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Distúrbios circulatórios 2

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Distúrbios circulatórios 2
Embolia- É o processo pelo qual o êmbolo ( qualquer estrutura que não pertence ao sangue/ sólido, liquido e gasoso) obstrui algum vaso pala circulação da corrente sanguínea. 
Ex.: em cavalo é mais comum na obstrução das artérias mesentéricas principalmente pelas migrações dos parasitas, principalmente os estrongilídeos, que acabam formando uma vasculite ocasionando distúrbios no quadrante posterior dos cavalos. 
Temos os êmbolos sólidos, líquidos e gasosos, que são capazes de ocasionar a obstrução dos vasos acometidos. As consequências dessa obstrução vão depender do órgão acometido, tamanho e tipo. O órgão afetado determina se a lesão é reversível ou irreversível, cada órgão tem sua resistência. Dependendo do tamanho do êmbolo, caso seja pequeno, o tecido pode sofrer necrose em apenas uma parte do órgão. Se o êmbolo for grande, pode acometer todo o tecido e o órgão sofrer necrose por completo. O tipo de êmbolo também determina o destino da necrose. Os êmbolos líquidos tendem a ter uma consequência menos graves do que os sólidos e gasosos. 
A partir do momento em que o êmbolo se solta e obstrui um vaso, aquele tecido passara por um esquema de Isquemia, que é a consequência de uma Embolia. 
Isquemia- qualquer redução do fluxo sanguíneo para determinado órgão ou região. Causas: trombose, embolia, choque, hipovolemia (baixo volume sanguíneo), insuficiência cardíaca e as anemias (ausência de hemácias). 
As consequências da isquemia dependem do órgão afetado (principais órgãos são o cérebro e o coração) calibre do vaso envolvido (se o vaso é maior, o dano é maior), grau de oclusão do vaso (oclusão do sangue parcial, onde pouco sangue ainda passa/ Oclusão total, passagem de sangue completamente comprometida) e eficiência da circulação colateral (formação de novos vasos sanguíneos para suprir o sangue que não esta passando pelo vaso que sofreu isquemia. Ex.: varizes) 
A isquemia acaba levando a necrose, e essa área oriunda de isquemia é nomeada como infarto. Logo, o infarto é uma isquemia causada por obstrução do suprimento vascular para o tecido afetado. Qualquer órgão vascularizado pode passar pelo processo de infarto, não somente o coração. 
Temos o infarto anêmico ou infarto hemorrágico.
Infarto anêmico- consequência de uma obstrução arterial em órgãos sólidos que apresentam circulação terminal como os rins, baço, coração e cérebro. Quando há uma obstrução daquela artéria, da obstrução para trás, ocorre um processo de congestão, essa congestão enquanto aguda apresenta um aspecto do órgão avermelhado e hemorrágico. Se essa congestão cronificar, teremos a morte do tecido e como consequência o processo de fibrose ou calcificação. Da obstrução para frente, todos os vasos que deveriam sofrer sangue através desse vaso obstruído, esses vasos acabam ficando se suprimento sanguíneo, toda a região posterior fica sem sangue. Ocasionando a necrose do tecido, que irá calcificar e resultar no fibrosamento. 
Infarto hemorrágico- ocorre por uma obstrução venosa. Algum abscesso, ou tumor, pode estar comprimindo o vaso. Observados principalmente em órgãos de circulação dupla ou colateral. O sangue chega ocasionando uma congestão. Da congestão para trás observa se uma área repleta de hemácias, o tecido sofre hipóxia e morre e pela baixa energia, leva a necrose. É comum em processos de torções do órgão. 
Choque- baixa perfusão sanguínea não localizada. Pode ser ocasionado ou porque o coração não funciona bem, ou por uma perda de sangue, e por uma resistência pariferica inadequada. A consequência do choque é a hipóxia tecidual. Quando o animal entra em sincope, se agir rápido, o processo pode ser reversível. Se demorar, o tecido entra em fase de necrose, assim o animal vem a óbito pelo quadro de choque. 
Choque cardiogênico- incapacidade do coração de bombear o sangue, levando ao infarto, onde a área infartada não contrai. Leva também a arritmia, o átrio e o ventrículo não contrai no ritmo. Ocasiona compressão externa, onde uma tumoração acaba comprimindo as artérias e o sangue não consegue ser expelido do coração. Ou uma obstrução de fluxo de saída (embolia pulmonar). Essas consequências levam a redução do volume sistólico e do debito cardíaco. 
Choque hipovolêmico- o coração funciona, mas ocorre uma grande perda de volume sanguíneo ou plasmático. Ex.: hemorragia com perdas de sangue acima de 10% 
Choque por má distribuição sanguínea- acumulo de sangue nos tecidos periféricos, ocorre por uma vasodilatação sistêmica onde o sangue estão no espaço maior. Liquido com mais espeço. Essa vasodilatação pode ser induzida pelo cérebro ou citocinas inflamatórias, onde temos umas vasodilatações sistêmicas que fazem com que os tecidos centrais percam perfusão sanguínea. Causas: alergia
Três tipos de mecanismos que podem causar esse choque/ vasodilatação sistêmica.
1- Choque anafilático: reação de hipersensibilidade (a partir do momento que o animal é exposto a um antígeno considerado alergeno, onde tem a sensibilização de mastócitos pela IgE, que é liberada e os mastócitos liberam seus grânulos e fazem com que aquela dilatação dilate toda de uma vez. Pode ser causado por vacinas, plantas, picadas de insetos, mastocitoma.
2- Choque neurogênico- não é ocasionado por citocinas, mas sim por uma descarga elétrica do SNC (trauma) choque elétrico, stress/ medo
3- Choque séptico- relacionado a bactérias e fungos que liberam componentes que estimulam o processo inflamatório, levando a vasodilatação ocorrendo de maneira sistêmica.

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