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QUAIS AS ETAPAS DO TRABALHO DE PARTO? O QUE OCORRE EM CADA UMA DELAS? ENVIE AQUI SUA TAREFA DO TIPO TEXTO. O processo total do parto segue as seguintes etapas: (1) contrações de Braxton Hicks; (2) contrações do trabalho de parto: contrações uterinas e contrações abdomi- nais; (3) expulsão do feto; (4) separação e expulsão da placenta; (5) involução do útero após o parto. (1) As contrações de Braxton Hicks são contrações rítmicas fracas e lentas que ocorrem durante grande parte da gravidez. Essas contrações ficam progressivamente mais fortes ao final da gravidez. (2) As contrações de Braxton Hicks ficam mais fortes, de modo a distender o colo uterino. Posteriormente, essas contrações forçam o bebê através do canal de parto, durante um processo chamado de trabalho de parto, sendo que as contrações envolvidas no trabalho de parto envolvem (1) as contrações uterinas e as (2) contra- ções abdominais. As contrações uterinas começam no topo do fundo uterino e se es- palham para baixo, percorrendo todo o corpo do útero; a intensidade da contração é grande no fundo e no corpo do útero, mas fraca na parte inferior, próxima ao colo uterino, o que força o bebê para baixo, na direção do colo do útero. O mecanismo pelo qual há o aumento das contrações uterinas envolve ciclos de feedback positivo: determinada distensão do colo uterino pela cabeça do feto pro- voca um reflexo que aumenta a contratilidade do corpo uterino e empurra o bebê para frente. A passagem do bebê distende mais ainda o colo do útero e desencadeia o aumento da contratilidade uterina. A distensão cervical estimula a neuro-hipófise a liberar ocitocina, que aumenta a contratilidade uterina. A passagem do bebê distende mais ainda o colo do útero e provoca a liberação de mais ocitocina. Esses processos se repetem até o bebê ser expelido, sendo que, para a continuidade dos ciclos de feedback positivos, cada ciclo de contração necessita ser mais forte que os anteriores. Quando as contrações uterinas se tornam fortes durante o trabalho de parto, originam-se sinais de dor tanto no útero quanto no canal do parto. Esses sinais, além da dor, provocam reflexos neurogênicos na medula espinal, fazendo com que os mús- culos abdominais se contraiam intensamente. Isso acrescenta muito a força que pro- voca a expulsão do bebê. No início do trabalho de parto, as contrações ocorrem apenas a cada 30 minu- tos. À medida que o trabalho de parto progride, as contrações finalmente surgem com tanta frequência quanto uma vez a cada 1 a 3 minutos, e sua intensidade aumenta bastante, com períodos muito breves de relaxamento entre elas. Essa intermitência é importante para manter o fluxo sanguíneo fetal através da placenta durante a ausência de contrações. (3) Quando o colo está totalmente dilatado, as membranas fetais geralmente se rompem, e o líquido amniótico vaza subitamente pela vagina. Em seguida, a ca- beça do feto se move rapidamente para o canal de parto, e, com a força descendente adicional, ele continua a forçar caminho através do canal até a expulsão final. Tal período dura até 30 minutos na primeira gestação, podendo durar apenas 1 minutos em gestações seguintes. (4) Durante 10 a 45 minutos depois do nascimento do bebê, o útero continua a se contrair. As contrações diminuem cada vez mais de tamanho, causando efeito de cisalhamento entre as paredes uterinas e placentárias, separando, assim, a placenta do seu local de implantação e provocando sangramento ao abrir os sinusoides pla- centários. A quantidade de sangue limita-se, em média, a 350 mililitros, pois os vasos que antes proviam sangue à placenta são contraídos e acredita-se que prostaglandi- nas vasoconstritoras, formadas no local da separação placentária, causem espasmo nos vasos sanguíneos. (5) Durante as primeiras 4 a 5 semanas depois do parto, o útero involui. Seu peso fica menor que a metade do peso imediatamente após o parto no prazo de uma semana; e, em quatro semanas, se a mãe amamentar, o útero torna-se tão pequeno quanto era antes da gravidez. Esse efeito da lactação resulta da supressão da secre- ção de gonadotropina hipofisária (GnRH) e dos hormônios ovarianos durante os pri- meiros meses de lactação. Enquanto há a involução inicial do útero, o local placentário na superfície endometrial sofre autólise, causando uma excreção vaginal conhecida como “lóquia”, que primeiro é de natureza sanguinolenta e depois serosa, mantendo- se por cerca de 10 dias, no total. Depois desse tempo, a superfície endometrial é reepitalizada e pronta mais uma vez para a vida sexual normal não gravídica. RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA Compreender as etapas do parto faz parte do entendimento completo do ciclo reprodutivo feminino e é essencial para auxiliar uma gestante durante o parto, uma vez que as etapas do parto são as mesmas em todas as mulheres, com mudanças apenas nas cronologias de tais etapas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de anatomia e fisiologia. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
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