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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA II – SULACAP LIVE - COMO CAPTAR E FORMAR UMA CARTEIRA DE CLIENTES A Doutora Carolina Miraglia inicia sua fala dizendo sobre a importância do estudo continuado na formação e profissionalização do advogado. Ressalta que o que diferencia o profissional não é o tempo de atuação e sim a dedicação em seu processo laboral. No referente ao processo de captação de clientes na advocacia, esbarra- se em alguns desafios, principalmente diante da limitação imposta pelo código de ética para esta captação. Mas, não fazendo uma crítica a essa limitação, isso porque atuação da advocacia não pode estar associada a mercantilização, então é importante restringir ações publicitárias que desvirtuem a ética profissional. Essa captação pode ser realizada através de uma situação informal, no cotidiano, por uma conversa ou outra em espaços de sociabilidade, onde ao identificarem o conhecimento sólido sobre determinados assuntos e áreas do direito, viabiliza a confiabilidade e referência em casos que a pessoa precise de ajuda profissional. Mas, antes de tudo, é necessário que o advogado defina sua área de atuação, é preciso estar alinhado a um campo para definir, também, o público que você quer atingir. A doutora ressalta que a pandemia desenvolveu novas possibilidades para área, isso, porque permitiu uma publicação maior de atividades desenvolvidas, fator esse que possibilitou a interação e o interesse das pessoas na procura pela ajuda profissional. Ou seja, cria-se diante disso um fator de referência e uma publicidade através da informação gerada por esses conteúdos. Ainda, neste sentido da pandemia possibilitou uma interação entre os profissionais da área, o que é muito importante. Diante da fala da doutora, destaca a importância desta interação ao vivenciar a advocacia, isso, porque é preciso estar em contato com as experiências, tanto as que você adquire no cotidiano laboral, quando tudo aquilo que seus colegas o podem informar diante do empirismo vivenciado por cada um. Além disso, essa interação propicia uma ajuda mutua, como nas trocas e parcerias de demandas. O marketing digital é um dos grandes fatores de desenvolvimento da advocacia. Mesmo que ainda seja necessário um alinhamento desta realidade no que tange aos fatores jurídicos, mas isso se trata de uma evolução, a qual compete um ajustamento de tudo que novo na sociedade, isto é, o desenvolvimento social é benéfico, porém, seus resultados de eficiência vão sendo alinhados a longo prazo. É importante seguir as regras para o marketing jurídico. O investimento no marketing jurídico é importantíssimo para a prospecção de clientes, exige planejar formas de atrair clientela, porém, o adendo neste processo em âmbito de serviços jurídicos preza pela observação e conduta baseada na legislação e atualizações desta. Como ao respeitar as diretrizes e normas estabelecidas pelo código de ética profissional e o atual provimento 205/2021, que mesmo dando um pouco mais de autonomia para a concepção do marketing jurídico, no entanto, limita algumas ações no ato da publicidade. Estas normas visam o trabalho ético, onde prevê que não aconteçam situações de atitudes levianas por parte de um profissional. A doutora aponta sobre termos a publicidade ativa e passiva, desde que não caia no fator de mercantilização. O marketing jurídico, “constitui-se na utilização de estratégias e planejamentos para alcançar objetivos exercidos na advocacia”, esses objetivos são destinados à área a qual o serviço jurídico quer atingir, direcionando ao público alvo, isto é, capta clientes que necessitam daqueles serviços específicos. Seguindo as explicações, a doutora aborda o marketing de conteúdo jurídico, sendo essa a estratégia do marketing que “se utiliza da criação e divulgação dos conteúdos, disponibilizados por meio de ferramentas de comunicação”, sendo estes destinados ao público e a para consolidação do trabalho profissional. Esses conteúdos mostram sobre a especialização do profissional, ele visa a promoção dos serviços, mas também de uma marca, a qual da visibilidade ao profissional ou ao escritório. No que tange ao meio digital, esse espaço não necessariamente precisa ser físico, com uma estrutura material grandiosa, esse é um campo que pode ser consolidado no metaverso e com a mesma proporção ou até maior do que grandes escritórios. Pode-se afirmar que o desenvolvimento da tecnologia da informação democratizou o oferecimento, as demandas e visibilidade deste serviço, mesmo com pouco recurso, hoje os serviços advocatícios tem espaço para todos que estejam preparados e que constantemente se atualizem. A falta de conhecimento do Estatuto da Ordem e dos Advogados do Brasil e do Código de Ética e Disciplina da OAB permite que os serviços sejam divulgados equivocadamente, através da comercialização da profissão, o conhecimento efetivo favorece o desenvolvimento de estratégias de marketing. A divulgação dos serviços pode ser realizada de forma que não firam o código de ética da profissão. Examinando o Provimento 205/2021, identifica-se que a melhor estratégia que pode ser usada pelos advogados (as) e escritórios de advocacia é o investimento em marketing de conteúdo. Este provimento foi o primeiro parâmetro estabelecido que permite a execução no marketing jurídico quando traz no artigo 2º os princípios devidos de marketing e publicidade de conteúdos jurídicos. A divulgação dos serviços advocatícios pode ser um tanto arriscada diante da enorme facilidade de publicidade comunicada nas redes digitais. E a problemática levantada é como fazer o marketing jurídico sem ter conotação mercantil, ou melhor, como fazer a publicidade nos parâmetros estabelecidos pela ética profissional? Este é o desafio para que não quebrar o código de ética. A publicidade de conteúdo jurídico, neste contexto, tem duas vertentes, a publicidade ativa e passiva, elas se diferenciam. “A publicidade ativa é a publicação capaz de atingir um número indeterminado de pessoas”, mesmo que essas pessoas não tenham procurado por essas informações, elas por algum momento têm acesso a este conteúdo involuntariamente, ou seja, é um conteúdo impulsionado. Já a publicidade passiva pode atingir um público específico, isto é, pessoas que precisam e buscam por aquele determinado serviço e conteúdo, o público determinado e delimitado na perspectiva daquele conteúdo. Deve-se refletir que não necessariamente a publicidade ativa seja melhor, é preciso pensar que nem sempre ao atingir mais pessoas com o conteúdo, não quer dizer que vai ter maior captação de clientes. Ainda é preciso verificar que se esse conteúdo impulsionado gera custos para tal, a questão é, será que o investimento está tendo um retorno satisfatório. Já a publicidade passiva possibilita um foco maior e melhor, isso por a resposta ser mais certa devido ao público atingido estar realmente buscando sobre aquele conteúdo e serviço. É importante analisar neste sentido da captação de clientes, sobre a necessidade de uma gestão de negócios a fim de economizar tempo e dinheiro. A doutora ressalta sobre a nova advocacia, sendo uma advocacia participativa, é importante uma comunicação clara e elucidativa sobre valores e os serviços, oferecer ao cliente confiabilidade e segurança. Ou seja, uma advocacia participativa é aquela a qual a atuação do cliente no processo é de participar, ele não comanda, exatamente por não ter o conhecimento técnico, mas ele consegue entender que o advogado está dando a atenção devida e reconhece que o profissional domina o processo. Mas para isso, é importante a clareza na comunicação, o cliente precisa entender tudo o que está acontecendo, ele precisa confiar, isso evita que ele se afaste. Assim, para além da captação do cliente é preciso fidelizar.Isso, porque esses clientes possibilitam a entrada de outros, os clientes antigos, que confiam no trabalho do advogado, sem dúvidas serão impulsionadores através da referência de confiabilidade nos serviços.
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