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POLÍTICAS EDUCACIONAIS-ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR

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77 
 
15 ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA BASE NACIONAL COMUM 
CURRICULAR 
O ensino fundamental é a etapa mais longa da educação básica. Para que 
tenha a atenção necessária quanto à organização curricular das atividades 
desenvolvidas dentro das escolas do sistema de ensino brasileiro, foi instituída a 
BNCC do ensino fundamental em 2017, que, junto com as DCNs para o ensino 
fundamental de nove anos (Resolução CNE/CEB nº. 7/2010), encarregam-se dessa 
tarefa. (BES, 2019) 
A BNCC do Ensino Fundamental — Anos Iniciais aponta alguns 
aspectos importantes a serem considerados nos primeiros anos de escolarização 
dessa etapa da educação básica: 
 
 ludicidade; 
 educação infantil; 
 novas formas de relação; 
 interesse das crianças; 
 alfabetização; 
 aprendizagem. 
 
As situações lúdicas de aprendizagem devem se fazer presentes nos anos 
iniciais do ensino fundamental, colaborando para auxiliar na transição dos alunos 
provenientes da educação infantil. As experiências da educação infantil devem ser 
consideradas e articuladas nessa próxima etapa educacional. As crianças, no início 
do ensino fundamental, estão passando por mudanças significativas “[...] em seu 
processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo mesmas, 
com os outros e com o mundo” (BRASIL, 2014, documento on-line). 
Ao serem pensados os currículos escolares, também devem ser 
considerados os interesses das crianças, partindo das suas experiências mais 
imediatas para que se consolidem e aprimorem novos conhecimentos e se 
 
78 
 
constituam novas experiências educativas. Já a alfabetização se apresenta como o 
objetivo central dos anos iniciais, uma vez que: 
Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve 
ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades para 
que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de modo 
articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita 
e ao seu envolvimento em práticas diversificadas de letramentos (BRASIL, 
2014, documento on-line). 
Ressaltamos a importância do processo de alfabetização, do letramento — 
que deve ser perseguido tornando os alunos capazes de fazer bom uso da leitura 
—, da escrita e da alfabetização matemática. Em relação à aprendizagem, fica 
evidente que esta deva seguir um fluxo contínuo entre as duas fases do ensino 
fundamental (anos iniciais e finais), procurando evitar rupturas bruscas no processo 
de aprendizagem, sobretudo, na passagem dos professores generalistas, da uni 
docência dos anos iniciais, para os professores das áreas correspondentes do 6º 
ao 9º ano do ensino fundamental. (BES, 2019) 
 
 
 
Para contemplar essas mudanças, a importância de fortalecer a autonomia 
desses jovens precisa ser considerada pela escola, desenvolvendo sua criticidade. 
Também se faz necessário reconhecer seus aspectos geracionais e que produzem 
sua identidade, incluindo aí as questões da cultura digital amplamente utilizada por 
essa faixa etária. Além disso, a BNCC do Ensino Fundamental — Anos Finais 
reforça que é compromisso da escola: 
[...] propiciar uma formação integral, balizada pelos direitos humanos e 
princípios democráticos, é preciso considerar a necessidade de 
 
79 
 
desnaturalizar qualquer forma de violência nas sociedades 
contemporâneas, incluindo a violência simbólica de grupos sociais que 
impõem normas, valores e conhecimentos tidos como universais e que não 
estabelecem diálogo entre as diferentes culturas presentes na comunidade 
e na escola (BRASIL, 2014, documento on-line). 
A busca por uma cultura de paz deve ser fomentada dentro da escola, 
coibindo qualquer forma de violência, mesmo que simbólica, e propondo uma 
educação eficiente também nesse aspecto. A BNCC do Ensino Fundamental — 
Anos Finais propõe as áreas de conhecimento e seus respectivos componentes 
curriculares conforme Quadro 2. 
 
 
 
A BNCC do Ensino Fundamental — Anos Finais propõe competências 
específicas gerais para cada área de conhecimento e, dentro de cada componente 
curricular, também existem competências específicas propostas. Para que se 
atinjam essas competências específicas, “[...] cada componente curricular 
apresenta um conjunto de habilidades. Essas habilidades estão relacionadas a 
diferentes objetos de conhecimento — aqui entendidos como conteúdos, conceitos 
e processos —, que, por sua vez, são organizados em unidades temáticas” 
(BRASIL, 2014, documento on-line). 
 
80 
 
Dessa forma, percebemos que a BNCC do ensino fundamental se apresenta 
de fácil manejo e possibilita que rapidamente os professores possam se apropriar 
dos objetos de conhecimento necessários a serem desenvolvidos junto aos seus 
alunos em cada componente curricular das áreas de conhecimento onde atuem, 
contribuindo para “[...] a promoção de uma educação integral voltada ao 
acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno de todos os estudantes, 
com respeito às diferenças e enfrentamento à discriminação e ao preconceito” 
(BRASIL, 2014, documento on-line). 
Dessa forma, a BNCC do Ensino Fundamental — Anos Finais precisa ser 
aplicada a todas as redes de ensino e instituições escolares do Brasil para que 
possam, de fato, promover a qualidade e a equidade das aprendizagens dos 
estudantes que ali se encontram matriculados exercendo seu direito constitucional 
à educação. (BES, 2019) 
16 AS POLÍTICAS PÚBLICAS E A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA 
NACIONAL DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO 
INCLUSIVA 
A educação inclusiva no Brasil vem passando por uma trajetória de avanços 
e conquistas, com a promulgação de leis que orientam a sua implantação em nível 
nacional. É importante destacar que as políticas no Brasil são fortemente 
influenciadas por eventos e documentos internacionais, como a Conferência 
Mundial sobre Educação para Todos (Conferência de Jomtien, 1990), o Relatório 
Delors (1993–1996), a V Reunião do Comitê Regional Intergovernamental do 
Projeto Principal de Educação para a América Latina e Caribe (1993) e a 
Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais (Declaração de 
Salamanca, 1994). Todos esses eventos, de uma forma ou de outra, contribuíram 
fortemente para as políticas de inclusão no Brasil, inclusive para a Política Nacional 
de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. (NUNES, 2020) 
A partir da Constituição Federal de 1988 e da Lei nº. 8.069, de 13 de julho 
de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), os sujeitos com deficiência

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