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FÓRUM I – PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DA APRENDIZAGEM Psicologia Escolar? Psicologia Educacional? Psicologia da Educação? Psicologia na Educação? Estas várias denominações indicam diversas e variadas relações entre a Psicologia, a Educação e a Escola. Tradicionalmente, o que temos verificado através dos livros, manuais ou das práticas educacionais que são realizadas nas escolas, a vinculação da Psicologia e da Educação tem privilegiado o interesse pela aprendizagem e ensino, ou seja, a Psicologia tem oferecido importante contribuição à Educação por meio de parte do conhecimento produzido de teorias psicológicas a respeito do desenvolvimento humano, da aprendizagem humana, teorias de grupos, etc. Quem não conhece as importantes contribuições que autores tais como Piaget, Vygotsky, Freud e outros trouxeram para os trabalhos das escolas? O que gostaríamos de focalizar é a relação da Psicologia enquanto profissão com a Educação. Pesquise sobre as contribuições dos autores supracitados e apresente em poucas linhas a sua posição. Todos os estudos realizados pelos autores citados no texto trouxeram benefícios significativos para a psicologia da educação e da aprendizagem. Tais estudos trouxeram conceitos relacionados diretamente à aprendizagem, desenvolvimento infantil, memória, percepção, motivação, entre outros. Piaget e Vygotsky são adeptos ao Construtivismo e à sua ramificação: o Socioconstrutivismo, ou seja, o conhecimento é construído a partir das experiências de mundo da criança. Eles cunharam o construtivismo para que o processo de ensino e de aprendizagem se fizesse por meio da história e da sociedade em que a criança se encontra imersa. Para os autores e teóricos da educação, só há efetiva aprendizagem quando a criança se percebe no mundo e é capaz de assimilar os conhecimentos de modo autônomo, embora coexista socialmente com outras pessoas. Contudo, há críticas que dizem que esta teoria não aborda a aprendizagem que ocorre fora da pessoa. Ela também falha em descrever como a aprendizagem acontece dentro das organizações. Já Freud foi importante em relação às teorias psicanlíticas perante em como o sujeito aprende e se relaciona com os demais em seu redor. A partir disso, cunha o Ego, o Id e Superego. desenvolveram estudos sobre conceitos relacionados diretamente a aprendizagem, desenvolvimento infantil, memória, percepção, motivação, entre outros. E dentre as diversas áreas que as ciências psicológicas atuam, a psicologia da educação se constrói com objetivo de viabilizar aportes teóricos voltados para aprendizagem a fim de que a torne mais eficaz. A psicologia da educação envolve os princípios da psicologia e apresenta interesse nos comportamentos humanos e em como estes são influenciados por processamentos mentais. Ou seja, como cada sujeito se manifesta em seu viver levando em conta seu modo único de perceber a vida. Desse modo, é possível conectar estes princípios às premissas da educação, considerando primordialmente os processos aos quais os sujeitos disponibilizam para o desenvolvimento da aprendizagem e para a aquisição de conhecimento. O ponto de encontro entre a psicologia e a educação ocorre ao entender que os sujeitos são constituídos também pela cultura estruturada ao longo da história da humanidade: humanizando-se por meio do vínculo e do pertencimento ao universo em que está inserido. Os sujeitos são seres sociais e a educação age como tessitura para a absorção do mundo em que o sujeito vive em si mesmo. A partir da década de 1920, a Psicologia da Educação recebe a influência de outros movimentos da Psicologia, como o Behaviorismo (Skinner), a Gestalt, a Psicanálise (Freud) e a Psicologia Cognitiva (Piaget e Vygotsky), entre outras. Alguns destaques como Vygotsky, Wallon e Piaget desenvolveram estudos sobre conceitos relacionados diretamente a aprendizagem, desenvolvimento infantil, memória, percepção, motivação, entre outros. E dentre as diversas áreas que as ciências psicológicas atuam, a psicologia da educação se constrói com objetivo de viabilizar aportes teóricos voltados para aprendizagem a fim de que a torne mais eficaz. Jean Piaget (1896-1980) Também desenvolveu sua visão sobre a educação baseada em estágios do desenvolvimento, indo do que chamou de período sensório motor – entre o nascimento até os dois anos de idade – ao período operatório abstrato – dos doze anos de idade em diante. Piaget referiu especial importância à interação da criança com seus pares, com seu professor e com a escola, ambiente responsável por proporcionar uma ampliação dos processos de assimilação, mediante a promoção de atividades que estimulem e desafiem, motivando a aprendizagem por meio de desequilíbrios e reequilíbrios de maneira ininterrupta. Dessa forma, o sujeito, na visão de Piaget, é um elemento ativo que busca compreender o contexto em que está inserido, construindo problematizações constantes sobre sua noção singular de mundo e buscando perceber, também, sua influência nesse contexto. Piaget propõe uma ideia de sujeito intelectualmente ativo, que observa, questiona, compara, classifica, ordena, constrói e reconstrói hipóteses. Assim, na visão piagetiana, a educação deve promover uma composição de sujeitos inventivos, criativos e criadores em busca de autonomia e desenvolvimento contínuo e constante. Dessa forma, a escola é um ambiente que pode ofertar, para além dos conteúdos, uma possibilidade de conceber novas maneiras de aprender Lev Vygotsky (1896-1934) Apesar de não ter realizado formação em psicologia e embora tenha tido uma vida breve, foi um dos maiores colaboradores para a psicologia do século XX, sendo o inspirador dos primeiros estudos da psicologia cultural-histórica. Chegou a produzir cerca de duzentas obras, nas quais seu objeto de maior interesse foi o desenvolvimento mental dos sujeitos e, por isso, concedia especial importância ao conteúdo das propostas pedagógicas. Na teoria de Vygotsky, os signos e a linguagem simbólica são instrumentos de mediação entre o universo interno do sujeito e a realidade. Para Vygotsky, a aprendizagem se desenvolve desde o nascimento, pois, em seu entendimento, os sujeitos só despertam seu desenvolvimento conforme aprendem. A partir dessa teoria, o modo como cada sujeito aprende tem relação, também, com a disponibilidade do apoio educacional. Assim, em suas obras, Vygotsky relaciona os conceitos e as tarefas que a criança consegue assimilar sozinha como zona de desenvolvimento real, e os que a criança não realiza sozinha, mas desempenha quando instruída e ensinada, como zona de desenvolvimento proximal, defendendo que a prática educativa deve atuar como mediadora e facilitadora desses desenvolvimentos (FREUD, 1997). Sigmund Freud (1856-1938) Reconhecido como pai da teoria psicanalítica, inovou o campo teórico da ciência psicológica ao aderir o corpo biológico ao funcionamento da mente. Ou seja, a partir de sua visão enquanto fisiologista, Freud buscou conexões entre os pensamentos neurológicos e pensamentos filosóficos. Em suas pesquisas, Freud referiu sobre o funcionamento da sexualidade humana, entendendo-a como influenciadora dos processos mentais e criando, dessa maneira, as teorias psicossexuais. As teorias psicossexuais de Freud foram pioneiras em atribuir o conceito de sexualidade ainda nas primeiras fases do desenvolvimento humano e colaboraram de maneira significativa para a educação, ao entender o funcionamento psíquico em três setores: o inconsciente ou id, relacionado aos desejos, motivações e impulsos primitivos, inerente a todos os seres e estruturante dos demais setores; o préconsciente ou superego, relacionado à constituição de valores morais e culturais, atuando como uma censura; o consciente ou ego, relacionado ao modo de interagir com a realidade do contexto, buscando equilíbrio entre a realização dos desejos mais primitivos com sua adequada expressão ao ambiente (FREUD, 1997).
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