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TRABALHO DE ANTIDEPRESSIVOS
Eduarda Bauer
Victória Cezimbra da Cunha
QUESTÃO 1:
Elencar classes de antidepressivos
IMAO: Inibidor da Monoamina Oxidase
Os inibidores da monoamina oxidase (IMAOs) são psicofármacos com diversas finalidades
terapêuticas para transtornos psiquiátricos, dentre eles depressão maior refratária ao
tratamento.
Essas drogas são reservadas para situações específicas, pois possuem diversas
interações medicamentosas e alimentares graves, além de poderem ser letais em
overdose.
● Mecanismo de ação:
A hipótese de mecanismos de ação desta classe de fármacos mais defendida consiste no
aumento da neurotransmissão dopaminérgica, noradrenérgica e serotonérgica pelos
IMAOs.
Isso se deve ao bloqueio da monoamina oxidase, uma enzima mitocondrial que está
presente em diversos órgãos. Essa enzima inativa esses neurotransmissores. Ou seja,
sua inibição causa o aumento dessas substâncias e da sua concentração nas sinapses
neuronais.
Além disso, a MAO está associada a ativação de aminas endógenas e ingeridas, como a
tiramina, que, de outra forma, produzem efeitos adversos.
Associado a isso, os IMAOs podem apresentar outros benefícios e envolver outras ações
farmacológicas, como a redução do número de receptores adrenérgicos e serotoninérgicos
e a indução da neurogênese hipocampal.
● Indicações terapêuticas:
Os IMAOs possuem diversas atuações terapêuticas, dentre eles o tratamento de:
- Bulimia nervosa
- Transtorno de pânico
- Transtorno de ansiedade social
- Transtorno depressivo persistente refratário a outros regimes farmacoterápicos
- Depressão maior unipolar e bipolar que não responde a vários regimes de
farmacoterapia
- Doença de Parkinson
● Efeitos adversos
A hipotensão é um efeito adverso comum. O excesso de estimulação central pode causar
tremores, excitação, mioclonia, insônia e convulsões. Também podem ocorrer boca seca,
visão embaçada, retenção urinária, constipação.
Outro efeito adverso importante do IMAO, que pode ser extremo ao ponto de suspender o
fármaco, é o aumento de apetite com consequente aumento de peso. Acrescenta-se
também a disfunção sexual, que pode se manifestar através da diminuição da libido,
impotência, ejaculação retardada e anorgasmia.
● Interações medicamentosas
As consequências mais importantes das interações medicamentosas e alimentares são a
síndrome da serotonina e a crise hipertensiva.
A síndrome da serotonina é uma situação potencialmente fatal que resulta do aumento da
atividade serotoninérgica no SNC. Pode ser desenvolvida a partir do uso do IMAO com
medicações que aumentam a neurotransmissão, como:
- Tramadol,
- Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS: citalopram, escitalopram,
fluoxetina, sertralina…),
- Inibidores da recaptação da serotonina-norepinefrina (IRSN: desvenlafaxina,
duloxetina, venlafaxina),
- Sibutramina,
- Triptofano
- Uso associado com anfetaminas, ecstasy e cocaína.
Interações alimentares também são comuns e frequentes. Isso ocorre pois alguns IMAOs
interagem com a tiramina, um aminoácido encontrado em vários alimentos e bebidas. Esse
aminoácido é uma amina simpatomimética indireta que pode atuar como vasopressor. Os
pacientes que tomam IMAO que representam um risco de crise hipertensiva devem adotar
restrições dietéticas. Dentre os alimentos que devem ser evitados estão:
- Queijo envelhecido cru ou cozido,
- Carne, frango ou peixe envelhecido, seco / curado (por exemplo, bacon, carne
enlatada, mortadela, pastrami, salame e salsicha,
- Frutas e vegetais maduros
● Contraindicações
Os IMAOs são contraindicados em pacientes que usam determinadas medicações devido
ao risco de interação medicamentosa. Um exemplo dessas medicações são os inibidores da
recaptação da serotonina, devido ao risco de toxicidade serotoninérgica. Por isso, para o
emprego dessa terapia, é necessária uma avaliação criteriosa do paciente e de outras
medicações em uso.
Os IMAOs não seletivos são contraindicados em pacientes portadores de insuficiência
cardíaca congestiva, doença hepática e feocromocitoma.
● Exemplos de fármacos:
Seus representantes são a Isocarboxazida, Moclobemida, Fenelzina, Selegilina e
Tranilcipromina.
ADT: Antidepressivos Tricíclicos
Os antidepressivos tricíclicos (ADTs) consistem em uma classe de medicamentos
antidepressivos que compartilham uma estrutura química e efeitos biológicos semelhantes.
Possuem mecanismo de ação baseado na inibição da recaptação das aminas biogênicas
nos neurônios pré-sinápticos, principalmente da Norepinefrina (NE) e da Serotonina (5HT).
Acredita- se que os pacientes com depressão possam ter um desequilíbrio no que concerne
aos neurotransmissores, enquanto que os antidepressivos tricíclicos parecem contribuir
para a restauração do equilíbrio desses neurotransmissores no sistema nervoso. Nesse
sentido, eles parecem ser eficazes no tratamento de quadros depressivos devido a essa
capacidade de estabelecer o equilíbrio em uma condição caracterizada pela “desordem” de
neurotransmissores. No entanto, o papel e as empregabilidades dos tricíclicos não param
por aí.
● Mecanismo de ação:
O efeito imediato dos ADTs é bloquear a captura das aminas pelas terminações nervosas,
por competição pelo ponto de ligação do transportador de aminas. A maioria dos ADTs inibe
a captura de norepinefrina e de 5-HT, mas tem muito menos efeito sobre a captura de
dopamina. Sugere-se que a melhora dos sintomas emocionais reflita principalmente
aumento na transmissão mediada por 5-HT, enquanto o alívio dos sintomas biológicos
resulte da facilitação da transmissão noradrenérgica. A interpretação torna-se difícil pelo
fato de os principais metabólitos dos ADTs possuírem considerável atividade farmacológica
(em alguns casos mais que a do fármaco de origem) e costumam diferir do fármaco de
origem com respeito à sua seletividade pela norepinefrina/5-HT.
● Indicações terapêuticas:
Os antidepressivos tricíclicos não possuem indicação limitada a quadros de depressão
maior. Pelo contrário, em adultos, os ADTs também podem ser usados na depressão com
transtorno psicótico associado (geralmente associados a outras medicações), na profilaxia
da enxaqueca, no tratamento da dor neuropática, no transtorno obsessivo-compulsivo
(TOC) e, em crianças, os antidepressivos tricíclicos já foram usados para tratar a enurese
noturna.
Além disso, eles podem ser usados para casos como transtorno de pânico, bulimia, fobias,
insônia, incontinência urinária infantil, dentre outras situações menos estabelecidas, como
transtornos alimentares (principalmente bulimia) e transtorno do déficit de atenção (TDAH).
● Principais reações adversas:
Apesar de serem um importante grupo de antidepressivos, com eficácia relevante para
diversos quadros psiquiátricos, esses antidepressivos apresentam um grande número de
efeitos indesejados. Em geral, esses efeitos podem ser atribuídos à sua ação de bloqueio
sobre receptores químicos. Por exemplo, o bloqueio de receptores alfa1- adrenérgicos pode
provocar hipotensão postural, tontura, taquicardia reflexa.
Já o antagonismo sobre receptores de histamina H1 pode ser responsável por quadros de
sedação e de ganho de peso (o que pode prejudicar bastante a qualidade de vida do
paciente). Além disso, o antagonista muscarínico pode se associar a entorpecimento
cognitivo, visão turva, xerostomia, taquicardia, constipação, retenção urinária e disfunção
sexual.
Somado a esses efeitos mais previsíveis dos tricíclicos, o uso desses fármacos também
pode gerar outras consequências, como redução do limiar convulsivo, alterações na
condução cardíaca, incluindo bloqueio cardíaco potencialmente fatal (o que limita bastante o
uso desse tipo de medicação em pacientes acometidos por doença arterial coronariana),
além de poder predispor a episódios de mania, quando administrados a pacientes com
depressão bipolar.
Por outro lado, não podemos pensar em todas essas drogas como uniformes. Pelo
contrário, elas possuem diferenças expressivas entre si, as quais tornam- se evidentes na
forma com a qualos tricíclicos devem ser utilizados e, principalmente, na propensão de
cada um a causar determinados efeitos adversos. Por exemplo, a amitriptilina causa
relativamente mais efeitos colaterais como sedação, boca seca e constipação intestinal do
que diversos outros antidepressivos tricíclicos.
● Possíveis interações medicamentosas:
Os ADTs têm particular probabilidade de causar efeitos adversos quando administrados
juntamente com outros fármacos por depender do metabolismo hepático.
Diminuem Aumentam
Álcool Cloranfenicol
Barbitúricos Corticosteróides
Carbamazepina Dissulfiram
Contraceptivos orais Fluoxetina
Fumo Meperidina
Glutetimida Metilfenidato
Hidrato de cloral Morfina
Neurolépticos
Ocorre aumento da exposição plasmática quando os tricíclicos são co-administrados com
inibidores da CYP2D6, como por exemplo inibidores seletivos de recaptação da serotonina
(ISRS), fenotiazina e alguns antiarrítmicos. Ainda, ocorrem efeitos mais proeminentes
quando esses são co-administrados com antagonistas H1, antagonistas alfa1-adrenérgicos
ou antagonistas muscarínicos. Além disso, os antidepressivos tricíclicos potencializam o
efeito de aminas simpaticomiméticas.
Os antidepressivos tricíclicos não devem ser co-administrados com as drogas inibidoras da
monoamina oxidase (IMAO), uma vez que a administração conjunta pode provocar quadros
de febre alta e convulsões. Em casos mais graves, essa combinação pode inclusive levar
ao óbito.
A epinefrina (Primatene, adrenalina, Ana-Kit, EpiPen, Marcaine) não deve ser usada em
associação com antidepressivos tricíclicos, uma vez que juntos eles podem causar
hipertensão arterial severa.
A cimetidina é outra droga cujo uso deve ser evitado em associação com antidepressivos
tricíclicos. Isso porque ela pode inibir o metabolismo de alguns ADTs e com isso provocar o
aumento da concentração plasmática dos mesmos, podendo tornar os efeitos colaterais dos
tricíclicos mais acentuados.
A combinação de antidepressivos tricíclicos com drogas que bloqueiam a acetilcolina pode
comprometer os movimentos peristálticos intestinais e favorecer quadros de íleo paralítico.
Além disso, elevações perigosas da pressão arterial podem ocorrer se o antidepressivo
tricíclico for combinado com clonidina.
Os ADT podem ser perigosos se utilizados em quantidades excessivas. As tentativas de
suicídio são frequentemente mortais com doses elevadas e na ausência de tratamento
precoce.
Os principais efeitos são sobre o sistema nervoso central e o coração. O efeito inicial da
superdosagem de ADT é causar excitação e delírio, que podem ser acompanhados de
convulsões. Isso é seguido de coma e depressão respiratória, durando alguns dias. Os
efeitos atropínicos são pronunciados, incluindo boca e pele secas, midríase e inibição do
intestino e da bexiga. Os anticolinesterásicos eram usados para contrapor-se aos efeitos
atropínicos, mas já não são recomendados. São comuns as arritmias cardíacas, e pode
ocorrer morte súbita (rara) por fibrilação ventricular.
● Contraindicações:
Em geral, as contraindicações relativas ao uso dos tricíclicos são glaucoma de ângulo
fechado, íleo paralítico, hiperplasia prostática benigna (HPB), arritmias com bloqueio átrio-
ventricular (BAV), epilepsia e distúrbios do equilíbrio. Os casos de cada paciente devem
sempre ser analisados individualmente, para que a escolha pelo antidepressivo seja
adequada.
● Exemplos de fármacos:
Seus representantes são a imipramina, desipramina, amitriptilina, nortriptilina e
clomipramina.
ISRS: Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina
O uso de antidepressivos, principalmente de inibidores seletivos da recaptação de
serotonina (ISRSs) tem se tornado cada vez mais frequente. Devido ao fato de serem
relativamente seguros e eficazes, seus uso expandiu-se de depressão para ansiedade,
transtorno obsessivo-compulsivo, transtornos alimentares e muitas outras condições
psiquiátricas.
● Mecanismo de ação:
Inibem seletivamente a recaptação de serotonina (e não da dopamina), aumentando a
concentração de serotonina na fenda sináptica. Ao fazerem essa inibição seletiva, esses
fármacos não têm efeito anti-alfa-1, anti-histamínico, anticolinérgico, ou toxicidade
cardiovascular como os tricíclicos. São benéficos, pois os pacientes têm melhor
tolerabilidade, não são letais em doses elevadas e promovem uma melhor adesão ao
tratamento.
● Indicações terapêuticas:
Usos clínicos. Os inibidores do transportador da serotonina são usados em depressão leve
ou grave, ataques de ansiedade ou pânico, transtorno obsessivo-compulsivo e distúrbio
bipolar.
● Principais reações adversas:
Os efeitos adversos comuns incluem náuseas, anorexia, insônia, perda da libido e frigidez.
Alguns desses efeitos adversos são resultantes do aumento da estimulação dos receptores
5-HT pós-sinápticos, como resultado de os fármacos aumentarem os níveis extracelulares
de 5-HT. Isso pode ser tanto estimulação do tipo de receptor errado de 5-HT (p. ex.,
receptores 5-HT2 , 5-HT3 e 5-HT4), quanto estimulação do mesmo receptor que fornece o
benefício terapêutico (receptores pós-sinápticos 5-HT1A), porém na região cerebral errada
(o aumento da estimulação dos receptores de 5-HT pode resultar tanto em respostas
terapêuticas quanto adversas).
Caso sejam ingeridos em altas doses (superdosagem), os ISRS apresentam, ao contrário
dos ADT, baixo risco de toxicidade. São relativamente seguros em pacientes com forte
potencial para uso excessivo de substâncias (ideação suicida)
● Possíveis interações medicamentosas:
Embora os ISRS não pareçam interagir com o álcool, seu uso deve ser evitado
concomitantemente.
Todos os ISRS inibem a CYP2D6, e a paroxetina, a fluoxetina e a fluvoxamina são as mais
potentes. Assim, se usada concomitantemente a aminas terciárias, teofilina, cafeína,
propranolol, diazepam, alprazolam, clozapina e varfarina, pode provocar elevação dos
níveis plasmáticos desses.
O uso concomitante de fluoxetina e terfenadina deve ser evitado, pois a norfluoxetina inibe a
isoenzima CYP 3A4, aumentando as concentrações plasmáticas da terfenadina, que em
altas doses se torna uma substância cardiotóxica.
O citalopram, e escitalopram e a sertralina, apesar de serem inibidores da CYP 206, não
parecem promover interações farmacocinéticas clinicamente significativas, e são
considerados mais seguros em pacientes polimedicados.
● Contraindicações:
O uso concomitante de ISRS e IMAO pode desencadear a síndrome serotoninérgica, que é
uma hiperestimulação do sistema serotoninérgico caracterizada por: hipertermia,
irritabilidade, rigidez, dor de cabeça, hipotensão, hiperreflexia, tremor, confusão. As
complicações potenciais são coagulação intravascular disseminada, rabdomiólise e morte
(assim como a hipertermia maligna da síndrome neuroléptica). O tratamento consiste em
interromper abruptamente o agente tóxico, cuidados de suporte e pode-se usar o dantrolene
(relaxamento muscular de ação central utilizado também na síndrome neuroléptica) e/ou a
ciproheptadina.
● Exemplos de fármacos:
Seus representantes são a fluoxetina, paroxetina, sertralina, citalopram e fluvoxamina.
IRSN: Inibidores da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina
Os inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina (IRSNs) são relativamente não
seletivos para a captação de 5-HT e NE, sem ter os efeitos adversos dos tricíclicos.
Esses fármacos antidepressivos têm sido amplamente utilizados, devido às reivindicações
dos fabricantes da maior eficácia terapêutica e do baixo perfil de efeitos adversos, cuja
evidência é bastante fraca.
● Mecanismo de ação:
Como o próprio nome já diz, são fármacos que atuam na inibição da recaptação de
serotonina-norepinefrina (IRSN, ou duais). Todos os IRSNs ligam-se aos transportadores de
serotonina (SERT) e de norepinefrina (NET), de forma reversível e com pouca afinidade.
● Indicações terapêuticas:
É um medicamento utilizado no tratamento dos transtornos de ansiedade, como TOC,
ansiedade generalizada, fobia social, transtorno de estresse pós-traumático e os estados
mistosde ansiedade e depressão.
● Principais reações adversas:
Os efeitos adversos desses fármacos – principalmente devido ao aumento da ativação de
receptores adrenérgicos – incluem cefaléia, insônia, disfunção sexual, boca seca, tontura,
sudorese e perda de apetite.
O efeito adverso mais comum observado com a venlafaxina é a náusea, que ocorre em
cerca de 25%. Em doses mais elevadas, pode promover hipertensão arterial.
● Possíveis interações medicamentosas:
Assim como todos os antidepressivos que atuam no sistema serotoninérgico, os IRSN
podem desencadear a síndrome serotoninérgica se usados concomitantemente a IMAO ou
outros agentes serotoninérgicos.
No caso de superdosagem, os sintomas mais comuns são depressão do SNC, toxicidade
por serotonina, convulsão e anormalidades na condução cardíaca.
● Contraindicações
Foi descrito que a duloxetina é hepatotóxica e, portanto, é contraindicada para pacientes
com insuficiência hepática. O uso de IRSN não está aprovado para o uso na gravidez.
Assim como todos os outros antidepressivos, o uso dos IRSN em pacientes bipolares pode
promover uma virada maníaca.
● Exemplos de fármacos:
Incluem a venlafaxina, desvenlafaxina e duloxetina.
OUTROS ATÍPICOS: Bupropiona; Mirtazapina; Trazodona
Os antidepressivos atípicos efetuam duplo mecanismo de ação. Alguns atuam tanto na
transmissão de noradrenalina quanto de serotonina. Os princípios ativos que compartilham este
mecanismo de ação são: mirtazapina e trazodona. Outros apresentam propriedades inibidoras da
recaptação de noradrenalina e dopamina.
O principal representante deste segundo mecanismo de ação é o princípio ativo bupropiona. As
principais reações adversas apresentadas por esta classe são: tontura, sonolência, tremor,
agitação, náusea,taquicardia, constipação, sudorese e retenção urinária
● Mecanismo de ação:
➔ Bupropiona
O fármaco atua em duas linhas de ação, que resultam na maior distribuição e
disponibilização de norepinefrina (NA) e dopamina (DA) no sistema nervoso central (SNC).
São elas:
- Bloqueio do transportador responsável pela recaptação de norepinefrina,
aumentando assim a neurotransmissão noradrenérgica.
- Bloqueio do transportador responsável pela recaptação de dopamina, aumentando
assim a neurotransmissão dopaminérgica.
Além disso, secundariamente, a bupropiona atua no córtex frontal, aumentando a
concentração de DA. Isso ocorre porque a DA é inativada quando a NA é recaptada na
fenda e uma vez esse processo sendo bloqueado, aumenta-se a neurotransmissão de DA
nessa região cerebral (rica em receptores dopaminérgicos).
➔ Mirtazapina
Tem um perfil farmacológico único e tem um modo de ação duplo, incluindo potente
antagonismo de auto-receptores e heterorreceptores α2-adrenérgicos centrais e
antagonismo dos receptores 5-hidroxitriptamina-2 (5-HT2) (responsável pela insônia e
disfunção sexual) e 5-HT3 (responsável pela náusea) da serotonina. O antagonismo dos
receptores α2-adrenérgicos leva ao bloqueio dos auto-receptores pré-sinápticos e, portanto,
aumenta a liberação de norepinefrina, enquanto o bloqueio dos heterorreceptores nos
neurônios serotonérgicos aumenta a liberação de serotonina. Com o bloqueio dos
receptores 5-HT2 e 5-HT3, a liberação aumentada de serotonina resulta em um aumento
líquido na neurotransmissão mediada por 5-HT1, que é considerada relacionada ao efeito
antidepressivo da mirtazapina. Aumenta, portanto, a liberação de norepinefrina e
transmissão serotonérgica mediada por 5-HT1A. Este duplo modo de ação pode ser
responsável pelo rápido início de ação da mirtazapina.
Devido à farmacologia única da mirtazapina, acredita-se que os efeitos anti-histaminérgicos
predominem em doses mais baixas (causando sonolência, sedação), enquanto a
neurotransmissão noradrenérgica aumenta com o aumento das doses para neutralizar
alguns dos efeitos anti-histaminérgicos.
➔ Trazodona
O mecanismo de ação postulado para a trazodona envolve a inibição da recaptação de
serotonina e noradrenalina. A longo prazo ocorre a dessensibilização e diminuição no
número de receptores beta-adrenérgicos e 5-HT2A. Apresenta atividade antagonista de
receptores alfa-1-adrenérgicos e anti-histamínicos, mais relacionados aos seus efeitos
colaterais. O metabólito ativo mCPP também apresenta algum grau de atividade
serotonérgica pós-sináptica.
● Indicações terapêuticas:
➔ Bupropiona
As principais indicações de uso da bupropiona são:
Transtorno depressivo maior: tanto nas crises agudas quanto para evitar remissões e
recaídas. Geralmente não é fármaco de primeira linha (lembre-se dos inibidores seletivos da
recaptação de serotonina – ISRS), porém a bupropiona demonstrou ser um antidepressivo
útil não apenas para pacientes que não conseguem tolerar os efeitos colaterais
serotoninérgicos dos ISRS (principalmente efeitos adversos na ordem da vida sexual), mas
também para aqueles cuja depressão não responde à estimulação serotoninérgica pelos
ISRS.
Transtorno afetivo sazonal: é eficaz na prevenção destes casos, em que normalmente o
indivíduo apresenta sintomas depressivos no período de outono e inverno, sendo que os
mesmos desaparecem na primavera e verão.
Cessação do tabagismo: minimiza os efeitos indesejáveis quando existe a redução e
cessação da utilização do tabaco, sendo o primeiro fármaco no tratamento do paciente que
busca abandonar a adicção, com elevada taxa de sucesso.
Off-label, a bupropiona também é vista sendo prescrita nos casos de estados depressivos
associados ao transtorno bipolar, no transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH), em pacientes com hipersônia e nos pacientes com disfunção sexul (anorgasmia,
por exemplo).
➔ Mirtazapina
A Mirtazapina está indicada no tratamento de estados depressivos, tais como síndromes
depressivas, depressão reativa, doença maníaco-depressiva bipolar, depressão associada
com ansiedade, melancolia.
➔ Trazodona
A indicação clássica da trazodona continua sendo os quadros depressivos, principalmente
quando a ansiedade e a insônia estão presentes
● Principais reações adversas:
➔ Bupropiona
Os principais efeitos colaterais, secundários ao uso de bupropiona são: insônia, cefaleia,
sensação de boca seca (xerostomia), náuseas, vômitos, constipação, dor abdominal,
anorexia, reações de hipersensibilidade, como urticária, rash cutâneo, prurido…
Além disso, há relatos de aumento da ansiedade, tremor, distúrbios de concentração,
transtornos no paladar, transtornos na visão, aumento da pressão sanguínea (em alguns
casos, grave), calor e rubor na face, vertigem, astenia, dor no peito e sudorese.
➔ Mirtazapina
Devido à atividade antagonista nos receptores histaminérgicos H1 da mirtazapina, esta
pode provocar pelo menos um desses eventos adversos em aproximadamente 70% dos
indivíduos que a utilizam. As reações adversas mais comuns são aumento de apetite e de
peso, sonolência/sedação geralmente durante as primeiras semanas de tratamento (em
geral, a diminuição da dose não reduz a sedação, pelo contrário, pode aumentar seu efeito
sedativo e além disso, pode comprometer a eficácia antidepressiva), cefaleias, tonturas,
sonolência, mal-estar, xerostamia, artralgia, inchaços, hipotensão e visão turva. Raramente
podem ocorrer convulsões, edema, mania, tremores, depressão aguda da medula óssea,
ginecomastia em homens, icterícia, e exantema. E muito raramente, podem ocorrer ideação
e comportamento suicida.
Estes efeitos secundários podem resultar em um abandono precoce dos pacientes tratados
com mirtazapina.
➔ Trazodona
Os efeitos colaterais mais frequentes da trazodona são: sedação, hipotensão ortostática,
tonturas, cefaléia, náuseas, boca seca. Reações alérgicas e irritação gástrica podem
aparecer. Alguns relatos de casos sugerem associação entre a trazodona e o aparecimento
de arritmias em pacientes que já apresentavam contrações ventriculares prematuras ou
prolapso de válvula mitral. A trazodona está associada à ocorrência de priapismo (ereção
peniana prolongada na ausência de estímulo). Neste caso, deve-se suspendê-la. Sugere-se
avaliar como paciente a troca do antidepressivo caso perceba que a frequência e a duração
das ereções está aumentando. O tratamento do priapismo consiste na injeção
intra-cavernosa de solução de epinefrina. Outras disfunções sexuais também podem
aparecer.
Intoxicação: Casos de intoxicação por trazodona freqüentemente se caracterizam por
apresentar sedação, hipotensão, perda de coordenação muscular, náuseas e vômitos. O
tratamento consiste na redução da absorção com lavagem gástrica e administração de
carvão ativado, na tentativa de aumento da eliminação com diurese forçada e na adoção de
medidas de monitorização cardíaca e de suporte.
● Possíveis interações medicamentosas:
➔ Bupropiona
Deve-se ter cuidado ao administrar bupropiona concomitantemente a drogas que afetam a
isoenzima CYP2B6, tais como: orfenadrina, ciclofosfamida, isofosfamida, ticlopidina e
clopidogrel. Por esse meio, também pode aumentar o efeito da codeína e aumentar níveis
plasmáticos de alguns betabloqueadores.
Além disso, a literatura contraindica o uso juntamente a IMAOs e orienta o uso com cautela
junto aos tricíclicos, uma vez que essa combinação diminui o limiar convulsivo e aumenta os
níveis pressóricos.
➔ Mirtazapina
A mirtazapina não deve ser administrada concomitantemente com IMAOs ou dentro das
duas semanas após a descontinuação do tratamento com um IMAO. Por outro lado, para os
pacientes tratados com mirtazapina é suficiente aguardar cerca de duas semanas para que
possam ser tratados com inibidores da MAO.
Sua associação com substâncias serotoninérgicas (lítio, venlafaxina, linezolida,
L-triptofanos, triptanos, tramadol etc), mesmo que por vezes usada como medida heróica no
tratamento de depressão refratária e que apresente uma boa resposta, pode levar ao
aparecimento da síndrome serotoninérgica ou também do “foguete da califórnia” (“California
Rocket Fuel”), combinação de venlafaxina e mirtazapina com efeitos colaterais que nem
todo jovem adulto suporta.
A mirtazapina pode aumentar o efeito depressor do álcool sobre o SNC, portanto seu uso
deve ser evitado durante o tratamento.
A mirtazapina pode aumentar as propriedades sedativas dos benzodiazepínicos e outros
sedativos (especialmente antipsicóticos, antagonistas H1 histamínicos, opióides).
➔ Trazodona
As interações medicamentosas clinicamente significativas envolvem substâncias
depressoras do SNC e IMAOs.
● Contraindicações
➔ Bupropiona
A bupropiona é contraindicada em pacientes, com:
- Hipersensibilidade conhecida à bupropiona ou a qualquer componente da fórmula.
- Diagnóstico de epilepsia ou outros distúrbios convulsivos e diagnóstico atual ou
prévio de bulimia ou anorexia nervosa, uma vez que foi observada alta incidência de
convulsões nestes pacientes quando a bupropiona foi administrada.
- Uso de medicamentos que diminuem o limiar convulsivo, como lítio, antidepressivos
tricíclicos, fenotiazinas.
- História de uso concomitante de inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) ou o uso
de bupropiona dentro de até 14 dias após a interrupção do tratamento com IMAOs.
- Descontinuação abrupta do uso de sedativos ou álcool.
- Insônia grave.
- Menos de 18 anos de idade.
➔ Mirtazapina
- Pacientes com hipersensibilidade à substância ativa ou a quaisquer dos excipientes.
- Em uso concomitante com inibidores da monoaminoxidase (IMAO).
- Paciente diabético: pode alterar o controle glicêmico.
- Pacientes com insuficiência renal e/ou hepática: pelo fato de reduzir a depuração da
mirtazapina e consequentemente aumentar seus níveis plasmáticos.
➔ Trazodona
O uso da trazodona na gestação está contra-indicado; estudos animais associam o uso
de trazodona a malformações fetais.9 A trazodona é excretada no leite materno e o
aleitamento é contra-indicado. Em pacientes com comprometimento hepático e/ou renal
seu uso deve ser feito com cautela, em função de alterações no metabolismo e excreção
da droga.
● Exemplos de fármacos:
Incluem bupropiona, mirtazapina e trazodona.
QUESTÃO 2:
Elencar antidepressivos presentes na RENAME 2022.
- BUPROPIONA: Fármaco utilizado principalmente para o tratamento da depressão e do
tabagismo. Outros usos incluem o tratamento do transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade, a perda de peso, etc. Considerado um antidepressivo atípico, já que o
seu mecanismo de ação pode ser considerado único entre os diversos fármacos
utilizados para o tratamento da depressão. A sua ação envolve também os seus
metabólitos, principalmente o hidroxibupropiona, que partilha vários dos seus
mecanismos. É um inibidor da recaptação da noradrenalina e dopamina, mas a sua ação
nesses campos é extremamente fraca e ligeira, respectivamente.
- AMITRIPTILINA: A amitriptilina (nomes comerciais: Amytril, Elavil, entre outros) é um
fármaco utilizado para tratar várias condições que afetam o SNC. Entre elas estão
principalmente a depressão e problemas de ansiedade, mas também a enurese. A
amitriptilina atua primariamente como um inibidor da recaptação da
serotonina-norepinefrina, com ações fortes sobre o transportador de serotonina e
efeitos moderados no transportador de norepinefrina. Tem influência negligenciável
sobre o transportador de dopamina e, portanto, não afeta a recaptação de
dopamina. Pode estar desaconselhada no caso de doença cardíaca, histórico de ataque
cardíaco ou convulsões. No caso de pacientes com diabetes, a amitriptilina pode reduzir
os níveis de açúcar no sangue, bem como pode agravar outros problemas de saúde
como o hipertireoidismo, o glaucoma ou os problemas em urinar.
- NORTRIPTILINA: A nortriptilina é um fármaco antidepressivo da classe dos
antidepressivos tricíclicos que inibe a recaptação da noradrenalina e, em menor
escala, da serotonina. Apesar de ser considerado um antidepressivo é utilizado
também em outras condições, como o transtorno do déficit de
atenção/hiperatividade, dores crônicas, etc. Para além da inibição da recaptação da
noradrenalina e serotonina, funciona como antagonista em diversos receptores
destes, e também do receptor H1 da histamina, entre outros. A nortriptilina é o
principal metabólito da amitriptilina. funciona inibindo a recaptação de serotonina e
noradrenalina, aumentando assim a sinalização sináptica através desses
neurotransmissores. Também antagoniza vários receptores de serotonina, acetilcolina e
histamina. Inibe preferencialmente a recaptação da noradrenalina sobre a serotonina,
que é o oposto da amitriptilina. A nortriptilina também pode ter um efeito melhorador do
sono devido ao antagonismo dos receptores H1 e 5-HT2A. No entanto, a nortriptilina
pode perturbar o sono devido ao efeito de ativação.
- CLOMIPRAMINA: Usado no tratamento da depressão e distúrbios do humor. Outras
condições psicológicas que podem ser tratadas com cloridrato de clomipramina são
as obsessões, estados de pânico e fobias (medo irracional), condições de dor
crônica e fraqueza muscular (cataplexia) associados com ataques repetidos de
sonolência excessiva (narcolepsia) em adultos, ejaculação precoce. Em crianças
acima de 5 anos, cloridrato de clomipramina é utilizado para tratar obsessões e
incontinência urinária noturna. Trata-se de um fármaco que inibe a recaptação de
norepinefrina (noradrenalina) e de serotonina pelos neurônios pré-ganglionares (a
inibição da recaptação de serotonina é o componente de maior relevância para a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_depressivo_maior
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tabagismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_do_d%C3%A9ficit_de_aten%C3%A7%C3%A3o_e_hiperatividade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_do_d%C3%A9ficit_de_aten%C3%A7%C3%A3o_e_hiperatividade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Perda_de_peso
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antidepressivo_at%C3%ADpico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Metab%C3%B3lito
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inibidor_de_recapta%C3%A7%C3%A3o_de_noradrenalina_e_dopamina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_nervoso_central
https://pt.wikipedia.org/wiki/Depress%C3%A3o_(humor)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ansiedade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Incontin%C3%AAncia_urin%C3%A1riahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Transportador_de_serotonina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transportador_de_norepinefrina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transportador_de_dopamina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dopamina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertiroidismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Glaucoma
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antidepressivos_tric%C3%ADclicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Noradrenalina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Serotonina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Amitriptilina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Serotonina
https://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%A1rmaco
https://pt.wikipedia.org/wiki/Norepinefrina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Noradrenalina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Serotonina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Neur%C3%B4nios
ação farmacológica). Também tem propriedades inibitórias sobre os receptores
adrenérgicos do tipo alfa-1, anti-colinérgicas (antagonista de acetilcolina) e
anti-histamínicas.
- FLUOXETINA: Medicamento antidepressivo da classe dos inibidores seletivos de
recaptação de serotonina. Suas principais indicações são para uso em depressão
moderada a grave, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno alimentar,
transtorno do pânico e ansiedade. É utilizado na forma de cloridrato de fluoxetina,
como cápsulas ou em solução oral.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receptores_adren%C3%A9rgicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Receptores_adren%C3%A9rgicos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Acetilcolina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antidepressivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inibidores_selectivos_da_recapta%C3%A7%C3%A3o_da_serotonina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Inibidores_selectivos_da_recapta%C3%A7%C3%A3o_da_serotonina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Depress%C3%A3o_nervosa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_obsessivo-compulsivo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_alimentar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_do_p%C3%A2nico
QUESTÃO 3:
Pesquisar um artigo sobre o uso de antidepressivos
- MORENO, Ricardo Alberto; MORENO, Doris Hupfeld ; SOARES, Márcia Britto de
Macedo. Psicofarmacologia de antidepressivos. Revista Brasileira de Psiquiatria, v.
21, n. suppl 1, p. 24–40, 1999. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rbp/a/XxBdP5vFDFbwBGDxrYPLCgC/?lang=pt>. Acesso em:
14 nov. 2022.
 Resumo:
O advento de medicamentos antidepressivos tornou a depressão um problema médico,
passível de tratamento. Nas últimas cinco décadas, a psicofarmacologia da depressão
evoluiu muito e rapidamente. Os primeiros antidepressivos - os antidepressivos tricíclicos
(ADTs) e os inibidores da monaminooxidase (IMAOs) - foram descobertos através da
observação clínica. Os ADTs apresentavam boa eficácia devido à sua ação, aumentando a
disponibilidade de norepinefrina e serotonina. Seu uso foi limitado em função do bloqueio de
receptores de histamina, colinérgicos e alfa-adrenérgicos que acarretavam efeitos colaterais
levando à baixa tolerabilidade e risco de toxicidade. Da mesma forma, o uso dos IMAOs
ficava comprometido em função do risco da interação com tiramina e o risco de crises
hipertensivas potencialmente fatais. A nova geração de antidepressivos é constituída por
medicamentos que agem em um único neurotransmissor (como os inibidores seletivos de
recaptação de serotonina ou de noradrenalina) ou em múltiplos
neurotransmissores/receptores, como venlafaxina, bupropion, trazodona, nefazodona e
mirtazapina, sem ter como alvo outros sítios receptores cerebrais não relacionados com a
depressão (tais como histamina e acetilcolina). Este artigo revisa a farmacologia dos
antidepressivos, particularmente quanto ao mecanismo de ação, farmacocinética, efeitos
colaterais e interações farmacológicas.
QUESTÃO 4:
Preparar uma breve apresentação, a qual será utilizada na “reunião” da Comissão de Farmácia e
Terapêutica (CFT) do município de “Felicidade do Oeste”.
Na reunião da CFT serão definidos os antidepressivos da REMUME.
A Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) é uma instância colegiada, multiprofissional,
de natureza consultiva, deliberativa e educativa, de caráter permanente e de assessoria à
Gerência de Atenção à Saúde, responsável pela condução do processo de seleção,
utilização, acompanhamento e avaliação do uso dos medicamentos e produtos para saúde
e pelo desenvolvimento de ações para garantir o seu uso seguro e racional.
A CFT é composta por equipe multi e interdisciplinar, abrangendo farmacêuticos, médicos,
enfermeiro e cirurgiã-dentista.
A Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) é uma comissão de caráter permanente,
consultivo e deliberativo, responsável por revisar e atualizar a Relação Municipal de
Medicamentos Essenciais (REMUME) e por promover o uso racional de medicamentos,
devendo assessorar diretamente o Secretário Municipal de Saúde em assuntos
relacionados a esta área.
São atribuições da Comissão de Farmácia e Terapêutica:
- Elaborar e atualizar periodicamente a Relação Municipal de Medicamentos
Essenciais;
- Estabelecer critérios de inclusão, exclusão e alteração para padronização de
medicamentos;
- Aprovar a inclusão, exclusão e alteração de medicamentos padronizados por
iniciativa própria ou por solicitação dos profissionais da rede de atenção à saúde da
SMS, mediante preenchimento de formulário específico;
- Incentivar o uso dos nomes dos medicamentos pela Denominação Comum Brasileira
(DCB) e na ausência pela Denominação Comum Internacional (DCI);
- Contribuir para a elaboração e revisão de protocolos de tratamento elaborados pelos
diferentes serviços;
- Promover ações que estimulem o uso racional de medicamentos;
- Assessorar o Secretário Municipal de Saúde em assuntos de sua competência.
A Rename contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS, além de
determinados medicamentos de uso hospitalar e outros insumos para a saúde.
A prescrição de medicamentos na RENAME ou nas Relações Municipais de Medicamentos
Essenciais (REMUME), sendo que estas últimas devem ser elaboradas para atender às
necessidades específicas da população de cada município, tendo a RENAME como
modelo. Aspectos referentes à elaboração, às características das REMUME e à
disponibilidade destes medicamentos têm sido pouco investigados, tanto no Brasil quanto
em outras nações que adotaram políticas de medicamentos essenciais.
A proposta da reunião é a definição dos antidepressivos da REMUME do município de
Felicidade do Oeste.
Os antidepressivos são fármacos usados para tratamento de depressão e de transtornos de
ansiedades, esses agem diretamente na elevação do nível de noradrenalina e ou de
serotonina no sistema nervoso central.
Essa classe de fármacos dentro da REMUME é de grande importância já que a depressão é
uma doença que afeta 13,5% da população brasileira e que deve ser tratada com auxílio de
profissionais capacitados e com uso do medicamento correto.
Os medicamentos que seriam adicionados são: FLUOXETINA; AMITRIPTILINA;
NORTRIPTILINA e BUPROPIONA.

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