversibilidade da doença é definida de forma consensual pela equipe médica, baseada em dados objetivos e subjetivos
Resolução CFM 1.931/2009 – Trata da ortotanásia 
➤ Princípios fundamentais 
➤ Inciso XXII – nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atuação todos os cuidados paliativos apropriados Relação com os pacientes e familiares
 ➤ É vedado ao médico 
◦ Art. 41 Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal.
➤ Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal. 
Resolução CFM 1.995/2012 – dispõe sobre a vontade dos pacientes 
➤ Art. 1º Definir diretivas antecipadas de vontade como o conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados pelo paciente, sobre cuidados e tratamento que quer ou não, receber quando estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade 
➤ Art. 2º Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o médico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade 
➤ § 1º Caso o paciente tenha designado um representante para tal fim, suas considerações serão levadas em consideração pelo médico. 
➤ § 2º O médico deixará de levar em consideração as diretivas antecipadas de vontade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos ditados pelo Código de Ética Médica
➤ § 3º as diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares 
➤ § 4º O médico registrará, no prontuário, as diretivas antecipadas de vontade que lhe foram diretamente comunicadas pelo paciente. 
➤ § 5º não sendo conhecidas as diretivas antecipadas de vontade do paciente, nem havendo representante legal designado, familiares disponíveis ou falta de consenso entre eles, o médico recorrerá ao Comitê de Bioética da Instituição, ou na falta ao Conselho Regional e Federal de Medicina
Princípios Bioéticos
 ➤ Autonomia 
➤ Justiça 
➤ Beneficência 
➤ Não maleficência
Atuação do Enfermeiro 
➤ Decreto 94.406/1987 
“... Ao Enfermeiro incumbe: [...] como integrante da equipe de saúde [...] 
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde [...]” 
➤ A enfermagem = 24 horas 
◦ Elemento essencial no momento de acompanhar os pacientes, nos últimos instantes de vida, ajudando a aliviar a dor, o medo e a angústia (ROSELLO, 2005)
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem 
➤ [...] Seção I 
➤ [...] Proibições 
➤ [...] Art. 29 promover a Eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente
Parecer Coren-SP 066/2103 
 ➤ A tomada de decisão pela ortotanásia é ato médico, prevista na legislação
 ➤ Os profissionais de enfermagem, como membros da equipe de saúde devem participar das discussões sobre os limites para intervenção no processo inevitável de morte respeitando a decisão do paciente ou de seus familiares 
➤ A participação dos profissionais de enfermagem na ortotanásia é uma decisão de foro íntimo e de natureza facultativa
 ➤ O papel da enfermagem nos cuidados assistenciais na terminalidade, tem como objetivo garantir a dignidade da pessoa, respeitando os limites éticos e legais.
Parecer Coren-SP 023/2011 
➤ Sedação Paliativa em Oncologia
 Definição: a indução da diminuição do nível de consciência em pacientes com sintomas severos, intratáveis ou refratários, por meio de medicações sedativas, com o objetivo principal de controlá-los. 
Estes medicamentos acarretam a redução controlada do nível de consciência e/ou percepção da dor, enquanto mantêm os sinais vitais estáveis e a respiração espontânea. 
Sedação Paliativa X Eutanásia ou suicídio assistido 
Intenção = alívio de sofrimento Intenção = oportunizar qualidade de vida (beneficência) NÃO tendo a ação promover ou acelerar sua morte (maleficência).
Parecer
➤ A enfermagem pode administrar a sedação paliativa mediante prescrição médica 
➤ O paciente e a família devem estar adequadamente orientados com relação ao procedimento = ter um protocolo institucional.
➤ Garantir assistência de enfermagem segura, sem riscos ou danos ao cliente causados por negligência, imperícia ou imprudência.
Sinais físicos de morte iminente
➤ Perda sensorial e de movimentos nos membros inferiores, evoluindo para os membros superiores 
➤ Sensação de calor, embora o corpo sinta frio 
➤ Perda dos sentidos: 
➤ Sensação tátil 
➤ Sensibilidade à luz 
◦ Audição é o último sentido a falhar
➤ Confusão e perda da consciência, fala ininteligível 
➤ Fraqueza muscular 
Sinais físicos de morte iminente 
➤ Perda de controle vesical e intestinal ➤ Apetite e sede reduzidos 
➤ Dificuldade em deglutir
➤ Mudança no padrão respiratório: ◦ Respirações de Cheyne- Stokes (aumento e diminuição da profundidade da respiração com períodos regulares de apneia) ◦ “estertor da morte” (sons torácicos ruidosos provenientes de acúmulo de secreções pulmonares e faríngeas)➤ Pulso lento e fraco; pressão arterial reduzida
Luto e pesar 
➤ Luto é um processo e não um evento 
➤ É individualizado com manifestações diferentes em cada pessoa 
➤ É necessário para que ocorra a cicatrização 
➤ Luto antecipado 
➤ Atenção dos profissionais aos sinais apresentados por cada familiar Diretrizes para o cuidado de enfermagem 
➤ Respeite o momento da família = fique quieto, converse, chore.
➤ Evite julgamento
➤ Evite oferecer racionalização para a família “seu filho descansou” 
➤ Evite consolo artificial “sei como você se sente” 
➤ Encaminhe para grupos de ajuda sempre que possível.
No momento da morte 
➤ Reafirme a família que está sendo feito tudo que é possível para o conforto da criança e especialmente para o alívio da dor 
➤ Sempre forneça à família todas as informações que forem solicitadas de maneira sincera 
➤ Respeite as necessidades emocionais da família 
➤ Tente manter a família perto no momento da morte, se desejarem estar presentes
Pós-morte
 ➤ Permita que a família fique com a criança/ente familiar pelo tempo que acharem necessário 
➤ Se desejarem, permitam auxiliar no preparo do corpo 
➤ Possibilite o apoio espiritual, permitindo a entrada de pessoas de sua religião.

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