Buscar

Antibioticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
Objetivos da aula: 
- Conhecer as diferentes classificações. 
- Conhecer os principais mecanismos de ação 
que levam à bactéria ao evento morte. 
- Ver os mecanismos de resistência bacteriana, 
interações medicamentosas e reações 
adversas do grupo. 
- Saber usar de forma racional esta classe 
farmacológica. 
Antimicrobianos ou antibióticos: 
- Grupo de fármacos que criam novos eventos, 
promovem a morte da célula, no caso dos 
ATB, das células bacterianas (antifúngicos, 
dos fungos…). Eles criam a morte da célula. 
- São substâncias químicas que tem duas 
propriedades (ambas matam a bactéria 
indireta e diretamente, respectivamente): 
✓ Inibir o crescimento - isso é bom pois as 
bactérias se dividem muito. 
✓ Provocar a destruição dos 
microorganismos (bactéria). 
• Pensamos que matar a bactéria é melhor, mas 
na verdade, tanto um quanto o outro são bons, 
apenas o modo de operar de cada ATB que é 
diferente (os dois são eficientes como 
antimicrobianos). 
- Os que matam = bactericidas. 
- Os que inibem crescimento = 
bacteriostático. 
- Biologicamente, por que as bactérias se 
dividem rapidamente?? 
‣ Pois o tempo de vida delas é muito 
pequeno, então para perpetuar sua 
espécie, elas se dividem muito 
rapidamente (perpetuação da espécie). 
‣ Para garantir a sobrevivência da espécie - 
ela se divide ativamente (velocidade muito 
rápida) já que o seu tempo de vida é 
pequeno. 
‣ Por ela ser unicelular (muito mais fácil se 
reproduzir d que se ela fosse pluricelular). 
‣ Por isso substâncias que inibem seu 
crescimento tem um papel terapêutico —> 
impede reprodução do seu DNA. 
- Naturalmente, os ATB são produzidos 
através de microorganismos como 
bactérias, fungos, etc., ou sintetizados total 
ou parcialmente. 
• Finalidade da bactéria produzir o ATB: ela 
produz esses ATB e lançam no meio para 
evitar que outros MO façam uma 
competição com ela sobre os nutrientes da 
região. 
• A indústria farmacêutica descobre a 
estrutura dessa molécula, sintetiza total ou 
parcialmente e vende no mercado. 
- Esse é o grupo de drogas mais utilizado na 
terapêutica. 
Multirresistência bacteriana: 
- Ao longo da história eles vem sofrendo um 
uso indiscriminado, exacerbado que 
provoca a resistência bacteriana 
contribuindo para a formação dos germes 
multirresistentes. 
• Estimativa em 2050: não existam ATB aptos 
a tratar as infecções bacterianas (pela 
resistência). 
• As bactérias desenvolvem mecanismos 
extremamente complexos e muito mais 
rápido que a a ciência consegue descobrir 
novos ATB (bactérias a frente a ciência). 
16
Antibióticos 1 
Dr. Adilson - 15/02
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
- A resistência bacteriana pode ocorrer através 
de diversos mecanismos: 
‣ O ATB para agir deve entrar na célula 
bacteriana, a bactéria pode impedir que o 
ATB entre alterando a parede celular e o 
ATB não entra mais. 
‣ Se ela não conseguir impedir a entrada do 
ATB, ela cria uma bomba de efluxo que 
expulsa o ATB ao entrar na célula. 
‣ O ATB entra e se liga a uma estrutura 
celular, a bactéria pode mudar essa 
estrutura celular, impedindo a ligação do 
ATB a essa estrutura. 
- Resistência bacteriana: bactéria se trona 
resistente aos ATB. 
• Nós proporcionamos alguns meio para que 
as bactérias de tornem resistentes. 
- Automedicação. 
- Indicação médica sem que haja a 
certeza de uma infecção bacteriana. 
- Interrupção da administração do ATB 
no meio do tratamento. 
- Tomar por tempo errado ou dose 
errada. 
- Prescrição inadequada. 
- Descarte inadequado dos ATB: no 
esgoto ele se dissolve, pode encontrar 
as bactérias e torná-las resistentes 
(medicamentos vencidos descartar nas 
farmácias). 
• Essas ações levam à seleção de MO 
(permanecem os mais fortes) = contribui 
para a multirressitência. 
- Eles desenvolvem essa multirrresistência 
para perpetuar a espécie. 
- Ex: maior parte das infecções de 
orofaringe são de origem viral (não é 
necessário ATB) - sem evidência clínica e 
laboratorial que fale a favor de infecção 
bacteriana = não dar ATB. 
- Melhora dos sintomas não significa que 
o processo infeccioso foi revolucionado 
(seleção de bactérias = sobrevivem as 
mais fortes que continuam se 
multiplicando). 
- Essa resistência piora o quadro infecioso, o 
paciente deverá ser internado, e internaliza a 
bactéria para o meio hospitalar. 
• Bactéria é transportada. 
• Por falta de cuidado, essa bactéria pode 
contaminar/ colonizar uma unidade 
hospitalar. 
- RACIONALIZAÇÃO DE USO: leva em 
consideração a efetividade, a toxicidade e o 
custo do ATB. 
Conceitos: 
Os termos “antimicrobiano”, “anti-séptico” e 
“antibiótico” geram uma grande confusão e são 
muitas vezes trocados. 
- Antimicrobiano: substância usada para 
tratar infecções e inclui antibióticos, 
desinfetantes (para matéria inerte) e 
antissépticos (para tecidos vivos). 
• É um termo mais geral. 
- Antisséptico: conjunto de soluções 
químicas de limpeza que limitam a 
infecção nos tecidos vivos, alguns tem que 
ser usados em altas concentrações para 
poderem destruir agentes patogênicos. 
- Antibióticos: substâncias derivadas de 
microorganismos ou sinteticamente 
manufaturadas para atingir as bactérias 
seletivamente. Destroem ou inibem o 
crescimento de outros microrganismos. 
Histórico dos ATB: não vai cobrar em prova. 
- TEMPOS DA PENICILINA: 
‣ Alexander Fleming descobriu que o 
Staphylococcus aureus não se desenvolvia 
quando em contato com Penicilina. 
‣ Bactérias não se desenvolviam próximo a 
esse fungo. 
17
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
• 1941 = uso clínico da penicilina (coincide 
com a 2ª guerra mundial). 
• 1961 = 513 ATB descobertos. 
• Atualmente = 8000 ATB descritos. 
Antibiograma: 
- Teste laboratorial que nos informa a 
sensibilidade do MO ao ATB. 
• Em uma placa, semeamos o material em 
um ágar (urina, secreção corpórea ou 
nenhum material). 
• Coloca disquinhos de papel de filtro 
impregnado com um ou vários tipos de 
ATB, ele absorva a água do ágar e dissolve 
o ATB que começa a espalhar pelo meio. 
• Possibilidade de escolha o ATB mais 
sensível para bactéria que está infectando. 
- Problema: custo alto, 3 a 4 dias para sair o 
resultado. 
• Quase na totalidade das vezes, fazemos 
uma prescrição empírica. 
- Caso a bactéria seja resistente ao ATB ela 
cresce com um halo próximo ao ATB 
(imagem 2 e 3). 
- Caso a bactéria seja 
sensível ao ATB, ela cresce 
com um halo distante do 
ATB (imagem 1 e 4). 
• Halo de inibição ao 
crescimento bacteriano. 
Classificação dos antibióticos: 
- DE ACORDO COM A ESTRUTUTA QUÍMICA: 
• Aminoglicosídeos: neomicina, amicacina, 
gentamicina. 
- Nebacetim: neomicina + bacitracina 
zíncica. 
• Macrotídeos: eritromicina, azitromicina. 
- Mesmo espectro bacteriano que as 
penicilina, usados em 2ª escolha para 
infecção de VAS. 
• Polipeptídeos: polimixina B, bacitracina. 
• Glicopeptídeos: vancomicina, teicoplanin. 
- Usado só em situações especiais. 
• Poliênicos: anfotericina, nistatina. 
• Sulfonamidas: sulfametoxasol, dapsona. 
- Primeiros ATB. 
• Quinolonas: norfloxacino, ciprofloxacino. 
• ATB beta lactâmicos: monobactâmicos, 
penicilinas, cefalosporinas, carbapenicos. 
• Tetraciclinas: doxiciclina. 
• Derivados de nitrobenzeno: clorafenicol. 
- DE ACORDO COM O ESPECTRO DE 
ATIVIDADE: quantidade de bactérias que o 
ATB atinge. 
• Espectro estreito (margem pequena de 
MO atingidos): penicilina G, 
estreptomicina, eritromicina. 
- Se conseguirmos identificar e isolar o 
MO (antibiograma), é melhor usarmos 
um ATB de espectro estreito. 
• Espectro amplo: tetraciclinas, 
cloranfenicol. 
- Se não sabemos qual o MO, melhor 
usarmos um ATB de amplo espectro. 
18
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
- DE ACORDO COM O EFEITO: 
• Bactericidas: agem matando o MO. 
• Bacteriostáticos: agem inibindo o 
crescimento dos MO. 
‣ Os dois são bons, mas a maior parte dos 
ATB são bacteriostáticos(que também 
matam a bactéria, mas indiretamente). 
- DE ACORDO COM A ORIGEM: 
• Naturais: já são encontrados na natureza 
dessa forma. 
- Extraídos diretamente dos fungos, 
colônias bacterianas que o produzem. 
- Penicilina G, estreptomicina, eritromicina, 
etc. 
• Semi sintéticos: usam parte da molécula 
natural e acrescentam partes que 
melhoram a sua efetividade. 
- Síntese parcial. 
- Ampicilina, amoxacilina, etc. 
• Sintéticos: 100% desenvolvidos em 
laboratório. 
- Sulfametoxazol. 
Por que usar corretamente?: 
✓ Eficácia terapêutica pata conseguir 
controlar a infecção. 
✓ Preservar o microbioma humano, evitando 
as superinfecções (infecções produzidas pela 
deetruição da microbiota natural do 
organismo). . 
✓ Evitar a indução de resistência bacteriana 
(via certa, dose certa, tempo certo…). 
✓ Reduzir custos com gastos hospitalares, de 
medicamentos, afastamento do trabalho, etc. 
Antibioticoterapia: 
- Nos EUA há 160 milhões de ATB (30 
prescrições/ 100 pessoas/ ano). 
- 25 mil toneladas de ATB (50% para uso 
humano, e o restante para animais, 
agricultura…). 
- Segundo a OMS, 2/3 dos ATB são usados 
sem prescrição médica. 
• Há 10 anos atras não precisava de receita 
para comprar ATB. 
• Só médico e dentista prescrevem ATB no 
Brasil. 
- As infecções causam 25% de mortes no 
mundo e 45% nos países desenvolvidos. 
- Mais de 50% das prescrições de ATB são 
inadequadas. 
- 50% dos pacientes compram medicamentos 
ATB para 1 dia e 90% para um período igual 
ou inferior a 3 dias, ou seja, não completam o 
tratamento. 
• Sempre avisar o paciente do que pode 
ocorrer caso não faça o tratamento no 
tempo correto (superinfecções). 
- Mais de 50% do orçamento com 
medicamentos são destinados aos 
antimicrobianos. 
Resistência bacteriana: 
- RESISTÊNCIA NATURAL (primária): o 
microorganismo já nasce resistente. 
• Já vem no genoma da bactéria. 
- RESISTÊNCIA ADQUIRIDA (secundária): 
fragmentos de material genéticos que 
podem passar de uma bactéria para outra e 
você pode transferir a resistência aos ATB 
entre elas. 
19
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
• Por seleção (mutações): ATB não foi 
tomado pelo período certo (selecionou os 
MO mais fortes). 
- Estimula a mutação dela. 
- Uso do ATB de forma inadequada por ex 
(faz uma seleção natural dos MO = mata 
as mais fracas e deixa as mais resistentes 
que se multiplicam desenvolvem). 
• Por indução (plasmídeos e tropossomas): 
bactéria resistente passa a resistência para 
bactérias sensíveis através dos plasmídeos 
ou tropossomas. 
- Plasmídeos são compostos genéticos 
extracromossômicos que podem 
replicar-se e contém genes para 
resistência (carregam fragmentos de 
DNA). 
- Tropossomas são partículas de DNA que 
se agregam a plasmídeos ou ao 
próprio cromossomo da bactéria. 
Mecanismos de resistência 
microbiana: 
- Redução da captação ou permeabilidade 
do fármaco pela bactéria: 
• Reduzir a entrada do ATB alterando a 
permeabilidade da parede bacteriana. E 
se o mecanismos de ação dele for agir 
dentro da bactéria, esse fármaco já é 
inativado. 
- Produção de enzimas que inativam o 
fármaco: 
• Beta lactamases são enzimas produzidas 
pela bactéria que inativam o anel beta 
lactâmico dos ATB, inativando a 
penicilina, por exemplo. 
- Alterações dos locais de ligação do 
fármaco. 
- Bomba de efluxo: o ATB até entra na célula 
bacteriana, mas a bactéria cria uma enzima 
(bombinha) que expulsa o ATB de dentro da 
célula. 
Princípios considerados na 
escolha do ATB: 
- Identificação do MO (sempre que possível é 
melhor - padrão ouro). 
- Determinação da sensibilidade do MO 
(antibiograma) 
- Exposição prévia do hospedeiro ao ATB 
(anamnese!). 
- Idade, função renal (a maior parte dos ATBs 
são metabolizamos pelo rim, então tomar 
cuidado para não sobrecarregar o órgão), 
hepática e local da infecção. 
• Sabe-se que o idoso tem a FR diminuída 
(cuidado com medicamentos nefrotóxicos - 
ex: vancomicina). 
- Uso concomitante de outras drogas para 
evitar a interação medicamentosa/ 
farmacológica. 
- Comprometimento do sistema 
imunológico. 
20
- Fluoroquinolonas: alteração na enzima-algo, DNA 
girase, resultou em reistência às fluoroquinolonas. 
- Beta lactâmicos: os antibacterianos beta lactâmicos 
entram nas células gram negativas através de canais. 
O enterobacter é resistente às cefalosporinas por 
produzir beta lactamase. Portanto, os MO também 
podem ser resistentes por alterar os canais porinas. 
- Tetraciclina: era eficaz contra infectes por 
Bacterioides, mas hoje são resistentes devido a 
presença de uma proteína plasmídeo-mediada que 
promove o efluxo da tetraciclina. 
- Beta lactâmicos: as beta lactamases (penicilinases) 
destroem os ATB com núcleo beta lactâmico (ex: 
neisseria gonhorrhoeae). 
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
• A capacidade imune do paciente está 
diretamente relacionada com a curva do 
ATB. 
- Espetro de atividade (se é amplo/ estreito). 
- Tipo de atividade (mecanismo de ação). 
- Sensibilidade do MO ao ATB. 
- Toxicidade relativa. 
- Perfil farmacocinético (se tem que ser usado 
de 12/12h, etc). 
- Vias de administração. 
- Evidências e eficácia clínica. 
- Custo. 
Bactérias gram: 
- O que muda é a característica das suas 
paredes celulares. 
• GRAM +: parede espessa de 
peptídeoglicano. 
- GRAM -: além da camada de 
peptídeoglicano, lipoproteína, membrana 
externa e lipopolissacarídeos 
Mecanismos de ação: 
- Inibem a síntese da parede celular 
(bactericidas): penicilinas, cefalosporinas, 
cicloserina, bacitracina, vancomicina. 
- Alteram a permeabilidade da parede 
(bactericidas): polimixina, nistatina, 
anfotericina B (mais antifúngico do que ATB - 
fungizon). 
• Agem na parede celular = bactericidas. 
- Afetam a síntese proteíca 
(bacteriostáticos): cloranfenicol, tetraciclina, 
eritromicina e clindamicina. 
• Agem na síntese proteica = ribossomos. 
- Alteram a síntese proteica levando a morte 
celular (bactericidas): aminoglicosídeos. 
• Dependendo da dose pode ter ação 
bactericida. 
- Afetam o metabolismo dos ácidos 
nucleicos (bactericidas): rifampicina e 
quinolonas. 
- Bloqueiam enzimas essenciais do 
metabolismo dos folatos (bactericidas): 
trimetoprim (na 2ª enzima) e sulfonamidas 
(inibem a 1ª enzima). 
• Duplo bloqueio na síntese do ácido fólico 
(precursor do DNA bacteriano). 
• De forma isolada são bacteriostáticos, mas 
juntos tem ação bactericida. 
21
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
Efeitos colaterais: 
- Flebite (maioria quando administrado por 
EV) - injetáveis (maioria dos ATB). 
- Rash e hipersensibilidade: beta lactâmicos 
(penicilina). 
• Ex: benzetacil - antes se fazia um teste de 
sensibilidade antes, mas abandonou, pois 
quem era alérgico a penicilina, só o teste 
de hipersensibilidade já mataria a bactéria. 
Hoje só se aplica em local que se tenha 
médico e suporte básico. 
- Febre. 
- Eosinofilia. 
- Leucopenia: cloragenicol e vancomicina 
(hematotóxicos). 
- Anemia hemolítica, Coombs +, 
plaquetopenia: clindamicina. 
- Nefrite intersticial: imipenem e aztreonam 
- Nefrotoxicidade: vancomicina (exemplo 
clássico), aminoglicosídeos e penicilina. 
• Se a FR diminuir, diminuimos a dose de 
vancomicina. 
- Ototoxicidade: aminoglicosídeo. 
• Zumbido, surdez temporária… 
- Aumento do TGO (hepatotoxicidade): 
penicilina. 
- Efeitos dobre o TGI: alteração de microbiota 
e diarreia. 
• Destruição da microbiota natural. 
• Recomenda-se probióticos (enterogemina 
e floratil). 
- Convulsão: penicilinas e imipenem. 
• Em altas doses é neurotóxica. 
- Hepatite: clindamicina. 
- Colite pseudomembranosa: clindamicina. 
- Superinfecção: infecções oportunistas por 
destruição d amicrobiita natural. 
Toxicidade dos antibióticos: 
- TOXICIDADE SISTÊMICA: 
• Fármacos com índice terapêutico baixo 
(janela terapêutica estreita, diferença entre a 
22
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
dose mínima e máxima - menor segurançada 
dose). 
- Aminoglicosídeos: ototoxicidade e 
nefrotoxixcidade. 
- Tetraciclinas: lesão hepática e renal. 
- Cloranfenicol: depressão da MO. 
• Fármacos com muita diminuição do 
índice terapêutico: 
- Poliximina B: toxicidades renal e 
neurológica. 
- Vancomicina: perda da audição e lesão 
renal. 
- Anfotericina B: toxicidades renal, 
medular e neurológica. 
• Fármacos com alto índice terapêutico: 
penicilinas, algumas cefalosporinas, 
eritromicina. 
- DEPENDENTES DA IDADE: 
• Síndrome do bebe cinzento (se a mãe 
usar o clorofenicol na gestação). 
• Kernicterus: competição com albumina 
- Bilirrubina livre ultrapassa a BHE e causa 
neurotoxicidade. 
- As sulfonamidas deslocam a bilirrubina 
da ligação com albumina, sobrando mais 
bilirrubina livre (BI) que passa a barreira 
hematoencefalica levando a um quadro 
neurológico. 
• Ototoxicicdade: aminoglicosídeos. 
• Deposição nos ossos e dentes em 
formação: afinidade por íon cálcio - 
tetraciclinas. 
• Contraindicada na primeira infância 
pois pode levar à agensia/ 
malformação dentária. 
- DEPENDENTES DA FUNÇÃO RENAL: 
necessidade de redução nas doses. 
‣ Na IR leve: AMG, vancomicina, 
cefalosporinas. 
‣ Na IR moderada a grave: carbenicilina, 
fluorquinolonas, clotrimaxozol. 
• Fármacos a evitar: cefalotina, cefaloridina, 
ácido nalidíxico, nitrofurantopina, 
tetraciclinas (exceto doxiciclina). 
- DEPENDENTES DA FUNÇÃO HEPÁTICA: 
necessidade de redução das doses. 
• Na IH: cloranfenicol, metronidazol, 
clindamicina, rifampicina. 
• Fármacos a evitar: estolato de eritromicina, 
ácido nalidíxico, pefloxacina, tetraciclinas. 
- DEPENDENTES DE FATORES GENÉTICOS: 
• Deficiência de G6PD: fragilidade osmótica 
das hemácias (se rompem com facilidade) - 
anemia hemolítica. 
- Sulfonamidas, cloranfenicol, 
fluorquinolonas. 
- DEPENDENTES DA GRAVIDEZ: a princípio, 
todos devem ser evitados. 
• Risco para o feto: surdez (AMG), ossos e 
dentes (tetraciclinas). 
• Risco para gestante: necrose gordurosa do 
fígado, pancreatite e lesão renal 
(tetraciclinas). 
• São considerados seguros: penicilinas, 
cefalosporinas, eritromicina. 
Efetividade dos antibióticos: 
- DEPENDENTES DE FATORES LOCAIS: 
‣ Presença de pus e secreções: contém 
fagócitos, resíduos celulares e proteínas 
que podem se ligar ao fármaco ou criar 
condições desfavoráveis à sua ação. 
‣ Hematomas: ligação de fármacos à 
hemoglobina (penicilinas, cefalosporinas e 
tetraciclinas). 
‣ Diminuição do pH no local da infecção: 
todo processo infecioso inflamatório 
provoca diminuição do pH tecidual e isso 
diminui a atividade dos aminoglicosídeos 
e macrolídeos. 
‣ Abcessos: compromete a penetração na 
área, é necessário drenar antes. 
23
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
‣ Presença de material necrófilo e corpos 
estranhos (processo inflamatório na 
região que dificulta a ação do ATB). 
Uso combinado dos antibióticos: 
- Obter sinergismo: objetivo de reduzir a 
gravidade ou incidência de efeitos adversos. 
• Ex: sulfametoxazol + trimetropina 
(mesmo mecanismo mas agem em pontos 
diferentes). 
• Carbenicilina/ ticarcilina + gentamicina 
(P aeruginosa). 
• Amoxiclina + ácido clavulânico (Clavulin). 
- Ac clavulânico: inibe enzima que 
degrada a amoxacilina, deixando a 
amoxilina exercer seu efeito. 
- Amoxa é uma penicilina não resistente a 
beta lactamases. 
- Previnir o desenvolvimento de resistência: 
• Tratamentos prolongados de infecções 
crônicas (TB, hanseníase, H pylori). 
- Ex: hansieniase por no minimo 6 meses. 
• Ampliar o espectro de ação: 
- Tratamento de infecções mistas 
(peritonite, ITU, abcessos cerebrais, 
infecções ginecológicas) = clindamicina 
e metronidazol para anaeróbios. 
- Tratamento inicial de infecções graves. 
- Topicamente (nebacetim = bacitracina + 
neomicina). 
Uso profilático de ATBs: 
- Profilaxia de MO específicos: 
• Febre reumática: individuo apresenta Ac 
contra a estreptolisina o (produzida pelo 
estreptococo, com metabolismo 
bacteriano), esse Ac reconhece estruturas 
articulares e valvas cardíacas como sendo a 
estreptolisina O. 
- ASLO +: não deve pegar amidalite, 
maior chance de ser Streptococco - 
aumenta níveis de estrepolisina - 
aumenta níveis de Ac - maior chance da 
febre reumática. 
- Penicilina G benzatina. 
• Tuberculose: isoniazida isoladamente ou 
em combinação com a rifampicina. 
• Meningite meningocócica: rifampicina/ 
sulfadiazina. 
• Gonorreia/ sífilis: penicilina G procaína. 
- Prevenção de infecção em situações de 
alto risco: 
• Extração dentária, tonsilectomia, 
endoscopia com lesão de mucosa 
abrigando bactérias causam bacteremia: 
penicilina/ cefalosporina. 
- Para evitar quadros de bacteremia 
(passagem transitória de bactérias pela 
corrente sanguínea) ≠ septicemia 
(desenvolvimento bacteriano no 
sangue). 
• Cateterismo ou instrumentação do TU: 
cotrimaxazol ou norfloxacino. 
• Para evitar recidivas de ITUs em pacientes 
com anormalidades: cotrimaxozol ou 
nitrofurantoína a longo prazo. 
• DPOC: ampicilina, tetraciclina, 
ciprofloxacin. 
• Pacientes imunocomprometidos: 
penicilina/ cefalosporinas + 
aminoglicosídeo/ fluorquinolona. 
• Profilaxia cirúrgica: cefazolina, 
vancomicina. 
• Feridas contaminadas. 
Duração do tratamento: 
- Normal: 
• 7 a 10 dias: infecções moderadas. 
• 10 a 14 dias: infecções graves. 
- Dose única: gonorreia e ITU. 
- 3 dias: ITU não complicada. 
- 28 dias (exceção): osteomielite (infecção do 
tecido ósseo). 
24
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
Sulfonamidas: inibidores do 
metabolismo. 
- São bacteriostáticos. 
- Espectro de ação: desde gram negativos, 
gram positivos e até a clamídia. 
Mecanismo de ação: agem na síntese 
do ácido fólico, a partir de 2 enzimas. 
- A bactéria pega o PABA (ácido Para 
Aminobenzóico) do meio e por ação da di-
hirdo-pteroato sintetase transforma o PABA 
em ácido fólico (AC). Esse AC é reduzido à 
acido folínico por outra enzima, a di-hidro-
folato redutase que é sua forma ativa = 
ácido folínico: precursor do DNA bacteriano. 
‣ A sulfonamida age inibindo a di-hidro-
pteroato sintetase (transforma o PABA em 
ácido fólico). 
‣ A trimetropina inibe as di-hidro-folato 
redutase (que reduzem o ácido fólico em 
ácido folínico). 
- A associação da SULFONAMIDA + 
TRIMETROPINA tem efeito sinérgico. 
• Embora sejam bacteriostáricos isolados, 
mas quando isolados, tem ação 
bactericida quando associados, pois o 
dano ao DNA é tão grande a ponto de 
matar a bactéria. 
- Nós também produzimos ácido fólico 
fisiologicamente. 
- A TRIMETROPINA apresenta uma afinidade 
50 mil a 100 mil vezes maior pela dihidrato 
folato redutase bacteriana quando 
comparado à enzima humana, portanto ela 
não é capaz de inibir a enzima humana (por 
ela se liga na bacteriana). 
• Isso gera uma alta especificidade contra a 
enzima bacteriana. 
- São contra indicados em gestantes pois 
elas necessitam de grande quantidade de 
ácido fólico. 
Características gerais: 
- Primeiro agente quimioterápico eficaz no 
homem para profilaxia e cura das doenças. 
- Principal medicamento antes da penicilina. 
- Espectro de ação: gram -, gram +, alguns 
protozoários e fungos. 
Mecanismo de resistência 
(importante): 
1. Superprodução de ácido para 
aminobenzóico (PABA). 
• Se aumenta a produção do PABA, evitamos 
a inibição da enzima. 
• O PABA é o precursor do ácido fólico e é 
estruturalmente parecido com a SULFA (ao 
dar o ATB, a bactéria pega a SULFA 
25
Antibióticos 2 
Dr. Adilson - 15/02
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
achando que é o PABA, mas aí não 
consegue produzir ácido fólico). 
• “Engana o ATB”, evitando o efeito do ATB, 
pois ao superexpressar a síntese do PABA, 
ela se liga ao PABA e não à SULFA. 
2. Diminuição da afinidade da enzima 
diidropteroato sintase pela sulfonamida 
(a sulfa possui estrutura análoga ao PABA). 
• Muda o sítio alostérico da enzima, 
diminuindo sua afinidade pela SULFA. 
• A bactéria vai preferircada vez mais pegar 
o PABA. 
3. Diminuição da permeabilidade da 
bactéria ao fármaco. 
Efeitos adversos: 
‣ Cristalúria (cristais na urina) - cristal colorido. 
‣ Hipersensibilidade. 
‣ Anemia hemolítica (o AF esta1 envolvido 
com a maturação das hemácias). . 
‣ Icterícia nuclear (por aumento da bilirrubina 
pela degradação da hemoglobina). 
‣ Síndrome de Steven Johnson (eritema 
bolhoso, multiforme). 
‣ Prurido. 
‣ Dores nas articulações e músculos. 
‣ Febre. 
‣ Fotossensibilidade. 
‣ Descamação. 
• Cotrimoxazol: composto por trimetoprim 
e sulfametoxazol (caráter bactericida). 
Aplicações terapêuticas: espectro 
de ação e usos mais comuns das SULFAS. 
- MRSA: 
• O cotrimoxazol é eficaz em infecções de 
pele e tecidos moles por MRSA adquiridos 
na comunidade. 
- Infecções respiratórias: 
• O cotrimoxazol é eficaz contra o 
Haemophilus influenzae. 
• O cotrimoxazol é um tratamento alternativo 
contra Legionella pmeumophilla. 
- Pneumonia por Pneumocystis Jiroveci: 
• Essa é uma infecção oportunista comum 
complicando a Aids. Cotrimoxazol é o 
tratamento mais eficaz. 
• A profilaxia com cotrimoxazol é 
recomendada para pacientes infectados 
com HIV com menos de 200 células 
CD4+/mL. 
- Listeriose: 
• Ampicilina ou cotrimoxazol são eficazes 
no tratamento da septicemia e da 
meningite causada pela Listeria 
monocytogenes. 
- Infecções na próstata e TU: 
• A trimetropina concentrando-se nos 
líquidos da próstata e vaginal tornando-se 
eficaz no tratamento de infecções nesses 
locais. 
• Infecções crônicas do TU respondem ao 
cotrimoxazol. 
- Infecções gastrintestinais: 
• O cotrimoxazol é útil no tratamento da 
shigelose e da salmonela monotifóide. 
• O fármaco também é útil no tratamento de 
portadores de Salmonella typhi. 
Classificação: de acordo com o tempo de ação. 
- SULFONAMIDAS DE AÇÃO CURTA OU 
INTERMEDIÁRIA: tempo de meia vida ~ 12 
horas. 
• É o sulfametoxazol. 
26
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
• Rapidamente absorvida VO. 
• É eliminada por via renal através de 
filtração glomerular (sulfonamida). 
- A trimetropina é eliminada por secreção 
tubular (também pelo rim mas por 
mecanismo ≠). 
- Isso é bom pois não sobrecarrega o 
mesmo sistema. Se fosse o mesmo 
mecanismo, sobrecarregaria o sistema 
excretor renal. 
• Atravessa barreira placentária (ruim) e 
BHE (bom, pois pode tratar infecções no 
SNC). 
• Distribui-se amplamente pelos tecidos. 
• Pouco metabolizada pelo fígado. 
• Comercializada em associação com a 
trimetropina (cotrimoxazol). 
- SULFONAMIDAS DE AÇÃO LONGA: tempo 
de meia vida ~ 150 horas. 
• Sulfadoxina (em associação com 
prometamina forma o Fansidar). 
- Fansidar: pega protozoários da 
toxoplasmose e malária também. 
• É uma sulfa de ação ultra prolongada. 
• É absorvida por VO e administrada por via 
IV. 
• Em associação com a pirimetamina pode 
ser usada no combate a toxoplasmose e 
malária. 
• Devido à sua toxicidade, usa-se 
sulfadiazina em substituição. 
• Indicações específicas (sulfonamida + 
trimetropina) - processos infeciosos. 
- Salmoneloses. 
- Shigeloses. 
- Pneumonia por Pneumocystis jiroveci (P 
carinii) - em paciente HIV+ e 
imunossuprimidos. 
Farmacocinética: 
- VIA ORAL: 
• Ligação a proteínas plasmáticas de 20 a 
90% (mediana a alta taxa de ligação). 
• Absorção e excreção rápida. 
• Ampla distribuição pelos líquidos corporais 
(inclusive LCR), placenta e feto. 
• Metabolização hepática através de 
acetilação (processos de fase 1). 
• Rápida (sulfametoxazol) ou lenta 
(sulfadoxina). 
- VIA PARENTERAL (IV): sulfametoxazol. 
- USO TÓPICO: não oral/ ação local. 
• Sulfasalazina (pobre absorção: infecções 
do TGI). 
• Sulfadiazina de prata (queimaduras). 
• Sulfacetamida (uso oftálmico - conjuntivite 
bacteriana). 
Interações medicamentosas: 
- Apesar de não haver estudos que relacionem 
efeitos cinéticos com o uso de ciclosporina 
(imunossupressor). 
• A nefrotoxicidade aumenta com o uso 
concomitante dos 2 fármacos. 
- Provocam inibição enzimática do citocromo 
CYP2C8 e CYP2C9 culminando com 
aumento moderado da concentração 
plasmática de: amiodarona, carvedilol, 
cetamina, fenitoína, fluoxetina, glimepirida, 
glipizida, pioglitazona, propofol, 
rosiglitazona, sertralina, selegilina e varfarina. 
• Essa inibição enzimática, reduz o 
metabolismo de outros fármaco, e 
consequentemente aumentam a 
concentração plasmática desses fármacos. 
• Inibe citocromo = inibe metabolismo de 
fármacos = aumenta [ ] sanguínea. 
• Inibição dose dependente. 
- A associação sulfametoxazol + 
trimetropina compete com a ligação de 
albumina causando aumento do nível sérico 
27
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
de várias drogas, entre elas: varfarina, 
metotrexato, clorpropamida, tolbutamida, 
diuréticos tiazídicos, genitoína, rifampicina. 
• Quando ela se liga a albumina as outras 
drogas ficam livres e solúveis = 
faramacocinética mais rápida e intensa = 
potencializa os efeitos desejáveis e 
indesejáveis dos outros fármacos com 
menor afinidade à albumina. 
- E podem ter seus níveis séricos aumentados 
por indometacina; fenilbutazona; salicilatos; 
probenecida; sulfinpirazona. 
• Pois esses medicamentos competem com a 
sulfa pela albumina, sendo eles com maior 
afinidade à albumina, geram deslocamento 
da sua alterando sua farmacocinética. 
• Promove seu efeito maior e diminuindo o 
efeito das sulfas. 
Apresentações no mercado (Brasil): 
- USO ORAL: 
• SMZ/TMP (s): comprimido 400/ 80 mg - 
susp 200/ 40 mg/ 5mL. 
• SMZ/ TMP (d): comprimido 800/160 mg. 
• Sulfazalazina: comprimido 500 mg. 
• Sulfadoxina + pirimetamina (fansidar): 
comprimido 500 + 25 mg. 
• Sulfadiazina: comprimido 500mmg. 
• Sulfadiazina + trimetropina: comprimido 
410 + 90mg - susp 205 + 45 mg/ 5 mL. 
- USO ENDOVENOSO: 
• SMZ/ TMP: ampolas com 400/80 mg cada 
5mL. 
• Sulfadoxina/ pirimetemina: ampolas com 
500/25 mg. 
- USO TÓPICO: 
• Sulfadiazina de prata a 1%: 
- Bisnagas com 15, 3o e 50g. 
- Potes com 100 e 400g. 
- Creme vaginal com 30g. 
Quinolonas: inibidores da síntese de 
ácidos nucleicos. 
- O que muda das gerações é o espectro 
(aumenta a cada geração). 
‣ 1ª geração: gram negativos. 
‣ 2ª geração: gram negativas e algumas 
gram positivos. 
‣ 3ª geração: gram negativos e gram 
positivos. 
‣ 4ª geração: gram negativo, gram positivo 
e outras bactérias, inclusive Pseudomona. 
- Principal indicação das quinolonas = 
infecção urinária. 
• Ciprofloxaxino (gram -): maior parte das 
ITU são por E coli, que é gram negativo. 
Mecanismo de ação: 
- Atuam sobre a topoisomerase e DNA girase 
alterando a replicaba do DNA bacteriano. 
- São bacteriostáticos. 
Mecanismos de resistência: 
- Mutação cromossômica: alteração nas 
enzimas alvo (DNA giras e topoisomerase IV) 
28
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
e na permeabilidade à droga pela membrana 
celular bacteriana (porinas). 
- É possível a existência de um mecanismo que 
aumente a retirada da droga do interior da 
célula (bomba de efluxo). 
Farmacocinética: 
- Bom absorvidas por VO. 
- Tempo de meia vida varia de 3 horas 
(ciprofloxaxino) a 10 horas (perfloxacino). 
- Tropismo por rins, próstata, pulmões e 
fagócitos (vantagem = melhora o sistema 
imune local, pois ele se dirige para o sítio 
infeccioso, leva indiretamente o ATB para o 
sítio). 
- A maioria não atravessa barreiras. 
- Antiácidos interferem na absorção - se 
alcalinizar o pH estomacal, diminui a 
absorção (acido em meio ácido não ioniza = 
mantem forma molecular = melhor absorção). 
• Para o fármaco ser bem absorvido o 
fármaco deve estar na forma molecular e 
para ser excretado deve estar na forma 
iônica (melhor solúvel em agua). 
- Biotransformada no fígado, embora as 
quinolonas sejam inibidoras dessas 
enzimas. 
- Eliminados através da função renal (urina). 
Efeitos adversos: 
- Alterações do TGI. 
- Erupções cutâneas. 
- Cefaleia e vômitos. 
- Podem ocorrer interações metabólicascom 
a teofilina (intoxicação). 
• Teofilina: broncodilatador (metilxantinas). 
• Aumenta os níveis de teofilina por inibir 
CYP450. 
• Arritmia cardíaca. 
Indicações terapêuticas: 
- Possuem amplos espectro, eficaz contra MO 
gram - e gram + e organismos resistentes 
às penicilinas e cefalosporinas. 
• Passa a ser uma droga de escolha quando 
o indivíduo apresenta resistência às 
penicilinas e cefalosporinas. 
• Os betalactâmicos são as drogas de 
escolha do tratamento de VAS mas se a 
bactéria apresenta resistência, a quinolona 
pode ser uma alternativa. 
- Principais indicações: 
• Infecção do trato urinário. 
• Infecções respiratória por pseudomonas e 
H influenzae. 
• Prostatite. 
• Gonorreia. 
• Otite. 
• Osteomielite bacilar. 
1ª geração: 
- Para infecção urinária. 
- Espectro de ação: gram negativos, E coli, 
Proteus, Klebsiela, enterobacter, 
enterobactérias. 
- Ácido nalidíxico e ácido pipemídico. 
2ª geração: 
- Para infecção sistêmica. 
- Espectro de ação: gram negativo, incluindo 
pseudomona, gram positivo. 
- Age em vias urinárias, próstata e TGI. 
- Norfloxacina, ciprofloxacin, pefloxacina. 
3ª geração: 
- Para infecção sistêmica respiratória. 
- Espectro de ação: gram negativo e gram 
positivo (pneumococo). 
- Levofloxacin, moxifloxacino, gemifloxacino. 
29
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
4ª geração: 
- Para infecções sistêmicas graves. 
- Espectro de ação: gram positivos e negativos. 
- Trovafloxacino, clinafloxacino, sitafloxacino. 
- A primeira quinolona era não fluorada, o 
ácido nalidíxico foi obtida durante a síntese 
da cloroquina. 
- Atualmente, incluem agentes fluorados: 
• De amplo espectro: ciprofloxacina, 
levofloxacina, ofloxacina, norfloxacina, 
acrosoxacina e pefloxacina. 
• Menor espectro: ácido nalidíxico e a 
cinoxacina 
Efeitos colaterais: 
- É o efeito diferente do esperado de um 
fármaco. 
- Ocorrem em 5 a 10%. 
- Sintomas digestivos: náuseas, vômitos, 
diarreia, dor abdominal. 
- SNC: inibição de receptores GABA, insônia, 
sonolência, cefaleia, fadiga, depressão. 
• Inibição dos receptores GABAérgicos 
(diminuição da atividade neuronal = 
depressão) - mais comum com o CIPRO. 
- Ao inibir GABA = quadro de euforia, que 
pode potencializar um quadro de 
convulsão, epilepsia, por ex. 
- Fotossensibilidade. 
- Hipersensibilidade. 
- Aumento de transaminases, leucopenia, lease 
renal (raros). 
- Lesão de cartilagem em animais de 
experimentação (ruptura do tendão de 
Aquiles). 
- Artralgia = suspender o uso. 
Aplicações terapêuticas: 
- Infecções respiratórias resistentes (aos beta 
lactâmicos): 
• O levofloxaxino em geral é eficaz contra 
infecções que não respondem aos 
antimicrobianos neta lactâmicos, como 
amoxixlina + ácido clavulânico. 
• O ciproflexacino não é o fármaco de 
escolha para pneumonia ou sinusite, pois 
as fluoroquinolonas têm fraca atividade 
contra Streptococcus pneumoniae, um 
agente etiológico comum. 
• O levolfoxacino e o moxifioxacino são 
conhecidos como “fluoroquinolonas 
respiratórias" devido a sua atividade contra 
Streptococcus pneumoniae. 
- Infecções do trato gastrointestinal: 
• Ciprofloxacino é altamente eficaz contra as 
doenças diarreicas devido a patógenos 
entéricos. 
- Carbúnculo (Antrax): 
• O ciprofioxacino é o fármaco de escolha 
para a profilaxia pós-exposição e o 
tratamentocontra o carbúnculo. 
• O fármaco alternativo é a doxiciclina. 
- Infecções do trato urinário: 
• Ciprofloxacino e levoflaxacino são eficazes 
no tratamento de infecções não 
complicadas e complicadas no trato 
urinário. 
- Infecções anaeróbicas: 
• Moxifoxacino tem atividade 
antianaeróbicos notável. 
Interação medicamentosa: 
- Com exceção do ciprofloxacino, as 
quinolonas quando associadas a fármacos 
podem aumentar o intervalo QRST 
(aumento do risco de arritmias). 
• Amiodarona, clorpromazina, domperidona, 
droperidol, macrolídeos, haloperidol, 
imipramina, indapamida, octreotida, 
quetiapina, tioridazina, voriconazol, etc. 
• Pode aumentar o intervalo QRST (aumento 
do risco de arritmias). 
30
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
- Com excessão do moxifloxacino as 
quinolonas diminuem a excreção da 
procainamida. 
- Com exceção do moxifloxacino, as quinolonas 
são menos absorvidas VO com o uso 
concomitante de sais de cálcio (não devem 
ser ingeridos com leite). 
- Risco aumentado de convulsões da 
associação entre derivados da teofilina com 
ciprofloxacino, levofloxacino, norfloxacino e 
ofloxacino. 
- Inibem o CYP450 = inibem metabolismo 
hepático = aumenta [ ] sérica de outros 
fármacos. 
• Teofilina, varfarina, ciclosporina. 
Beta-lactâmicos: fármacos que 
agem na síntese da parede celular. 
- Tem característica o anel beta lactâmico, 
comum a todos os fármacos desse grupo: 
• Clássicos: 
- Penicilinas. 
- Cefalosporinas. 
• Não clássicos: 
- Carbapenêmicos. 
- Monobactâmicos. 
- Inibidores da betalactamase. 
- Efeito comuns: reações de 
hipersensibilidade muito mais forte e 
comuns. 
• Uma vez que desencadeia uma reação 
alérgica a um fármaco desse grupo, 
teoricamente, você jamais poderá utilizar 
esse grupo de fármaco, pois vai que essa 
reação adversa está relacionada ao anel 
beta-lactâmico. 
• Alternativo: macrolídeos e quinolonas. 
Penicilinas: 
- Esperto de ação mais relacionadas às 
bactérias gram +, mas um pouco de gram -, 
além: 
• N meningitidis (diplococo gram - 
intracelular). 
• N gonorrhea. 
• Clostridium spp (anaeróbio). 
• Treponema palidum. 
- Histórico: Fleming (1928) observou a cultura 
de estafilococos contaminados por fungo do 
gênero penicillium. Em 1941, notáveis efeitos 
em seres humanos. 
- É o antibiótico mais usado devido: 
✓ Alta eficácia e baixa toxicidade. 
✓ Todas as penicilinas atravessam a placenta. 
✓ Aparentemente não teratogênica ao 
homem. 
31
- Diminui sua absorção se ingerido 
com leite ou iogurtes, pois se liga ao 
cálcio. 
• Portanto, não pode ser 
administrado com leite e 
derivados. 
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
- Podem ser destruídas por: enzimas 
penicilinases (enzimas bacterianas que 
degradam a molécula do fármaco). 
• Amidases. 
• Beta lactamases. 
- TIPOS DE PENICILINA: 
• Naturais (Benzetacil): benzil 
fenoximetilpenicilina. 
• Semi sintéticas: ampicilina, amoxacilina. 
• Resistentes à beta lactamase: flucloxacilina. 
• Amplo espectro: ampicilina, amoxicilina. 
• Espectro ampliado: carbenicilina. 
- MECANISMOS DE AÇÃO: 
‣ Interferem na síntese da parede celular 
bacteriana, inibem enzima de 
transpeptidização (enzima da síntese da 
parede celular). 
‣ Lisam a bactéria ao inibir um inativador 
de enzimas autolíticas da parede celular. 
• Desestabilizam a parede celular bacteriana 
e lisam a bactéria ao inibir um instigador 
de enzimas autolíticas. 
- FARMACOCINÉTICA: 
• Absorção oral variável, IV ou IM, com ampla 
distribuição. 
• Insolúveis em lipídeos não penetram nas 
células dos mamíferos nem atravessam 
barreiras. 
• Eliminação por secreção tubular com 
tempo de meia vida curta. 
- EFEITOS ADVERSOS: 
• Hipersensibilidade causada pelos 
metabólitos. 
• Superinfecção. 
- INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
• Isoladas ou em associação. 
• Constituem fármaco de escolha na 
quimioterapia bacteriana. 
• Exemplo: infecções por stafilococos e 
streptococos, meningite bacteriana; 
endocardite; bronquite; otite; faringite; 
gonorréia; sífilis; etc. 
- Causas de infecções: 
• VAS = gram positivo. 
• Gonorreia e sífilis = gram negativo. 
- CLASSIFICAÇÃO DAS PENICILINAS: 
- As modificações realizadas no ácido 6- 
aminopenicilânico (6-APA) permitiram a 
classificação das penicilinas nos seguintes 
grupos: 
• Penicilinas sensíveis à penicilinase: 
penicilina G, Penicilina V, Carbenicilina. 
• Penicilinas que resistem à penicilinase/ 
beta lactamases: meticilina, nafcilina, 
oxacilina, dicloxacilina, cloxacilina 
- Classe A: espectro ampliado —> 
destroem penicilinas, algumas 
cefalosporinas e carbapenes.- Classe B: destroem todos os beta 
lactâmicos, exceto Aztreonam 
(monobactâmico). 
- Classe C: destroem as cefalosporinas. 
- Classe D: destroem a cloxacilina. 
• Penicilinas de espectro aumentado: 
aminopenicilinas (amoxacilina, ampicilina). 
• Penicilinas antipseudomonas: 
carboxipenicilinas (ticarcilina, 
carbenicilina). 
• Penicilinas de 4ª geração: 
ureidopenicilinas (azlocilina, mezlocilina, 
piperaciclina). 
32
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
- PENICILINAS SEMI SINTÉTICAS: 
• Modificações estruturais na molécula 
formando os tipos de penicilinas. 
- 6 APA +: 
• Ácido carboxílico. 
• Cloretos de acila. 
• Anidridos de ácidos (cíclicos). 
- PENICILINAS ANTI ESTAFILOCÓCICAS: 
• Espectro de ação: 
- Estafilococos sp. 
- Penicilinases positivos. 
- OSRAS e MRSA. 
- PENICILINA ÁCIDO E BETA LACTAMASE 
RESISTENTE: 
- AMINOPENICILINAS: 
- UREIDOPENICILINAS: 
- INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: 
• Probenecida diminui a secreção de 
penicilinas, por diminuição do 
metabolismo. 
• Licosúricos (alopurinol) diminuem a 
secreção de penicilinas. 
• ACHOS tem seu efeito diminuído (ATB 
podem diminuir os efeitos de Ac orais). 
• Tetraciclinas diminuem ação das 
penicilinas. 
‣ Interações medicamentosas das 
penicilinas antiestafilocócicas: 
- Vide penicilina. 
- Penicilinas de espectro expandido 
interagem quimicamente com 
aninoglicosídeos quando administrados 
na mesma solução. 
- Ocorre queda de 50% no tempo de 
meia vida dos aminoglicosídeos quando 
associados às penicilinas. 
Cefalosporinas e Cefamicinas: 
- Isoladas dos fungos (2º tipo de beta 
lactâmcios) Cephalosporium e Streptomyces 
as semi-sintéticas são de amplo espectro, 
hidrossolúveis e relativamente estáveis em 
pH ácido. 
• Podem ser administradas com segurança 
por via oral, pois não vai ser atacada pelo 
ácido do suco gástrico. 
- Mecanismo de ação: idêntico ao das 
penicilinas (interferem na síntese do 
peptídeo da parede celular bactéria ao inibir 
o inibidor) - agem inibindo o ativador de 
autólise da célula bacteriana. 
- Resistência: produção de beta lactamase por 
estafilococos e bactérias Gram- que 
33
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
codificam uma ß lactamase mais ativa na 
hidrólise das cefalosporinas. 
• É uma beta lactamase mais seletiva para 
cefalosporinas que para outras beta 
lactamases em geral. 
- Classificação: 
• 1ª geração: cefalexina, cefalotina. 
• 2ª geração: cefuroxima, cefoxitina, 
cefaclor. 
• 3ª geração: cefotaxima, ceftriaxona. 
• 4ª geração: cefepime (> resistência a ß 
lactamase) - droga de sepse, paciente 
grave de UTI. 
- Farmacocinética: 
• Algumas administradas por VO 
(cefalexina). 
• A maioria por via intramuscular ou 
intrevenosa. 
• Ampla distribuição. 
• Algumas atravessam barreiras 
(cefoperazona, ceftriaxona cefotaxima e 
cefuroxima). 
• Eliminação por secreção tubular renal e 
eliminadas junto com a bile - todo 
fármaco excretado junto com a bile se 
produzir metabótitos ativos pode sofrer 
reabsorção (cefoperazona, ceftriaxona - 
essa drogas são usadas em grande escalas 
em casos de sepse, principalmente a de 
ação intravenosa). 
- Indicações terapêuticas: bactérias Gram – e 
Gram +, septicemia, pneumonia, infecção 
urinária, meningite, sinusite, etc. 
- Efeitos adversos: hipersensibilidade como 
todos os betas lactâmicos, nefrotoxicidade e 
intolerância ao álcool (diminui a excreção e 
metabolismo do álcool = rubor facial, efeito 
dissulfiram). 
- CEFALOSPORINAS DE 1ª E 4ª GERAÇÃO: 
interações medicamentosas. 
• Probenecida (glicossúrico) diminui 
secreção de cefalosporinas, a qual tende 
ficar mais tempo na corrente sanguínea. 
Isso pode aumentar os efeitos tóxicos dos 
antibióticos. 
• O grupamento n-metil tiotetrazol presente 
em cefalotina e cefazolina, atua como 
antagonista da vitamina K (bloqueiam o 
efeito da vitamina K, responsável pela 
produção de alguns fatores de coagulação 
= aumento do sangramento). 
- Se o paciente usa junto a varfarina = 
potencializa os efeitos indesejáveis de 
sangramento. 
- CEFALOSPORINAS DE 2ª E 3ª GERAÇÃO: 
interações medicamentosas. 
• Vide cefalosporina de 1ª geração. 
• Antagonista da vitamina K. 
- Cefalosporina de 5ª geração: não cai na prova!! 
• Ceftaroline: 
- Nova geração ainda não disponível no 
Brasil. 
- Atividade contra estafilococos meticilino-
resistente (MRSA,VISA, VRSA). 
- Pouca atividade contra enterococos. 
- Sem ação contra pseudomonas. 
- Indicação: pele, partes moles e 
pneumonia. 
34
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
Reações adversas aos beta 
lactâmicos: 
• Hipersensibilidade. 
• Diarreia. 
• Nefrite. 
• Neurotoxicidade (em altas doses). 
• Toxicidade hematológica. 
• Toxicidade catiônica. 
Beta lactâmicos não clássicos: 
- Classificação: 
‣ Monobactâmicos. 
‣ Carbapênicos. 
‣ Associados à um inibidor de beta 
lactamase. 
- Características gerais: 
• São fármacos que possuem anel beta 
lactâmico às vezes fundidos com anel de 5 
ou 6 membros. 
• Diferem das cefalosporinas tanto na 
estrutura química como em propriedades 
biológicas. 
• Alguns são obtidos por fermentação e 
outros por síntese parcial ou total. 
- Mecanismo de ação: são obtidos por 
fermentação e outros por síntese parcial ou 
total. 
Monobactâmcios: 
- Espectro de ação: parte dos gram - e parte 
dos gram +. 
- HIPERSENSIBILIDADE: pouca reatividade 
cruzada alérgica com os demais 
betalactâmicos, pois sua molécula possui 
muitos radicais. 
• Muito útil no tratamento de infecções 
causadas por MO gram negativos que 
normalmente seriam tratadas com um 
antibiótico batalactamico não dose a 
história de reação alérgica prévia. 
- Efeitos colaterais: 
• Em geral bem toleráveis. 
• Reação local: dor eritema, flebite. 
• Superinfecção por gram positivo, pois 
como ele tem uma ação muito forte por 
Gram -, dessa forma facilitando o 
aparecimento de Gram +. 
• Convulsões e confusão mental. 
- Fármacos disponíveis: 
• AZTREONAM: 
- Alta resistência as beta lactamases. 
- Atua apenas contra MO gram 
negativos aeróbios. 
- Usado apenas como alternativo aos 
aminoglicosidios ou cefalosporinas da 
terceira geração. 
- Uso restrito aos hospitais. 
- Quimicamente incompatível com 
metronidazol e vancomicina quando 
diluídos no mesmo frasco de infusão. 
Carbapenêmicos: 
- Pegam os Pseudomonas sp, o espectro de 
ação dele é grande, pois pegam os gram- e 
gram+, exceto: 
• Enterococus faecium. 
• Enterococus faecalis. 
• Staficlococos aureus meticilina resistente. 
- ERTAPENÉM: 
• Ativo contra G- e G+ aeróbicas e 
anaeróbicas. 
• Espectro de ação mais estreito que 
imipeném e meropeném. 
• Pouca ou nenhuma atividade contra P. 
aeruginosa e Acinetobacter. 
35
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
• Efeitos colaterais: agitação, complicações 
venosas resultantes da infusão, diarreia. 
- IMIPENÉM + CILASTATINA: 
• Antibiótico bactericida de amplo 
espectro não deve ser associado a outros. 
• Ativo contra grande variedade de bactérias 
G+ e G- aeróbios. 
• Mistura no mesmo frasco ou recipientes 
com a aminoglicosídicos pode inativar 
ambos. 
• Uso em septicemia e endocardite. 
• Cilastina (função): efeito potencializados 
e nefroprotetor do imipeném. 
- O Imipenem sofre rápida hidrólise por 
uma desidropeptidase presente na 
borda em escova do túbulo contorcido 
proximal (TCP). 
- Quando administrados concomitante, 
cerca de 70 % do imipeném é 
recuperado na urina na sua forma ativa. 
Ou seja, sofre reabsorção tubular, 
aumentando o tempo de meia vida 
desse fármaco com a associação dele 
com a Cilastatina. 
- É uma estratégia para não eliminar esse 
fármaco através do rim. 
- MEROPENÉM: 
• Possui maior resistência a 
desidropeptidade-I (na borda de escova 
do túbulo contorcido proximal). 
• Maior atividade contra P.aeruginosa e 
outras bactérias G-. 
• Menor atividade contra P.aeruginosa e 
outras bactérias G-. 
• Microorganismo de crescimento rápido 
são mortos de 2 a 8 horas. 
• Não associar comprobenecida: 
competição pela excreção tubular. 
- Quando a probenecida compete ela 
ganha diminuindo a liberação do 
meropeném. 
- Interações medicamentosas dos 
carbapênicos: 
• Probenecida diminui secreção de 
carbapênenicos. 
• Uricosúricos diminuem secreção de 
carbapênenicos. 
• Imipenem pode aumentar neurotoxicidade 
da ciclosporina sem mecanismo 
esclarecido. 
ASSOCIAÇÃO DA PENICILINA AOS 
INIBIDORES DE BETA LACTAMASE: 
• Ampicilina + Sulbactam. 
• Amoxicilina + ácido clavulânico. 
• Ticarcilina + Ácido clavulânico. 
• Piperaciclima + tazobactam. 
‣ Inibidor de beta lactamase inibe a enzima 
bacteriana proporcionando uma melhor 
ação do antibiótico contra a bactéria. 
Polipeptídeos 
(glicopeptídeos): inibidores da 
síntese da parede celular. 
Características gerais: 
- Apresentam estrutura polipipeptidica 
geralmente complexa, sendo 
predominantemente cíclica. 
- Espectro de ação para os gram +. 
- MECANISMO DE AÇÃO: na sua maioria 
impedem a formação da parede celular da 
bactéria. 
36
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
Fármacos disponíveis: 
- BACITRACINA: 
• Não é ativa contra a P aureuginosa. 
• Altamente nefrotóxica. 
• Utilizada por via tópica em associação 
(corticosteroides, neomicina ou polimixina). 
- Para ampliar o espectro de ação. 
- FUNSAFUNGINA: 
• Exerce atividade estritamente local. 
• Utilizada no tratamento de infecções do 
trato superior e dos brônquios. 
• Forma de aerosol. 
- QUINUPRISTINA + DALFOPRISTINA: 
• Utilizados no tratamento das infecções 
causadas por enterococcus  faecium 
resistentes a vancomicina. 
• Bacteriostáticos contra enterococcus 
fecium e bactericidas contra cepas de 
estafilococos tanto sensíveis como 
resistentes a meticilina. 
• Mecanismo de ação: quinupristina inibe a 
fase inicial da sintese proteica no 
ribossomo e a dalfopristina inibe a fase 
final. 
- TEICOPLAMINA (importante): 
• Tem duração mais longa e pode ser 
administrada pelas vias IM e IV. 
• Utilizada no tratamento das infecções 
graves causadas por bactérias G+ e 
como alternativa a vancomicina. 
- Usada quando a bactéria for resistente à 
vancomicina. 
• Efeitos adversos: febre, otoxidade, tontura, 
tromflebite no local da administração. 
- VANCOMICINA (importante): 
• Ativa contra cocos G+ sendo altamente 
eficaz contra Staphylococcus aureus e S. 
epidemidis. Atua também contra 
estreptococccos, enterococcos, clostridium 
difficile e corynebacterium sp. 
• Não tem atividade contra bacilos G- e 
micobacterias. 
• Por não apresentar relação química com 
outros antibióticos, não ocorre resistência 
cruzada. 
• É um glicopeptídeo tricíclico produzido 
pelo Streptococos orientalis. 
• Mecanismo de ação = bactericida. 
- Inibe a síntese da parede celular de 
bactérias sensíveis. 
- Resistência dos enterococos decorre da 
alteração da molécula de D-alanil da 
parede. 
• Indicações terapêuticas: para tratamento 
de infecções graves e resistentes a 
outros antibióticos: osteomielite, 
endocardite, pneumonia, abcessos. 
• Farmacocinética: administração IV por 
infusão lenta (60 mins) ; t½ de 6hs., ampla 
distribuição , 30% ligada a proteínas 
plasmáticas; excreção glomerular. 
• Efeitos adversos: 
- Principal efeito: nefrotoxididade —> 
excreção glomerular - rins (se faz uma 
relação direta com o clearance de 
creatinina em relação com a dose de 
vancomicina que se pode para dar ao 
paciente). 
• Se faz uma correção da dose cada vez 
que o clearance diminui. 
- Hipersensibilidade, flebite. 
- Infusão venosa rápida pode causar 
síndrome do pescoço vermelho (libera 
histamina, prurido, angioedema,eritema, 
congestão e raramente choque). 
- Urticária. 
- Hipotensão. 
- Taquicardia. 
- Leucopenia, eosinofilia. 
- Ototoxicidade. 
37
Farmacologia Catarina Alipio XXIIB
Interações medicamentosas: 
‣ Reação sinérgica à nefro e ototoxicidade 
quando utilizados polipeptídeos com 
aminoglicosídeos. (1+1=10) - alta 
potencialização. 
‣ Sem mecanismo definido, pode ocorrer um 
aumento na T ½ de diversos AINEs na 
quando associado o uso de Vancomicina, 
portanto podendo aumentar seus efeitos 
tóxicos. 
‣ Reação sinérgica à atividade 
antimicrobiana quando comparada com o 
uso isolado de aminoglicosídeos e 
Vancomicina. 
‣ Nefro e ototoxicidade quando uso 
conjunto (a investigar): Polimixina, 
anfotericina, cefalosporinas, platinas e 
mostardas. 
‣ Diminuição da atividade intrínseca de 
digitálicos (a investigar). 
38

Continue navegando