Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistema respiratório Sistema de defesa: hipersecreção de muco; reflexos: tosse, espirro; inflamação; broncoconstrição. Drogas que atuam sobre os mecanismos de defesa, mas que se não forem controladas podem levar a efeitos graves. 1. Broncodilatadores 2. Drogas que eliminam infecções (antimicrobianos) 3. Drogas que reduzem a inflamação (anti-inflamatórios) 4. Drogas que interferem com a secreção de muco 5. Descongestionantes nasais 6. Drogas que suprimem a tosse Outros: 7. Drogas que revertem a hipertensão pulmonar 8. Drogas que estimulam a respiração 9. Surfactantes exógenos Broncodilatadores Usados para reverter broncoconstrição principalmente em gatos com asma felina, que envolve participação de células inflamatórias, prostaglandinas e leucotrienos que são importantes para evocar resposta de contração de musculatura lisa. Na bronquite canina, nem sempre a broncoconstrição é evidente, tem acumulo de secreção, apresenta tosse, desconforto para respirar, no entanto quando se usa agentes broncodilatadores apresenta melhora dos sintomas do animal mesmo não relacionados a broncoconstrição propriamente dita, pois aumentam movimento ciliar que facilita remoção de substâncias em abundâncias, fluidificar as secreções traquiobrônquicas. ORVA (obstrução recorrente das vias áreas que acometem equinos), tem características de reação alérgica, tem processo inflamatório crônico das vias aéreas, por isso se usa anti inflamatórios esteroidais (glicocorticoides) associado ao broncodilatador, acomete principalmente animais que vivem em climas frios e estabulados, no feno úmido tem proliferação de alguns fungos, que causa reações alérgicas no equino, não leva o animal ao óbito, mas prejudica muito os animais atletas, pois reduz sua capacidade de realizar exercícios físicos. Inervação simpática e parassimpática das vias aéreas: musculatura lisa brônquica recebe inervação parassimpática, a fibra pós ganglionar libera acetilcolina que vai produzir seus efeitos atuando nos receptores muscarinicos M3 e pode ter inervação de glândulas traquiobronquicas que também tem receptores M3; os vasos sanguíneos fisiologicamente não recebem inervação parassimpática e são os receptores alfa 1 e alfa 2 adrenérgicos que vão evocar efeito. No sistema respiratório a musculatura e as glândulas recebem inervação parassimpática e os vasos inervação simpática, contudo há receptores que respondem a catecolaminas (adrenalina) que são receptores β2, que estão na musculatura lisa brônquica e nas glândulas. Quando acetilcolina atua na MLB observa-se contração, pois os receptores M3 são acoplados a proteína Gq/g11, enquanto β2 são receptores acoplados a Gs. Quando M3 é ativado ativa fosfolipase C-β que hidrolise PIP2 gerando IP3 e diacilglicerol, mobiliza cálcio a partir do reticulo levando ao complexo cálcio/calmodulina que ativa QCLM gerando a contração que leva ao efeito de broncoconstrição e aumento das secreções pelas glândulas traqueobrônquicas. β2 não tem afinidade com noradrenalina, então eles respondem a adrenalina provenientes da medula adrenal, quando se liga ao β2 ativa adenilato ciclase leva a AMPc, ativa PKA fosforilando e inibindo a QCLM causando relaxamento da musculatura lisa brônquica e aumentando a secreção, porém é uma secreção mais fluida, mais rica em água e eletrólitos. Classes de broncodilatadores: 1.1 Agonistas β2 – adrenérgicos (simpaticomiméticos): não seletivos e β2 seletivos 1.2 Teofilina (metilxantina) 1.3 Antagonistas colinérgicos em receptores muscarinicos 1.4 Antagonistas de leucotrienos 1.1 Agonistas em β2 adrenérgicos: Todos são catecolaminas: norepinefrina, epinefrina, isoproterenol Não seletivos: age de forma sistêmica, então pensando nos efeitos adversos usa-se a outra classe. Ex: adrenalina podendo causar taquicardia, pois atua em β1 no coração β2 seletivos: dependendo da quantidade pode perder a seletividade Adrenalina administrada por via oral tem extensa metabolização e sofre atuação das enzimas COMT (coloca um grupo metil na hidroxila do grupo catecol) e MAO (oxida o grupamento amino). Usa-se intravenosa. Quanto mais volumoso for o radical ligado ao nitrogênio do grupo amino maior é a seletividade em receptores β2 e dificulta o efeito da MAO, se tira o grupo catecol retira a atuação da COMT melhorando a biodisponibilidade, assim eles são compatíveis por administração via oral: salmeterol (ainda sofre uma grande metabolização por outras enzimas), formoterol, terbutalina, são utilizados por via inalatória também, tendo ação tópica e assim pode-se usar doses menores, então a absorção sistêmica é menor, assim os efeitos adversos sistêmicos vão ser minimizados, diferente quando se faz administração oral com doses elevadas tendo ações em outros sistemas onde tem expressão desses receptores, ao usar doses maiores reduz a seletividade, ocasionando maior efeitos adversos. Agonista β2 adrenérgicos Curta duração: 3-6 horas, salbutamol, terbutalina, fenoterol, metaproterenol, isoetarina, piruterol, bitolterol (pró-farmaco). Todos de curta duração fazem broncodilatação significativa em 15 minutos ou imediato (drogas de resgate). Ação prolongada: mais de 12 horas, salmeterol, formoterol, clembuterol; a lipossolubilidade é maior comparado aos de ação curta, devido a sua longa cadeia. Os de duração prolongada: precisa de um tempo de 30 minutos para gerar efeito com exceção do formoterol que começa em 15 min, mas não produz efeito de resgate. Os fármacos se ligam na região extracelular e nas alças transmembranicas, pois conseguem atravessar a membrana por serem lipofílicos (com grande afinidade com os lipídeos constituintes da membrana) e fica ligado por mais tempo levando ao efeito prolongado. Clembuterol é um agonista β2 que tem efeito prolongado, porém ele não tem uma longa cadeia, o efeito prolongado não é explicado por sua característica farmacodinâmica, o que explica é o tempo de meia vida plasmática prolongado que é em torno de 60 horas (característica farmacocinética) Salmeterol: agonista parcial, início de ação lento. Não é indicado como monoterapia para crises agudas de broncoespasmo. Formoterol: agonista pleno; produz broncodilatação significativa poucos minutos após inalação (início de ação rápido, em média 15 minutos), mas não é uma droga de resgate. Ex: animal com crises de broncoespasmo durante a noite associa os dois, um pra resgate e outro pra longa duração Mecanismo de ação: Em processos alérgicos, como na orva e na asma felina, os animais tem estimulação de células semelhantes a mastócitos, então inibir a desgranulação dessas células reduz a broncoconstrição e o processo inflamatório. Nos mastócitos tem receptores β2, que produz efeito de inibição da granulação mastocitária; aumenta o movimento dos cílios ao longo da arvore respiratória: aumenta a frequência e o movimento da depuração mucociliar facilitando a passagem do ar; e aumenta a secreção brônquica mais fluida, pois tem estimulo da secreção de cloreto a partir da célula produtora de muco, acompanhando íon cloreto vai a água, sendo mais facilmente retiradas da arvore brônquica Efeitos adversos dos broncodilatadores agonistas β2-extra-pulmonares: Cardiovascular – β2 no musculo cardíaco, 40% β2 e 60% β1. Resulta no aumento da FC (taquicardia). E eles podem ser potencializados quando o animal uso em conjunto outras drogas que tem efeito simpaticomimético principalmente não seletivos, incluindo os receptores β. Aumento da glicemia, pois tem interferência sobre metabolismo de carboidratos via receptores β2 no fígado, tendo estimulo a glicogenolise. Musculo esquelético tem acúmulo de glicogênio que vai ser metabolizado. Estimula também a neoglicogenese. Animal com diabetes é necessário monitorar e ajustar a dose do hiperglicemiante para mais. Aumento da quantidade de ácidos graxos livresno sangue, pela mobilização de triacilglicerois a nível de tecido adiposo, estimulado β2. Sudorese intensa (principalmente em equinos) e de modo geral, observa-se o tremor muscular. β2 nos fusos musculares, leva a contrações involuntárias Tremor e taquicardia são os principais efeitos adversos observados. Diminuição da concentração de ions potássio no plasma (digoxina; diuréticos). Musculo esquelético tem bombas de sódio e potássio, quando a droga aumenta a atividade dessa bomba, tem a remoção de uma quantidade significativa do potássio plasmático para dentro da célula Quando os fármacos são administrados por via inalatória, todos esses efeitos adversos são minimizados, podendo utilizar doses menores. A quantidade, o tamanho e a velocidade ideal em bombinha é fundamental para o medicamento chegar nas vias aéreas. Assim, as camaras expansoras asseguram que após pressionar o inalador, vai ter uma quantidade suficiente de partículas que vai chegar nas vias superiores, sem que seja eliminado pela expiração ou depositado na mucosa oral. Ex: o tamanho ideal das partículas é de 2-5 µm de diâmetro em humanos. Câmaras de aerossol: inalador dosimetrado pressurizado com propelente + espaçador. Os espaçadores podem ser confeccionados artesanalmente. Sugestão: espaçador pediátrico (ou garrafa pet pequena) + inalador dosimetrado + máscara anestésica (ou frasco de soro cortado em meia-lua). Simpaticomiméticos de ação direta β2 seletivos. A seletividade não é absoluta, pois com o tempo perde a seletividade. E o risco adverso de estimular β1 é a taquicardia. Broncodilatadores: Agonistas β não seletivos Efedrina, epinefrina, isoproterenol Podem ser usados no tratamento agudo e crônico das doenças respiratórias Adrenalina (simpatomimético não seletivo – alfa 1,2 e β1), causa taquicardia, vasoconstrição e aumenta PA Efedrina (alfa1, 2 e β1 e β2 com maior afinidade em beta), causa taquicardia, vasoconstrição e aumenta PA Isoproterenol (seletivo em β1 e β2), causa taquicardia O uso crônico de agonistas β pode levar ao desenvolvimento de tolerância por down- regulation dos receptores. Efedrina: não tem o grupo catecol, sendo mais lipossolúvel que a adrenalina. Não tem alvo da COMT, pois não tem o grupo catecol, a MAO encontra um impedimento estéril para atuar, pois o volume do grupo metil ligado ao carbono alfa dificulta a oxidação do grupo amino. A efedrina pode ser adm por via oral, pois sua biotransformação pela COMT não acontece e pela MAO é reduzida, tendo maior disponibilidade. Existem preparações injetáveis. A adrenalina é polar e não atravessa a barreira hematocefálica, mas a efedrina por ser lipossolúvel evoca efeitos a nível central e seu efeito é mais prolongado (T1/2 vida: 36 horas) devido ao fato de ser menos biotransformada. A efedrina é um simpaticomimético de ação mista, que atua diretamente no receptor e é um agente de liberação, liberando noradrenalina e a nível do SNC libera adrenalina, assim como outras fibras neuronais que armazenam dopamina, serotonina. A efedrina usa o sistema de captura 1 que transporta monoamina para entrar na terminação nervosa e usa o transportador de vesículas para entrar nas vesículas que tem NOR armazenado que possui um conteúdo máximo, assim a efedrina vai entrando e a NOR vai saindo por meio de um processo que não é exocitose, e pelo sistema de captura 1 a NOR sai para a fenda sináptica. A efedrina é incluída em formulas para emagrecer, pois a adrenalina inibe o apetite e a efedrina aumenta a liberação de adrenalina contidas em vesículas nas terminações nervosas. Ações farmacológicas: estimulação de β2 causa broncodilatação de ação direta. Aumenta a estimulação cardíaca pelo aumento da liberação de adrenalina e pela ação direta tendo efeito inotrópico positivo, aumenta a RVP, aumenta a PA. Musculo detrusor (β2) e assoalho da bexiga (alfa 1A), há estimulação de β2 e a liberação de NOR leva ao relaxamento do musculo liso e no receptor alfa leva a contração causando uma retenção. Então em incontinência urinária é recomendado. Midríase: musculo radial da íris tem receptores alfa 1, com a ação direta e pelo aumento da liberação de NOR, ocorre a dilatação da pupila. Estimulante do SNC: causa um estado de vigília e tem efeito sobre o centro de saciedade Usos terapêuticos: broncodilatador; incontinência urinária; tratamento de quadros hipotensivos; agente midriatico Efeitos adversos: hipertensão em altas doses; arritmias cardíacas em altas doses, insônia, agitação, nervosismo, náusea (SNC) Pode ocorrer taquifilaxia (dessensibilização dos receptores) com doses repetidas. O animal pode desenvolver tolerância ao fármaco por dessensibilização dos receptores. Efeitos cardiovasculares Adrenalina, isoproterenol: respostas cardiovasculares por infusão IV em baixas doses em humanos, o comportamento de outros animais seguem esse padrão. NORAPINEFRINA RVP: aumentou, pois ativa receptores alfa1 e alfa2; lembrando que a NOR não tem afinidade com receptores β. Pressão arterial: diastólica (pressão de enchimento) aumenta pela RVP, pressão sistólica (ejeção de sangue da aorta) aumenta pois a diastólica está maior, a RVP faz acontecer a venoconstrição que leva ao aumento do retorno venoso, maior volume de sangue chega no AD, VD, pulmão, VE, AE (maior volume circula no coração), assim as camaras cardíacas ficam mais distendidas, quando o ventrículo contrair vai contrair com maior força. Pressão media também aumentou, assim diminui FC pelo reflexo parassimpático, pois retira o braço simpático e acentua o braço parassimpático (Ach), para normalizar a pressão, que reduz FC, volume sistólico, DC FC: caiu pelo reflexo parassimpático devido ao aumento da pressão arterial, mais tempo de enchimento, mais volume, mais distensão, maior força de contração, resultando no aumento da pressão arterial sistólica ISOPROTERENOL RVP: diminuiu, pois estimulou β2 em leitos vasculares de musculo estriado esquelético, levando ao relaxamento da musculatura lisa vascular, aumenta vasodilatação. Pressão arterial: estimulação cardíaca direta aumenta a sistólica, a diastólica diminuiu pois a RVP diminuiu. A pressão média cai, ativando o simpático, o estimulo dos baroceptores cai e o centro de controle da pressão arterial bulbar aumenta a divisão simpática FC: aumentou pela ativação simpática aumentada. EPINEFRINA RVP: diminuiu, pois faz vasodilatação e vasoconstrição, predominantemente vasodilatação, esse efeito acontece por administração de baixas doses de adrenalina, nas doses farmacológicas e terapêuticas não se observa isso. Em musculatura esquelética tem maior quantidade de β2 do que alfa, em leitos cutâneos, mesentéricos e renais acontece ao contrário. Em baixas doses o efeito predominante da adrenalina vai atuar mais em β2 em musculatura esquelética, diminuindo a RVP, mas também estimula alfa que aumenta a RVP, tendo efeito final diminuído, por maior quantidade de β2. Nos demais leitos, vai aumentar a RVP, mas não tanto como a diminuição via β2, pois a adrenalina tem maior afinidade com β2, alem disso tem β2 porem em menor quantidade, assim vai diminuir a RVP, tendo efeito final como leve aumento. Resultante final do organismo leva a uma queda da RVP (vasodilatação). Se usar altas doses, vai estimular todos os receptores, como no organismo se predomina maior quantidade de alfa, vai predominar o aumento da RVP e da PA, pela vasoconstrição. Pressão arterial: diastólica: ocorre em função da queda da RVP. Sistólica: pela própria adrenalina tem estimulação cardíaca. E a pressão arterial média praticamente inalterada, assim não há ativação de reflexo parassimpático ou simpático FC: aumenta NOR E ISO: são os mesmo efeitos em doses baixas ou altas doses. Já a adrenalina apresenta características diferentes dependendo da dose. Mecanismo triplo de elevação da PA: Estimulaçãodireta na musculatura: Inotrópico, cronotropico positivos; perifericamente tem vasoconstrição (em especial, nos vasos de resistência pré-capilares da pele, das mucosas e dos rins, juntamente com acentuada constrição das veias); redistribuição do fluxo sanguíneo para o musculo que aumenta com a administração de doses terapêuticas devido a ação vasodilatadora, mediada pelos receptores β2, que é apenas parcialmente contrabalançada por uma ação vasoconstritora nos receptores alfa, que também estão presentes no leito vascular. A elevação da PA induzida pela adrenalina exibe perfil bifásico: aumenta e depois diminui para baixo da normalização, pois a concentração da ADR vai diminuindo e começa aparecer os efeitos das baixas doses (β2). Usos terapêuticos: NOR: vasopressora por atuar em receptores alfa adrenérgicos e também produz efeito em β1. Útil para ser usado para aumentar ou manter a PA. Ex: choque com perda de tônus vascular ADR: reações de hipersensibilidade: anafilaxia, pois reverte a broncoconstrição, reverte hipotensão, reverte o edema de glote pela vasoconstrição, inibe liberação mastocitária; associação com anestésico local: vasoconstrição, diminui fluxo sanguíneo onde o anestésico foi aplicado, aumentando o tempo que vai permanecer no local, porém é contraindicado em extremidades, pois a diminuição do fluxo sanguíneo, pode levar a uma hipóxia, que leva a uma necrose; agente hemostático tópico: para o sangramento pela vasoconstrição; parada cardíaca: pela estimulação cardíaca nos receptores β1 e β2, com a NOR só estimula β1. Ativação da bomba de sódio e potássio, tendo um saldo negativo dentro da célula, viabilizando a repolarização ISOPROTERENOL: broncodilatador; bradicardia/bloqueio cardíaco Farmacocinética: administração parenteral, tópica, inalatória. NOR e ADR: absorção lenta a partir de tecidos subcutâneos; absorção mais rápida após injeção IM. Efeitos adversos: inquietação; tremor; palpitações; arritmias cardíacas; cefaleia; hemorragia cerebral (elevação aguda da PA por uso de doses elevadas ou injeção intravenosa rápida de epinefrina) 1.2 Metilxantinas A xantina é derivada de uma purina por oxidação. A xantina é metabolizada formando o acido úrico pela enzima xantina oxidase. Fármacos: teofilina (chá), teobromina (chocolate), cafeína (café): todas são encontradas na natureza. Teofilina: ação broncodilatação Teobromina: efeito diurético Cafeína: ação no SNC Aminofilina (teofilina etilenodiamina); pentoxifilina. Inibem as fosfodiesterases de forma inespecífica, aumentando AMPc e GMPc, favorecendo o relaxamento. Os receptores purinérgicos (A1) é um receptor de adenosina que ligam ADP, ATP, são metabotropicos acoplados a Gq, esses receptores levam a contração da musculatura lisa (broncoconstrição). As xantinas inibem esses receptores purinergicos. Não são administradas por via inalatória, são por via oral, tendo efeitos sistêmicos em função antagonismo de receptores purinérgicos para adenosina: SNC: tendo efeito de estimulação (tremores/inquietação/convulsões) Sistema cardiovascular: tem estimulação cardíaca (arritmias – taquicardias) Droga com baixo índice terapêutico e biotransformação hepática para ser eliminada. Animal atleta e uso o medicamento, aumenta o fluxo sanguíneo nos músculos e diminui em leitos mesentéricos e outros, assim é menos biotransformada, aumenta a concentração plasmática, índice terapêutico baixo alcança rápido a toxicidade, tendo efeito no SNC e sistema cardiovascular, assim não pode usar perto da atividade física. Teofilina exibe efeitos anti-inflamatórios: a inflamação torna o sistema respiratório mais reativo: hiper-reatividade brônquica, evocando efeito de broncoconstrição sobre um estimulo que não gera a outros animais. A medida que os episódios de broncoconstrição são controlados, consegue manter so o anti inflamatório. Sequência de protocolo farmacêutico: anti inflamatório → Salbutamol (broncodilatador rápido) →formoterol (broncodilatação de ação longa) → e por fim a teofilina (anti inflamatório e broncodilatador) Ação anti-inflamatória: inibe a translocação do NF-kB para o núcleo e inibe a degradação da proteína inibitória IkB. Este efeito é observado em altas concentrações e pode ser mediado pela inibição de PDE. Uma quinase (IKK – quinase do inibidor de NF-kB) dissocia o NK-kB que vai para o núcleo, a teofilina inibe a IKK, assim o NF-kB continua ligado ao IkB. As moléculas de DNA para compactar depende da histona desacetilase que faz a condensação do DNA, a teofilina é capaz de aumentar a atividade da histona desacetilase transferindo grupos acetil na histona que resulta na redução da transcrição genica e alta compactação do DNA. A liberação de IL10 é aumentada pela teofilina que é anti inflamatória Apresentações: administração intravenosa e oral, tem boa absorção no TGI e a biotransformação ocorre principalmente no fígado (sistema citocromo P450) Interações medicamentosas: associado a uma droga que acelere o metabolismo vai diminuir a concentração plasmática e o efeito das metilxantinas. Se associado a fármacos inibidores do sistema citocromo P450 vai aumentar a concentração plasmática de teofilina e ela tem baixo índice terapêutico alcançando a faixa de toxocidade mais rápido. Metabolismo hepático (CYP): baixa concentração plasmática: carbamazepina, fenitoína, rifampicina, fenobarbital, outros. Alta concentração plasmática: doença hepática, cimetidina, fluoroquinolonas, outros. Baixo índice terapêutico Equinos: os efeitos adversos ocorre quando a concentração plasmática é maior que 15 microgramas/ml. Efeitos: excitação SNC, sudorese, tremores Cães: a concentração plasmática tolera um pouco mais, maior que 20 microgramas/ml. Efeitos: excitação SNC, taquicardia Gatos: maior que 50 mg/ml, muito menos sensíveis que equinos e cães, precisa de uma taxa maior pra atingir a faixa de toxicidade. Efeitos: salivação, vômitos, convulsões Bovinos: quase não aprece efeito broncodilatador, por isso pouco usado nessa espécie 1.3 Anticolinérgicos Antagonistas de receptores muscarinicos Fármacos: Ipratrópio; tiotrópio; glicopirrolato; atropina Atropina não contem carga elétrica na sua estrutura isso faz com que a atropina tenha caráter mais apolar, maior facilidade em atravessar barreiras celulares, com ação ao SNC, causando efeitos excitatórios Os demais fármacos possuem na sua estrutura um grupo amônio quartenário, isso gera hidrossolubilidade, caráter mais polar, não atravessa com facilidade as barreiras celulares, apresentando menos efeitos relacionado ao SNC Ipratrópio/Tiotropio: inalação Glicopirrolato/atropina: solução injetável Todos causam broncodilatação e inibem a secreção de muco Inalação: baixa absorção sistêmica, baixa incidência de efeitos adversos. Droga antagonista com receptor M3 vai inibir toda a cadeia que levaria a ativação da QCLM, levando ao relaxamento. Droga agonista B2, ativa adenilato ciclase que leva a ativação de PKA inibindo a QCLM. Ambos levam a inibição da QCLM, porém o efeito que predomina é o agonismo em β2 pela ativação da PKA, isso significa que se tiver outro estimulo na musculatura lisa brônquica (M3) ex: histamina no receptor H1 acoplado em Gq, ela vai ativar a QCLM, mesmo usando um antagonista colinérgico, pois o antagonismo so vai evitar o efeito da adrenalina, então outros mediadores podem atuar. Já a inibição da PKA prevalece, protegendo contra outros estímulos broncoconstritores. Em ORVA: existe uma preferencia a utilizar antagonistas muscarinicos, pois a doença se da pelo aumento da atividade parassimpático. Apresentam efeito benéfico em equinos. Pouca utilidade em cães e gatos com problemas respiratórios. Indicação de atropina em animais pequenos: dispneia aguda; intoxicação por anticolinesterásicos Tiotrópio (M1 e M3) tem mais vantagem sobre o Ipratrópio (M1, M2, M3)Tiotrópico: Um antagonista em M2 não abole a contração ocasionada por M3, inibe M3 e pode assegurar que M2 inibe a liberação de ACH nas fendas sinápticas, isso não acontece com o ipratrópico, pois ele inibe M2 aumentando a liberação de ach, pois não vai estar modulando negativamente, e a Ach vai competir com a atropina 1.4 Leucotrienos e prostanóides Cisteinil-leucotrienos: são potentes broncoconstritores, presente em reações de alergia (hipersensibilidade imediata). Em asma alérgica, precisa de usa de fármacos para intervir na síntese de leucotrienos. Aumento da permeabilidade vascular que leva a exsudação plasmática, levando ao edema. Eosinofilos são nocivos ao tecido das vias aéreas. Montelucaste, Zafirlucaste: Antagonistas competitivos reversíveis dos receptores cys-LT1, que ativos faz constrição na musculatura lisa, aumenta produção de muco e tem quimiotaxia pelos eosinófilo. Zileutona: inibe a atividade da 5-lox de modo reversível, reduzindo as sínteses de leucotrienos Asma felina: salbutamol (droga de primeira escolha- inalatório): agonistas em receptores β2 , quando a terapêutica inalatória com salbutamol não for suficiente, pode-se acrescentar terbutalina oral. Terbutalina: agonista β2 ação broncodilatadora curta Metilxantinas: teofilina e amonofilina Anticolinérgicos não são eficazes nessa situação Bronquite canina: teofilina, terbutalina e salbutamol (v.o) – não tem relação com a broncodilatação (outros mecanismos envolvidos- auxiliam na remoção do muco que está em excesso, por aumentar a fluidificação, aumentar o movimento ciliar e tem efeito anti- inflamatorio também que não esta muito bem esclarecida na literatura, além disso o uso dessas drogas com usos de AIE’s é muito eficaz ORVA: clembuterol (v.o/inalatória), salbutamol (v.o/inalatória), terbutalina (v.o) Em animais atletas, agonista β2: efeito nabolizante, pois estimula a síntese proteica e diminui massa de gordura, pois estimula a lipase; melhorando a performace caracterizando dope. Metilxantinas: aminofilina (i.v, v.o); teofilina (v.o); pentoxifilina (v.o) Anticolinergicos: atropina (i.m, i.v, s.c), glicopirrolato (i.v), ipratrópio/tiotrópio (inalação), tem que ter cuidado pelo efeito intestinal, diminuição da motilidade intestinal, essas drogas não devem ser prescritas para tratamentos de longa duração. Descongestionantes nasais Fármacos: nafazolina, oximetazolina, xilometazolina, fenoxazolina, N-acetilcisteína atravessam barreira hematocefalica Principais usos: tratamento de rinite alérgica e sinusite em pequenos animais Todos saõ seletivos a receptores alfa 2, mas dependendo da dose pode atuar em alfa 1, portanto a seletividade dessas drogas é mais relativa do que absoluta. São comumente usados por vias tópicas nas vias aéreas superiores, ocasionando vasoconstrição, reduzindo volume sanguíneo na mucosa nasal, reduzindo permeabilidade vascular, surgindo efeito de descongestionante nasal. Efeitos adversos: hipertensão ou hipotensão (baixas doses, produzindo efeito sobre o SNC, ativando alfa 2A, resulta na diminuição do efluxo simpático e aumento do efluxo parassimpático) ocasionado bradicardia, vasodilatação, diminuição da RVP > hipotensão, porém tem receptores nos vasos sanguíneos e a estimulação causa vasoconstrição, no final prevalece diminuição da PA e da FC. Drogas mucoativas Conceito: Agentes que possuem como ação primária, a capacidade de modificar a produção e/ou secreção do muco, bem como sua natureza, composição e/ou interação com o epitélio ciliado. 1. Mucocinéticos 2. Mucolíticos 3. Expectorantes 4. Mucorreguladores Tecido epitelial cilíndrico Pseudoestratificado ciliado com células caliciformes O muco é formado por agua, eletrólitos e glicoproteínas, podendo diferenciar em duas camadas: uma camada mais fluida de água e eletrólitos: camada SOL, que está em contato com os cílios e uma camada mais externas constituída por glicoproteínas, mais viscosa: carboidratos ligados a proteínas: camada GEL. A principal glicoproteína é a mucina, que é formada por fragmentos de peptídeos unidos entre si ligados a carboidratos, a resíduos de cisteína nos peptídeos, a cisteína contem grupos sulfidrilicos que tem enxofre, quando tem cisteinas próximas forma-se uma ligação covalente entre os dois elementos de enxofre, levando a formação de uma ponte de sulfeto, isso acontece nos peptídeos formando uma cadeia longa de glicoproteína que é a mucina. Mucocinéticos: aumentam a velocidade de transporte do muco ao longo da arvore respiratória. Aumentam a depuração mucociliar, aumentando a frequência dos movimentos ciliares. Agonistas β2 adrenérgicos: salbutamol, terbitalina, salmeterol, formoterol, etc. Estimulam o aumento da frequência do movimento ciliar. E causa a fluidificação do muco, associado ao estimulo de secreção de íons cloreto acompanhado da secreção de água em direção ao lumen na arvore respiratória. Broncodilatadores tanto de longa ou curta duração produzem esse efeito. Aminofilina (teofilina etilenodiamina): aumento da frequência dos movimentos ciliares e fluidificação do muco (mesmo efeitos observados com os agonistas β2) Ambroxol: estimula a liberação de surfactante (lipoproteínas) por pneumocitos tipo II: o surfactante pode subir na arvore respiratória, diminuindo a aderência do muco ao epitélio da arvore respiratória. Mucolíticos clássicos: N-acetilcisteína Mecanismo de ação por via inalatória: se assemelha ao aminoácido cisteina; a síntese de cisteína ocorre pela adição do grupo acetil no grupamento amino da cisteina. Na droga encontra-se um grupo sulfidrilico (enxofre ligado ao hidrogênio), quando o fármaco é administrado por via inalatória, os grupos sulfidrilicos vão competir com os átomos de enxofre nas pontes de sulfeto encontrado nas mucinas, formando uma ponte de sulfeto da droga com resíduos de cisteina na mucina e a ponte de sulfeto que existia se rompe, quebrando a mucina em fragmentos menores, portanto a viscosidade da mucina vai diminuir, mais facilmente de ser removido ao longo da arvore respiratória Mecanismo de ação por via oral: doa resíduos de cisteina para a síntese de glutationa endógena, a glutationa é um tripeptideo que é encontrado no organismo em fluidos organicos dentro da célula, e é formado por glicina, cisteina e acido glutâmico. A glutationa com seus níveis aumentados depura/remove espécies químicas altamente reativas (radicais livres, derivados do oxigênio); durante um processo inflamatório a produção de mediadores inflamatórios (citocinas, oxido nítrico e outras espécies reativas de oxigênio), contribuem para a lesão tecidual exacerbando a inflamação. A glutationa remove essas espécies reativas de oxigênio. Ela existe em 2 formas: GSH (estado reduzido – elimina, pois doa elétrons para as espécies) e GSSG (estado oxidado – por ter doado os elétrons), ao receber elétrons de outras moléculas (NADPH), a glutationa volta ao seu estado reduzido (anti-oxidante). De forma indireta, a N-acetilcísteina tem efeito anti-inflamatório. Expectorantes: induzem a expulsão do muco, aumentando o volume de muco, pois o organismo consegue eliminar maior quantidade do que se tivesse em volume menor. Aumentam a secreção de mucina e/ou aumentam a hidratação do muco Fármacos: Iodetos: Kl, NaI; domiodol: ipecacuanha (ipeca); guaiacolato de glicerila (derivado da degradação da lignina) Mecanismo de ação (incerto): reflexo mucocinetico vagal gastropulmonar; a droga ao chegar no estomago, causa um efeito irritante sobre a mucosa estomacal e ativa vias aferentes vagais, que vão para o SNC (na zona do gatilho quimiorreceptora), essa condução é processada e é devolvida como resposta por meio de uma via eferente vagal que vai tanto para o estomago, quanto para o pulmão. A nível de sistema respiratório vai observar broncoconstrição (efeito adverso) e aumento de muco(expectorante). No estomago causa a indução do vomito. Hidratação do muco: solução fisiológica (NaCl, 0,9%). Agentes osmóticos: salinas hipertônicas e manitol (sobre o manitol: via respiratória efeito expectorante, via intravenosa efeito diurético, via oral efeito laxante) Iodetos, Guaifenisina, ipeca: são encontrados nas secreções brônquicas onde agem como estimulantes de proteases (quebra as glicoproteínas que compõe o muco) diminuindo a viscosidade do muco. Mucorreguladores: não atuam diretamente sobre a composição do muco, diminui a produção de muco. Anticolinérgicos: ipratrópio, tiotrópio, oxitrópio, glicopirrolato, etc Glicocorticoides (agente anti- inflamatório): beclometasona, budesonida, prednisolna, etc Macrolídeos: azitromicina, claritromicina, etc (mecanismo incerto)
Compartilhar