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Unidade 3- Tratamento da Água e Efluentes

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Unidade 3
Livro Didático 
Digital
Hannah de Oliveira Santos Bezerra
Tratamento da 
Água e Efluentes
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autor 
HANNAH DE OLIVEIRA SANTOS BEZERRA
Hannah de Oliveira Santos Bezerra
Olá. Meu nome é Hannah de Oliveira Santos Bezerra. Sou doutora 
em Administração de empresas pela Universidad de Salamanca, Espanha. 
E atualmente faço parte de uma fundação de apoio à pesquisa. Minha 
experiência morando fora por sete anos me fez aprender não somente 
sobre Administração de empresas, mas também sobre idiomas, cultura, 
comidas, pessoas. Durante meu doutorado, pude realizar um curso sobre 
gestão ambiental no tratamento de águas, o que me permitiu adquirir 
conhecimentos suficientes para produzir este e-book. Sou apaixonada 
por transmitir conhecimentos e minha experiência de vida àqueles que 
estão iniciando em suas profissões. Por isso, fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito 
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte 
comigo!
A AUTORA
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda 
vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Tratamento de águas residuais.....................................................12
O que são águas residuais?..................................................................................12
Origem das águas residuais.................................................................................14
Tratamento de água residuais............................................................................14
Sistemas de esgoto.....................................................................................................16
Plantas de tratamento...............................................................................................17
Estação de tratamento de águas residuais............................................18
Estações de tratamento das águas residuais.........................21
Estações de tratamento das águas residuais.......................................21
O que é uma estação de tratamento de águas residuais?.......21
Tipo de estação de tratamento de águas residuais.......................22
Como funciona uma estação de tratamento de água 
residuais?..............................................................................................................................23
Projeto de estações de tratamento de águas residuais.............25
Estações de tratamento de águas residuais domésticas...........26
Tratamento do lodo.............................................................................29
Lodo produzido no tratamento da água potável.............................29
Necessidade de tratamento de lodo nas ETAs..................................31
 Processo de tratamento.......................................................................32
Evacuação no tratamento de águas residuais.......................38
Principais métodos de evacuação e transporte de lodo de 
latrina e de efluentes (cubo, carreta, tanque, caminhão de 
cuba, rede unitária ou rede separada).......................................................38
Quem geralmente usa ou recomenda este dispositivo e desde 
quando?................................................................................................................................38
A quem se destina?....................................................................................................39
Em que consiste esse tratamento? Como ele é feito?................40
Dificuldades e remédios específicos e / ou possíveis 
precauções a serem tomadas...........................................................................43
Principais vantagens e desvantagens........................................................43
Lugares ou contextos em que essa técnica parece mais 
adaptada..............................................................................................................................44
Recomendações e sugestões para seu uso........................................44
Exemplo de modalidade particular..............................................................44
Tratamento da Água e Efluentes 9
UNIDADE
03
Tratamento da Água e Efluentes10
O descarte das águas residuais e o descarte dos líquidos para 
o meio ambiente exige o devido tratamento, de modo que ela volte a 
apresentar qualidade e limpeza adequadas para que seja lançada 
no corpo receptor (rio, lago ou mar) sem causar danos à saúde e ao 
ecossistema. O tratamento das águas residuais, portanto, é um processo 
essencial para garantir a preservação ambiental e a manutenção da saúde 
humana. Nesta unidade, iremos estudar a importância do tratamento de 
águas residuais e como ele é feito. Ao longo desta unidade letiva você vai 
mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
Tratamento da Água e Efluentes 11
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Conhecer os principais constituintes dos sistemas de 
abastecimento de água residuais;
2. Avaliar a aplicabilidade das tecnologias de tratamento das águas 
residuais;
3. Entender como funciona os esquemas de depuração;
4. Compreender os tratamentos biológicos utilizados no tratamento 
de águas residuais.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Tratamento da Água e Efluentes12
Tratamento de águas residuais
INTRODUÇÃO:
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender 
o conceito de água residual e conhecer os principais 
constituintes dos sistemas de abastecimento de água 
residuais. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá!
O que são águas residuais? 
As águas residuais são o produto do uso de água potável pelo ser 
humano, para diferentes usos da vida cotidiana, tanto em residências 
quanto em nível industrial, o que faz com que sofra alterações em sua 
composição, causando contaminação. Por meio do tratamento de 
águas residuais, é possível eliminar os contaminantes presentes na água 
nos níveis físico, biológico e químico. Vejamos a seguir o conceito de 
tratamento de águas residuais.
DEFINIÇÃO:
É uma série de processos químicos, físicos e biológicos que 
são fornecidos às águas residuais e, quando processados, 
conseguem eliminar todos os contaminantes liberados 
pelo uso diário de pessoas, empresas, negócios e chuva. O 
objetivo do tratamento é produzir água limpa (ou efluente 
tratada) ou reutilizável no ambiente e um resíduo sólido ou 
lodo (também chamado de biosolídeo ou lodo) adequado 
para descarte ou reutilização. É muito comum chamá-lo 
de tratamento de águas residuais para diferenciá-lo do 
tratamentode água potável (LIBÂNIO, 2005).
Tratamento da Água e Efluentes 13
Figura 1 – Estação de tratamento de águas residuais
Fonte: Freepik 
As águas residuais são geradas por residências, instituições e 
instalações comerciais e industriais. Eles podem ser tratados no local em 
que são gerados como: fossas sépticas ou outros meios de purificação, 
ou podem ser coletados e levados através de uma rede de tubulações e 
eventualmente bombeados para uma estação de tratamento municipal. 
Os esforços para coletar e tratar as águas residuais domésticas da 
descarga geralmente estão sujeitos a regulamentos e normas locais, 
estaduais e federais (regulamentos e controles). Frequentemente, certos 
poluentes de origem industrial presentes nas águas residuais requerem 
processos de tratamento especializados.
Para tirar proveito do aumento do consumo de água limpa, foram 
desenvolvidos incríveis sistemas de tratamento de águas residuais. Os 
seres humanos tiveram uma influência negativa na poluição da água, daí a 
necessidade de melhorar e construir estações de tratamento que elimine 
a poluição em maior grau.
E quando falamos de águas residuais, estamos nos referindo ao 
líquido que é expelido dos banheiros, chuveiros, banheiros, cozinhas, 
entre outras águas que são descarregadas nos canos de esgoto. 
Empresas e indústrias também se juntam a este grupo que expele água 
suja e também inclui água da chuva (JORDÃO; PESSÔA, 2005).
Tratamento da Água e Efluentes14
A água de todos os fatores mencionados acima é classificada em 
água cinzenta ou esgoto e, quando tratadas, podem retornar aos seus 
locais de origem e serem utilizadas novamente. Mas como é realizado 
esse tratamento de águas residuais? Qual é o sistema de tratamento? 
Vamos descobrir a seguir qual a origem das águas residuais e como o 
tratamento das águas residuais é realizado.
Origem das águas residuais 
Como já falamos sobre isso, as águas residuais são originárias de 
diferentes locais, começando por residências, instituições, empresas, 
residências, indústrias e águas pluviais.
Todos eles são armazenados em contêineres conhecidos como 
fossas sépticas, que utilizam canos ou esgotos para que tenham o 
mesmo objetivo de serem coletados em um espaço que permita o uso 
de bombas para direcioná-los para as estações de tratamento (JORDÃO; 
PESSÔA, 2005).
Algumas fontes de águas residuais são grandes indústrias que 
emitem altos poluentes e um processo de tratamento mais especializado 
é usado para estes. No entanto, a maior parte das águas residuais é 
coletada das fontes mencionadas para ser tratada e reutilizada. E em que 
consiste esse tratamento de efluentes? Vamos ver.
Tratamento de água residuais
Normalmente, o tratamento de águas residuais começa com 
a separação física inicial de grandes sólidos (lixo) do fluxo de água 
doméstico ou industrial usando um sistema de grade (malha), embora 
esses materiais também possam ser esmagados por equipamentos 
especiais. Posteriormente, é aplicada a remoção de areia (separação de 
pequenos sólidos muito densos, como a areia), seguida de sedimentação 
primária (ou tratamento similar) que separa os sólidos em suspensão na 
água residual.
Isto é seguido pela conversão progressiva da matéria biológica 
dissolvida em uma massa biológica sólida usando bactérias adequadas, 
Tratamento da Água e Efluentes 15
geralmente presentes nessas águas. Depois que a massa biológica é 
separada ou removida (um processo chamado sedimentação secundária), 
a água tratada pode passar por processos adicionais (tratamento terciário), 
como desinfecção, filtração, etc. Esse efluente final pode ser descarregado 
ou reintroduzido em um corpo de água natural (córrego, rio ou baía) ou 
outro ambiente (terreno superficial, subsolo etc.). Interessante o processo, 
não é?
Os sólidos biológicos segregados passam por tratamento e 
neutralização adicionais antes da descarga ou reutilização adequada. 
Segundo Campos e Studart (2003) os processos de tratamento de água 
são conhecidos como: 
 • Tratamento primário (separação e assentamento de 
sólidos);
 • Tratamento secundário (tratamento biológico da matéria 
orgânica dissolvida presente nas águas residuais, 
transformando-as em sólidos em suspensão que são 
facilmente removidos);
 • Tratamento terciário (etapas adicionais, como lagoas, 
microfiltração ou desinfecção).
Águas residuais são resíduos líquidos de banheiros, banheiros, 
chuveiros ou chuveiros, cozinhas, etc.; descartados em esgotos ou 
esgotos. Em muitas áreas, as águas residuais também incluem alguns 
esgotos de indústrias e empresas. A divisão da água doméstica drenada 
em água cinzenta e esgoto é mais comum no mundo desenvolvido, a 
água preta é aquela que vem de vasos sanitários e mictórios e a água 
cinzenta, proveniente de pias e banheiras, pode ser usada em plantas de 
rega e reciclado no uso de banheiros (se ele atende a alguns padrões 
de qualidade, dependendo de cada país e de seus regulamentos), 
onde é transformado em água preta. Muitos esgotos também incluem 
águas superficiais causadas por chuvas. As águas residuais municipais 
contêm descargas residenciais, comerciais e industriais e podem incluir 
a contribuição da precipitação da água da chuva ao usar canos de águas 
pluviais de uso misto (JORDÃO; PESSÔA, 2005).
Tratamento da Água e Efluentes16
Uma vez desenvolvidos esses três processos, a água é descarregada 
e introduzida novamente nos locais naturais de distribuição de água para 
serem usados e consumidos por pessoas, lojas, indústrias. Interessante 
saber o que acontece com a descarga de água que ocorre nos banheiros, 
banheiros, chuveiros ou chuveiros, cozinhas, não é? Veremos adiante 
como funciona o sistema de esgoto. Preparado? Vamos lá!
Sistemas de esgoto
Os sistemas de esgoto que transportam descargas de esgoto e 
água de precipitação juntos são chamados de sistemas combinados de 
esgoto. Atualmente, a prática de construção de sistemas combinados 
de esgoto é menos comum nos Estados Unidos e no Canadá do que no 
passado e menos aceitas pelos regulamentos do Reino Unido e de outros 
países europeus, bem como em outros países como a Argentina. No 
entanto, a água suja e a água da chuva são coletadas e transportadas em 
sistemas de esgoto separados, chamados esgotos sanitários e esgotos 
pluviais dos Estados Unidos e “esgotos fedorentos” e “esgotos de águas 
superficiais” no Reino Unido, ou esgotos e condutos pluviais em outros 
países europeus (JORDÃO; PESSÔA, 2005). 
VOCÊ SABIA?
A água da chuva pode transportar vários poluentes através 
dos telhados e da superfície da Terra, incluindo partículas 
do solo, metais pesados, compostos orgânicos, resíduos 
animais, óleos e graxas. Algumas jurisdições exigem que a 
água da chuva receba alguns níveis de tratamento antes de 
ser lançada no meio ambiente.
Exemplos de processos de tratamento de águas pluviais incluem 
tanques de sedimentação, áreas úmidas e separadores de vórtice (para 
remover sólidos grossos).
Tratamento da Água e Efluentes 17
Plantas de tratamento
Todo o processo descrito acima ocorre graças às estações de 
tratamento que têm objetivos muito claros. Muitos autores discorrem 
sobre os objetivos das estações de tratamento de água. Campos e Studart 
(2003) exemplificam alguns desses objetivos, tais como:
 • Faça um tratamento químico eficaz;
 • Retire a areia;
 • Retire os elementos sólidos;
 • Use produtos químicos, como floculantes ou coagulantes;
 • Filtragem e separação de outros sólidos pela adição de 
agentes químicos, como cloreto férrico;
 • Efetivamente efetue o tratamento biológico;
 • E liberte responsavelmente os poluentes removidos da 
água no meio ambiente.
Todas as estações de tratamento estão preocupadas em cumprir 
esses 7 objetivos, a fim de oferecer um excelente tratamento de águas 
residuais. E, para que essas águas cheguem a todas as estações de 
tratamento e sejam processadas, meios de conduítescomo esgotos são 
usados, essas funções são descritas abaixo (JORDÃO; PESSÔA, 2005).
As estações de tratamento de águas residuais realizam três etapas 
fundamentais para a descontaminação da água. No nível físico, a água 
é liberada dos resíduos sólidos através de processos de filtragem; 
posteriormente, o tratamento anaeróbico é realizado para realizar a 
purificação no nível biológico; finalmente, durante o tratamento químico, 
eles serão filtrados para liberar a água de minerais poluentes.
Existem estações de tratamento que atingem um nível muito alto 
de purificação de água por meio de tratamentos químicos e biológicos 
profundos; no entanto, em todos os casos, a água tratada será reutilizada no 
sistema de serviço de água potável local, dependendo dos regulamentos 
de cada região.
Tratamento da Água e Efluentes18
Estação de tratamento de águas residuais
O local onde o processo de tratamento das águas residuais é 
conduzido é chamado de Estação de Tratamento de Águas Residuais. O 
diagrama de fluxo da planta é geralmente o mesmo em todos os países. 
Vejamos:
Figura 2 - Fluxograma do tratamento de água residuais
SAIBA MAIS:
Para saber mais sobre o tratamento de águas residuais, 
acesse o link a seguir: https://bit.ly/316zBHr e conheça 
como acontece, virtualmente, o tratamento de águas 
residuais.
Fonte:Adaptado de Freepik 
A figura acima descreve como ocorre o tratamento de águas 
residuais até chegar o abastecimento das casas. Tsutiya (2004) afirma 
que os tratamentos possíveis tratamentos de resíduos podem envolver 
tratamentos físico-químicos e biológicos, vejamos: 
Tratamento da Água e Efluentes 19
 Tratamento físico químico
 • Remoção de sólidos;
 • Remoção de areia;
 • Precipitação com ou sem o auxílio de coagulantes ou 
floculantes;
 • Separação e filtração de sólidos;
 • A adição de cloreto férrico ajuda a precipitar em grande 
parte a remoção de fósforo e ajuda a precipitar biossólidos.
Tratamento biológico
 • Leitos oxidantes ou sistemas aeróbicos;
 • Pós – precipitação;
 • Liberte para o meio efluente, com ou sem desinfecção, de 
acordo com os regulamentos de cada jurisdição.
O tratamento biológico de efluentes por meio do sistema “biológico 
aeróbio”, feito por lagoas de aeração com difusores de membrana. É 
possível fazer esse tipo de tratamento em água residuária proveniente do 
processo de lavagem de máquinas e equipamentos, efluentes líquidos 
industriais biodegradáveis, efluentes sanitários, chorume, líquidos 
provenientes de fossa séptica e caixa de gordura, entre outros (QUEIROZ 
ET AL. 2019).
O tratamento físico-químico pode ser usado em indústrias têxteis, de 
celulose e papel e curtumes, para retirar poluentes inorgânicos, materiais 
insolúveis, metais pesados, material orgânico não biodegradável, sólidos 
em suspensão, cor, etc. Esse tipo de tratamento também retira poluentes 
como o fósforo orgânico solúvel, nitrogênio, Demanda Biológica de 
Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO), bactéria e vírus, 
sólidos em suspensão, sólidos coloidais e soluções que contribuam para 
turbidez (QUEIROZ ET AL. 2019). Muitas informações até aqui, não? Espero 
que no próximo capítulo você continue aprendendo muito! Avante!
Tratamento da Água e Efluentes20
RESUMINDO:
Nesse capítulo introduzimos o conceito de águas residuais, 
caracterizada por uma série de processos químicos, físicos e 
biológicos que são fornecidos às águas residuais e, quando 
processados, conseguem eliminar todos os contaminantes 
liberados pelo uso diário de pessoas, empresas, negócios 
e chuva. Também vimos a origem das águas residuais, ou 
seja, onde elas se originam e como acontece o tratamento 
dessas águas. Além disso, vimos o sistema de esgotos, que 
transportam descargas de esgoto e água de precipitação 
juntos são chamados de sistemas combinados de esgoto, 
e por fim as plantas de tratamento das águas residuais. 
Espero que você tenha aprendido bastante. No próximo 
capítulo, aprenderemos sobre as estações de tratamento 
das águas residuais. Vamos lá? 
Tratamento da Água e Efluentes 21
Estações de tratamento das águas 
residuais
INTRODUÇÃO:
Nesse capítulo, iremos avaliar a aplicabilidade das 
tecnologias de tratamento das águas residuais. Vamos 
aprender sobre os esquemas de depuração das águas 
residuais, sobre o conceito das estações de tratamento e 
como funcionam as estações de tratamento. Preparado? 
Vamos lá!
Estações de tratamento das águas 
residuais
Através do tratamento de águas residuais, é possível eliminar fatores 
contaminantes em diferentes níveis físico-biológicos, proporcionando um 
nível de pureza à água que permite sua reutilização nos afluentes naturais 
que eles possuem em uma comunidade ou região específica.
Graças à função de uma estação de tratamento de águas residuais, 
é possível contribuir para a conservação do meio ambiente. Ajuda a reduzir 
a morte de peixes causada pela eutrofização, que é a baixa demanda de 
oxigênio para viver. A seguir, aprenderemos sobre o que é uma estação de 
tratamento de águas residuais e como ela funciona. Vamos lá!
O que é uma estação de tratamento de 
águas residuais? 
É uma instalação que possui sistemas especialmente projetados 
para remover contaminantes que são derramados na água. Isso com o 
objetivo de fazer com que a água não represente um risco à saúde ou ao 
meio ambiente quando incorporada a um corpo de lago natural (mares, 
lagos ou rios). Da mesma forma, ser recusado em outras atividades da vida 
diária, com exceção do consumo humano, ou seja, não deve ser ingerido 
ou para higiene pessoal (FAIR ET AL. 1966; HAUSER, 1996).
Tratamento da Água e Efluentes22
Essas usinas trabalham o esgoto ou águas residuais de fábricas, 
empresas, armazéns e até grandes comunidades. Eles realizam processos 
físicos, químicos e biológicos. Isso permite a eliminação dos diferentes 
agentes poluentes presentes na água utilizada e descartada pelas 
pessoas (JORDÃO; PESSÔA, 2005).
A operação ideal da estação de tratamento em cada uma das etapas 
é essencial para que o resultado final atenda aos requisitos descritos 
no nível ambiental. O nível de descontaminação da água depende da 
qualidade dos métodos realizados na planta. E claro que não podemos 
esquecer que o principal objetivo do procedimento é fornecer água 
purificada aos afluentes naturais.
Tipo de estação de tratamento de águas 
residuais 
Devido à enorme quantidade de poluentes encontrados nas águas 
residuais, outras opções de tratamento foram levantadas. Estes envolvem 
os diferentes tipos de estação de tratamento de águas residuais.
Dependendo do uso desejado da água, os tipos de estações de 
tratamento de águas residuais podem ser amplamente classificados em 
(CAVALCANTI, 2009):
1. Estações de tratamento de água: também são chamadas 
de estações de tratamento de água potável. Eles 
são responsáveis pela conversão de águas residuais 
adequadas ao consumo humano. Nas grandes indústrias, 
geralmente duas unidades são instaladas.
2. Estações de tratamento de águas residuais industriais: 
ETARs, estações de tratamento de águas residuais, são as 
mais comuns entre os tipos de estações de tratamento 
de águas residuais. A água é reutilizada para os mesmos 
processos das indústrias, não sendo adequada para 
consumo humano.
Tratamento da Água e Efluentes 23
3. Instalações de dessalinização: absorvem a água salgada 
que vem do mar e a processam para usos industriais e 
agrícolas. As indústrias localizadas à beira-mar são aquelas 
que utilizam esse tipo de planta.
Como funciona uma estação de tratamento 
de água residuais? 
Por meio de estações de tratamento de águas residuais, o processo 
de descontaminação da água é realizado através de uma série de etapas 
específicas que permitem que o líquido seja purificado com alto grau de 
eficácia. O principal objetivo de uma estação de tratamento é remover 
os resíduos sólidos da água e aplicar um processo bioquímico pararemover outros tipos de contaminantes. Demais a função das estações de 
tratamento, não é?
As estações de tratamento geralmente executam três processos 
básicos para limpar as águas residuais. A água coletada é armazenada 
em grandes tanques, onde os resíduos sólidos se depositam para facilitar 
posteriormente a filtração que acaba eliminando qualquer tipo de material 
sólido contido na água.
Posteriormente, são realizados processos de oxigenação da água 
e tratamento químico para remover os minerais contaminantes e outras 
impurezas, com os quais o resultado será a descontaminação do líquido.
As estações de tratamento de águas residuais podem ter diferentes 
maneiras de operar. Isso depende do nível de purificação da água e 
dos processos usados durante o processo. No entanto, existem certos 
processos básicos que são executados no tratamento de águas residuais 
nos quais a maioria das plantas tem semelhanças.
Tratamento da Água e Efluentes24
Figura 3 – Vista aérea dos tanques de purificação de processamento de tratamento de 
águas residuais 
Fonte: Freepik.
O primeiro passo é levar as águas residuais para uma estação de 
tratamento através de tubos de grande capacidade. Nestas, a água e o lixo 
acumulado passam livremente para os lagos da estação de tratamento. 
Lá, ele é armazenado para o subsequente processo de filtragem e 
descontaminação. Isso passa por uma série de câmaras onde diferentes 
níveis de filtragens são realizados.
Nestas as menores partículas são separadas. Isso com o objetivo de 
passar para um estágio de estagnação em que um processo é aeróbico 
ou anaeróbico, é realizada a sedimentação dos poluentes presentes na 
água. Este é um passo essencial no processo.
A água obtida a partir desses processos é esclarecida e pronta 
para o tratamento final. Isso é feito com base em produtos químicos que 
eliminam resíduos contaminantes presentes na água. Uma vez concluídas 
essas etapas, a composição da água é revisada para ser comparada à do 
Tratamento da Água e Efluentes 25
tributário onde será liberado. Para que se adapte corretamente ao meio 
ambiente sem afetar seu estado natural.
As estações de tratamento requerem uma grande quantidade de 
equipamentos especializados para cada um dos processos envolvidos na 
purificação da água. A construção de câmaras e lagoas adequadas, bem 
como o uso de tecnologia que permita a filtragem e o processamento do 
líquido, é o ponto mais importante para a operação ideal da estação de 
tratamento de águas residuais. 
Além disso, uma equipe especializada é responsável por verificar 
frequentemente se cada uma das etapas de trabalho da planta é 
realizada adequadamente e resolverá os problemas que possam surgir 
durante o processo de descontaminação. Afinal, tudo tem que funcionar 
perfeitamente para que uma estação cumpra o seu papel, não é?
A operação ideal da planta em todas as suas etapas é essencial 
para fornecer um resultado final que atenda aos requisitos especificados 
no nível ambiental. O grau de descontaminação da água dependerá da 
qualidade dos processos realizados pela planta, o objetivo principal do 
procedimento é fornecer água purificada aos afluentes naturais.
Projeto de estações de tratamento de águas 
residuais 
O projeto da estação de tratamento envolve estudos do terreno. 
Isso inclui a população e suas necessidades, projeções sobre o fluxo da 
água. Além disso, a infraestrutura, os recursos disponíveis e os sistemas 
de tratamento de água a serem utilizados, seja uma planta para uso 
agrícola, industrial ou urbano.
As estações de tratamento de águas residuais geralmente estão 
localizadas a uma certa distância das cidades, pois o acúmulo de água 
preta e cinza produz fortes emanações de odor. Por isso, é necessário 
que a água seja transferida por tubos para as plantas de processamento. 
Dependendo da distância da estação, são construídas estações de 
bombeamento para facilitar o transporte de água até seu destino final.
Tratamento da Água e Efluentes26
Existem vários elementos que devem ser levados em consideração 
no projeto das estações de tratamento de águas residuais. Vejamos a 
seguir alguns desses elementos:
a. Composição das águas residuais
Este é o primeiro elemento a ser levado em consideração e é 
essencial para o projeto das estações de tratamento de águas residuais. 
Isso significa que as águas residuais são provenientes de uso humano, 
industrial ou agrícola. Em cada caso, a composição da água será diferente, 
o que implica diferentes modelos de tratamento e operação da planta.
É importante levar em conta a presença de resíduos orgânicos, 
utensílios domésticos como material sólido e sabonetes. Além disso, as 
substâncias presentes podem impedir o crescimento de bactérias para 
um tratamento biológico. Estes podem ser produtos químicos, pesticidas 
ou venenos.
b. Processos tecnológicos
O que determina o sistema a ser usado é a composição das águas 
residuais. A água, para a maioria das plantas, terá resíduos humanos das 
cidades; portanto, o tratamento biológico com um sistema anaeróbico 
será essencial. Além disso, o grau de descontaminação a ser alcançado 
com os processos deve ser levado em consideração (CAVALCANTI, 2009).
Isso dependerá dos usos que serão dados ao produto final. Se 
a água for para uso agrícola, não são necessários níveis mais altos de 
purificação, pelo contrário, a presença de componentes orgânicos pode 
ser favorável.
Estações de tratamento de águas residuais 
domésticas 
São sistemas essenciais para o gerenciamento adequado dos 
resíduos líquidos urbanos (água residual) antes da sua disposição final 
no meio ambiente. Dessa maneira, a saúde e as condições de vida 
adequadas da população são mantidas. É importante que antes de 
Tratamento da Água e Efluentes 27
adquirir uma estação de tratamento de águas residuais domésticas, leve 
em consideração alguns pontos importantes.
Uma delas é que a água da chuva deve sempre ser separada da 
água residual, para o correto funcionamento da estação de tratamento. 
Este ponto é muito importante para o tratamento de águas residuais 
domésticas. Não é possível saber exatamente quanta chuva cairá em um 
espaço de tempo e em uma determinada área.
IMPORTANTE:
Uma aplicação adequada das tecnologias e recursos 
disponíveis para garantir o gerenciamento adequado das 
águas residuais será a chave para garantir um processo de 
tratamento que leve as melhores condições de saúde e ao 
uso ideal dos recursos hídricos, melhorando a qualidade do 
meio ambiente envolvido.
Por esse motivo, a planta que coleta água da chuva juntamente 
com águas residuais sofrerá transbordamentos constantes e mau 
funcionamento do sistema de tratamento. Da mesma forma, não é muito 
lógico tratar águas residuais que são diluídas com água da chuva, pois 
isso aumenta os volumes de tratamento e também os custos. Ficou clara 
essa parte? Então vamos continuar nosso aprendizado.
Outro ponto a ser levado em consideração é que o fluxo influencia 
o tipo de estação de tratamento que você irá adquirir. As plantas 
compactadas podem tratar até 120 m3 / dia e podem ser colocadas para 
operação on-line. Recomenda-se, para vazões maiores, a realização de 
plantas de concreto ou tanques de oxidação. Para estes, você deve ter 
espaço suficiente.
A limpeza realizada na água elimina o risco de contaminação para 
o ambiente natural, pelo que a água processada será liberada em alguma 
fonte natural, como rios ou lagos, sem comprometer a flora e a fauna que 
habitam esse ambiente. Importante saber disso, não é? Espero você no 
próximo capítulo! Animado? Vamos lá!
Tratamento da Água e Efluentes28
RESUMINDO:
Nesse capítulo, aprendemos que através do tratamento de 
águas residuais, é possível eliminar fatores contaminantes 
em diferentes níveis físico-biológicos, proporcionando 
um nível de pureza à água que permite sua reutilização 
nos afluentes naturais que eles possuem em umacomunidade ou região específica. Vimos como funcionam 
as estações de tratamento das águas residuais e estações 
de tratamento de águas residuais domésticas, que são 
sistemas essenciais para o gerenciamento adequado 
dos resíduos líquidos urbanos (água residual) antes da 
sua disposição final no meio ambiente. E que no projeto 
de construção de uma estação de tratamento devem 
ser levados em consideração a composição das águas 
residuais e os processos tecnológicos. No próximo capítulo, 
aprenderemos sobre o tratamento do lodo. Preparado? 
Vamos nessa!
Tratamento da Água e Efluentes 29
Tratamento do lodo
INTRODUÇÃO:
Nesse capítulo veremos como o controle da água é feito, 
quais os índices adotados para considerar uma água apta 
para consumo e todos os conceitos relacionados à qualidade 
da água. Pronto para adquirir muito conhecimento? Vamos 
lá! 
Lodo produzido no tratamento da água 
potável
Nas estações de tratamento de água potável, é gerada uma série 
de lodo cuja descarga nos canais não é aceitável devido à sua influência 
ambiental negativa e deve ser tratada em instalações adequadas.
Até poucos anos atrás, nas Estações de Tratamento de Água Potável 
(ETAP), apenas a produção de água potável era gerenciada, não prestando 
muita atenção ao lodo produzido, tanto nos decantadores quanto na 
lavagem dos filtros, considerando que essas lamas eram formadas por 
substâncias que já eram transportadas por águas naturais ou águas 
brutas, geralmente inorgânicas, como argilas, areias finas ou silte.
Hoje, porém, sabemos que as águas naturais estão se degradando 
devido há várias circunstâncias e, ao mesmo tempo, há maior 
conscientização e pressão ambiental e legislativa, o que está fazendo 
com que os gerentes de suprimentos construam estações de tratamento 
para esses lodos, a fim de extrair as Matéria sólida e obter alguns efluentes 
sem lodo que possam ser descarregados no leito do rio ou enviados para 
a cabeça do tratamento da ETAP, juntamente com a água bruta.
De acordo com Fair et al. (1966) e Hauser (1996), no tratamento da 
água destinada ao consumo humano, as substâncias em suspensão e 
outras dissolvidas na água, juntamente com os resíduos dos coagulantes 
e outros reagentes utilizados no tratamento, são separados, deixando 
resíduos de natureza diferente que, em um tratamento convencional, 
pode ser o seguinte:
Tratamento da Água e Efluentes30
1. Resíduos de coagulação / floculação gerados, 
principalmente em decantadores e filtros;
2. Resíduos de possíveis processos de amolecimento;
3. Resíduos da eliminação de ferro, manganês e uso de 
permanganato de potássio;
4. Resíduos de carvão ativado (se carvão em pó for usado no 
processo de purificação).
Todos esses resíduos são retidos nos decantadores e filtros.
IMPORTANTE:
A variedade ou características diferentes do lodo 
depende essencialmente da qualidade da água bruta e 
do tratamento aplicado.
Os resíduos retidos nos decantadores são lamas obtidas na 
coagulação, como óxidos de alumínio hidratados, juntamente com 
materiais de natureza orgânica e inorgânica, transportados pela água, 
sendo na maioria dos casos estáveis e não putrescíveis. Eles extraem 
periodicamente e intermitentemente do fundo dos decantadores.
Em relação aos resíduos da lavagem do filtro, eles são semelhantes 
aos descritos anteriormente nos decantadores, com a diferença 
fundamental de sua menor concentração, embora, como os filtros 
possam favorecer o desenvolvimento biológico, a água de lavagem possa 
conter maior quantidade de matéria orgânica do que a da purga dos 
decantadores. É uma prática muito comum reciclar ou recuperar a água 
da lavagem do filtro, enviando-a para a cabeça de tratamento ou evacuar 
em direção ao ralo geral e daí para as correntes naturais de água mais 
próximas. Mas também pode ser enviado para uma planta adjacente, onde 
os sólidos estão concentrados e, juntamente com os provenientes do gás 
purificador dos decantadores, passam por um tratamento específico, para 
extração final do resíduo sólido, com um certo grau de umidade (Fair et al. 
1966; Hauser, 1996).
Tratamento da Água e Efluentes 31
A seguir, é mostrado na tabela 1 um caso real de produção de lodos 
em uma estação de tratamento de água potável, que trata um fluxo de 
água de 1m3 / se o lodo se origina nos expurgos dos dois decantadores, 
bem como em lavar os filtros que a ETAP possui.
Tabela 1 – Exemplo de lodo produzido em uma estação de tratamento de água potável
Fonte: Fair et al. (1966) e Hauser (1996)
Se considerarmos que o lodo obtido na etapa final da planta de 
lodo possui um teor de matéria seca de 20%, um total de 8.300 kg / dia 
será obtido.
Necessidade de tratamento de lodo nas 
ETAs
A descarga de resíduos de ETAP em correntes naturais de água 
pode apresentar grandes problemas, pois, embora sejam, principalmente 
inorgânicos, formam depósitos ou “bancos de lodo” nas seções 
lentas do canal, aumentando a turbidez e a cor das águas receptoras, 
especialmente se o carvão estiver sendo usado, reduzindo a atividade 
fotossintética das plantas aquáticas e, finalmente, surgem problemas 
ambientais que devem ser considerados e, portanto, extraem os resíduos 
sólidos antes de descartá-los para os canais. Além disso, não se deve 
esquecer que os padrões ambientais são cada vez mais rigorosos em 
termos das características dessas descargas. Veremos a seguir uma série 
de processos de tratamento do lodo.
Tratamento da Água e Efluentes32
Processo de tratamento
A seguir veremos os diversos tipos de processos de tratamento do 
lodo descritos segundo Jordão e Pessôa (2005).
Mistura
Conforme já indicado, o lodo proveniente das estações de 
tratamento é coletado através do gás purificador dos decantadores, onde 
geralmente precipitam por gravidade ou na lavagem dos filtros.
Dado que essas lamas são extraídas intermitentemente e as 
concentrações são bastante diferentes, é aconselhável enviá-las para 
um tanque de mistura e armazenamento, onde a concentração é 
homogeneizada e, ao mesmo tempo, está disponível um volume que 
permite a operação continuada do lodo.
Deve-se ter em mente que se as concentrações (expressas em 
porcentagem de matéria seca) que atingem as fases de espessamento 
da planta de lodo forem altamente variáveis, o desempenho da planta 
de lodo será bastante afetado, tornando a mistura anterior muito 
favorável, no tanque de homogeneização da água de lavagem do filtro 
e das purgas do decantador, programando as duas vazões para obter a 
concentração da mistura o mais constante possível. Mesmo que apenas 
a purga dos decantadores seja enviada para a estação de lodo (seria o 
caso de recuperar a lavagem do filtro na própria estação de tratamento 
de água potável), é igualmente aconselhável passar pelo tanque de 
homogeneização (HAUSER, 1996; CAVALCANTI, 2009).
Felizmente, as estações de tratamento de lodo de água potável não 
são muito complexas em seu processo.
Espessamento
O lodo proveniente de estações de tratamento pode ser considerado 
como lodo pouco concentrado. Dadas suas características, eles também 
são conhecidos como “lodo de hidróxido” (o hidróxido de alumínio é um de 
seus principais componentes). Os provenientes das purgas dos colonos 
podem conter um valor médio de matéria seca da ordem de 0,5% (5 g / 
l). Esse valor é indicativo, pois depende de vários fatores, como, primeiro, 
Tratamento da Água e Efluentes 33
as características da água bruta (turbidez, cor, matéria orgânica, metais 
como ferro e manganês, etc.), doses de coagulante e outros reagentes 
utilizados, características e tipo de filtros e taxa de purga.
Os da água de lavagem do filtro são ainda menos concentrados, da 
ordem de 0,2 a 0,3 g / l.
A concentração do lodo na matéria insolúvel dependerá da 
instalação de origem (purga dos decantadores, lavagem com filtro) e do 
tipo deles. No caso dos decantadores, estes podem ser essencialmente 
lodos estáticos,lamelares, recirculantes e lodos pulsantes. No caso dos 
filtros, a variação em seu tipo afeta menos as características do lodo da 
lavagem.
Em relação às características químicas do lodo, deve-se ter em 
mente que a composição química, por mais precisa que seja, não fornece 
uma indicação suficiente das características físico-químicas dos sólidos 
em suspensão. Assim, por exemplo, o tamanho de partícula ou tamanho 
de partícula, superfície, carga eletrostática e as forças capilares que retêm 
a água são fatores importantes na determinação do tratamento a ser 
aplicado a uma lama. Portanto, é muito útil realizar uma série de testes 
de caracterização dessas propriedades, como testes de decantabilidade, 
resistência à filtração e compressibilidade.
O espessamento de lodo geralmente ocorre em decantadores, por 
gravidade ou por flotação. Em muitas instalações, ambos os sistemas de 
decanter são utilizados: começando pelos decanters por gravidade e a 
partir daí o lodo concentrado extraído do fundo do decanter vai para os 
decanters por flutuação.
Espessamento por gravidade
O espessamento por gravidade geralmente é realizado em 
decantadores estáticos circulares ou retangulares equipados com 
raspadores que arrastam o lodo precipitado em direção aos poços de 
coleta. A água decantada esclarecida é extraída através dos aterros 
localizados na parte superior. Às vezes, os decantadores de gravidade 
podem ter lamelas que, aumentando a superfície de decantação, 
Tratamento da Água e Efluentes34
permitem reduzir o volume do decantador, obtendo os mesmos ou 
melhores resultados no espessamento.
Espessamento do flutuador
O espessamento da flutuação aproveita a flutuabilidade das 
partículas (flocos) quando pequenas bolhas de ar aderem a elas. Para a 
adesão dessas bolhas de ar, basta pressurizar a mistura de lodo diretamente 
com o ar, a uma pressão de 6 bar e depois descomprimir na entrada do 
flutuador. A água clarificada também pode ser diretamente pressurizada e 
depois injetada no próprio lodo. O lodo flutuado e espessado é removido 
da superfície por balões rasos.
O espessamento de lodo por flotação é um processo no qual o lodo 
purgado dos decantadores do concentrador é misturado com um fluxo 
de água pressurizada e saturada com ar. Esse fluxo combinado entra no 
tanque de flutuação em baixa velocidade através de uma linha de mistura 
(flutuador) que esvazia em um compartimento de entrada por meio de 
um sistema de distribuição. O ar dissolvido já é dosado antes de a água 
entrar neste compartimento. As partículas pesadas se depositam e são 
coletadas em uma purga de lodo, de onde são extraídas. A água passará 
por uma porta de transbordamento e entrará no compartimento de 
separação, de onde é enviada para os decantadores-concentradores na 
cabeça do tratamento, enquanto o lodo espessado e flutuante é enviado 
para a próxima fase de desidratação.
O espessamento do lodo, principalmente na flotação, é favorecido 
pelo uso do polieletrólito apropriado.
A concentração do lodo na matéria seca após esta fase de 
espessamento é geralmente em torno de 4% (40 g / l).
Desidratação
O lodo espessado, como acabamos de apontar, ainda contém 
uma pequena porcentagem de matéria seca (4%), o que requer uma 
concentração mais alta e, portanto, gerencia volumes mais baixos, 
nos quais a desidratação mecânica é usada (secagem por evaporação 
Tratamento da Água e Efluentes 35
em áreas de secagem tem desvantagens, tanto no espaço quanto no 
ambiente).
A extração da água retida por capilaridade na lama não é possível 
com uma simples decantação, seja por gravidade ou por flotação. Para 
atingir graus de secura da ordem de 20% ou mais, o lodo deve ser 
submetido a filtração ou centrifugação e, geralmente, para aumentar o 
desempenho desses tratamentos, é necessário o uso de certos reagentes, 
como cal ou polieletrólitos.
Existe um processo, ainda não generalizado, de desidratação do 
lodo que leva à desidratação completa, que é a secagem térmica. É 
um procedimento oneroso, dado o consumo de energia utilizada, mas 
na avaliação econômica desse procedimento seria necessário levar 
em consideração o menor volume gerado e, portanto, a consequente 
economia de transporte e descarga. Basta ter em mente que a quantidade 
de material obtido em uma secagem térmica completa seria reduzida para 
um quinto da obtida por centrifugação. Em geral, os custos de transporte 
representam um item importante no total de custos operacionais (próximo 
a 1/3 do total). Por outro lado, em um sistema de secagem térmica, que 
por sua vez reduz o lodo a um material seco e fino, seria possível, em 
alguns casos, utilizá-lo na indústria cerâmica. Nesse sentido, eles foram 
realizados em vários locais com resultados bastante promissores.
Os sistemas de filtragem mais utilizados são os filtros de prensa e 
os filtros de banda.
Filtros de imprensa
Essencialmente, consistem em uma série de chapas de ferro fundido 
ou algum material moldado, com faces nervuradas nas quais são inseridos 
panos de filtros. O lodo previamente condicionado, geralmente com cal, 
é introduzido nas câmaras que formam cada duas placas adjacentes e 
o conjunto é submetido a uma alta pressão, da ordem de 300 kg / cm2, 
por meio de um dispositivo hidráulico. A operação é descontínua e muito 
trabalhosa, obtendo-se um lodo bastante seco, próximo a 30% em matéria 
seca.
Tratamento da Água e Efluentes36
Filtros de banda
Os filtros de banda consistem em uma banda contínua de pano 
de filtro que passa pelos rolos rotativos. O lodo condicionado com um 
auxiliar de floculação, como polieletrólitos ou outros equivalentes, é 
continuamente derramado sobre a tira. Posteriormente, ao passar entre os 
rolos, ele é comprimido e uma placa raspadora separa o lodo desidratado 
da tira. Esses filtros atingem concentrações da ordem de 20% na matéria 
seca.
Centrifugação
A centrifugação, em resumo, é uma decantação que ocorre em 
um decanter cilíndrico que gira em alta velocidade. Essa rotação causa um 
campo centrífugo equivalente a vários milhares de vezes a força da gravidade; 
portanto, a lama desidratada precipita nas paredes internas do cilindro rotativo.
As centrífugas industriais convencionais são compostas por um corpo 
ou rotor cilíndrico rotativo no interior, que gira na mesma direção e também em 
alta velocidade, embora um pouco menor que o rotor, um parafuso helicoidal 
que arrasta para fora os sólidos acumulados. nas paredes internas do rotor. 
O lodo entra no rotor da centrífuga através de um tubo central. O parafuso 
helicoidal puxa o lodo removido das paredes internas do rotor para fora em 
uma extremidade, enquanto a água clarificada sai na extremidade oposta.
A regulação da velocidade diferencial entre o rotor e o parafuso helicoidal 
fornece um meio de regular a centrífuga para extrair um resíduo sólido mais 
uniforme e seco.
A centrífuga pode funcionar continuamente, e o uso de um agente 
floculante ou polieletrólito adequado na entrada do rotor também é muito 
importante para uma melhor separação. Na desidratação dessas lamas nas 
centrífugas, é possível obter lamas com uma concentração na matéria seca 
próxima a 20%.
O destino final desse tipo de lodo, por enquanto, geralmente é para um 
aterro controlado, como aterros e pedreiras já explorados em determinadas 
áreas, ou até compostagem junto com o lodo do tratamento de águas residuais. 
Dado seu alto teor de argila, algumas lamas podem ser usadas na fabricação 
Tratamento da Água e Efluentes 37
de certos produtos cerâmicos, como tijolos, bases e azulejos, etc., desde que 
o conteúdo de matéria orgânica seja baixo.
VOCÊ SABIA?
O maior custo no gerenciamento dessas lamas é a 
remoção e descarga. De qualquer forma, esses lodos não 
são caracterizados como resíduos tóxicos ou perigosos, 
de modo que geralmente podem ser considerados como 
descarga inerte em direção ao seu destino final em aterroscontrolados.
A água clarificada de todo o processo de tratamento de lodo pode ser 
recuperada e enviada ao tratamento na ETAP.
Grande parte do lodo gerado em estações de tratamento de água no Brasil 
ainda é disposta em rios ou em aterros sanitários. Contudo, principalmente em 
grandes centros urbanos, legislações ambientais restritivas e custos logísticos 
crescentes têm levantado interesse em usos benéficos para esse resíduo. 
Por esses e outros motivos, o estudo sobre o tratamento de águas se faz tão 
necessário. Espero que você tenha aprendido bastante e possa aplicar muitos dos 
conhecimentos adquiridos. A gente se vê no próximo capítulo. Até logo! 
RESUMINDO:
Nesse capítulo, aprendemos que nas estações de tratamento 
de água potável, é gerada uma série de lodo cuja descarga 
nos canais não é aceitável devido à sua influência ambiental 
negativa e deve ser tratada em instalações adequadas. 
Aprendemos que sobre os tipos de resíduos que podem ser no 
tratamento da água destinada ao consumo humano, que são: 
resíduos de coagulação / floculação gerados, principalmente, 
em decantadores e filtros; resíduos de possíveis processos de 
amolecimento; resíduos da eliminação de ferro, manganês e 
uso de permanganato de potássio; e resíduos de carvão ativado 
(se carvão em pó for usado no processo de purificação). E por 
fim, vimos os processos de tratamento do lodo que podem ser 
utilizados para eliminação dessa substância. Gostou? Espero 
que sim! No próximo capítulo, aprenderemos sobre evacuação 
no tratamento de águas residuais. Vamos lá!
Tratamento da Água e Efluentes38
Evacuação no tratamento de águas 
residuais 
INTRODUÇÃO:
Nesse capítulo, veremos como acontece a evacuação 
no tratamento de águas residuais, os principais métodos, 
a quem se destina e desde quando. Além disso, 
aprenderemos em que consiste o tratamento dessas 
águas e como ele é feito. Preparado para adquirir muito 
conhecimento? Vamos lá!
Principais métodos de evacuação e 
transporte de lodo de latrina e de efluentes 
(cubo, carreta, tanque, caminhão de cuba, 
rede unitária ou rede separada)
O tratamento de lodo primário (lodo fecal de instalações sanitárias) 
e efluente é um elo essencial para proteger a saúde pública. Deposição 
descontrolada produz efeitos negativos para a saúde humana, qualidade 
de vida e meio ambiente.
O lodo de latrina e os efluentes domésticos só podem ser 
armazenados temporariamente em sistemas de tratamento individuais 
ou coletivos e devem ser descarregados nos locais de descarga ou nas 
estações de tratamento. Essa evacuação pode ser feita por esvaziamento 
periódico, no caso de latrinas com um poço único ou duplo que devem 
ser esvaziadas uma vez cheias (2 a 4 vezes por ano para latrinas públicas, 
1 a 2 vezes por ano para latrinas privadas). Outra solução é a evacuação 
contínua de águas residuais para o esgoto (JORDÃO; PESSÔA, 2005).
Quem geralmente usa ou recomenda este 
dispositivo e desde quando?
Durante muito tempo, todos os excrementos humanos foram 
jogados diretamente na natureza. O problema da evacuação de lodo 
Tratamento da Água e Efluentes 39
e efluente de latrina foi levantado por razões de higiene, primeiro nas 
conturbações e depois nas áreas rurais. A primeira solução baseada 
no trabalho foi o esvaziamento e o transporte manual de tanques. Esse 
método ainda é amplamente utilizado, mas pode ser aprimorado com o 
uso de bombas motorizadas e caminhões-tanque. 
Figura 4 – Águas sujas da cidade do esgoto no canal fundem a cachoeira
Fonte: Freepik
A construção de redes de esgoto para coletar e evacuar todas 
as águas residuais é uma técnica mais nova que só pode ser realizada 
progressivamente devido ao custo significativo do investimento (JORDÃO; 
PESSÔA, 2005).
A quem se destina?
A evacuação de lodo de latrina e efluentes é de interesse de 
todas as famílias e locais públicos que não possuem um sistema de 
saneamento autônomo do tipo fossa séptica. Vários procedimentos foram 
desenvolvidos porque estão ligados à evacuação de lodo de latrina 
e águas residuais e ao tratamento individual e coletivo. A escolha do 
procedimento mais apropriado terá que levar em consideração o modo 
Tratamento da Água e Efluentes40
de tratamento necessário, o acesso local e as condições de serviço e as 
possibilidades financeiras dos habitantes.
Em que consiste esse tratamento? Como 
ele é feito?
Existem vários procedimentos para evacuar e transportar lodo, e os 
vários métodos podem ser classificados de acordo com os dois principais 
meios a seguir. O primeiro, que corresponde à evacuação e transporte 
no local do lodo em uma cisterna, é indicado para tratamento individual. 
É utilizado para o esvaziamento de lodo de poços de latrina ou banheiro.
O segundo meio permite a evacuação remota de águas residuais 
através de uma rede de esgoto mais ou menos desenvolvida e 
corresponde ao modo de tratamento semicoletivo ou coletivo (JORDÃO; 
PESSÔA, 2005; CAVALCANTI, 2009).
a. Esvaziamento manual e transporte manual de lodo de poço
O esvaziamento do poço pode ser feito de várias maneiras:
 • Manualmente com pá e balde para encher uma cisterna, 
é a solução mais rudimentar, adequada para esvaziar o 
lodo seco, mas apresenta riscos significativos à saúde do 
operador.
 • Por meio de uma bomba manual do tipo Gulper, que 
constitui uma melhoria significativa. O Gulper possui um 
diafragma com duas válvulas dentro do corpo da bomba 
de PVC. O sistema de válvulas, operado pelo operador, 
permite que o lodo derramado em um balde seja 
bombeado através de uma boca invertida em forma de V.
Outra solução disponível no mercado é o “Mapet” (Tecnologia de 
esvaziamento de fossa manual), que é uma bomba manual conectada a 
uma cisterna.
Tratamento da Água e Efluentes 41
O volume do tanque é limitado ao peso que pode ser arrastado por 
um animal (burro, boi ou outro) ou um trator enganchado, dependendo do 
modo de transporte escolhido. A distância até o aterro é o fator limitante, 
pois o transporte é manual.
b. Esvaziamento por bomba de motor e transporte manual de 
lodo de poço
Este procedimento é semelhante ao anterior, exceto que uma 
bomba de motor é usada no lugar da bomba manual. Esta solução, 
adequada para lodo líquido ou viscoso, tem a vantagem de poder esvaziar 
rapidamente um poço sem risco para a saúde do operador.
O UN-Habitat propõe um sistema de transporte e esvaziamento 
monobloco mais elaborado, o Vacutug, que é equipado com um tanque e 
uma bomba de vácuo motorizada. Dado seu pequeno volume, você pode 
acessar facilmente os poços de lodo. Também pode ser equipado com 
um pequeno motor para transporte.
c. Esvaziamento e transporte motorizado de lodo de poço
A evacuação do lodo é realizada por caminhões de despejo ou 
outros veículos equipados com um sistema de bombeamento a vácuo 
e um tanque de armazenamento para aspirar e transportar o lodo e as 
águas residuais. A capacidade de um caminhão cuba está entre 3.000 
e 10.000 litros. O lodo primário é então descarregado nos centros de 
descarga localizados fora da cidade ou fora dos bairros ou nas estações 
de tratamentos.
IMPORTANTE:
Qualquer que seja o procedimento de esvaziamento, o 
lodo é coletado em uma cisterna colocada em um vagão e 
depois transportada para fora da vizinhança e descarregada 
em uma estação de transferência ou em direção a um 
centro de tratamento.
Tratamento da Água e Efluentes42
Quando não pode ser acessado por caminhão, existe um sistema 
de transporte e esvaziamento menos volumoso, o Vacutug (veja acima) 
proposto pela UN-Habitat, que inclui um tanque de 500 litros e uma 
bomba de vácuo.
d. Evacuação por meio de uma mini rede
Este modo de evacuação é realizado graças à instalação de dutos 
de pequeno diâmetro conectados a cada casa em um conjunto. As águas 
residuais de cada família devem ser conectadas ao sistema de esgoto 
para garantir uma evacuação por gravidade com vazão suficiente, o que 
significa equiparos banheiros das casas com equipamentos específicos. A 
mini rede é então conectada à estação de tratamento ou à rede principal 
de esgoto (JORDÃO; PESSÔA, 2005).
A mini rede é uma solução alternativa para a construção de uma 
rede urbana geral. É mais fácil de construir e menos dispendioso, porque 
o tubo menor geralmente é instalado mais raso. As minis redes podem ser 
de um tipo simplificado e, em seguida, receber todas as águas residuais 
ou podem ter um decanter-digestor na parte frontal e depois receber 
apenas as partes líquidas dos resíduos.
e. Evacuação através da rede de esgotos
Este procedimento constitui a infraestrutura mais eficiente 
para a evacuação de águas residuais. Amplamente comissionado em 
países desenvolvidos, é usado em certas áreas urbanas de países em 
desenvolvimento que, muitas vezes, já estão equipadas com uma rede de 
distribuição de água potável. É realizado por tubulações cujo diâmetro é 
mais ou menos grande, às vezes por distâncias muito longas, dependendo 
dos fluxos de efluentes que devem ser transitados. Isso possibilita o 
transporte por gravidade ou se necessário, com bombas, todas as águas 
residuais dos habitantes, bem como a água da chuva. As infraestruturas 
IMPORTANTE:
Lamas muito densas que não podem ser bombeadas 
devem ser diluídas.
Tratamento da Água e Efluentes 43
necessárias são importantes e caras. Além disso, as redes de esgotos 
urbanos devem ser conectadas a uma estação de tratamento antes de 
serem descarregadas na natureza (Jordão e Pessôa, 2005).
Dificuldades e remédios específicos e / ou 
possíveis precauções a serem tomadas
Cada mídia tem problemas específicos. O esvaziamento manual, 
mesmo com a ajuda da bomba apropriada, envolve riscos à saúde que 
requerem certas precauções.
Recomenda-se o uso de uma bomba de vácuo motorizada.
No caso de uma rede de mini esgoto, o principal problema é o risco 
de bloqueio do tubo por materiais sólidos. Portanto, recomenda-se incluir 
um pré-tratamento para separar as matérias líquidas das gorduras e as 
matérias sólidas. Então, apenas a água cinzenta e a fração líquida da água 
preta são evacuadas.
Principais vantagens e desvantagens
A evacuação manual de lodo tem a vantagem de não ser muito 
cara, mas força os operadores a trabalhar em condições difíceis, com 
riscos significativos à saúde. O mais importante no esvaziamento manual 
é garantir que os trabalhadores estejam bem protegidos com luvas, botas, 
macacões e máscaras. Exames médicos e vacinas regulares teriam que 
ser planejados.
Quando as condições de acesso permitem, o uso de navios-tanque 
motorizados representa um avanço importante, porém mais caro.
A instalação de um sistema de esgoto para as águas residuais 
de cada casa conectada a uma estação de tratamento é a solução que 
oferece o maior conforto. Essa solução quase se generalizou nos países 
desenvolvidos e está começando a ser implementada nas principais 
cidades do mundo (Jordão e Pessôa, 2005).
Tratamento da Água e Efluentes44
Lugares ou contextos em que essa técnica 
parece mais adaptada
O procedimento deve ser adaptado às condições locais, que são 
altamente variáveis, dependendo do tipo de moradia, do equipamento 
de saneamento utilizado pelas famílias e de seus recursos financeiros. O 
transporte manual em caminhão tanque é indicado para áreas onde não 
pode haver serviço de caminhões em Cuba, porque os becos são muito 
estreitos ou porque esse tipo de serviço não existe ou é muito caro. No 
entanto, isso só pode ser feito quando o local de descarga do lodo não está 
longe. Na ausência de esgoto, a solução de transporte motorizado para 
caminhões continua sendo a solução mais recomendada. A instalação 
de uma mini rede é uma solução econômica adaptada a um grupo de 
casas em áreas urbanas ou suburbanas já com acesso doméstico à água 
potável (JORDÃO; PESSÔA, 2005).
Recomendações e sugestões para seu uso
Recomenda-se dar prioridade à prevenção contra riscos à saúde 
para os operadores. A recomendação é aplicada com base no projeto dos 
poços ou latrinas que devem permitir o esvaziamento em boas condições.
Exemplo de modalidade particular
Vários países instalaram sistemas de esgoto em regime de 
condomínio. São mini redes intra-domésticas conectadas a residências 
de um bloco. A rede é, portanto, considerada uma infraestrutura privada 
e deve ser financiada e mantida pelos habitantes. Na medida em que eles 
são bem treinados e concordam em se envolver no gerenciamento e 
operação da rede, o sistema permite muitas economias em comparação 
com uma rede geral que às vezes é muito difícil de realizar (JORDÃO; 
PESSÔA, 2005).
Inicialmente destinado a comunidades de baixa renda, esse modelo 
tornou-se a norma para áreas urbanas no Brasil e foi implementado por 
vários países da América Latina e África. Já no Senegal, eles demonstraram 
Tratamento da Água e Efluentes 45
que o sistema de grade de pequeno diâmetro é uma escolha ideal para 
pequenas cidades de até 5000 famílias. Importante aprender como é 
desenvolvido em outras partes do mundo o tratamento de esgoto. 
RESUMINDO:
Neste capítulo, decorremos sobre os principais métodos 
de evacuação e transporte de lodo de latrina e de 
efluentes. Vimos quem geralmente usa ou recomenda este 
dispositivo e desde quando. Aprendemos que a construção 
de redes de esgoto para coletar e evacuar todas as águas 
residuais é uma técnica mais nova que só pode ser 
realizada progressivamente devido ao custo significativo do 
investimento. Também foi possível saber a quem se destina 
a evacuação dessas águas, ou seja, de quem é o interesse, 
e vimos que é de interesse de todas as famílias e locais 
públicos que não possuem um sistema de saneamento 
autônomo do tipo fossa séptica. Além disso, discorremos 
sobre como o tratamento acontece e como ele é feito. 
Espero que você tenha aprendido bastante nesse capítulo 
sobre a evacuação no tratamento de águas residuais.
Tratamento da Água e Efluentes46
REFERÊNCIAS
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industriais. São Paulo, SP: Engenho Editora Técnica, 2009. 
 Estação de tratamento de água. Estação de tratamento de água 
– como funciona?. Youtube. 13/12/2015. Disponível em <https://www.
youtube.com/watch?v=YcLtPJBjdAc>. Acesso em: 30/06/2020. 
 FAIR, G.M., J.C. GEYER, and OKUN, D.A. 1966. Water and 
Wastewater Engineering. 2 Vol. Nueva York: John Wiley and Sons.
 GALVÃO JR., A. C. et al. Regulação — procedimentos de 
fiscalização em sistemas de abastecimento de água. Fortaleza: Expressão 
Gráfica Ltda./Arce, 2006.
 HAUSER, B.A. 1996.Practical Manual of Wastewater Chemistry. 
Lewis Publishers, Inc.
 JORDÃO, E. P.; PESSÔA, C. A. Tratamento de Esgotos Domésticos; 
Rio de Janeiro: ABES/UFRJ, 2005.
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Campinas, SP: Átomo, 2005.
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 QUEIROZ, M. T. A., QUEIROZ, C. A., ALVIM, L. B., SABARÁ, M. 
G., LEÃO, M. M. D., AMORIM, C. C. (2019). Reestruturação na forma do 
tratamento de efluentes têxteis: uma proposta embasada em fundamentos 
teóricos. Gestão & Produção, 26(1), e1149. https://doi.org/10.1590/0104-
530X1149-19.
 TSUTIYA, M. T. Abastecimento de Água; São Paulo: PHD/EDUSP, 
2004.
Hannah de Oliveira Santos Bezerra
Tratamento da Água e 
Efluentes
	Tratamento de águas residuais
	O que são águas residuais? 
	Origem das águas residuais 
	Tratamento de água residuais
	Sistemas de esgoto
	Plantas de tratamento
	Estação de tratamento de águas residuais
	Estações de tratamento das águas residuais
	Estações de tratamento das águas residuais
	O que é uma estação de tratamento de águas residuais? 
	Tipo de estação de tratamento de águas residuais 
	Como funciona uma estação de tratamento de água residuais? 
	Projeto de estações de tratamento de águas residuais 
	Estações de tratamento de águas residuais domésticas 
	Tratamento dolodo
	Lodo produzido no tratamento da água potável
	Necessidade de tratamento de lodo nas ETAs
	Processo de tratamento
	Evacuação no tratamento de águas residuais 
	Principais métodos de evacuação e transporte de lodo de latrina e de efluentes (cubo, carreta, tanque, caminhão de cuba, rede unitária ou rede separada)
	Quem geralmente usa ou recomenda este dispositivo e desde quando?
	A quem se destina?
	Em que consiste esse tratamento? Como ele é feito?
	Dificuldades e remédios específicos e / ou possíveis precauções a serem tomadas
	Principais vantagens e desvantagens
	Lugares ou contextos em que essa técnica parece mais adaptada
	Recomendações e sugestões para seu uso
	Exemplo de modalidade particular

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