Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nutrição aplicada ao exercício físico e ao esporte Conceitos básicos Atividade física: movimento corporal produzido por contrações dos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético acima do repouso, mas sem objetivos direcionados a manutenção ou melhora da aptidão física. Exercício físico: Movimento corporal planejado, estruturado e repetitivo executado com a finalidade de manter, aprimorar ou expressar um ou mais componentes da aptidão física. Aptidão física: Estado de funcionamento corporal caracterizado pela capacidade de tolerar o estresse ao exercício físico. Alguns componentes da aptidão física = força, resistência e potência muscular, flexibilidade, resistência cardiorrespiratória, agilidade. Capacidade funcional: relacionada a capacidade de executar atividades de vida diária. Desempenho físico: capacidade de integrar diferentes sistemas fisiológicos (cardíaco, respiratório, neuromuscular), em movimentos coordenados e eficientes. Treinamento físico: Uso repetido dos exercícios físicos com objetivo de melhorar a aptidão física. Adaptações das respostas agudas, subagudas e crônicas ao exercício físico. Tipos de exercícios Aeróbico: envolve grandes grupos musculares, usa prioritariamente o oxigênio para geração de energia, envolve atividades ais rítmicas Resistido: de força, requer que os músculos resistam ou tentem se mover contra uma força de normalmente representada por um equipamento. De potência: Esporte - toda forma de praticar atividade física que, através de participação ocasional ou organizada, visa equilibrar a saúde ou melhorar a aptidão física e/ou mental e proporcionar entretenimento aos participantes. Pode ser competitivo ou não, pode exigir um grau de habilidade, especialmente em níveis mais elevados (rendimento). Atleta: (vive para o esporte, envolvido em competições sistemáticas, vínculo profissional, busca superação dos limites e recordes, submetendo-se a cargas de treinamento de altíssima intensidade) Praticante de exercícios: (saúde e qualidade de vida, praticam de maneira regular, de moderada ou alta intensidade, competindo eventualmente, porém sem vínculo profissional com o esporte) Inatividade física: Indivíduos que não praticam atividades físicas leves ou moderadas em 5 dias ou mais na semana por pelo menos 30 minutos e ou indivíduos que não praticam atividades físicas vigorosas em 3 dias ou mais na semana por pelo menos 20 minutos. Comportamento sedentário: Comportamento diário que caracteriza-se pela quantidade de tempo destinado a um grupo de atividades que não elevam significativamente o gasto energético relacionado ao repouso. Ponto de corte - 2h. O termo aeróbico descreve as reações energéticas dependentes de oxigênio. Já as reações químicas anaeróbicas geram energia rapidamente para atividades de curta duração sem oxigênio. Bioenergética do exercício Energia é a capacidade de realizar trabalho, energia química importante para o metabolismo. A primeira lei da termodinâmica determina que o corpo não produz, consome ou usa energia; ele simplesmente transforma energia de um estado para outro enquanto os sistemas fisiológicos passam por mudanças contínuas. Fotossíntese (transformação da energia da luz em glicose), unidade funcional é o cloroplasto, gerando CHO - O pigmento vegetal clorofila, contido nos cloroplastos e em organelas grandes localizadas nas células das folhas, absorve energia radiante (solar) para a síntese de glicose a partir do dióxido de carbono e da água com a liberação de oxigênio para o ambiente. Os animais subsequentemente utilizam a glicose e o oxigênio durante a respiração. As plantas também converteram carboidratos em lipídios e proteínas. Os animais, então, ingerem os nutrientes provenientes dos vegetais para satisfazer suas próprias necessidades energéticas. Essencialmente, a energia solar associada à fotossíntese alimenta o mundo animal com nutrientes e oxigênio. Durante a respiração celular, a extração da energia química armazenada 1. 2. 3. nas moléculas de glicose, de lipídios ou de proteínas ocorre na presença de oxigênio. O trabalho biológico pode ser de três tipos: químico (biossíntese de moléculas celulares), mecânico (contração muscular) ou de transporte (transferência de substâncias entre células). Trabalho mecânico: O trabalho mecânico gerado pela contração muscular representa o exemplo mais óbvio de transformação energética. Os filamentos proteicos da fibra muscular convertem diretamente a energia química em energia mecânica para a ação muscular. Moeda energética do metabolismo é o ATP, que é a matéria prima básica para o fornecimento de energia e encontra-se prontamente disponível para que os movimentos possam ocorrer, mas o problema é que seu estoque é bastante limitado, os estoques de ATP estão presentes nos músculos. Reação de oxidação (metabolismo aeróbico) que envolve a transferência de elétrons dentro das mitocôndrias - coenzimas desidrogenases aceptoras de hidrogênio NAD+: derivada da vitamina B niacina, e FAD: derivada de outra vitamina B, a riboflavina - A transferência de elétrons de NADH e FADH2 gera energia na forma de ATP. Durante a hidrólise, a adenosina trifosfatase catalisa a reação em que o ATP se junta à água. Na degradação de um mol de ATP em adenosina difosfato (ADP), a ligação fosfato mais externa é desfeita, liberando aproximadamente 7,3 quilocalorias (kcal) de energia livre. ATP + H2O --ATPase→ ADP + P - 7,3 Kcal/mol A energia liberada durante a degradação do ATP é transferida diretamente a outras moléculas que requerem energia. Por exemplo, no músculo essa energia ativa sítios específicos nos elementos contráteis, fazendo com que a fibra muscular encurte. A degradação de uma molécula de ATP ocorre imediatamente e sem requerer oxigênio. A capacidade celular de degradação de ATP gera energia para uso rápido A liberação anaeróbica de energia pode ser vista como uma fonte de energia alternativa que o corpo utiliza quando precisa de mais energia do que pode ser gerada aerobicamente. Por esse motivo, qualquer tipo de atividade física pode ocorrer imediatamente sem o consumo instantâneo de oxigênio. Formas de ressíntese de ATP Via anaeróbica - ATP/CP e glicólise anaeróbica 1. Rota ATP/CP ● Predominante em exercícios de altíssima intensidade. ● Primeiro utiliza qualquer ATP armazenado no músculo (nos primeiros 2-3 segundos de exercício intenso) e em seguida, ele usa a creatina fosfato (CP) para ressintetizar ATP até o CP acabar (dos 6-8 segundos). ● O corpo armazena apenas entre 80 e 100 g de ATP. Isso fornece energia intramuscular armazenada suficiente para alguns segundos de esforço muscular explosivo máximo. ● Tipos de exercícios que usam predominantemente essa via: alta intensidade em breve duração, ex corrida de 100 metros. ● Para superar essa limitação de armazenamento, ocorre continuamente a ressíntese de ATP para fornecer energia para o trabalho biológico. ● Ácidos graxos e glicogênio - principais fontes energéticas que mantêm a ressíntese contínua de ATP uma parte da energia de ressíntese de ATP provém diretamente da retirada anaeróbica de fosfato de outro composto de fosfato intracelular de alta energia, a PCr/ fosfocreatina/FC. ● PCr - libera uma grande energia quando desfeita a ligação entre as moléculas de creatina e fosfato. ● O início de um exercício intenso promove a hidrólise de PCr em energia; isso não requer oxigênio e alcança níveis máximos em cerca de 10 segundos. ● Rota extremamente limitada - na saturação da rota do ATP/CP inicia-se a rota da glicólise anaeróbica . Resumindo: Ao se exercitar, as reservas de ATP são imediatamente clivadas, aumentando a quantidade de ADP e Pi livres. O aumento de ADP é o sinal para a ativação da creatina fosfoquinase (CPK), que é o responsável pela clivagem da fosfocreatina, liberando a energia necessária para a ressíntese do ATP. Se o esforço muscular máximo continuar além de 8 segundos ou se o exercício moderado durar períodos ainda maiores, a ressíntese de ATP requer uma fonte energética adicional diferenteda PCr 2. Rota da glicólise anaeróbica ● A principal fonte de energia do corpo - glicose. ● A principal função do carboidrato é fornecer energia para o trabalho celular. ● A degradação da glicose regenera 32 mols de ATP. ● 2 ATP por molécula de glicose ● A capacidade celular de realização de glicólise é crucial durante as atividades físicas que requerem esforço muscular máximo por até 90 segundos. ● Principais respostas hormonais ao exercício - aumento do GH, ADH, catecolaminas, glucagon e diminuição da insulina, há o aumento da glicogenólise, gliconeogênese e lipólise, com o objetivo de colocar substrato energético na corrente sanguínea, hormônios de estresse - efeito catabólico do exercício. ● O aumento de glucagon se dá pelo aumento do estresse No exercício: Entrada de glicose dentro da célula ocorre por um mecanismo independente da insulina, por meio da GLUT4 - A atividade contrátil do músculo pode estimular a translocação do GLUT4 na ausência de insulina - exercício importante da diabetes. ● Alta formação de piruvato, ativando a produção do lactato (não se sustenta no PH corporal e se dissocia) ● Acidificação do meio faz com que não se consiga manter a intensidade do exercício - gera dor ● Também é uma rota limitada de utilização em exercícios de alta intensidade e moderada duração já que a acidificação do meio (ácido lático) gera dor ● A culpa da fadiga é do ácido lático (ph = 3,2) por causa dos íons hidrogênios que fazem a acidificação do meio (na dissociação) e não do lactato (ph = 7,0), lactato é apenas um marcador biológico ● Exercícios e esportes com predomínio do sistema glicolítico anaeróbico = musculação, judô, crossfit, provas de atletismo de 400 - 800 metros, em torno de 3-5 minutos de alta intensidade - geração de dor e queimação. Via aeróbia - glicólise, gliconeogênese, lipólise 3. Glicólise aeróbia - Ciclo do ácido cítrico ● intensidade alta moderada, duração de aproximadamente 20-30 minutos ● Quando o piruvato é convertido irreversivelmente em acetil coenzima A (CoA), uma forma de ácido acético ● Fase 1. Na mitocôndria, o ciclo do ácido cítrico gera átomos de hidrogênio durante a degradação da acetil-CoA. ● Fase 2. Quantidades significativas de ATP são regeneradas quando esses hidrogênios são oxidados por intermédio de processos aeróbicos de fosforilação oxidativa-transporte de elétrons (cadeia transportadora de elétrons). P = Fosfato. Trinta e quatro ATP representam a quantidade total de ATP gerada a partir da degradação completa da glicose. Como duas moléculas de ATP fosforilaram inicialmente a glicose, 32 moléculas de ATP são o ganho efetivo dessa molécula a partir da fosforilação no nível de substrato (na glicólise e no ciclo do ácido cítrico), enquanto 28 moléculas de ATP são geradas durante a fosforilação oxidativa. 4. Rota lipolítica aeróbica ● Degradação de lipídios em ácidos graxos e glicerol ● Alta capacidade oxidativa ● Em exercícios de longa duração e baixa intensidade ● ATPs sintetizados na lipólise - depende do tipo de lipídio ● Capacidade de ressíntese de ATP maior A degradação de uma molécula de ácido graxo ocorre nos três estágios descritos a seguir: ● Estágio 1. A β-oxidação produz NADH e FADH2 pela degradação da molécula de ácido graxo em fragmentos de acetil contendo dois carbonos. ● Estágio 2. O ciclo do ácido cítrico degrada a acetil-CoA em átomos de hidrogênio e em dióxido de carbono. ● Estágio 3. Os átomos de hidrogênio são oxidados pela fosforilação oxidativa-cadeia transportadora de elétrons. Quando o exercício intenso e de longa duração depleta as reservas de glicogênio, a gordura age como o principal combustível para o exercício e a recuperação. O excesso de energia ingerida a partir de qualquer fonte pode ser contraproducente porque esse excesso, independentemente da fonte, é convertido em ácidos graxos e se acumula como gordura corporal. Os carboidratos dietéticos em excesso primeiramente preenchem as reservas de glicogênio. Uma vez que essas reservas estejam cheias, o excesso de carboidrato é convertido em triglicerídeo e é armazenado no tecido adiposo. O excesso de energia proveniente das gorduras dietéticas é prontamente transportado para os depósitos de gordura corporal. Atletas e pessoas que acreditam que a ingestão de suplementos proteicos aumenta a quantidade de tecido muscular, cuidado. A proteína que é consumida em excesso em relação às necessidades corporais (normalmente satisfeita com uma dieta bem-balanceada) acaba sendo catabolizada para a geração de energia ou é convertida em gordura corporal! Gráfico de fisiologia do exercício A intensidade do treino é que determina a fonte de energia utilizada. Quanto menor a intensidade do exercício mais triglic gasta e quanto maior mais glicose _______________________________________ Avaliação Nutricional do atleta e do praticante de exercício físico História clínica do paciente ● Motivo da consulta ● Hábitos intestinais e urinários - geralmente pessoas engajadas em exercícios físicos tem uma motilidade intestinal boa, devido a ativação de vias neuroendócrinas e circulação sanguínea ● Consumo de líquidos ● Fumo e álcool (atletas adolescentes - alerta) ● Doenças atuais e pregressas ● Medicamentos em uso (dor, ansiedade, sono) - anabólicos e esteróides *Fármacos considerados doping - lista proibida Substâncias e métodos proibidos a qualquer tempo - anabolizantes, hormônios peptídicos e fatores de crescimento, beta-2 agonistas, hormônios e moduladores metabólicos, diuréticos e agentes mascarantes Proibidas em competição - estimulantes, narcóticos, canabinóides, glicocorticóides. Proibidas em esportes específicos (todo tempo) - betabloqueadores Semiologia nutricional ● Analisada com cautela devido a complexidade ● Possíveis relações com treinamento físico: Alteração da estrutura física Possíveis def nutricionais Possíveis relações com o treinamento físico Cabelos sem brilho, despigmentados, fácil de arrancar, secos Proteína biotina e zinco Alterações devido ao uso de bonés ou permanência em piscinas ou exposição ao sol Boca e língua seca Vitamina A e riboflavina Baixa hidratação durante o exercício Vermelhidão nos olhos, inflamação conjuntival Vitamina A e riboflavina Reação do suor com a conjuntiva, especialmente com o uso de filtro solar Estomatite angular Vitaminas do complexo B Diminuição da imunidade devido ao excesso de treinamento Hiperpigmentação da pele Niacina Melasmas devido ao excesso de sol sem proteção solar Hipopigmentação da pele - palidez Ferro, vitamina B12, ácido fólico Observar a possibilidade da tríade da mulher atleta (anemia, anorexia e osteoporose) Edema Hipoalbuminemia, desnutrição energético-proteica Contusão por trauma em gest esportivo Cardiomegalia, taquicardia Tiamina Adaptação do tecido músculo-esquelético ao treinamento físico, hipertrofia do músculo cardíaco, estresse do exercício. *Tríade da mulher atleta: comum em adolescentes ginastas, bailarinas, devido uma alimentação e rotina de treinos que não favorece o crescimento, além de impactos mecânicos em joelhos e coluna. Síndrome que ocorre em adolescentes e mulheres fisicamente ativas, especialmente envolvidas em treinamento de alto volume, componentes inter-relacionados são distúrbios alimentares (anorexia), amenorréia e osteoporose. É frequentemente negada, não diagnosticada e subnotificada. ● Disfunção menstrual x baixa densidade mineral óssea x baixa disponibilidade energética ● Estrógeno depende de gordura - baixa gordura corporal - baixa síntese pela gordura periférica *Treinamento excessivo de forma inadequada em adolescentes pode causar lesões e restrição de crescimento. Avaliação do consumo ● Hábito alimentar - importante na primeira consulta ● QFA - pouco aplicabilidade, pois o atleta muda muito o hábito alimentar ● Recordatório 24h - Utilizado em todas as re-consultas ● Registro alimentar - difícil na prática clínica de não atletas, mas em atletas é interessante já que são altamente regrados - utilizado para atletas e empesquisas Exames bioquímico ● Hemograma completo ● Perfil lipídico ● Glicemia ● Avaliação da função renal ● Hepatograma - quando faz uso de hormônios esteroidais, uso alto de álcool, uso de suplementos - TGO, TGP, gama GT, fosfatase alcalina, bilirrubinas. ● Estoque de ferro - quando exame físico traz sinais, restrição alimentar, alto nível de treinamento físico *Anemia do atleta: fatores nutricionais (ingestão def de ferro, absorção intestinal reduzida pela composição da dieta: vegetariana/vegana), aumento das necessidades-perdas (aumento da mioglobina e dos sistemas enzimáticos devido ao treinamento muscular, hemólise aumentada por redução de meia-vida das hemácias devido aumento da temperatura corporal, acidose metabólica ou aumento das catecolaminas circulantes, perda de ferro pela urina e pelo suor) ● Marcadores catabólicos - quando apresenta dor - CK, LDH, PCR ● Hormônios sexuais esteróides ● perfil imunológico - quando síndromes respiratórias com frequência, exercício intenso aumenta o risco de infecções (janela imunológica aberta) - leucócitos totais, neutrófilos, linfocitos, macrófagos, cortisol *Síndrome de overtraining: excesso de treinamento capaz de promover diferentes sintomas indesejáveis, sendo a diminuição de desempenho o principal deles. Causando: - Perda de condicionamento físico com perda de força e resistência; - Dor muscular persistente; - Sensação de fadiga crônica; - Elevação significativa da frequência cardíaca em repouso (este é um sinal bem típico) Investigação de marcadores aumentados no exercício físico pode demonstrar padrões semelhantes aos do infarto. Avaliação antropométrica ● Composição corporal *81% da massa corporal é massa corporal magra, desses 91% é massa de tecidos moles, 53% desses é massa muscular total ● Antropometria -Pode ser útil na avaliação da composição na prática, é comum atletas terem IMC elevado, -dobras cutâneas são interessantes - todas -perímetros - todos -Comparar as medidas nas avaliações subsequentes -Utilização das fórmulas - equações de predição atletas - jackson e polock -Para praticantes de atividade física - usar a e preferẽncia -Bioimpedância - acurácia depende de níveis de hidratação-estima composição corporal (erros sistemáticos), mas é seguro para medidas repetidas, útil para avaliar mudanças _______________________________________ Dispêndio energético de diferentes exercícios - estimativa de necessidade energéticas de atletas e praticantes de exercícios ● Necesidades energéticas dependem de: metabolismo basal, gasto energético com atividades ocupacionais, gasto energético com exercício ● Para alguns atletas é importante adicionar no cálculo o efeito térmico do alimento para não subestimar ● Na prática clínica a estimativa da TMB é por meio de fórmulas: harris e benedict, FAO-OMS, Katch-Mcardle, Cunningham (mais usada para atletas e desportistas), Owen, DRIs. - A escolha depende do tempo de exercício, do tipo de esporte, do perfil do paciente. ● Observar o público para o qual foi validado, preferir os que usam mais parâmetros antropométricos. ● Calcular no NAF - atividade física ocupacional - calcular de acordo com a atividade (ex crossfit: intercala entre leve e intenso) ● Gasto energético com exercício - GET - ver tipo de atividade e se já tem preconizado ● MET: equivalente energético - 1 kcal-kg ● Diário de Bouchard - pouco usual - anotações sobre todas as atividades ● Métodos para incluir o gasto do exercício: dividir por todos os dias da semana ou inserir apenas nos dias de treinamento. Ganho e perda de peso Redução de peso ● recomendações 0,5 a 1 kg por semana ● Déficit preconizado pela diretriz bras de obesidade: 7700 kcal por kg _______________________________________ Recomendações nutricionais para atletas e praticantes de exercícios Pontos que influenciam diretamente no balanço energético: ● Dieta - microbiota - digestão (principalmente do CHO) ● Sono (uma noite mal dormida pode causar alteraçẽs hormonais de fome e saciedade, aumento do consumo calórico no dia seguinte) ● Atividade física ● Modulação do estresse O balanço energético é aplicado a manutenção do peso corporal, perda ou ganho, sofre influência da ingestão adequada de nutrientes, impactando no desempenho físico e na resposta ao treinamento. Primeira lei da termodinâmica: Equação de balanço energético = massa corporal permanece constante se a ingestão energética for igual ao gasto. GEB-GER = depende do gasto energético do exercício, nível de atividade física e efeito térmico do alimento. Necessidade energética é o principal componente para otimizar o treinamento e o desempenho por meio da alimentação é garantir que o indivíduo esteja consumindo calorias suficientes para compensar o gasto de energia. Ela depende do sexo, idade, composição corporal, condicionamento físico e fase de reinmento (frequência, intnsidade, duração e modalidade) ● Pessoas que participam de um programa de condicionamento físico geral (por exemplo, exercido 30 - 40 min por dia, 3 vezes por semana) normalmente pode atender às necessidades nutricionais seguindo uma dieta normal (por exemplo, 1800 - 2400 kcal/dia ou cerca de 25 - 35 kcal/dia). Demanda energética = 200 - 400 kcal/sessão ● Atletas envolvidos em níveis moderados de treinamento intenso (por exemplo, 2 - 3 horas por dia de exercício intenso realizado 5 - 6 vezes por semana) ou treinamento intenso de alto volume (por exemplo, 3 - 6 h por dia de treinamento intenso) pode gastar 600 - 1200 kcal ou mais por hora duraria o exercício. Necessidades calóricas podem chegar a 40-70 kcal/kg/dia (2000 - 7000 kcal/dia). ● Além disso, as necessidades calóricas para grandes atletas (ou seja. 100 - 150 kg) pode variar entre 6.000 e 12000 kcal/dia, dependendo do volume e da intensidade das diferentes fases de treinamento. Cálculo da necessidade energética ● harris-benedict é a mais utilizada para praticantes de esportes e atividade físicas ● Mifflin-st mais precisa para GEB - indicada para pessoas que querem emagrecer ● Cunningham e tinsley - mais indicada para indivíduos fisicamente ativos, e que possuem alto volume muscular e baixo percentual de gordura. ● Depois de calcular a TMB acrescentar o dispêndio energético do treinamento Equivalente metabólico ● MET - unidade metabĺica que representa o equivalente metabólico para qualquer atividade em alta taxa de consumo de oxigênio em repouso. (Volume de oxigênio) 3,5 ml de oxigênio por kg por min = 1 MET ● Transformar MET em kcal (MET atividade física x massa corporal) / 60 min Condutas distintas para atletas e para pessoas que praticam atividade física. Manter uma dieta deficiente em energia durante o treinamento pode levar a problemas como perda de massa magra, redução da qualidade do sono, recuperação muscular incompleta, flutuações hormonais, aumento da frequência cardíaca em repouso, alterações psicológicas, aumento do estresse. As populações mais suscetíveis ao balanço energético negativo incluem corredores, ciclistas, nadadores, triatletas, patinadores, dançarinos… Recomendações nutricionais Carboidratos Importante diante do papel no desempenho e adaptação ao treinamento físico pois: ● A quantidade de reservas de carboidratos corporais é relativamente limitado e pode ser manipulado diariamente de forma aguda (dieta ou sessão de exercícios). ● Fornece um combustível essencial para o cérebro e o SNC, além de ser um substrato para o trabalho muscular (vias anaeróbia e oxidativa). OBS: Mesmo quando sendo usado em intensidades mais altas, o carboidrato oferece vantagens sobre a gordura como substrato, pois fornece um maior rendimento de ATP. ● Há evidências significativas de que o desempenho de exercícios prolongados, sustentados ou intermitentes de alta intensidade é aprimorado por estratégias que mantêm alta disponibilidade de carboidratos (ou seja, combinam os estoques de glicogênio e glicose no sangue). Intensidade Situação Quantidade de Carboidratos Comentários sobre Tipo e Tempo de Ingestão de Carboidratos Leve Baixa intensidadeou baseado em Atividades de habilidade 3–5 g/kg O tempo de ingestão de carboidratos ao longo do dia pode ser manipulado para promover alta disponibilidade de carboidratos para uma sessão específica consumindo carboidratos antes ou durante a sessão, ou na recuperação de uma sessão anterior. Moderado Programa de exercícios moderados (por exemplo, ~ 1 h por dia) 5–7 g/kg/d Alto Programa de resistência (por exemplo, 1–3 h/d exercício de alta intensidade) 6–10 g/kg/d Caso contrário, contanto que as necessidades totais de combustível sejam fornecidas, o padrão de ingestão pode simplesmente ser guiado pela conveniência e escolha individual. Muito alto Comprometi mento extremo (por exemplo, > 4–5 h/d de exercício mod de alta intensidade 8–12 g/kg/d Os atletas devem escolher fontes de carboidratos ricas em nutrientes para permitir que as necessidades globais de nutrientes sejam atendidas. indivíduos que praticam atividade física (condicionamento físico) pode atender as necessidades diárias de carboidratos consumindo uma dieta de 45 a 55% de CHO Proteína ● Interage com o exercício físico fornecendo um gatilho e um substrato para a síntese de proteínas contráteis e metabólicas ● Aumento da síntese de ptn muscular ● Fornecer ptn suficiente em momentos ideais para suporta tecidos com rápida renovação e aumentar as adaptações metabólicas ● 1,2 a 2 g de ptn por dia: Quantidades moderadas de treinamento intenso ● 1,7 a 2,2: atletas envolvidos em alto volume, treinamento intenso ● Para construir e manter a massa muscular, uma ingestão total de proteína diária de 1,4 - 2,0 g/ kg/d é suficiente para a maioria dos indivíduos que se exercitam ● Maiores ingestões podem ser indicadas por curtos períodos durante o treinamento intensivo ou na redução de ingestão de energia (mais ptn para a perda de massa muscular ser mínima) Lipídeos Gordura: necessário em uma alimentação saudável, fornecendo energia, elementos essenciais das membranas celulares e facilitando a absorção das vitaminas lipossolúveis. Recomendações de ingestão de gordura para atletas são semelhantes ou ligeiramente superiores às recomendações dietéticas feitas para não atletas. ● É recomendado que os atletas consumam uma quantidade moderada de gordura (aproximadamente 30% de sua ingestão calórica diária) ● Em casos de reduzir a gordura corporal: a ingestão variando de 0,5 a 1 g/kg/dia tem resultados recomendados em situações em que a ingestão diária de gordura pode compreender apenas 20% do total de calorias na dieta (NUNCA menor que isso) ● Dietary Guidelines for Americans, 2015-2020 e Guia alimentar do Canadá: gorduras saturadas seja limitada <10% e inclua fontes de ácidos graxos essenciais para atender às recomendações de ingestão adequada. Efeito da dieta cetogênica em atletas: ● Dietas ricas em gordura têm sido usadas por atletas, porém a maioria das evidências não mostram nenhum benefício ergogênico. ● Estratégias: refere-se a um padrão agudo de periodização dietética em que um atleta primeiro segue uma dieta rica em gordura e pobre em carboidratos por uma a 3 semanas durante o treinamento, antes de reintroduzir carboidratos na dieta. ● Exemplo de protocolo de dieta cetogénica 70-80% de suas calorias diárias de gordura dietética. prescrevem uma quantidade moderada de proteína (10 - 15% de calorias totais ou 2,0-2.5 g/ kg/dia) e barca quantidade de carboidratos (10 - 40 g por dia). Vitaminas ● Compostos (coenzimas e co fatores) essenciais que servem para regular os processos metabólicos e neurológicos, a síntese de energia e prevenir a destruição das células ● Importância das vitaminas solúveis e hidrossolúveis ● Algumas vitaminas podem ajudar os atletas a tolerar o treinamento em um grau maior, reduzindo o dano oxidativo (Vitamina E, C) e/ou ajudar a manter um sistema imunológico saudável durante o treinamento (Vitamina C). Alimento x suplemento: menor ingestão de micronutrientes Minerais Influência do treinamento e/ou exercício prolongado na quantidade de minerais em atletas. ● Existem mudanças agudas de sódio potássio e magnésio durante uma sessão contínua de exercícios de intensidade moderada a alta (ingerir alimentos e líquidos para repor essas perdas e adaptações) ● Ferro em mulheres: suplementação de Fe em atletas com tendência a deficiências de ferro e / ou anemia pode melhorar a capacidade de exercício ● Aumentar a disponibilidade dietética de sal (cloreto de sódio) durante os primeiros dias de treinamento físico no calor ajuda a manter o equilíbrio de fluidos e prevenir a desidratação. As diretrizes recomendadas para ingestão de sódio durante o exercício (300-600 mg por hora em uma sessão de exercícios prolongada). ● A suplementação de zinco durante o treinamento pode apoiar as mudanças no estado imunológico em resposta ao treinamento físico. Nutrient timing Clássico/Tradicional ● Distribuição clássica de energia: desjejum 20%, e assim por diante ● Há toda uma ativação hormonal durante o exercício, de hormônios de estresse que fazem catabolismo. ● GH: pico no horário noturno e no pós exercício: teoricamente seria bom cuidar da alimentação nesse pós, porém o tempo necessário para a digestão é maior. Alimentação pré exercício ● Principal causa de fadiga durante exercícios prolongados: depleção de CHO (estoques de glicogênio) ● Objetivo da nutrição nessa fase: otimizar as reservas de glicogênios muscular e hepático, garantir boa hidratação, evitar fome e desconforto gastrointestinal, suporte psicológico. O conteúdo ideal CHO + PROT na refeição pré-exercício é dependente de fatores como duração do exercício e nível de condicionamento físico. Diretrizes gerais recomendam ingestão de 1-2 g/kg CHO + 0,15-0,25 g/kg PROT, cerca de 4 horas antes da competição. A ingestão de AAs essenciais no período pré-exercício isolado ou combinado com CHO é efetivo para aumento da síntese proteica, força e melhorias na composição corporal. Recomendação da ADA (2016) Estratégia Observação Quantidade de CHO Recomendação geral Preparação para evento com duração inferior a 90 min 7 - 12 g por kg por dia Carga de CHO Superior a 90 min de exercício sustentado ou intermitente 36 - 48h a 10 - 12 g por kg por dia Antes do exercício > 60 min 1 - 4 g por kg entre 1 - 4h antes o exercício Recuperação rápida Menos de 8h de recuperação entre uma sessão e outra 1 - 1,2 g por kg por hora para as primeiras 4h *valor muito alto - para atletas (não se apegar a esses valores, pois não há necessidade para pessoas não atletas). *Desconforto gástrico - altas quantidades Orientações gerais pré ● Existem benefícios em fazer lanches regulares; ● Preferir alimentos e bebidas ricas em carboidratos; ● Evitando refeições ricas em gorduras, proteínas e fibras, que podem retardar o esvaziamento gástrico; ● Carboidratos de baixo índice glicêmico podem ser melhores opções, quando não for possível ingerir alimentos durante o exercício; ● Observar os diferentes tipos de carboidratos. Tipos de CHO Tipo de CHO Características específicas Frutose Incorpora palatabilidade as bebidas Promove estímulos 20 - 30% menor nos níveis plasmáticos de insulina quando comparada à glicose e portanto reduz a lipólise aa de oxidação de 25% que a da glicose Galactose Taxa de oxidação é 50% menor que a da glicose Maltose Taxa de absorção e oxidação semelhante à da glicose Sacarose Taxa de absorção e oxidação semelhante à da glicose Maltodextrina Sabor neutro e baixo valor osmótico Taxa de absorção e oxidação semelhante à da glicose Amido Amilopectina - rapidamente digerida e absorvida Amilose - menor taxa da hidrólise Frutose + glicose Absorção de água mais eficaz Taxa de oxidação maior do que somente glicose Índice glicêmico: Refeição com alto IG antes do exercício→ estimulação de liberação de insulina pelo pâncreas → Exercício aumenta a translocação de GLUT4 → maior entrada de glicose na célula, hipoglicemia de rebote. Refeição durante o evento/treino Momento tempo Recomendação Observação Exercício breve< 45min Não precisa - Durante exercício de alta intensidade sustentado 45 - 75 min Pequenas quantidades, enxágue bucal com CHO (EBC) Sport drinks Durante exercício aeróbico, incluindo intermitente 1 - 2,5h 30 - 60 g de CHO por hora Oportunidad es para comidas e bebidas Ultra-resistência > 2,5h Mais do que 90 g de CHO por horas, diversas fontes de CHO Altas ingestões de CHO estão associadas à melhora no desempenho, diversificand o fontes para melhor absorção. *Enxágue bucal com CHO: receptores na boca que estimulam o sistema neuronal para aumentar alerta em atividades com alta intensidade e duração inferior a 60 min. Pode melhorar a potência, mas sem alterar o tempo. Alimentação após o evento/treino Objetivos: ● Recuperação das reservas de glicogênio muscular e hepático; ● Reposição de eletrólitos e fluidos perdidos na transpiração; ● Realização dos processos de regeneração, recuperação e adaptação que precedem ao processo catabólico. Sem evidências consistentes (ADA, 2016) Dietas de supercompensação modificada (Sherman, 1981) ● 7 - 5 dias antes do evento: manutenção da carga e ingestão CHO, 50-60 % CHO ● 4 - 1 dia do evento: baixa carga e alto CHO, 70 % CHO ● Evita a complexidade de uma dieta radical e treinamento especial para depleção. Recomendações específicas são inconsistência dos dados disponíveis, dificultadas pela inconsistência dos dados disponíveis. O consumo de proteínas de alta qualidade, de 0,4-0,5g/kg de massa magra pré e pós-exercício é uma forma simples, segura e que possui evidência na literatura para promover anabolismo, mostrando um efeito máximo em dosagens de 20-40g/porção. Sobre a co-ingestão de carboidratos na refeição: ainda é uma "área cinza" do conhecimento, pois os estudos não são conclusivos — mais importante para exercícios aeróbicos do que exercício de força. Aplicações práticas: ● Deve-se ingerir altas quantidades de carboidratos (> 1,2g/kg/h), em até 6h após exercícios de alta intensidade, para estimular a ressíntese de glicogênio. ● Adicionar proteína (0,2-0,5g/kg/h) aumenta a ressíntese quando a ingestão de CHO for < 1,2g/kg/h. ● Para atletas com altos volumes de treino por semana (>8h), a melhor estratégia para reposição de glicogênio muscular é consumir grandes quantidades de carboidrato (8-12g/kg/dia) distribuídos ao longo do dia. ● O consumo de proteína durante o treino é uma estratégia pragmática e sensata para atletas, particularmente aqueles que realizam altos volumes de exercício. ● O consumo de proteínas no pós-exercício não possui suporte suficiente para aumentar síntese protéica. ● Assim como carboidratos, considerações relacionadas ao tempo para a ingestão protéica parecem ser de menor prioridade do que a ingestão de quantidades ideais de proteína diária (1,4 a 2,0 g I kg / dia). ● A frequência de refeições diárias parece não ter impacto sobre a composição corporal e desempenho. ● O fracionamento da ingestão proteica pode melhorar a síntese de proteína muscular. Doses de 20-40g refeição ou 0,25-0,4g/kg refeição parecem apropriadas. ● Quando consumidas 30min antes de dormir, 30-40g de caseína podem aumentar a síntese proteica muscular. Tipo e Timing de Proteína De uma forma geral, a suplementação protéica (pré e pós-treino de força) aumenta o desempenho físico, a massa magra esquelética, a força e melhora o tempo de recuperação; Alguns estudos não encontraram diferenças nos resultados quando a PTN é ofertada em outros momentos do dia (atentar combinações de suplementos). Ganhos específicos diferem entre os tipos de proteína, com a proteína do leite (fonte livre de gordura) se mostrando superior do que a proteína de soja. No entanto, ambas possuem resultados animadores. ● O ideal é oferecer proteína na fase imediatamente após o treino (10g Aas essenciais de 0-2h); ● De uma forma geral, a recomendação pode ser traduzida como 0-25-0,3g/kg ou 15-25g de PTN, embora as recomendações possam ser revistas para atletas com massa muscular avantajada ou na perda de peso; ● Embora o timing de proteína afete positivamente a síntese, seu efeito no ganho de massa muscular e força ainda não são claros. Hidratação ● Balanço hídrico: quantidades que entram e saem ● Depende de vários fatores, como respiração, suor, radiação, convecção, condução, radiação térmica da pele, radiação solar, radiação térmica do solo, fluxo sanguíneo ● Suor: composto de sódio, minerais, água… ● Evitar a desidratação é o foco ● A desidratação piora o desempenho pois: -Aumenta: FC, concentração de lactato, sensação de esforço, náuseas e vômitos, requerimento de glicogênio muscular, temperatura interna (hipertermia), doenças do calor (câimbra, exaustão ou choque térmico). -Diminui: volume plasmático, volume sistólico, débito cardíaco, pressão arterial, VO2 max, fluxo sanguíneo para pele e músculos ativos, taxa de sudorese, tempo para atividade contínua, prolongada e intensa, componentes cognitivos, motivação. Controle de desidratação na prática ● Percentual de perda de peso: %PP = (peso inicial - peso final) x 100. Limitações: quantidade de urina produzida e - ou expelida, se urinou ou não durante o exercício. Para ADA (2016): ● Perdas superiores a 2% podem comprometer a função cognitiva e o desempenho aeróbico, particularmente em ambientes quentes ● Diminuição do desempenho em perdas de 3 a 5% Recomendações de líquidos ● 5 a 10 ml por kg de 2 - 4h antes do evento (o consumo de sódio pode ajudar na retenção de líquido) ● Durante o exercício, taxas de suor vão de 0,3 a 2,4 l por hora e o objetivo é terminar o exercício com PP < 2% ● Após o exercício repor Após o treino: avaliar perda de peso, se a perda for menor ou igual a 2% do peso corporal = água, se a perda for maior que 2% do peso corporal = bebida esportiva (eletrólitos). *Recomendações não são personalizadas - mesma quantidade para atletas com biotipos e exigências esportivas diferentes. Alguns esportes fazem desidratação voluntária - observar e manejar. *Líquidos hipotônicos (menor concentração de eletrólitos) - estudos recentes mostram que são os melhores para a hidratação - água. *Durante o exercício pode ocorrer hiponatremia associada ao exercício (HAE) quando ocorre ingestão excessiva de líquidos e baixo em eletrólitos. Fatores de risco para HAE: baixo peso… Recursos ergogênicos ● Substâncias usadas com intuito de aumentar potência física, energia, potencial mecânica ● desempenho fisiológico e mecânico, além de ações psicológicas e nutricionais importantes ● Indicado para esportistas e atletas, com alimentação para pessoas ativas já é suficiente e não necessita ● Regulamentação no brasil - RDC 27 de 2010: regulamentação, requisitos sanitários, rotulagem, descrição e RDC 243 de 2018 Suplementação deve ocorrer em alguns casos como: ● Estados fisiológicos específicos (ex. suor excessivo) ● Estados patológicos (ex. queimaduras, SII, Chron) ● Alterações metabólicas (ex. bariátrica) *Importante respeitar níveis máximos de seguranças regulamentados pela ANVISA e na falta utilizar UL Nutri não pode prescrever injetável, sorologia, pool de vitaminas, produtos que contêm medicamentos em composição e substâncias que não sejam controladas e não tenham regulamentação pela ANVISA, e não deve manifestar preferência por marcas (mencionar pelo menos 3 marcas), não pode prescrever hormônios e fitoterápicos … É vedado. Suplementos energéticos ● Produtos que apresentam no mínimo 75% de CHO em sua composição, podendo ter vitaminas e minerais ● Tem objetivo de melhorar e-ou manutenção dos níveis de energia e restauração de glicogênio muscular e energia Suplementos proteicos ● Mínimo 50% de ptn podendo conter CHO e lipídeos, minerais e vitaminas ● As ptn são essenciais no reparo de microlesões musculares ● Há um limite de acúmulo de proteínas nos tecidos e o aumento do consumo na dieta não leva ao aumento adicional de massa magra (mais eficaz fracionar a ptn o longo do dia, do que uma grande quantidade de uma vez) ● Colágeno, proteína do leite, blends proteicos (mistura de whey,colágeno, albúmina, ptn de soja), proteínas vegetais, proteína da carne… Whey protein: ● ptn do soro do leite obtido após a extração da caseína, alto valor nutricional, aa essenciais ● 3 formas: concentrada (80% de ptn, contém lactose), isolada (95% de ptn (menos CHO Lip) e hidrolisada (aminoácidos livres, melhor digestão e absorção) Quando utilizar os suplementos proteicos: ● Quando o indivíduo não consegue alcançar pela dieta ● É o principal estímulo da hipertrofia muscular juntamente com exercício de força ● Evitar o catabolismo proteico ---------------------------------------------------- Cafeína ● Absorção: metabolizadores lentos e rápidos ● Pico de concentração: 1h (15-20 min) ● Meia-vida: 3-5H ● Variabilidade individual ● Melhora da percepção subjetiva de esforço ● 3 - 6 mg por kg por dia ● Efeitos metabólicos: vasodilatação, estimulação da lipólise, ativação neural de contração muscular, redução de fadiga periférica, aumento da captação de oxigênio, melhora humor e estado de alerta… ● VER IOC 2018 Bicarbonato de sódio ● Agente alcalinizante e tamponante extracelular ● Minimiza a acidose: diminui fadiga durante exercício e alta intensidade ● Paa evento de alta intensidade de 1 - 7 min e Sprints repetidos de alta intensidade ● Pode causar efeitos colaterais gastrointestinais que causam prejuízo no desempenho ● 0,2 - 0,4 g por kg de peso ● Tem que ter repetição da dose para ela não ter a ação tamponante ● VER IOC 2018 Nitrato dietético ● Eficácia em melhorar o desempenho durante exercícios de resistência e intermitente ● Quando ingerido é reduzido a nitrito por bactérias da cavidade oral e depois a óxido nítrico, tendo efeito de vasodilatação ● Aumenta o fluxo sanguíneo e a contração muscular, reduzindo o consumo de oxigênio em exercícios aeróbicos ● Retardar a fadiga muscular, melhora eficiência e performance do exercício ● Concentração mínima de 400 mg para ter efeito ergogênico ● Suplementos nitrogenados: L-arginina, citrulina e nitrato dietético (geralmente suco de beterraba concentrado) ● IOC VER Creatina ● Atua na fosforilação de ADP mantendo a concentração de ATP ● Eficiente em exercícios de força ● Creatina monohidratada: a que realmente funciona ● Aumento no número de repetições e de força ● Aumento da massa muscular e adaptações ● Aumento da ressíntese de glicogênio muscular ● aumento da capacidade de trabalho ● Melhora a capacidade do exercício de alta intensidade e massa muscular (células satélites) e desempenho muscular em conjunto com o treinamento de resistência (fatores de crescimento anabólico e a inflamação) ● Momento da ingestão interfere, indicado no pós exercício pode mudanças mais benéficas na massa magra e força em comparação a ingestão pré-exercício, no pré exercício promoveu aumento de força ● Juntamente com refeições com CHO otimiza a absorção ● 4 a 8 semanas ● Carga: De 0,3 g por kg de massa livre de gordura - 5 a 7 dias ● Manutenção: 0,03 …. ● VER IOC Beta alanina ● AA produzido endogenamente no fígado e adquirido pelo consumo de ptn animal ● reduz ph intramuscular durante o exercício físico ● 6 - 7 g por dia, deve ser fracionado ao longo do dia para não haver efeitos colaterais devido o excesso ● Melhora na percepção de esforço ● Atenua fadiga neuromuscular, particularmente em idosos ● IOC 2018 β-glucanos ● Polissacarídeos derivados das paredes celulares de leveduras, fungos, algas e aveia que estimulam a imunidade inata
Compartilhar