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Antidepressivos 1
Antidepressivos
Prof. Jucimara
Depressão:
Sensação de tristeza e desesperança, incapacidade de sentir prazer em atividades usuais, alteraçõs nos padrões do sono e apetite, perda 
de vigor e pensamento suicidas
Mania: é o oposto, euforia, entusiasmo, raiva, pensamentos e fala rápidos, extrema autoconfiança e diminuição de autocrítica
➯ A depressão pode ser classificada em:
a. Depressão maior ou Unipolar → independe de fatores 
externos (sendo a forma mais grave de depressão)
b. Transtorno depressivo persistente
c. Distúrbio Bipolar tipo I ou II → há episódios de euforia 
intercalados com depressão
📊 Epidemicamente o risco de haver na vida adulta é de 
15%
1º lugar em tempo vivido com incapacitação ao longo 
da vida
APS → 10%
Frequentemente secundária a outras doenças
Patologia subdiagnosticada e subtratada levando 
Risco de suicídio associado de 10-15%
➯ A forma mais grave, a depressão unipolar é caracterizado por humor deprimido e/ou perda de interesse em praticamente todas 
as atividades por PELO MENOS 2 SEMANAS, sendo acompanhado dos sintomas:
Insônia ou hipersonia;
Sentimentos de desvalorização (autodepreciação);
Excesso de culpa; 
Fadiga ou falta de energia;
Redução da capacidade de pensar ou concentrar-se;
Alteração significativa no apetite ou peso;
Retardo ou agitação psicomotora;
Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
➯ Pode estar presente simultaneamente com ansiedade, sendo alguns fármacos eficazes em ambas as doenças
Tratamento
➯ Complexo e difícil, passa um ciclo de 3 a 4 semanas para começar a 
exercer uma resposta afetiva
Mecanismos dos Antidepressivos
Inibidores da Monoaminaoxidade (IMAO)
Antidepressivos Tricíclicos (ADTs)
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRSs)
Inibidores da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina (IRSNs)
Antagonistas dos Receptores de Serotonina
Antipsicóticos Atípicos
Tratamento da Mania e do Distúrbio Bipolar
Antidepressivos 2
Os sintomas respondem de formas diferentes ao tratamento
Ocorre primeiro uma melhora nos distúrbios relacionados ao sono e 
após uma melhora no humor e déficits cognitivos
➯ A retirada do fármaco deve ser gradual
Cerca de 1/3 dos paciente apresenta remissão completa após um ciclo 
de tratamento
➯ Para depressão crônica (>2anos) pode ser necessário um tratamento ao 
longo de toda vida
Relação AD com suicídio
Os fármacos antidepressivos apresentam uma possível relação com o suicídio, 
principalmente quando utilizados por crianças e adolescentes
Mas naqueles que quando não utilizado os fármacos ocorreu uma diminuição 
no diagnóstico de depressão e na prescrição dos antidepressivos e isso levou ao 
aumento de suicídio nessa idade
Logo além de se evidenciar que mesmo que os antidepressivos possuam um 
aumento na tendência ao suicídio, o risco de não usar o medicamento em 
pacientes com depressão grave supera o risco de usar
Importante monitorar os pacientes, principalmente nas fases iniciais do 
tratamento
Escolha do fármaco devemos considerar
Resposta/tolerância prévia a um fármaco 
(inclui uso bem sucedido por familiares);
Perfil de efeitos adversos;
Toxicidade, meia-vida, facilidade 
posológica;
Custo;
Comorbidades, interações;
Sintomas depressivos específicos
Se psicoterapia estiver disponível, 
considerar tratamento combinado
� Fisiologicamente a depressão ainda tem sua causa desconhecida
Suspeita-se que há uma diminuição da concentração de neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e dopamina) na fenda 
sináptica, diminuindo a transmissão desses NT 
Mecanismos dos Antidepressivos
➯ A maioria dos fármacos antidepressivos úteis clinicamente potencializa (direta ou indiretamente) as ações da norepinefrina e/ou da 
serotonina (5-HT) no cérebro
➯ Teoria da deficiência das Monoaminas (MAO): quando em déficit indicam depressão, quando em excesso mania e ocorre uma 
disfunção no NÚMERO e na SENSIBILIDADE dos receptores
Trata-se de uma teoria muito simplista, que não explica por que os efeitos farmacológicos de qualquer antidepressivo e antimania 
na neurotransmissão ocorrem imediatamente, ao passo que a evolução temporal para a resposta terapêutica precisa de várias 
semanas
Isso sugere que a diminuição da captação dos neurotransmissores é apenas o efeito inicial do fármaco, que pode não ser 
diretamente responsável pelos efeitos antidepressivos
➯ Os antidepressivos de uma forma geral aumentam a transmissão SEROTONINÉRGICA E 
NORADRENÉRGICA
➯ Os AD podem atuar de duas maneiras:
a. Exercendo o bloqueio da recaptação neuronal; ou
Antidepressivos 3
b. Realizando a inibição do metabolismo das monoaminas, assim levando ao aumento 
dos seus efeitos excitatórios
➯ Local de ação: sistemas noradrenérgicos e serotornégicos do sistema límbico
➯ A recaptação do neurotransmissor ocorre por meio de proteínas transportadoras pré-
sinápticas (SERT e NET), e a inibição desses transportadores diminui a depuração do NT e 
prolonga seu tempo de permanência na sinapse aumentando assim a neurotransmissão
➯ Com o tempo, cerca de 2 semanas, os autoreceptores começam a se dessensibilizar e não 
conseguem mais bloquear a liberação de serotonina e o Antidepressivo começa a fazer efeito
Além da diminuição da sensibilidade dos receptores há uma modulação na 
sinalização e na transcrição de outros genes
➯ Efeitos a longo prazo: mecanismos adaptativos ou reguladores, o tratamento crônico 
dessensibiliza os autoreceptores pré-sinápticos, produzindo alterações de longa duração na 
neurotransmissão
➯ Ocorre:
Aumento da densidade ou sensibilidade do receptor adrenérgico ou serotoninérgico
Aumento do acoplamento receptor-proteína G e sinalização, levando a:
Diminuição da produção do hormônio liberador de corticotrofina (diminuição dos 
corticoides que estão presentes na patofisiologia da depressão)
Indução de fatores neurotróficos (há uma diminuição de BDNF – fator neurotrófico 
derivado do cérebro, ajuda na sobrevivência neuronal e neurogênese – na 
depressão, e a sua diminuição está associada com a gravidade da enfermidade)
O tratamento para depressão promove um aumento da neurogênese no hipocampo e 
aumento da plasticidade neuronal
➯ A SEROTONINA apresenta diversos tipos de receptores, que promovem diferentes 
ações, e assim pode levar a diferentes REAÇÕES ADVERSAS
Inibidores da Monoaminaoxidade (IMAO)
➯ A MAO é uma enzima mitocondrial encontrada em nervos e outros tecidos, como 
fígado e intestino
➯ Primeira classe de fármacos criada com efeitos antidepressivos específicos 
Iponiazida: desenvolvida para o tto. da tuberculose, mas causou melhoras no 
humor
MAO: no neurônio funciona como uma “válvula de segurança”, desaminando 
oxidativamente e inativando qualquer excesso de NT
Receptores de serotonina
Antidepressivos 4
Mecanismo de ação:
A maioria dos IMAOs forma complexos estáveis com a enzima, causando inativação 
IRREVERSÍVEL da MAO
Após parada do uso são necessárias 2 semanas para a recuperação da atividade da enzima
Resulta em aumento dos estoques dos NT norepinefrina, serotonina e dopamina no interior dos 
neurônios e subsequente difusão do excesso de NT para a fenda sináptica
NÃO SÃO SELETIVOS :
MAO-A → metaboliza norepinefrina, S-HT e DA
MAO-B → metaboliza 5-HT e DA
➯ No fígado e intestino a MAO catalisa desaminações oxidativas de fármacos e substâncias 
potencialmente tóxicas, como a tiramina, que é encontrada em certos alimentos
Motivos das IMAOs terem elevadas incidência de INTERAÇÕES com fármacos e com alimentos
Selegilina: na forma de adesivo transdérmico pode produzir melhor inibição da MAO hepática e 
intestinal em dosagens baixas, evitando a transformação de primeira passagem
Usos terapêuticos:
Depressão que não respondem ou são alérgicos aos tricíclicos
Forte ansiedade
Depressão atípica
Toxicidade: considerados fármacos de última escolha em vários centros de tratamento devido à interação 
com outros fármacos e com os alimentos
Farmacocinética:
Bem absorvidos VO
Complexo irreversível e que necessita de 2 semanas para regeneraçãode enzima
Biotransformados no fígado e excretados na urina
Efeitos adversos:
Frequentemente imprevisíveis
Inibe a degradação da tiramina (presente em peixes, carnes, fígado de aves, 
vinhos…) → catecolaminas → crise hipertensiva (cefaleia occipital, rigidez 
no pescoço, taquicardia, náuseas, hipertensão, arritmias cardíacas, 
convulsões e possivelmente colapso)
Sonolência
Hipotensão ortostática
Visão turva
Xerostomia
Constipação
Contraindicações:
Associação com outros AD por risco de 
SÍNDROME DE SEROTONINA
Com exceção da Fluoxetina, os 
IMAOs e os ISCSs necessitam de 2 
semanas no mínimo antes da adm de 
outro fármaco
Várias outras interações críticas com 
fármacos, e é necessária cautela quando 
forem administrados concomitantemente
Antidepressivos Tricíclicos (ADTs)
Mecanismo de ação:
Inibição da captação de norepinefrina e serotonina
Amoxapina é um inibidor potente dos dois NT
Antidepressivos 5
Maprotilina e Desipramina são inibidores relativamente seletivos da 
captação de norepinefrina
Bloqueio de receptores serotoninérgicos, alfa-adrenérgicos, histamínicos e 
muscarínicos
NÃO SÃO SELETIVOS
Amoxapina possui uma maior seletividade no bloqueio dos receptores 
5HT2 e D2
Farmacocinética:
Bem abs. VO
Amplamente distribuídos e penetram no 
SNC
Biotransformação de primeira passagem 
variável
Enzima CYP450
Excretados como metabólitos inativos 
pelos rins
Usos terapêuticos:
Tratamento da depressão moderada e grave
Melhoram o humor e o alerta mental
Aumentam a atividade física e reduzem a preocupação mórbida
Transtorno de pânico
Imipramina → enurese em crianças >6 anos (vem sendo substituída 
por desmopressina)
Amitriptilina → prevenção da enxaqueca e tratamento de dor 
crônica (ex. neuropática)
Doxepina → em doses baixas pode ser usado contra a insônia
� Transtorno Bipolar:
Deve ser usado com cautela pois podem 
causar alteração para o comportamento 
maníaco
Os ADT possuem ÍNDICE 
TERAPÊUTICO ESTREITO
5-6 vezes da dose máxima diária de 
imipramina pode ser letal
Efeitos adversos:
Bloqueio muscarínico: visão turva, xerostomia, retenção 
urinária, taquicardia sinusal, constipação e agravamento do 
glaucoma de ângulo fechado
Afetas a condução cardíaca e podem causar arritmias 
Bloqueio alfa-adrenérgico: hipotensão ortostática, tonturas e 
taquicardia reflexa
A imipramina é a mais provável, e a Nortriptilina é a 
menos provável, de causar hipotensão ortostática
Bloqueio receptor H1: sedação (especialmente nas 2 
primeiras semanas)
Ganho de peso
Interações medicamentosas: 
IMAO: aumento mútuo da hipertensão, hiperpirexia, 
convulsões e coma
Fármacos adrenérgicos de ação direta: potencializa os 
efeitos das aminas biogênicas por evitar sua remoção da 
fenda sináptica
Etanol e depressores do SNC: sedação tóxica
Fármacos adrenérgicos de ação indireta: bloqueia os efeitos 
dos fármacos simpaticomiméticos de ação indireta evitando 
que o fármaco alcance seu local de ação intracelular
➯ Os ADT podem agravar certas condições médicas, como 
hiperplasia prostática benigna, epilepsia e arritmias preexistentes
Antidepressivos 6
Disfunção sexual
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRSs)
Mecanismo de ação:
Inibem especificamente a captação da serotonina → SELETIVIDADE de 300 a 3000x maior 
que para o transportador de serotonina do que para o de norepinefrina → Aumento do NT na 
fenda sináptica
Escassa atividade bloqueadora em receptores muscarínicos, α-adrenérgicos e H1-
histamínicos
Os EA dos ADT, IMAO e dos ICSNs não são comumente observados
Farmacocinética:
Bem abs VO (alimentos interferem pouca na absorção — execeto a 
Sertralina na qual aumenta a absorção)
Picos séricos 2-8h
Meia vida entre 16 e 36h
Biotransformada pela enzima hepática P450
Fluoxetina: difere dos demais pois tem meia-vida muito longa 
de 50h e seu metabólito ativo, a S-norfluoxetina beira os 10 
dias)
A fluoxetina e a paroxetina são potentes inibidores da isoenzima 
CYP450 (CYP2D6) — enzima responsável pela eliminação dos 
ADTs, antipsicóticos e antiarrítimicos
As dosagens de todos esses fármacos devem ser reduzidas em 
pacientes com insuficiência hepática
Usos terapêuticos:
Depressão (indicação primária) 
TOC, pânico, ansiedade generalizada, estresse pós-
traumático, ansiedade social, transtorno disfórico pré-
menstrual
Bulimia nervosa (apenas fluoxetina está aprovada)
Efeitos adversos:
Cefaleia
Sudoração
Ansiedade e agitação
Efeitos gastrintestinais — náuseas, êmese e diarreia
Fraqueza e cansaço
Disfunções sexuais — perda de libído, ejaculação retardada 
e anosgarmia
Bupropiona e mirtazaprina são alternativas para 
pacientes com queixas dos efeitos adversos sexuais
� Uso em crianças e adolescentes:
Cautela 
Cerca de uma a cada 50 crianças torna-se suicida 
em consequência do tratamento com ISCS
Pacientes pediátricos devem ser observados 
quanto ao agravamento da depressão e a 
pensamentos suicidas com o início ou mudança 
de dosagem de qualquer antidepressivo
Fluoxetina, sertralina e fluvoxamina estão 
aprovados para uso em crianças no tratamento 
do TOC
Fluoxetina e escitalopram estão aprovados para 
tratar a depressão infantil
Superdosagem:
Em geral doses excessivas não causam arritmias cardíacas, 
com exceção do citalopram, que pode causar prolongamento 
Antidepressivos 7
Alterações de massa corporal
Distúrbios do sono (insônia e sonolência)
Paroxetina e fluvoxamina são + sedativas → podem ser 
úteis em pacientes que têm dificuldade em dormir
Fluoxetina e sertralina são + estimulantes → paciente 
com queixa de sonolência excessiva 
Os ISCSs são associados com hiponatremia, especialmente 
em pacientes idosos e naqueles cuja volemia esteja 
diminuída 
ou que estejam fazendo uso de diuréticos
do intervalo QT
Convulsões são possíveis pela diminuição do limiar 
convulsivo 
Síndrome serotonínica (assim como todos os outros AD), 
especialmente se forem usados em presença de IMAO ou 
outro fármaco fortemente serotoninérgico
Essa síndrome inclui sinais como hipertermia, rigidez 
muscular, sudoração, mioclonia (abalos musculares 
clônicos) e alterações no estado mental e nos sinais 
vitais
Síndrome da interrupção:
Todos os ISCSs têm potencial de causar a síndrome de 
interrupção, particularmente os fármacos com meias-vidas 
mais curtas e metabólitos inativos
A fluoxetina → menor risco de causar a síndrome de 
interrupção ISCS, devido à sua meia-vida mais longa e ao 
metabólito ativo
Sinais e sintomas: cefaleia, mal-estar e sintomas de gripe, 
agitação e irritabilidade, nervosismo e alterações no padrão 
de sono
Inibidores da Recaptação de Serotonina e Norepinefrina (IRSNs)
Mecanismo de ação:
Inibem tanto SERT quanto NET
Inibição inicial de SERT induz ativação de autoreceptores 5-HT1A e 5-HTTm
↓neurotransmissão serotoninérgica por retroalimentação negativa até que estes 
autorreceptores serotoninérgicos sejam dessensibilizados
Recaptação de 5-HT e NE
Análogos aos efeitos de alguns ADTs com melhora na resposta geral ao tratamento em 
relação aos ISRSs
Pouca atividade em receptores adrenérgicos alfa, muscarínicos ou histamínicos → menos EA 
do que os ADTs
Usos terapêuticos:
Tratamento da depressão em pacientes que os ISRSs foram ineficazes
Dores crônicas que acompanham a depressão → moduladas por vias de serotonina e NE no 
SNC
Alívio das dores da neuropatia diabética periférica, neuralgia pós-herpética, fibromialgia e dor 
lombar
Incontinência urinária por estresse (duloxetina)
Autismo
Transtornos de compulsão alimentar
Rubores
Antidepressivos 8
Distúrbios disfóricos pré-menstruais
Transtorno do estresse pós-traumático (venlafaxina)
➯ Início efeito: 2 semanas
➯ Efeito total: 4 a 6 semanas de tratamento → tempo 
necessário para estabilização dos receptores
➯ Substituição:
Retirada deve ser lenta e gradual
Venlafaxina e Duloxetina: 14 dias após o término do 
tratamento com IMAO
5 dias após a suspensão da duloxetina para iniciar o 
tratamento com IMAO
➯ Formulação de liberação imediata de venlafaxina: hipertensãodiastólica sustentada em 10-15% dos pacientes com doses mais 
elevadas
Liberação prolongada: ↓ risco ➯ cápsula de liberação 
controlada (difusão lenta pela membrana de cobertura)
Farmacocinética:
Via de administração: oral, absorção rápida
Metabolismo de primeira passagem: biodisponibilidade 40 a 
70%
Excreção lenta, possibilitando a dose única diária
Desvenlafaxina: metabolismo hepático e renal. t1/2 
vida ≈ 11 h
Venlafaxina: ajuste de dose em pacientes com 
insuficiência renal ou hepática. t1/2 vida ≈ 5 h
Duloxetina: t1/2 vida ≈ 12 h
Não recomendada quando há doença renal terminal ou 
insuficiência hepática
Efeitos adversos:
Semelhante aos ISRSs (náuseas, constipação, insônia, 
cefaleia, disfunção sexual)
Podem causar síndrome de interrupção se o tratamento for 
suspenso de modo súbito → náusea, tontura, cefaleia, 
sudorese e salivação
Venlafaxina 
Potente inibidor da captação de serotonina
Dosagens médias e altas → inibidor de NE
Inibição mínima das isoenzimas CYP450 e é substrato da 
isoenzima CYP2D6
Desvenlafaxina: metabólito ativo, desmetilado da 
venlafaxina
EA: náuseas, cefaleia, disfunções sexuais, tonturas, insônia, 
sedação e constipação
Em doses elevadas, pode ocorrer aumento da PA e FC 
A atividade clínica e o perfil de efeitos adversos da 
desvenlafaxina são similares aos da venlafaxina
Duloxetina
Inibe a captação de serotonina e NE em todas as 
dosagens
Usada para depressão, ansiedade, fibromialgia e dor 
neuropática associada a neuropatia periférica
Biotransformada no fígado em metabólitos inativos e deve 
ser evitada em pacientes com disfunção hepática
EA: no GI são comuns com a duloxetina, incluindo náuseas, 
xerostomia e constipação, insônia, tonturas, sonolência, 
sudoração e disfunção sexual; pode aumentar a PA e FC
Interações: ela é um inibidor moderado da isoenzima 
CYP2D6 e pode aumentar a concentração de fármacos 
biotransformados por essa via, como os antipsicóticos
Levomilnaciprana
Um enantiômero do milnaciprana (um ICSN antigo usado contra a depressão na Europa e contra a fibromialgia nos EUA)
EA: similar ao dos demais ICSNs
Biotransformado primariamente pela CYP3A4
Interações: atividade pode ser alterada por indutores ou inibidores desse sistema enzimático
Antagonistas dos Receptores de Serotonina
Antidepressivos 9
Dois pares de análogos estruturais próximos: 
➯ Trazodona e nefazodona 
➯ Mirtazapina e mianserina
Mecanismo de ação:
Bloqueio de 5-HT2 e os receptores alfa1-adrenérgicos
Inibem o transportador de serotonina (ação menos potente)
A maioria dos agentes desta classe também afeta outras classes de 
receptores
Farmacocinética:
Doses baixas de Trazodona (50 a 100 mg) isoladamente ou 
concomitante com ISRSs ou IRSNs: tratamento da insônia
Dose máxima recomendada: 400 mg/dia para pacientes 
ambulatoriais e 600 mg/dia para pacientes internados
Estado estacionário três dias após em esquema de dosagem diária de 
2 ou 3 vezes
Neazodona: meia-vida de apenas 2-4 h; seu principal metabólito 
hidroxinefazodona tem uma meia-vida de 1,5-4 h
Mianserina e Mirtazapina: 
Meia-vida de eliminação de 16 a 30 h
A depuração é reduzida nos idosos e em pacientes com 
insuficiência renal ou hepática grave.
Usos terapêuticos:
Depressão + Insônia → Mianserina e Mirtazapina são bastante 
sedativas
Efeitos adversos:
Sonolência, aumento do apetite e ganho de peso
Mirtazapina → agranulocitose (raro)
Trazodona → priapismo em raros casos (pode ser necessária 
intervenção cirúrgica)
Interações:
Trazodona: fármacos que inibem CYP3A4
Mirtazapina: metabolizada por CYPs 2D6, 1A2 e 3A4 mas não inibe 
de maneira potente nenhuma dessas enzimas
Trazodona e nefazodona são inibidores fracos de captação de 
serotonina → mas não se sabe se esses fármacos bloqueiam SERT 
cerebral de maneira apreciável com doses usadas no tratamento de 
depressão
Mirtazapina
Mecanismo de ação: 
Aumenta a neurotransmissão de serotonina e NE, 
servindo como antagonista nos receptores pré-
sinápticos α2
Parte da atividade antidepressiva pode ser 
relacionada ao antagonismo de receptores 5-HT2
Usos terapêuticos: sedativo devido à sua potente 
atividade anti-histamínica, mas não causa os efeitos 
adversos antimuscarínicos 
dos ADTs, nem interfere na função sexual, como os 
ISCSs.
EA: frequentemente, ocorre aumento do apetite e da 
massa corporal
Nefazodona e Trazodona
Mecanismo de ação: 
Inibidores fracos da captação de serotonina
Bloqueio dos receptores 5-HT2A pós-sinápticos
Usos terapêuticos: 
São sedativos (provavelmente devido à potente 
atividade bloqueadora H1)
A trazodona é usada comumente extrabula para o 
controle da insônia
EA: 
A trazodona foi associada ao priapismo, e a 
nefazodona, ao risco de hepatotoxicidade
Ambos os fármacos são antagonistas leves a 
moderados nos receptores α1, o que contribui para 
ortostasia e tonturas.
Antipsicóticos Atípicos
➯ Grupo misto de fármacos com ações em locais diferentes
Antidepressivos 10
Bupropiona
Mecanismo de ação: inibidor da captação de dopamina e NE fraco
Usos terapêuticos: diminuir fissura por algumas substâncias e atenuar os sintomas de abstinência da nicotina
EA: boca seca, sudoração, nervosismo, tremores e um aumento dose-dependente do risco de convulsões; a incidência 
de disfunções sexuais é baixa
Biotransformada pela CYP2B6
Interações: 
O risco de interações entre fármacos é relativamente baixo, considerando que poucas substâncias inibem ou induzem a enzima 
CYP2B6
Pode inibir a CYP2D6 e aumentar a exposição a substratos dessa isoenzima
Contraindicações: deve ser evitado em pacientes sob risco de convulsões ou naqueles que sofrem de transtornos de alimentação, 
como bulimia
Vilazodona
Mecanismo de ação: inibidor da captação de serotonina e um agonista parcial em 5-HT1A. 
EA: similar ao dos ISCSs, incluindo o risco da síndrome de descontinuação se for interrompido abruptamente
Vortioxetina
Mecanismo de ação: inibição da captação de serotonina, agonismo 5-HT1A e antagonismo 5-HT3 e 5-HT7
Usos terapêuticos: depressão
EA: náuseas, êmese e constipação, que podem ser esperados devido a seus mecanismos serotoninérgicos
Tratamento da Mania e do Distúrbio Bipolar
Establizadores do Humor 
Lítio
Os sais de lítio são usados aguda e profilaticamente no tratamento de pacientes bipolares
O lítio é eficaz no tratamento de 60 a 80% dos pacientes que exibem mania e hipomania
Mecanismo de ação: embora vários processos celulares sejam alterados pelos sais de lítio, o 
mecanismo de ação é desconhecido
Estudos eletrofisiológicos in vitro sugerem que o Li+ facilitaria a liberação de 5 HT
Aumenta o efeito dos antidepressivos
Possivelmente dessensibilização dos receptores 5 HT1B
Em camundongos antagoniza o comportamento induzido por agonistas 5 HT1B
O índice terapêutico do lítio é extremamente baixo, e os sais de lítio podem ser tóxicos
Efeitos adversos: 
Cefaleia, xerostomia, polidipsia, poliúria, polifagia, distúrbios GI (o lítio deve ser 
administrado com alimento), tremor fino nas mãos, tonturas, fadiga, reações dérmicas e 
https://www.notion.so/Establizadores-do-Humor-356a2ee447c343efb7124056dcce2972
Antidepressivos 11
sedação
A níveis plasmáticos mais elevados indicam toxicidade → ataxia, fala enrolada, tremores 
grosseiros, confusão e convulsões
A função tiroidiana pode diminuir e deve ser monitorada
Ao contrário de outros estabilizadores do humor, o lítio é eliminado pelos rins, e a administração 
em pacientes com insuficiência renal requer cautela; para pacientes com insuficiência hepática, 
pode ser a melhor escolha
Outros fármacos:
Antiepiléticos → carbamazepina, ácido valproico e lamotrigina, foram aprovados como 
estabilizadores do humor para transtornos bipolares
Antipsicóticos (novos e antigos - clorpromazina e haloperidol) → podem amenizar os 
sintomas de mania
Antipsicóticos atípicos (risperidona, olanzapina, ziprasidona, aripiprazol, asenapina e 
quetiapina) → tratamento da mania
Quetiapina, lurasidona e a combinação de olanzapina e fluoxetina foram aprovadas paradepressão bipolar

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