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O sistema digestório é responsável por várias 
funções que vão desde preensão, mastigação, 
deglutição, maceração e decomposição do 
alimento até a degradação enzimática pelo 
organismo ou por microrganismos simbiontes, 
posterior absorção através do epitélio para dentro 
do organismo e, ainda, eliminação do material 
que não foi aproveitado. 
 
 
- Antiácidos 
- Bloqueadores da secreção de HCl 
(Antisecretores gástricos) 
- Protetores de mucosa 
 
 
É uma bactéria que se aloja no estômago ou 
intestino, onde prejudica a barreira protetora e 
estimula a inflamação, podendo provocar 
sintomas como dor e queimação abdominal, além 
de aumentar o risco para o desenvolvimento de 
úlceras e câncer. Ocorre 100% das vezes em 
gastrites crônicas, 90-95% úlcera duodenal, 60-
70% úlcera gástrica. 
O mecanismo preciso pelo qual o H. pylori 
contribui para a formação de DU não é 
completamente compreendido. No entanto, a 
bactéria parece: 
- Aumentar a secreção de ácido gástrico 
- Contribui para a metaplasia gástrica 
- Afeta os mecanismos de defesa da mucosa 
gástrica 
 
 
- Aliviar a dor 
- Cicatrizar a úlcera 
- Evitar a recidiva: erradicando o Helicobacter 
pylori 
 
 
São medicamentos que aumentam o pH gástrico, 
neutralizando o ácido clorídrico (HCl) liberado 
pelas células do estômago (células parietais). É 
indicado quando for preciso neutralizar uma 
quantidade exagerada de ácidos estomacais, 
aumentando o pH do estômago. 
Podem ser divididos em: 
Sistêmicos: podem ser absorvidos no sistema 
digestório e exercer este efeito no organismo do 
animal. 
- Bicarbonato de sódio (NaHCO3): capaz de 
reagir com uma molécula de ácido clorídrico 
(HCl), formando cloreto de sódio (NaCl), água 
(H2O) e gás carbônico (CO2 – pode causar 
distensão abdominal e eructação com refluxo 
ácido). 
 
Não sistêmicos: exercem seu efeito 
fundamentalmente no estômago. 
- Hidróxido de magnésio (Mg(OH)2 ): uma 
molécula de Mg(OH)2 reage com 2 moléculas de 
HCl, formando cloreto de magnésio (MgCl2) e 2 
moléculas de água. 
- Óxido de magnésio (MgO): é convertido em 
Mg(OH)2 no organismo. 
- Carbonato de magnésio (MgCO3 ): uma 
molécula de MgCO3 reage com 2 moléculas de 
HCl, formando 1 molécula de cloreto de 
magnésio (MgCl2 ), gás carbônico e água. 
- Carbonato de cálcio (CaCO3 ): uma molécula 
de CaCO3 reage com 2 moléculas de HCl, 
Dentre os sais de cálcio, o mais usado como 
antiácido é o carbonato de cálcio, porém, 
atualmente, acredita-se que os íons Ca ++ 
possam favorecer a liberação de HCl do 
estômago (via gastrina), tendo efeito oposto ao 
desejado. O uso prolongado de sais de cálcio 
como antiácido pode interferir na absorção de 
fosfatos, e, ainda, a formação de sabões de 
cálcio no intestino pode causar irritação da 
mucosa.formando cloreto de cálcio (CaCl2 ), gás 
carbônico e água. 
- Hidróxido de alumínio (Al(OH)3 ): uma 
molécula de Al(OH)3 reage com 3 moléculas de 
HCl, formando cloreto de alumínio (AlCl3 ) e 
água. 
 
Obs. 1: Os sais de alumínio são antiácidos mais 
potentes por atuarem em 3 moléculas de HCl. 
Obs. 2: Os sais de magnésio têm ainda efeito 
laxante (ver mais adiante), e os de alumínio são 
constipantes; por isto é comum encontrar 
especialidades farmacêuticas que usam esta 
associação, visando minimizar estes efeitos 
colaterais. 
Obs. 3: A administração prolongada de 
antiácidos contendo sais de alumínio também 
pode causar efeitos indesejáveis, uma vez que 
possuem efeito adstringente, interferem na 
absorção de fosfatos por meio da formação de 
fosfato de alumínio no intestino, levando a 
hipofosfatemia e hipofosfatúria. 
 
Efeitos adversos 
 
- Podem causar constipação 
- Diminuição da motilidade intestinal 
- Desidratação e restrição líquida 
- Diarreia 
 
Resumindo 
 
• Evitar os absorvíveis e uso crônico 
• Evitar bicarbonato sódico em HTA, ICC… 
• Evitar hidróxido de alumínio em 
hipofosfatemia 
• Interferem com a absorção de outros 
medicamentos 
• Administrar 1/2 - 1 h após as refeições 
 
 
Para compreensão do mecanismo de ação 
destes agentes é relevante considerar alguns 
mecanismos envolvidos na liberação de HCl 
pelas células parietais: 
➔ O controle desta secreção é feito pela 
acetilcolina (via nervo vago), que atua em 
receptores muscarínicos, e pela gastrina, 
ambas promovendo a liberação de 
histamina (que atua em receptores do tipo 
H2) e esta, de HCl. 
 
 
 
Os principais bloqueadores da secreção de HCl 
ou de seus efeitos são: 
 
Antagonistas histaminérgicos do tipo H2 
 
- Cimetidina 
- Ranitidina 
- Famotidina 
- Nizatidina 
A cimetidina foi o primeiro a ser introduzido em 
terapêutica, causando grande impacto sobre o 
tratamento da hipersecreção de HCl gástrico; 
porém, devido aos efeitos colaterais que ocorrem 
com o uso prolongado (efeito antiandrogênico e 
ginecomastia em homens), tem sido substituído 
pelos antihistamínicos H2 mais modernos que 
diferem na potência e não na eficácia. 
- Via oral ou venosa 
- Alta segurança em uso 
- Menor eficácia que os inibidores da bomba de 
prótons 
- Ranitidina é mais potente que a Cimetidina 
- Precauções: insuficiência renal e idosos 
Farmacocinética: 
- Bem absorvidos via oral 
- A Famotidina tem meia-vida mais longa 
- Se distribuem por todos os tecidos, cruzando a 
barreira hematoencefálica, atravessam a 
placenta e são secretados pelo leite. 
Mecanismo de ação: 
Atua como antagonista competitivo e reversível 
nos receptores H2, o que bloqueia os efeitos da 
histamina, além de inibir a adenilciclase e o 
cAMP (AMP cíclico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inibidores da bomba de prótons 
 
- Omeprazol 
- Lansoprazol 
Indicação: 
São utilizados exclusivamente para o tratamento 
de úlceras e gastrites. Não são mais 
recomendados como modo de prevenção para 
secreção ácida. 
Mecanismo de ação: 
Bloqueiam de forma irreversível e altamente 
seletiva uma bomba localizada na membrana das 
células parietais responsáveis pela secreção de 
HCl, chamada H + , K + ATPase; esta bomba 
troca íons H + por K +. 
Interações: 
Inibidor da isoenzima CYP2C19 do citocromo P-
450 e pode afetar o metabolismo hepático de 
muitos fármacos. 
 
 
 
 
 
Protetores de mucosa 
 
Bismuto coloidal 
- Possui comprovada ação bactericida sobre o 
Helicobacter pylori, bactéria com provável ação 
ulcerogênica. 
- Mecanismo de ação: Estimulam secreção de 
muco e HCO3 - via aumento de PGE2 e auxiliam 
na cicatrização da úlcera. 
- Contraindicação: não administrar em quadros 
de insuficiência renal. 
 
Sucralfato 
- Octassulfato de sacarose + Hidróxido de 
Alumínio 
- Mecanismo de ação: pode estar relacionado à 
sua capacidade de formar um complexo com o 
exsudato do tecido lesado, produzindo uma 
barreira protetora sobre a mucosa. Além disso, 
estimula a produção de prostaglandina, que, por 
sua vez, aumenta a produção de muco pelas 
células epiteliais superficiais da mucosa gástrica 
e, ainda, inativa a pepsina. Este medicamento 
pode ser útil também na prevenção de úlceras 
gástricas induzidas pelos anti-inflamatórios não 
esteroidais. 
- Tomar em jejum, 1h antes de comer 
- Não ingerir antiácido 30 minutos antes ou 
depois 
- Interação na absorção de outros medicamentos 
 
Misoprostol 
- Análogo sintético das prostaglandinas (PGE1) 
- As principais prostaglandinas, sintetizadas pela 
mucosa gástrica, são a PGE2 e a PGI2, que 
inibem a secreção de HCl e estimulam a 
secreção de muco protetor (efeito citoprotetor). 
- Mecanismo de ação: Inibe a secreção gástrica 
estimulando a produção de muco e bicarbonato. 
- Incrementa o fluxo sanguíneo 
- Estimula a renovação celular 
- Prevenção de lesões secundárias dos AINEs. 
- Efeitos colaterais: aumento da motilidade 
uterina e intestinal (dor abdominal, diarreia). 
- Risco de aborto; A sua venda foi proibida a 
algum tempo por uso ilícito para abortos.Gastrite aguda 
 
Paciente clinicamente estável: 
- Em alerta (sem evidências de corpo estranho ou 
doenças sistêmicas, desidratação leve ou 
inaparente) 
- Jejum e tratamento sintomático 
- Recuperação espontânea 
- Tratamento: jejum de 24h, retorno a 
alimentação de forma gradativa com alimentos 
de alta digestibilidade. Não são indicados 
antieméticos, antiácidos e protetores de mucosa. 
Paciente em estado crítico: 
- Deprimido, estupor (desidratação acentuada, 
choque, dor abdominal, febre) 
- Exames complementares (hemograma, 
bioquímica sérica, urinálise, RX, US) 
- Tratamento intensivo: internação e fluidoterapia 
(cristalóides isotônicos). São indicados 
antieméticos, antiácidos e protetores de mucosa 
como tratamento. 
 
Gastrite crônica 
 
 
Pode ocorrer por: 
- Gastrite parasitária: o tratamento decorre de 
antiparasitários (Pamoato de pirantel ou 
Fembendazol). 
- Helicobacter spp.: Antibióticos (Amoxilina, 
Metronidazol); Antisecretores gástricos 
(Omeprazol). 
- Alergia/intolerância alimentar: Dietas testes 
(hipoalergênicas). 
- Idiopática: Dietas e imunossupressores 
(Prednisona e Prednisolona). 
 
 
Vômito (êmese) é uma resposta reflexa comum a 
uma grande variedade de estímulos e 
circunstâncias fisiopatológicas. A êmese 
prolongada causa exaustão, desidratação, 
hiponatremia, hipocloremia e, quando grave, até 
mesmo alcalose em consequência da perda 
excessiva do ácido clorídrico gástrico. Nesta 
situação, faz-se necessário o emprego de 
antieméticos, que podem atuar tanto localmente, 
reduzindo a irritação gástrica, como no sistema 
nervoso central. 
 
 
Centro do vômito 
 
• Constituído de diversos núcleos do tronco 
cerebral (área postrema, núcleo do trato 
solitário e núcleo motor dorsal do vago); 
• Os núcleos recebem e integram estímulos 
sensoriais de fontes centrais e periféricas, 
estímulos químicos da circulação e do 
líquido cefalorraquidiano. 
 
Eventos que contribuem para êmese: 
 
Os receptores α2 estão presentes na zona 
deflagradora dos quimiorreceptores e no centro 
do vômito em maior número em gatos do que em 
cães. 
α2: receptor α2 adrenérgico; 
Ach: receptor colinérgico; 
D2: receptor dopaminérgico do tipo 2; 
H1: receptor histaminérgico do tipo 1; 
5HT-3: receptor serotoninérgico do tipo 3; 
NK1: receptor de neurocinina-1. 
 
Antagonistas de receptores da serotonina do 
tipo 3 (5HT3): são antieméticos mais potentes 
que os anteriormente citados; são classificados 
de acordo com a afinidade sobre os receptores 
de 5HT3 em de: 
- Primeira geração (ondansetrona – Vonau ®, 
Zofran ® ; dolasetrona – Anzemet ® ; 
granisetrona – Kytryl ® ; e tropisetrona – 
Navoban ®) 
- Segunda geração (palonosetrona – Onicit ®), 
cuja afinidade ao receptor é maior que a dos 
demais. 
São especialmente eficazes no controle da 
êmese aguda, porém, com menor ação sobre a 
êmese tardia. Possui grande eficácia em 
quimioterapias, radioterapias e pós-operatória. 
Além disso, apresentam baixa toxicidade. 
Mecanismo de ação: O efeito antiemético é 
consequência do bloqueio de receptores 5HT3 da 
zona deflagradora dos quimiorreceptores e 
daqueles localizados perifericamente nos 
terminais nervosos vagais. 
 
Antagonistas de receptores de neurocinina1 
(NK1): são a mais recente classe de 
antieméticos. O receptor NK1 (também conhecido 
como receptor de taquicinina 1 ou receptor da 
substância P) faz parte da classe de receptores 
de superfície celular para as taquicininas com 
afinidade maior para a substância P, que é um 
neuropeptídio que facilita processos 
inflamatórios, vômito, ansiedade e nocicepção. 
- Maropitant (Cerenia) é um antagonista dos 
receptores da neurocinina (NK1); 
- Atua inibindo a ligação da substância P, 
neuropeptídeo da família das taquicininas. 
- A substância P é encontrada em concentrações 
significativas nos núcleos que constituem o 
centro do vômito, sendo considerada o 
neurotransmissor-chave envolvido no vômito. 
- Ao inibir a ligação da substância P no centro do 
vômito, o maropitant oferece uma eficácia de 
amplo espectro contra causas neurológicas 
(centrais) e humorais (periféricas) do vômito. 
 
Corticosteroides: são medicamentos também 
efetivos tanto na prevenção da êmese aguda 
quanto tardia. 
Ainda se sabe pouco sobre o seu mecanismo de 
ação na profilaxia das náuseas e dos vômitos 
induzidos pela quimioterapia ou após cirurgias. 
Tem-se que os efeitos podem estar relacionados 
a inibição das prostaglandinas e/ou liberação de 
opioides endógenos. 
- Os principais corticosteroides utilizados são a 
dexametasona e a metilprednisolona. 
- Podem aumentar as ações de outras drogas. 
 
Bloqueadores de receptores dopaminérgicos 
(D2): metoclopramida, a bromoprida 
(Bromogex ® , Fágico ® , Pangest) e a 
domperidona (Motilium® , Peridal ® ) são 
potentes antieméticos, além de favorecerem o 
esvaziamento gástrico. 
- O mecanismo de ação se dá pelo bloqueio dos 
receptores dopaminérgicos da zona deflagradora 
dos quimiorreceptores, cuja estimulação induz a 
êmese; também são capazes de evitar o vômito 
induzido por estímulos que atingem o centro do 
vômito. 
- Sabe-se, ainda, que a dopamina no estômago é 
capaz de inibir os movimentos da região do fundo 
e a amplitude das contrações; portanto, o 
bloqueio de tais receptores por estes 
antieméticos favorece o esvaziamento gástrico. 
- A metoclopramida é o antiemético mais 
empregado na Medina Veterinária. É capaz de 
acelerar a depuração esofágica, eleva a pressão 
do esfíncter esofágico, acelera o esvaziamento 
gástrico e reduz o tempo de trânsito intestinal. 
Além disso, por bloquear receptores 
dopaminérgicos centrais pode causar sedação, 
efeitos extrapiramidais e estimulação da 
secreção de prolactina. 
- Já foram descritas alterações comportamentais 
em cães e gatos tratados com metoclopramida, e 
em equinos adultos, além de dor abdominal. 
- A metoclopramida deve ser usada com cautela 
em animais com distúrbios convulsivos. 
 
Agentes anticolinérgicos: pelo fato de 
reduzirem as secreções e a motilidade do 
sistema digestório, podem também apresentar 
efeito antiemético. Dentre estes agentes 
recomenda-se, em particular, a escopolamina, 
principalmente para o controle da cinetose. 
Em cães emprega-se a dose de 0,03 mg/kg de 
escopolamina, 4 vezes/dia; não é recomendada 
para gatos devido à possibilidade de promover 
excitação. 
Obs: A cinetose é o resultado de uma 
incompatibilidade entre o movimento que se 
enxerga e a sensação percebida pelos 
ouvidos, mais especificamente pelo aparelho 
vestibular. 
 
Anti-histamínicos (H1): o dimenidrinato 
(Dramin ®), a difenidramina (Benadryl ®) e a 
meclizina (Meclin ®) têm efeito antiemético. 
- São frequentemente usados na espécie 
humana para prevenção da cinetose e 
ocasionalmente em Medicina Veterinária. 
- Mecanismo de ação: reduzem os impulsos 
provenientes do aparelho vestibular (onde há 
receptores H1), que atingem o centro do vômito e 
também bloqueiam receptores H1 da zona 
deflagradora dos quimiorreceptores. 
- Os cães possuem maior número de receptores 
H1 na zona deflagradora do que os gatos e, por 
isso, respondem melhor ao efeito antiemético dos 
antihistamínicos. 
- Esses medicamentos possuem efeito sedativo. 
 
 
 
 
 
Catárticos são medicamentos que favorecem a 
eliminação das fezes. São chamados de 
purgantes quando promovem a eliminação de 
fezes de consistência diarreica e de laxantes 
quando as fezes têm consistência normal. São 
medicamentos que exercem seus efeitos no 
intestino grosso ou eventualmente no intestino 
delgado. 
- Chamados de purgante quando promovem 
evacuação de consistência diarreica e de laxante 
quando as fezes tem consistência normal; 
- É importante oferecer hidratação adequada ao 
paciente; 
- Podem afetar a absorção de nutrientes e outros 
fármacos; 
Indicações: 
- Prevençãode pacientes que não devem fazer 
esforços para defecar 
- Tratamento de animais idosos, reestabelecer 
função intestinal ou secundário a medicamentos 
- Lavagem intestinal para o pré-operatório, 
preparação de RX, etc. 
 
Podem ser classificados em 4 grupos: 
 
Catárticos emolientes ou lubrificantes 
 
Lubrificam e amolecem as fezes, impedindo a 
sua dessecação; 
Óleo mineral (parafina líquida, vaselina líquida 
ou óleo de parafina) → administrado por via 
oral, tem efeito laxante; não é digerido e 
praticamente não é absorvido pelo organismo. 
Quando usado por 2 a 3 dias, este óleo penetra 
nas fezes, amolecendo-as, e, por recobrir a 
mucosa intestinal, pode reduzir a absorção de 
água. 
Óleos vegetais (amêndoas, oliva) → também 
podem ser usados como laxantes, porém, como 
são hidrolisados pela lipase intestinal e 
absorvidos, há necessidade de administrar-se 
dose que supere a capacidade de hidrólise desta 
enzima para que o efeito seja observado. 
 
Catárticos formadores de massa 
 
São usados principalmente para pequenos 
animais e exercem efeito essencialmente laxante. 
A este grupo pertencem os polissacarídeos 
naturais, semissintéticos e celulose obtida de 
sementes, casca de sementes (farelos), algas 
e também resina sintética. 
- São indigeríveis 
- Promove o amolecimento das fezes, aumento 
de volume e, consequentemente, distensão das 
fibras musculares do intestino. 
 
Catárticos osmóticos ou salinos 
 
São pouco e lentamente absorvidos, exercendo 
atividade osmótica no lúmen intestinal, assim 
atraindo água para esta região; com isto há 
distensão das fibras musculares lisas intestinais 
e, reflexamente, aumentam o peristaltismo, 
produzindo efeito laxante ou purgante, 
dependendo da dose. 
Fazem parte do grupo o magnésio (sulfato, 
hidróxido, citrato), sais de sódio (sulfato, fosfato, 
tartarato), lactulose, glicerina e sorbitol. 
Obs: dissacarídeos não absorvíveis → Lactulose; 
Lactitiol. 
 
Catárticos estimulantes ou irritantes 
 
Propõe-se que promovam irritação da mucosa 
intestinal, ou inibam a absorção de água, 
eletrólitos e nutrientes, ou ainda estimulem os 
plexos nervosos intramurais, aumentando a 
motilidade intestinal e causando, 
consequentemente, o efeito catártico. 
Dentre estes catárticos tem-se: antraquinonas, 
fenolftaleína, bisacodil, picossulfato de sódio, 
óleo de rícino, etc. 
 
 
A diarreia é mais comum em animais jovens, e a 
desidratação que acompanha este quadro é a 
causa frequente de mortes. O tratamento da 
diarreia ainda é feito considerando-se a 
necessidade imperiosa da hidratação do animal 
(por via intravenosa em diarreias graves e/ou via 
oral), identificação e combate do agente 
infeccioso ou parasitário responsável pelo 
processo e, se necessário, o emprego de 
antidiarreicos (também chamados de 
constipantes). 
 
Os antidiarreicos podem ser classificados em 
dois grupos: depressores da motilidade e 
adsorventes e/ou protetores de mucosa. 
 
Depressores de motilidade intestinal 
 
- Anticolinérgicos: atropina (hiosciamina), 
escopolamina (hioscina), homatropina, 
propantelina, metantelina e glicopirrolato, são 
exemplos de agentes usados como antidiarreicos 
que atuam diminuindo a motilidade e as 
secreções do sistema digestório. 
- Opioides: os efeitos constipantes dos opioides 
ocorrem por aumento do tônus da musculatura 
circular do intestino e do esfíncter, bem como 
redução da secreção. Os mais utilizados são a 
loperamida e difenoxilato. A loperamida não 
atravessa a barreira hematoencefálica, 
exercendo seu efeito apenas na musculatura 
intestinal, em receptores opioides. 
 
Adsorventes/protetores de mucosa 
 
Os mais utilizados como antidiarreicos são: 
pectina, caulim, sais de bismuto e carvão ativado. 
 
Obs: Como adjuvantes para o tratamento das 
diarreias têm sido usados probióticos e pré--
bióticos com a finalidade de restaurar a 
microbiota intestinal.

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