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Catarina Alipio XXIIB Disfunção erétil: CONCEITO E EPIDEMIOLOGIA: - A disfunção eréCl (DE) masculina é a incapacidade em obter ou manter uma ereção peniana rígida ou suficiente para o intercurso sexual. • Mais de 50% da população masculina entre 40 e 70 anos tem algum grau de DE. • Para o homem há > 20 fármacos para DE (já para mulheres existe apenas 1 que não é considerado eficaz). ESTUDOS: - Noruega pessoas entre 18 a 67 anos: problemas sexuais afetavam a qualidade de vida das pessoas (considerado problema de saúde pública). - Brasil → prevalência da DE em pacientes com distúrbios do sono no sexo masculino variava 7% entre 20 a 19 anos e 63% em pacientes > 50 anos. - Conforme aumenta a idade e a presença de HA, aumenta a incidência de DE. EREÇÃO PENIANA: - É um fenômeno neurovascular desencadeado pelo esomulo sexual. • Tumescência peniana → vasodilatação inicial da artéria pudenda e relaxamento do corpo cavernoso, aumentando o fluxo de sangue para o pênis e o volume peniano. • Ereção parcial → angulação em relação ao corpo do pênis. • Ereção total → rigidez suficiente para que ocorra a penetração. * o NO prolonga esses estágios (pode causar necrose de corpo cavernoso) - priapismo. - Problemas vasculares que reduzam a capacidade do vaso relaxar estão associados à DE (ex: DM - microangiopaCa e neuropaCa). - Corpo cavernoso contraído → relaxamento peniano: • Estado fisiológico, corpo cavernoso contraído impede entrada de sangue nele. - Corpo cavernoso relaxado → erecao peniana: • Permite que o sangue ocupe as lacunas, aumentando o volume e comprimindo as veias. - Anel Chinês → na base do pênis comprimindo o corpo cavernoso, mantendo o sangue nele por mais tempo e prolongando a ereção. PRESSÃO INTRACAVERNOSA DA A. PUDENDA: - Fase de tumescência peniana → esvmulo do nervo cavernoso aumenta o fluxo da artéria pudenda, mas não aumenta a pressão intracavernosa, pois está havendo o relaxamento do corpo cavernoso. - Fase de ereção parcial → o fluxo começa a diminuir e a pressão aumentar. Inicia angulação e elevação do corpo do pênis. - Fase de ereção total → esCmulação do nervo pudendo com aumento da pressão intracavernosa e fluxo de sangue zero. - Reestabelecimento → queda da pressão intracavernosa, aumento do fluxo (de saída) e volta aos parâmetros de base. * velocidade de fluxo é maior na base que na extremidade do pênis. USG DOPPLER: - Provoca uma ereção farmacológica com prostaglandina E1. - Fase de flacidez → velocidade de fluxo sistólico muito baixa. - Fase de enchimento (após provocação com PGL E1) → aumento do fluxo sistólico e diastólico, sem constrição de vasos venosos. - Fase de tumescência → estabilização do fluxo sistólico e não se vê mais o fluxo diastólico. - Fase rígida → fluxo sistólico e diastólico muito pequenos. CAUSAS DE DISFUNÇÃO ERÉTIL: - Orgânicas (80%): • Vasculares (DM, HA, esclerose) - maioria. • Neurogênicas. • Hormonais (déficit de testosterona). • Medicamentosa. • Doenças/ lesões penianas. - Psicogênicas: depressão, ansiedade, psicológicos. - DM (angiopaRa e neuropaRa), doença prostáRca, d o e n ç a va s c u l a r, p r o b l e m a s c a r d í a c o s , hiperlipidemia e HA são os principais fatores de risco. - Opções terapêuCcas de HA para homem > 50 anos? • Antagonistas de receptores de angiotensina (BRAs - losartana) ou inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs - captopril). • Um 2º fármaco associado podem ser os antagonistas alfa 1 adrenégicos (prasozina) → melhora função prostáCca e sexual, e é anC hipertensivo. Página de 3 11 Catarina Alipio XXIIB • Os diuréCcos Cazídicos não são boa opções para pacientes hipertensos > 50 anos masculino pois aumenta 4x risco de DE e aumentam sintomas da HPB. MEDIADORES CONTRÁTEIS: - Endógenos que regulam a contração peniana: • Noradrenalina (NA) - importante. • Rho A. • Endotelina 1 (ET1). • Prostaglandina F2a. • Tromboxano A2. • Angiotensina II. - Noradrenalina (NA) → provoca contração atuando em receptores alfa 1 (principalmente) e alfa 2. • Aumenta cálcio intracelular → aCva cadeia leve de miosina → contração muscular. • Até o momento é o único que aparentemente é clinicamente relevante. - Por isso que antagonistas alfa 1 adrenérgicos melhoram tanto a HA (vasodilatação arterial) quanto a DE (vasodilata artéria pudenda → enchimento do corpo cavernoso). - Fenoxibenzamina intra-cavernosa, fentolamina por via intra-cavernosa e via oral (para DE). MEDIADORES RELAXANTES: - Precipitam a ereção peniana, efeito relaxante: • Óxido nítrico (NO). • AceClcolina (ACh). • Neuropepvdeos (VIP, CGRP). • Prostanóides (PGE1). • Histamina. • ATP/ adenosina. • HS2 e SO2. - Prostanóides (PGE1) → causa ereção peniana por via intracavernosa ou via uretral (risco de uretrite). • Mecanismo de ação desconhecido (aumenta AMP cíclico?). - Histamina → ereção por via intracavernosa (30 a 100mcg por injeção). Ereção fisiológica e de curta ação (baixo priapismo). • Atua em receptores H2 e H3. • Mastócitos penianos aumentam puberdade. - Óxido nítrico (NO) → formado a parCr da arginina, esCmula a enzima guanilato ciclase aumentando a formação de GMP cíclico. • GMP cíclico é degradado pela PDE5 (viagra inibe a PDE5 → aumenta GMP cíclico no corpo cavernoso → potencializa relaxamento). • Um análogo de arginina pode ser bom também (aumenta NO). INIBIDORES DA PDE5: - Inibidores da degradação do GMP cíclico, por inibirem a fosfodiesterase 5 (PDE5) → aumentando o NO → aumenta o relaxamento peniano. • Não causam tolerância nem dependência. • Não há diferença na eficácia entre eles (somente na farmacocinéCca). • Se o paciente não responder a eles podemos injetar antagonista alfa 1 adrenérgico + PGE1 intracavernoso (alternaCvo). VIAGRA - SILDENAFIL: - Inibidor da degradação do GMP cíclico (inibe PDE5). - Efeito eretogênico após esCmulação sexual. • Dose 25, 50 ou 100mg. • Tmáx após 1h da administração (tomar 1h antes da relação sexual). • Meia vida de 4 a 5h. • Biodisponibilidade reduzida com alimentos (jejum de 2 a 3h). LEVITRA - VARDENAFIL: - Inibidor reversível da fosfodiesterase 5 (PDE5). - Meia vida de 4 a 5h (“janela de oportunidade”). - Administrar com paciente em jejum de 2 a 3h (formulação VO que dissolve na língua, mas absorção é intesCnal). - Dose 5, 10 e 20mg. - Potência e seleCvidade um pouco superior ao sildenafil. HELLEVA - LODENAFIL: - Meia vida de 4 a 5h (~ao viagra). - Dose de 80mg. - Biodisponibilidade aumenta com alimentos. - Tmáx após 1h da administração. TADALAFIL: - Tmax 2h após administração. - Meia vida de 17,5 horas (não precisa marcar hora para relação sexual). • Maior potencial eretogênico (24hrs). - Biodisponibilidade não afetada por alimentos. - Dose 5 (relaxamento prostáCco) e 20 (DE) mg. EFEITOS ADVERSOS EM COMUM: - Dor de cabeça, rubor facial, dispepsia, congestão nasal, tontura, alteração da visão (sildenafil e verdanafil pela maior inibição do PDE5 que altera tradução do sinal de cores dos cones), dor nas costas (tadalafil por maior especificidade a PDE11). APOMORFINA: - Fármaco muito pouco usado para DE, eficácia menor que o sildenafil e apresenta muitas RAMs. • Agonista dopaminérgico D1/D2. Página de 4 11
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