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Simpósio Regional Sul sobre esgotamento sanitário - webinar 3 - no canal da ABES Saneamento. Uso Agrícola de Lodo de Esgoto no Paraná O lodo de esgoto é um produto do tratamento que pode ser reutilizado tanto para aplicação em solo quanto em fonte energética. A geração do lodo está diretamente relacionada com a eficiência do tratamento do esgoto, quanto melhor o tratamento e menor a carga orgânica lançada em corpo hídrico maior será a geração de lodo, podendo-se reduzir a umidade, mas o solido total (lodo) está diretamente relacionado a eficiência do tratamento. E deve-se dar um destino final adequado a este lodo gerado das estações de tratamento de efluentes, que pode variar de acordo com as características de cada sistema, da localização e de varias outras particularidades, visando sempre a viabilidade sanitária, ambiental, econômica, técnica e operacional. No Brasil a destinação dos lodos de ETE estão exemplificados no gráfico abaixo (conforme slide apresentado): Apesar dos dados serem antigos, observa-se que a maior parte dos lodos são destinados a aterros sanitários, desperdiçando uma boa fonte de material alternativo para agricultura. No gráfico também podemos observar que as empresas de saneamento tem alguns desafios a serem cumpridos, como melhoria dos processos de tratamento de esgoto, a expansão do saneamento no país e o aumento na geração de lodo que é um ótimo indicativo de que há uma boa qualidade no tratamento de efluentes. Como esse lodo é rico em nutrientes como fosforo, nitrogênio e zinco ele acaba se tornando uma excelente fonte de nutrientes para vegetais (conforme esquematizado na figura abaixo). O lodo é uma ótima alternativa também, em questões econômicas, ao se comparar com o uso de fertilizantes minerais, que tem um custo de fabricação/venda caro se comparado com a reutilização de um lodo de uma estação de tratamento de esgoto consideravelmente eficiente. E além do lodo trazer excelentes melhorias para plantações, ele é muito bom para a melhoria do solo em si, ajudando na estrutura e agregação do solo, na retenção de umidade, na diminuição da erosão elevando consideravelmente a recuperação de solos degradados. Ele também se enquadra na economia circular, de acordo com a palestrante marcou os objetivos de desenvolvimento sustentável no qual o reuso do lodo se enquadra (conforme figura abaixo). Apesar de todos os benefícios, há algumas limitações do uso de lodos de ETE’s, como exemplos, o nitrogênio deve ser controlado para evitar a aplicação em excesso pois pode acabar lixiviando e acabar contaminando os corpos hídricos causando problemas como eutrofização; o lodo pode conter compostos químicos potencialmente tóxicos; ele também pode reter alguns contaminantes biológicos, então deve-se estar atento não só a qualidade do lodo como também a saúde da população para manter um controle sobre essa parte biológica do lodo; e pode acabar gerando maus odores e atrair vetores ruins para o local. Então há uma busca para o uso benéfico do lodo de ETE’s para a agricultura/solos, garantindo a proteção ambiental e da saúde humana tanto do trabalhador quanto do consumidor.
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