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Cefaleias: Tipos e Sinais de Alerta

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Cefaleias
Introdução
PRIMÁRIA:
SECUNDÁRIA:
É um sintoma, não é uma patologia específica. 
> 90% dos casos, não são causadas por doenças
neurológicas ou sistêmicas adjacentes. Não terá
alterações no exame físico e no exame de imagem.
São causadas por doenças neurológicas ou
sistêmicas e se manifestam como sintomas dessas 
 doenças.
ANAMNESE:
Nos casos de alerta para cefaleia secundária
deve-se realizar exames complementares.
Duração da queixa, localização da dor, caráter ou
qualidade da dor, sintomas associados,
frequência e periodicidade, duração das crises de
dor, fatores desencadeantes, fatores de piora e
melhora, impacto da cefaleia, hábitos de vida,
medicações em uso e antecedentes familiares.
Sinais de alerta para
cefaleias secundárias
Cefaleia nova após 50 anos de idade 
Cefaleia trovoada (que já começa muito
intensa) de início súbito 
Mudança de padrão de cefaleia pré-existente 
Cefaleia hípnica (que acorda o paciente)
Cefaleia desencadeada por esforço ou valsalva
Cefaleia que modifica com o decúbito (melhora
ou piora)
Cefaleia em pacientes com neoplasia ou
imunossupressão 
História de trauma 
Presença de sintomas e sinais sistêmicos (febre,
emagrecimento)
 
SNAIPP:
S - Sitêmicos 
N - Neurológicos 
A - Aguda (em trovoada)
 
I - Idade (> 50 anos)
P - Padrão (esforço,
decúbito, sono ou
mudança de padrão)
P - Papiledema (HIC) 
 
Causas secundárias
TCE ou cervical
Tumor cerebral
Doença vascular encefálica ou cervical:
Sd da hipertensão intracraniana 
Uso de substâncias:
Supressão de substâncias (álcool, opióides e
estrógeno no período menstrual) 
Supressão de cafeína (consumo diário de >
200 mg de cafeína por > 2 semanas que foi
interrompido) 
Infecção do SNC ou sistêmica (meningite,
encefalite, abscesso cerebral, AIDS)
Transtorno da homeostase (hipóxia por
mergulho ou apneia do sono, cefaleia da
diálise, HAS, hipotireoidismo, jejum)
Alteração de pressão do líquor:
Cefaleia por uso excessivo de analgésicos
(causa mais comum de cefaleia crônica)
 - Hemorragia subaracnoide → cefaleia em trovoada,
rigidez de nuca, paralisia de nervos, hemiparesia,
comprometimento da consciência. 
 - Trombose venosa → mulheres jovens (gravidez,
puerpério, após ACO), crises epilépticas, alteração
de consciência.
 - Dissecção de arterial cervical → traumática ou
espontânea. Unilateral, posterior, irradiada para
face e pescoço. Sd de Horner: miose, enoftalmo,
manifestações autonômicas da face. Podem causar
AVCI. 
 - Nitrato → embutidos vermelhos
 - Glutamato monossódio → sd do restaurante chi-
nês (cefaleia + rubor facial + taquicardia)
 - Outros: álcool, cocaína, maconha 
 - Hipertensão liquorica → piora com o decúbito e
melhora quando levanta.
 - Hipotensão liquorica → melhora com o decúbito e
piora quando levanta. 
 
Hipertensão intracraniana 
Cefaleia que piora com o decúbito, paciente
acorda com a dor, acompanhada de náuseas e
vômitos.
Sinal de HIC → papiledema. Geralmente bilateral,
causando menor acuidade visual (queixa de "visão
desfocada"). 
Estrabismo e visão dupla (por paralisia do VI par)
Principais causas: tumores, hematomas, abscessos,
granulomas, edema, TCE, infecções, hidrocefalia, 
 trombose venosa, idiopática. 
 
ANA PAULA - MED UNIMES XXII
Cefaleias primárias
Crônica: > 15 dias/mês por
> 3 meses.
É indicação de tratamento
profilático. 
 
Tensão / tensional
Epidemiologia: mais comum em mulheres. É
a cefaleia mais frequente no mundo.
Dor: opressiva (em pressão/aperto),
bilateral. NÃO é pulsátil.
Intensidade: leve a moderada (não
interrompe as atividades diárias). 
Duração: 30 min - 7 dias 
Mecanismo da dor: contratura muscular
sustentada por mais tempo.
Sintomas associados: fotofobia OU
fonofobia. Sem náuses e vômitos. Podem
melhorar com a atividade física. 
Tratamento: 
 - Agudo → Analgésicos comuns. 
- Profilático (para casos crônicos) →
Antidepressivos triciclicos (Amitriptilina,
Nortriptilina), acupuntura, psicoterapia, atividade
física.
 
Migrânea
Epidemiologia: doença de caráter genético/
familiar.
Dor: pulsátil, unilateral, piora com o
movimento. 
Intensidade: moderada a grave (exacerba-da
por atividade física rotineira).
Duração: pelo menos 5 crises, de 4 a 72
horas.
Sintomas associados: fotofobia E fono-
fobia. Com náuses e vômitos. 
 Com aura 
"enxaqueca clássica" 
Sem aura 
"enxaqueca comum" 
Aura: sintomas neurológicos que ocorrem antes do
início da dor de cabeça. Sintomas visuais positivos
(luzes tremulantes, manchas ou linhas), sintomas
sensitivos positivos (parestesias), hemianopsia. 
Tratamento:
 - Analgésicos comuns 
 - AINH 
 - Triptanos 
 Trigemino-
autonômicas
Epidemiologia: 3x mais comum em homens
Dor: dor muito forte, unilateral, fronto orbitária
(sempre do mesmo lado).
Intensidade: muito grave.
Duração: 15 a 180 minutos - 2 a 8 vezes/dia
Mecanismo da dor: relacionada com o
hipotálamo (fisiopatologia ainda não é muito
elucidada). 
Sintomas associados: sintomas autonômicos
do mesmo lado da dor.
Tratamento da crise:
Tratamento profilático:
Hiperemia conjuntival (lacrimejamento)
Congestão nasal ou rinorreia 
Edema palpebral 
Sudorese frontal e facial 
Miose e/ou ptose palpebral
Oxigênio + Sumatriptano 
 Bloqueador do canal de cálcio - Verapamil.
 Corticoesteroides.
Cefaleia em salvas
Outras cefaléias primárias
Dor em intensidade forte, pontada única ou em
série. Sem outros sintomas.
Localização orbitária ou temporo-parietal.
Duração: segundos.
Mais comum em pacientes com migrânea e em
salvas.
Em facada
Da tosse
Bilateral, desencadeada por tosse.
Início súbito, duração segundos a 30 min.
Mais comum após 40 anos de idade.
Do esforço físico
Somente após esforços físicos.
Duração: 5 min a 48 horas.
Mais comum no calor e em altitude elevada.
ANA PAULA - MED UNIMES XXII

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