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Pressão Arterial e débito cardíaco

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Pressão Arterial 
➢ Conceito de pressão sanguínea: variante 
física, sendo esta uma medida padronizada, 
e representa a força exercida pelo sangue 
contra qualquer unidade de área da parede 
vascular. 
 
➢ Conceito de PA: grandeza física, a qual 
representa a força exercida pelo sangue 
contra qualquer unidade de área da artéria, 
sendo a força motriz responsável pela 
circulação do sangue. 
❖ Ex: se a pressão de um vaso é 50mmHg, significa que a força 
exercida é suficiente para impulsionar a coluna de mercúrio 
até a altura de 50 milimitros contra a gravidade/ acima da 
pressão atmosférica. 
❖ Usa-se mercúrio ao invés de água, pois ele é mais pesado, 
diminuindo a flutuação. 1mmHg = 1,36cm água, ou seja, o 
mercúrio é 13,6x mais pesado do que a água, ou sangue. 
❖ Manômetro registra indiretamente o valor da PA e converte 
em mmHg. 
 
➢ Primeira medida da PA: 
o Reverendo, médico e naturalista inglês: 
Stephen Hales. 
o Método: utilizou uma égua machucada para 
inserir uma cânula de vidro em sua artéria 
femoral, então observou a coluna de sangue 
de 2,6m que subiu acima do coração, 
existindo uma pulsação. 
 
 Qual a PA da égua? Normotensa 
- Altura máxima: 2,6m 
- Pulsação: 26cm 
- Altura mínima: 260cm – 26cm = 234cm 
- 260cm sangue x 234cm 
- 1mmHg = 1,36 cm sangue; 200x180 mmHg 
 Vaca holandesa: 90x50 mmHg; 
Girafa: 360x300 mmHg. 
 
o Conclusão: 
 1ª condição: a pressão aórtica deve ser 
suficiente para irrigar o ponto mais alto da 
rede circulatória, ou seja, na girafa tem a 
maior PA pois sua cabeça é alta devido ao seu 
longo pescoço, ficando bem acima da altura 
do coração, e por isso precisa de mais força 
para o sangue chegar lá; 
 2ª condição: o sangue deve chegar no capilar 
com uma pressão adequada para permitir as 
trocas gasosas, realizando o equilíbrio entre 
filtração e reabsorção de líquidos ao nível do 
capilar. (sem pressão; sem fluxo; sem 
nutrição). 
❖ Precisamos ter fluxo para que no capilar tecidual a pressão 
chegue em 30 mmHg na sua extremidade arterial, e na 
extremidade venosa a pressão vai caindo e chega a 10 mmHg. 
 
➢ Fluxo: volume de sangue que passa por 
minuto em um certo ponto da circulação 
(débito cardíaco). 
o O fluxo ao longo de um vaso é definido por 
dois fatores: 
 Deve ter diferença de pressão entre as 
extremidades deste vaso, o sangue 
sempre vai fluir de uma área de maior 
pressão para uma área de menor 
pressão; 
 Resistência ao fluxo: dificuldade que o 
sangue tem para circular, fazendo com 
que tenha perda de pressão. 
 
o Lei de Ohm: relação física que traduz o 
conceito de fluxo: 
 
❖ Fluxo é diretamente proporcional ao gradiente de [] e 
inversamente proporcional a resistência. 
❖ Quanto maior a diferença de pressão, maior o fluxo; 
❖ Quanto maior a resistência, menor o fluxo 
 
➢ Resistência: qualquer impedimento 
proporcionado por um vaso ao fluxo 
sanguíneo nele contido, ou seja, dificuldade 
de prosseguimento do fluxo dentro de um 
vaso. Nos vasos, o seu diâmetro/ raio é o 
principal determinante da resistência. 
 
 
 
❖ Resistência depende da viscosidade do sangue; do 
comprimento do vaso; raio do vaso. 
❖ Quanto maior o diâmetro, menor a resistência; 
❖ Quanto maior viscosidade, maior resistência; 
❖ Quanto maior comprimento, maior resistência. 
❖ Tudo isso é inversamente proporcional a 4𝜋𝑟4, ou seja, ao 
mudar o diâmetro do vaso (aspecto controlável) mudamos 
muito a resistência, mudando muito o fluxo sanguíneo. Ex: 
- Diâmetro = 1; (elevado a 4: 24=16) 
- Se diminuir D pela metade = aumenta a R em 16x; 
- Se dobrar D = diminui R em 16x. 
❖ Principal forma que o corpo humano usa para modificar 
fluxo para determinado tecido é mudando a resistência, por 
meio do raio do vaso, através dos músculos lisos ao redor 
dos vasos, que são influenciados por sistema neural 
(SNASimpático) promovendo vasodilatação ou 
vasoconstrição. 
❖ Resistência é diretamente proporcional a diferença e 
inversamente proporcional ao fluxo. 
 
▪ A maior resistência ao fluxo reside nas 
artérias e arteríolas, pois os capilares 
possuem baixa resistência ao fluxo. São 
vasos de resistência, capazes de regular a 
perfusão tecidual graças a sua camada 
muscular e sua responsividade a substâncias 
vasoativas. 
❖ As arteríolas controlam seu diâmetro, controlando a 
resistência e controlando a PA, permitindo que o sangue 
chegue com uma determinada pressão aos capilares para 
acontecer as trocas gasosas. As arteríolas geram grande 
resistência ao fluxo promovendo grande atrito com perda de 
energia e PA. Quanto mais estreitas, antes delas o sistema 
arterial acumula mais pressão e o sangue as atravessa 
gastando muita energia (atrito) e PA, em que depois delas 
perde PA. 
 
➢ Pressão Arterial Sistêmica: 
 ∆P = Pressão aórtica (Pinicial) – Pressão átrio 
direito (Pfinal). 
❖ Sistema circulatório como circuito fechado, o sistema 
circulatório sistêmico/ grande circulação se inicia na aorta e 
termina no átrio direito. 
 PA: pressão arterial = pressão aórtica; 
 DC: débito cardíaco; 
 RP: resistência periférica, pois a resistência 
está principalmente na periferia do sistema 
arterial; 
❖ Resistência vascular sanguínea, é a resistência de todos 
os vasos. 
 PAD: pressão átrio direito. 
OBS: 
 
▪ Função: garante perfusão tecidual 
adequada. 
 
▪ Contração Ventricular: Embolo = ventrículo 
esquerdo, empurrando o sangue através da válvula 
semilunar aórtica promovendo a ejeção de sangue 
para dentro da artéria, armazenando uma pressão 
dentro da artéria (PA), em que o sangue entra, a 
artéria se expande por ser elástica e na frente está 
representado todo o sistema arterial sendo 
estreitado, mostrando certa dificuldade para o 
sangue prosseguir, em que os parafusos 
representam os diâmetros da arteríolas sendo 
estes ajustáveis, mostrando que a resistência é 
ajustável. A PA depende do volume de sangue que 
está entrando no sistema (DC) (+ sangue + PA) e 
resistência; 
▪ Relaxamento ventricular: o ventrículo relaxa; a 
pressão da aorta fica maior que a do ventrículo; a 
válvula aórtica se fecha, impedindo o refluxo de 
sangue; a parede que estava distendida, faz 
retração elástica das artérias e continua enviando 
sangue durante a fase de diástole para o sistema 
circulatório, diminuindo a pressão lentamente, se a 
pressão fosse logo a zero não ia ter fluxo 
sanguíneo na diástole. 
 
▪ Inervação simpática: os vasos sanguíneos 
têm inervação simpática, em que o 
SNASimpático cte libera Ne para manter o 
tônus vascular, fazendo manutenção da PA: 
o Estímulo simpático: libera mais Ne, mais 
ação sobre receptores (principalmente alfa) 
e provoca vasoconstrição, aumentando a 
resistência; 
o Inibição simpática: diminui liberação de Ne, 
diminui ação sobre receptores alfa, diminui 
tônus, diminui vasoconstrição, gerando 
vasodilatação, diminuindo a resistência ao 
aumentar raio do vaso. 
∆P = Fluxo x R, ou seja, PA = DC x Rp + PAD. 
 
PAD = 0 mmHg, ou seja, PA = DC x RP 
 
 
❖ Flutua entre 80 a 120 mmHg em repouso em um adulto 
saudável. 
❖ Ela é triangular, porém não é um triângulo equilátero, 
em que no momento de 80mmHg que a válvula aórtica 
se abre começa a ejeção de sangue, aumentando PA até 
chegar na pressão máximo/ pressão sistólica de 120 
mmHg, ainda não houve fechamento da válvula, mas a 
pressão da aorta fica maior que a pressão do ventrículo, 
fazendo com que o sangue tente voltar pro ventrículo 
(gradiente de []), mas então ocorre fechamento da 
válvula aórtica para impedir o refluxo (incisura dicrótica 
= dentinho/ ondinha no gráfico), já tendo iniciado a 
diástole, em que quando começa a diástole não tem 
mais ejeção, mas a pressão não vai a zero pois a saída 
do fluxo tem resistência (a R segura a pressão dentro do 
sistema arterial e não deixa ela zerar) e as artérias que 
estavam expandidas começam a retrair continuando o 
fluxo, fazendo com que a pressão diminua lentamente 
ao invés de despencar. Ao chegar em 80 mmHg suapressão mínima/ pressão diastólica, a pressão do 
ventrículo se torna maior que a da aorta, tendo o 
ventrículo cheio de sangue, gera uma nova ejeção se 
contraindo e abrindo a válvula aórtica e reinicia o ciclo. 
❖ Ciclo cardíaco = 1/3 fase sistólica + 2/3 diástole. 
 
▪ Pressão arterial média (PAM): média da PA 
durante o ciclo cardíaco; como a sístole é 
mais curta, a PAM é menor que média 
aritmética entre a sistólica e a diastólica, não 
podendo simplesmente somar os valores da 
pressão mín. e máx., e dividir por 2, visto 
que o ciclo cardíaco são 1/3 sístole e 2/3 
diástole. 
 
❖ PS: pressão sistólica PD: pressão diastólica 
 
❖ Pressão diferencial/ de pulso: diferença entre pressão 
sistólica e pressão diastólica. 
o Pressão Sistólica: pressão arterial mais alta 
que pode ser medida durante um ciclo 
cardíaco. É a pressão na artéria após o sangue 
ter sido ejetado pelo ventrículo esquerdo 
durante a sístole. 
 Depende: 
- Volume ejeção sistólico (70 ml): quanto 
sangue o ventrículo ejeta na artéria a cada 
sístole. (+ vol. + pressão, num raio igual); 
- Velocidade de ejeção: + veloz + PA, se 
voluma for igual; 
- Elasticidade da parede das artérias: + velho – 
elasticidade + PA, sendo o volume de ejeção 
igual. 
❖ Bebê tem pressão sistólica baixa, pois a parede arterial dele é 
muito elástica, tendo menos resistência e menor PA. 
 
o Pressão Diastólica: pressão arterial mais baixa 
que pode ser medida durante um ciclo 
cardíaco. É a pressão durante o relaxamento, 
quando o sangue não está sendo ejetado pelo 
ventrículo esquerdo. Deve-se ao esvaziamento 
da árvore arterial para a rede capilar 
 Depende: 
- Resistência periférica: + resistência + 
pressão; 
- Nível de pressão durante a diástole; 
- Elasticidade da parede das artérias; 
- Duração da diástole (influenciada pela FC, 
 - FC – duração diástole): se a diástole for 
prolongada ao invés de fazer logo a sístole, a 
pressão continuará a cair, até ter a sístole, 
mas a pressão diastólica estará mais baixa, 
do que se a sístole tivesse ocorrido antes. Se 
a sístole ocorrer antes, a pressão diastólica 
aumenta. 
 
❖ A pressão sistólica influencia a pressão diastólica e 
vice-versa, sendo interdependentes. Se a pressão 
sístole aumenta, a pressão diastólica tb aumenta... 
Débito Cardíaco 
➢ Conceito: quantidade de sangue ejetada por 
um ventrículo por unidade de tempo (1 min) 
 
▪ Volume de ejeção sistólica (VS): a cada 
ejeção/ sístole tanto o ventrículo esquerdo 
como o direito lançam 70ml. (volume de 
sangue lançado pelo ventrículo a cada 
sístole). 
 
 Depende: 
- VDF: alteração de sangue que chega na 
cavidade, que depende da volemia e do 
retorno venoso; 
- VSF: o tanto de sangue que sobra, depende 
da força de contração; da dificuldade de se 
esvaziar; da resistência da aorta. 
 
+ dificuldade + VSF 
 
 FC: frequência cardíaca, ou seja, 
número de batimentos em 1 min. 
 VS: volume ejeção sistólico. 
 
▪ Volumes ventriculares: 
o Volume diastólico final (VDF): volume 
de sangue no ventrículo cheio após o fim 
da fase diastólica ventricular, antes da 
ejeção/ contração (120 ml). 
❖ Lei de Frank-Starling: quanto mais sangue chega, mais sangue 
sai. 
o Volume sistólico final (VSF): volume de 
sangue que permanece no ventrículo 
após a contração (antes de começar o 
novo enchimento – relaxamento 
isovolumétrico), ejetando apenas 60% 
do VDF normal, dependendo da força de 
contração (restando 50 ml). 
 
 
▪ Determinantes do DC: 
o FC: determinada pelo nó sinoatrial e sua 
automaticidade, influenciado pelo 
SNAutônomo. 
o Pré-carga (antes da contração): tensão na 
parede do ventrículo esquerdo no momento 
imediatamente anterior à contração, 
dependendo do retorno venoso; da volemia 
(volume sanguíneo). Ex: aumento do VDF, 
devido aumento da volemia, gera aumento 
da pressão/ tensão na parede do ventrículo 
esq. = aumento da pré-carga = aumento VS = 
aumento DC. 
o Pós-carga (após a contração): pressão que o 
ventrículo esquerdo tem que vencer para 
ejetar o sangue no sistema arterial, ou seja, 
dificuldade para esvaziar o ventrículo/ fazer 
ejeção, dependendo da resistência periférica 
que dita a pressão na artéria aorta, ou seja, 
se a Rp aumenta; a pressão diastólica 
aumenta; aumenta pressão do ventrículo 
para ejetar devido aumento do pós-carga. 
Então quando tem aumento da pressão 
aórtica no momento da ejeção, diz ter 
aumento da pós-carga. Ex: a pressão na 
aorta no momento da abertura da válvula 
aórtica é 80 mmHg, então o ventrículo deve 
fazer força maior que 80 mmHg para abrir a 
válvula, ou seja, a pressão interventricular 
deve ser maior que a pressão aórtica para 
vencer essa pós-carga (pressão da artéria no 
momento) 
o Contratilidade do ventrículo: inotropismo 
(força de contração do ventrículo). Ex: 
inotropismo positivo = aumenta força 
contração = - VSF = alteração VS. 
 
▪ O DC é função do consumo de oxigênio: 
 
❖ Exercício físico aumenta FC, devido aumento da atividade 
simpática, aumenta Ne e adrenalina; aumenta VS; aumenta 
DC. 
❖ O SNASimpático altera contratilidade do ventrículo esquerdo, 
fazendo VS aumentar. 
❖ Vasoconstrição do sistema venoso: mobilizando mais sangue 
de retorno ao coração, aumentando a pré-carga; contrai baço 
que armazena sangue e esse sangue vai para a circulação; 
aumentando volume de sangue circulante; aumentando VS. 
❖ DC limita a capacidade de desempenhar exercício físico, ou 
seja, sem capacidade física não aumenta DC que não 
aumenta fluxo e limita atividade. 
❖ Variação do DC é uma variação combinada da FC e VS. 
 
❖ A PAM depende da FC; VS e RVS (resistência vascular); 
❖ FC é ditada pelo ritmo marcapasso/ automatismo, mas pode 
ser modificada por influência simpáticas (estímulo) ou 
parassimpáticas (inibe); 
❖ VS determinado pelo retorno venoso; contratilidade; 
SNASimpático; 
❖ RVS ditada pelo diâmetro do vaso, influenciado por fatores 
locais (ex: frio – vasoconstrição), neurais ou humorais. 
❖ FC altera VS: tempo de diástole depende da FC. ↑FC 
 tempo diástoleVDF  VSF. 
 DC = FC x VS 
VS = VDF - VSF 
 
❖ Como aumenta FC e aumenta VSF?? Quando 
aumenta atividade simpática, aumenta FC e 
aumenta contratilidade do coração. Embora 
o período de enchimento seja menor, isso 
tende a diminuir VDF, mas a força de 
contração aumenta muito, fazendo com que 
o coração se esvazie quase completamente, 
aumentando a quantidade que vai encher o 
coração dnv (VDF), na atividade física 
aumenta o retorno venoso, compensando 
período de enchimento menor (fração de 
ejeção).

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