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Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 1 A assistência pré-natal deve ser iniciada antes do final do 1° trimestre com o objetivo de identificar e tratar potenciais patologias nocivas tanto à gestante quanto ao feto. Isso é importante para estabelecer uma assistência integral em conformidade com as especificidades de cada gestante e com os recursos apropriados para cada situação. A partir desse acompanhamento, é possível monitorar a saúde materna e fetal por meio de informações como a idade gestacional e desenvolvimento do feto., as quais são registradas no Cartão da Gestante e auxiliam a equipe de saúde a elaborar as melhores condutas para uma boa saúde gestacional e perinatal. De acordo com o ministério da saúde, devem ser realizadas no mínimo 6 consultas. • 1º trimestre = 1 • 2º trimestre = 2 • 3º trimestre = 3 Periodicidade: • Até 28 semanas = mensalmente • De 38 a 36 semanas = quinzenalmente • 37+ = semanalmente A estratificação de risco é uma medida dinâmica realizada com o fito de analisar as gestantes conforme os potencias agravos ou riscos e se preciso, direcioná-las para atendimento imediato ou especializado. A classificação pode ser organizada por cores como: • Azul: quando não há fatores de risco identificados e o pré-natal pode ser realizado na Atenção Básica; • Verde: quando existem fatores de risco, mas as gestantes não precisam de encaminhamento para o alto risco e podem ser atendidas pelo pré natal de risco habitual da Atenção Básica; • Amarelo: gestantes que não possuem indicação de pré-natal de alto risco, mas são encaminhadas para acompanhamentos em clínicas específicas; • Laranja: gestantes inclusas no pré-natal de alto risco e acompanhadas pelo nível secundário e terciário de atenção. • Vermelho: gestantes com riscos que necessitam de assistência imediata da emergência ginecológica e obstétrica. Após o atendimento, a Atenção básica considera um caso prioritário de acompanhamento. Anamnese + escuta ativa • Motivo da ida • Situação da menstruação e DUM • Quando ocorreu a última relação • Qualidade da relação • Se utilizou algum método contraceptivo • Informar sobre infecções • Se havia planejamento • Sugerir e aconselhar acompanhamento pós-teste • Ferro = 40/60 mg de Fe elementar a partir da 20ª semana até 3 meses pós parto (não lactante) ou até aleitamento parar. Profilático = Hb > 11 Anemia = Hb < 11 • Ácido fólico = 0,4 mg para prevenção de defeitos na formação do tubo neural = até 12 semanas. Filho anterior acometido/ terapeutica com anticonvulsivante = 4 mg. • Vitamina D = 10 microgramas em casos específicos. • Outros = depende da dieta • Somar 7 ao dia • Somar 9 ao mês IG= fundo uterino x 8 7 {Pré-Natal} Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 2 • Proscristas – atenuados = triplice viral, Sabin, Varicela BCG, febre amarela • Permitidas – inativos = dT/dTpa (3 doses), Hepatite B (3 doses), influenza (H1N1) Deve administrar 1 dTpa com 20 + semanas, mesmo que tenha tomado as 3 doses Nunca vacinada para tétano = 3 doses = dT + dT + dTpa (última) • Mulheres vacinadas com vírus vivos ou vivos atenuados devem ser aconselhadas a evitar a gravidez por pelo menos 1 mês • Vacinas com vírus inativos (hepatites A e B, gripe [inclusive a H1N1], pólio-Sallk, raiva, vacinas bacterianas e toxoides [tétano, difteria]) podem ser aplicadas com segurança • Mulheres amamentando podem ser vacinadas. • As vacinas de sarampo, caxumba, rubéola e varicela, contraindicadas na gravidez, poderão ser administradas no pós-parto. • As gestantes e puérperas deverão ser vacinadas com vacinas COVID-19 que não contenham vetor viral (Sinovac/Butantan ou Pfizer/Wyeth). 1º e 3º trimestre de gestação • Tipagem sanguínea e fator RH • Hemograma • Glicemia em jejum • VDRL ou teste rápido para sífilis • HIV • HBsAg B e C • Sumário de urina • Urocultura + antibiograma • Toxoplasmose – IgM e IgG = sorológico • Coombs indireto se a mulher for RH – (MS) • Eletroforese de hemoglobina • TOTG entre 24-28 semanas para pacientes não diabeticas. Mnemônico = TESTAR Tipagem e Rh EAS e urocultura Sexuais (HIV, HBsAg e VDRL) Toxoplasmose Anemia (hemograma) e açúcar Repetir = ESA • IgG – IgM – = sem imunidade/suscetível (pedir 3/3m) • IgG + IgM – = com imunidade • IgG – IgM + = infecção aguda – repetir para descartar falso positivo ou pedir IgA • IgG + IgM + = antiga ou recente? – Testar avidez (IgG) (se menos de 16 semanas de gestação) > 60% (alta) ➔ > 4 meses < 30% (baixa) ➔ < 4 meses = tratar! Infecção aguda = espiramicina e rastrear feto (amniocentese) Infecção fetal = + sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico + de 30 semanas pode começar sem amniocentese. • Não existe obrigatoriedade • 1º trimestre – 11 - 14 semanas TN (<2,5 mm), osso nasal e ducto venoso. • 2º trimestre – 20-24 semanas Morfológico • Swab vaginal e retal entre 35-37 semanas • ACOG = 36 a 37 semanas e 6 dias • Não rastrear – casos de antibiótico intraparto = bacteriúria atual para GBS, filho anterior teve GBS • Fazer profilaxia intraparto = swab +, sem rastreio e com risco (trabalho de parto prematuro, febre intraparto ou bolsa rota com mais de 18 horas. • Penicilina cristalina IV 5 x 106 (A) e 2,5 x 106 (M) de 4/4h • Não fazer = cesariana eletiva, swab – com menos de 5 semanas, sem rastreio e sem risco Rastrear/identificar anomalias genéticas no feto e malformações congênitas. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 3 Útil para reduzir a ansiedade, especialmente entre os grupos de alto risco, vigiar a evolução da gravidez; programar o parto, antever complicações no parto e no Recém-Nascido, detectar determinadas características dos pais que possam afetar a gravidez atual ou futura, dar aos casais a opção de uma conduta apropriada para o iminente nascimento de um RN com um distúrbio genético ou malformação congênita e também possibilitar o tratamento pré-natal do feto afetado quando ele for disponível. Diversas doenças genéticas, inclusive de padrão familiar, grande parte das malformações congênitas e alguns erros enzimáticos podem ser diagnosticados ainda dentro do útero, a partir de alterações em exames de imagem ou laboratoriais. Classifica a gestante como baixo ou alto risco para aneuploidias - Testes bioquímicos • Teste duplo (11-13 semanas) = PAPP-A + hCG • Teste triplo (15-18semanas) = AFP + Estriol + hCG • Teste quádruplo (15-18semanas) = AFP + Estriol + hCG + inibina - Testes biofísicos • Translucência nucal = aumentada em algumas doenças genéticas oou má formações. • Ducto venoso = comunicação que carrega sangue oxigenado da veia umbilical pela entrada inferior do átrio, direcionando para o forame oval. Melhor vaso para avaliar função cardíaca. • Osso nasal = não forma ou forma tardiamente em aneuploidias. - DNA Fetal Livre (NIPT) • Sequenciamento de milhões de fragmentos de DNA fetal livre na circulação materna • Sequências específicas para cada cromossomo • A partir de 10 semanas Análise do DNA fetal - Biópsia de vilo corial • Entre 10 e 13 semanas • Exame mais precoce • Taxa de perda 1-2% - Amniocentese • A partir de 14 e 16 semanas • Taxa de perda de 0,5% • Mais seguro - Cordocentese • A partir de 18 semanas • Mais difícil tecnicamente • Taxa de perda de 2% Programa de assistência à gestação, parto e maternidade, instituída no Sistema único de saúde em 2011 para aperfeiçoar a atenção direcionada as mulheres e crianças. Tal projeto visa operar um modelo de atençãoà saúde da mulher através de políticas já criadas na rede, garantindo acesso ao acolhimento resolutivo e humanizado para diminuir a mortalidade materna infantil e alcançar a meta pactuada nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Os estados e municípios são responsáveis por coordenar sua execução. Os componentes desse programa são divididos em quatro competências: pré-natal, parto e nascimento, Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 4 puerpério e atenção integral à saúde da criança e sistema logístico. No que se refere as implementações feitas pela RC, pode se comentar a distribuição de Teste Rápido de Gravidez (TRG) nas UBS do país, visando promover uma maior acessibilidade na detecção precoce da gravidez. Tal implementação procura ampliar ações voltadas para a educação sexual e reprodutiva, acolhendo e instruindo cada usuário que utilizar a testagem, principalmente adolescentes que já possuem relações sexuais. Outra importante ação efetivada foi a criação de protocolos guias clínicos para obter uma mudança de postura no acolhimento por parte dos profissionais de saúde. Esse estímulo se concretiza na forma de educação permanente e avaliação dos casos clínicos por estratos de risco para garantir o monitoramento adequado da gestante. A implementação do programa nacional da RC foi um passo fundamental para a integralidade do acolhimento da gestação até o início da vida infantil, organizando, por meio de protocolos e diretrizes, as equipes de saúde para atender e respeitar os direitos reprodutivos que a mulher deve ter nesse momento tão crucial. Os objetivos básicos são: • Orientar os hábitos de vida (higiene pré-natal) • Assistir psicologicamente a gestante • Preparar a gestante para a maternidade: instruí-la sobre o parto (parto humanizado), dando-lhe noções de puericultura • Evitar o uso de medicação e de medidas potencialmente prejudiciais ao feto (p. ex., teratogênese) • Tratar os pequenos distúrbios da gravidez • Realizar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento das doenças próprias da gravidez ou nela intercorrentes. • Identificar os sintomas e queixas É fundamental abordar a história de vida dessa mulher, seus sentimentos, medos, ansiedades e desejos, de certo que consiste em um momento intenso de mudanças, descobertas, aprendizados e uma oportunidade para os profissionais de saúde investirem em estratégias de educação e cuidado em saúde, visando o bem-estar da mulher e da criança, assim como a inclusão do pai e/ou parceiro (quando houver) e família, desde que esse seja o desejo da mulher. Além das questões de saúde, a gestante precisa ser orientada sobre questões referentes a seus direitos sexuais, sociais e trabalhistas. E, no caso de uma gestação indesejada, é importante acompanhamento e abordagem multidisciplinares, devendo-se acompanhar a mulher de forma acolhedora, singular e integral, com atenção para a detecção precoce de problemas. • O exercício físico na gravidez tem riscos mínimos, mas benefícios para a maioria das mulheres, embora algumas mudanças da programação sejam necessárias em virtude das alterações normais anatômicas e fisiológicas do estado gestacional. • Uma avaliação clínica completa deve ser conduzida antes de se recomendar o programa de exercícios para assegurar que a paciente não tenha motivos para evitá-lo. • Mulheres com gravidez não complicada devem ser engajadas em exercícios aeróbicos e de força, durante a gestação e no pós-parto. • Para a mulher grávida e a puérpera saudáveis, as diretrizes recomendam no mínimo 150 min por semana de atividade aeróbica de intensidade moderada. Essa atividade deve ser distribuída na semana e ajustada após supervisão médica, que analisa as contraindicações para o exercício aeróbico na gravidez. • A frequência cardíaca fetal aumenta 10 a 30 batimentos durante ou após o exercício. A alteração no peso fetal é mínima ou inexistente. • Durante uma gestação de risco habitual, a mulher que já praticava exercícios pode continuar a fazê- lo, adequando a prescrição à gestação. • Mulheres que eram sedentárias podem iniciar uma prática de atividade física, desde que com adequada orientação e supervisão. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 5 • Observar sempre a hidratação durante a atividade, o repouso após atividade e os sinas de risco, quando a prática deverá ser suspensa até uma avaliação médica. • As contraindicações absolutas são: o sangramento uterino de qualquer causa, a placentação baixa, o trabalho de parto pré-termo, o retardo de crescimento intrauterino, os sinais de insuficiência placentária, a rotura prematura de membranas e a incompetência istmocervical. • Entre as opções disponíveis, o yoga e a hidroginástica são atividades bem recomendadas para mulheres grávidas e que não tinham histórico de prática regular de atividade física, pois são atividades de baixo impacto e que podem melhorar a condição cardiorrespiratória. • A gestação não contraindica o banho diário e outras medidas de higiene, sendo o banho recomendado o de chuveiro; pois o de imersão, quente, prolongado, predispõe a desmaios e vertigens. • Irrigações vaginais estão proibidas. • A região genitoanal merece especial atenção em virtude do aumento natural de umidade. • A higiene dos dentes e das gengivas é obrigatória. Se necessário, a extração dentária pode ser realizada, evitando-se, por precaução, os anestésicos com epinefrina. • Quando há grande desenvolvimento mamário, o uso de sutiã é obrigatório. • Deve-se estimular o uso de meia-calça elástica de média compressão para gestantes, a fim de evitar as varizes e diminuir a dor por estase nos membros inferiores. • Os sapatos mais indicados são os de salto anabela, com solado antiderrapante, pois, ao caminhar, estimulam naturalmente a circulação sanguínea nos membros inferiores, colaborando para o bom funcionamento da bomba muscular venosa, além de diminuírem a dor nas pernas e a probabilidade de edema e formação de varizes. • A atividade doméstica ou profissional não exagerada é permitida. No último mês, recomenda-se a interrupção das atividades fora de casa. • Nos casos de gravidez normal, fica a critério do casal; na ameaça de abortamento e de parto pré- termo, deve ser evitada. • No último trimestre, o crescimento do ventre dificulta a atividade sexual. • Abordar a possibilidade de mudanças no desejo e na disposição sexual devido a fatores psicoafetivos, biológicos, conjugais e culturais durante a gravidez. • Se a mulher desejar, as relações sexuais até o momento do parto podem facilitar o nascimento do bebê. • Só há contraindicação na presença de placenta prévia e alto risco de prematuridade, sendo as medidas de proteção contra IST indicadas para todas as gestantes e casais. • Evitar a atividade sexual na presença de sangramento ou perda de líquido. • A grávida deve ser encorajada a não fumar, pois o tabagismo aumenta a incidência de natimortalidade ante- e intraparto. • O etilismo crônico é determinante de malformações congênitas em cerca de 30% dos casos (p. ex., microcefalia, retardo no neurodesenvolvimento). • A síndrome alcoólica fetal pode ser reconhecida no recém-nascido ou demorar a se manifestar (1 a 2 anos). • A maconha é a droga ilícita mais usada na gravidez, causando deficiências neurocomportamentais no bebê. Fala-se também em risco aumentado de anencefalia quando a maconha é usada no 1o trimestre da gravidez. • No caso do tabaco, pode haver crescimento intrauterino restrito, recém-nascidos com baixo peso e mortes perinatais. Sandy VanessaMedicina o8 – UFPE CAA 6 • Os voos comerciais costumam ser seguros para a grávida e seu concepto; no entanto, muitas companhias aéreas restringem o transporte de grávidas. • Em geral, mulheres com gestações únicas, não complicadas, podem voar longas distâncias com até 36 semanas de gravidez. • Após 28 semanas, pode ser exigido um atestado do médico que confirme a normalidade da gestação e a data provável do parto. • As grávidas devem ser informadas de que longas viagens aéreas estão associadas a maior risco de trombose venosa, muito embora ainda não haja confirmação de que a gravidez agrave essa complicação. • Não há contraindicação para o uso das tinturas industrializadas; misturas oficinais não são recomendadas e é preferencial o uso de produtos à base de água. São proibidos alisantes, produtos para os tratamentos chamados de permanentes (para cachear os cabelos) e descolorantes. • A gestante deve evitar permanecer em pé ou sentada por muito tempo. Sempre trocar o posicionamento para aliviar dores e edemas • Ao se deitar, a posição mais indicada é em decúbito lateral esquerdo, por diminuir a compressão sobre a aorta e a cava, favorecendo a circulação sanguínea. • O uso de um travesseiro preenchendo o espaço entre a cabeça e o ombro, e outro entre as pernas fletidas, está indicado. Antes de se levantar, é importante realizar atividades com as mãos e pés para ativar a circulação. • Ao conduzir veículos, a gestante deve posicionar o cinto de segurança sobre o quadril mais abaixo no abdome, para prevenir possíveis lesões sobre o útero em caso de acidentes. Para trajetos longos, é indicado realizar paradas para movimentação, alongamento e alívio da pressão sobre a bexiga. • O IOM aconselha o aumento de peso na gravidez de acordo com o IMC pré-concepcional referido. IMC pré-concepcional (kg/m2) Ganho de peso total (kg) Baixo peso (< 18,5) 12,5 a 18 Peso normal (18,5 a 24,9) 11,5 a 16 Sobrepeso (25 a 29,9) 7 a 11,5 Obesidade (≥ 30,0) 5 a 9 • Ganho de peso médio na gravidez compartimentalizado: Útero: 0,9 kg Mamas: 0,4 kg Sangue: 1,2 kg Líquido extracelular: 1,2 kg Gordura: 3,5 kg. Combinando esse acréscimo dos tecidos maternos ao peso médio do concepto, chega- se a um ganho de peso médio na gravidez de 13 kg, embora a amplitude de variação seja muito grande (12 a 16 kg) e, ainda assim, o prognóstico da gravidez seja satisfatório. • Há recomendações especiais para excluir alimentos contendo teratógenos, como o retinol, ou contaminados por listeriose (leite não pasteurizado, queijos fermentados, patê) ou toxoplasmose (carne malcozida ou vegetais contaminados pelo solo). • Adoçante seguro = stevia Grupo de alimento Recomendação Pão, outros cereais e batatas Comer à vontade Frutas e vegetais Comer à vontade: no mínimo 5 porções/dia Leite e derivados Porções moderadas e com baixo teor de gordura Carne, peixe etc. Porções moderadas e de baixo teor de gordura Alimentos contendo gordura, e alimentos e bebidas contendo açúcar Ingerir com muita parcimônia Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 7 • Na gravidez, a dieta costuma estar desbalanceada com relação à quantidade de ômega-3 e deficitária quando comparada à de ômega-6. Esse desequilíbrio pode levar a estado pro inflamatório, que contribui para inúmeras complicações, incluindo parto pré- termo, pré-eclâmpsia e depressão pós-parto. A deficiência de ácidos graxos ômega-3 no feto coloca esses bebês sob o risco de doenças alérgicas e desenvolvimento psiquiátrico subótimo. O consumo de peixes ricos em ômega-3 é objeto de grande preocupação pela contaminação industrial (mercúrio e bifenis), e a suplementação com óleos de peixe na dieta ainda não se demonstrou realmente benéfica para a grávida. Nutrientes Funções Ferro Prevenção de anemia e nascimento pré- termo Ácido fólico Prevenção de defeitos do tubo neural e alterações na divisão celular Cálcio Manutenção esquelética e função cardíaca Vitamina A Prematuridade, retardo do crescimento intrauterino, baixo peso, descolamento placentário, mortalidade materna Vitamina D Necessária para formação esquelética do feto Vitamina C Estimula melhor a absorção do ferro e reduz o risco de anemia materna • Sulfas devem ser evitadas no final da gravidez – competem com a bilirrubina por sítios de ligação na albumina fetal. • Vancomicina = evitar • Quinolonas = 2ª linha, não recoemndadas habitualmente. • Esquema tuberculostático = rifampicina, isoniazida, pirazinamida, etambutol e etionamida. = atravessam a placenta mas não são teratogênicos. • Antifúngicos seguros = anfotericina B, anforeticina B lipossomal, miconidazol, metronidazol e nistatina. • Pode usar no 2º trimestre = cetoconazol, griseofulvina, secnidazol e tinidazol. • Anti-helmínticos devem ser prescritos apenas após o 2º trimestre. = Mebendazol, albendazol, piperazina, tiabendazol, praziquantel. • IECA = teratogênicos • Betabloqueadores, como atenolol e proponolol, podem causar crescimento intrauterino restrito, baixo peso ao nascer, bradicardia, depressão respiratória, hipoglicemia neonatal e policitemia. • Diuréticos podem levar a má-formações quando prescritos no 1º trimestre. • Bloqueadores de canais de calcio não parecem apresentar repercussões fetais = nifepidina. • Heparina de baixo peso molecular ou não fracionada = não atravessa barreira placentária. • Derivados cumarínicos associados à defeito de formação da ponte nasal quando usados no 1º trimestre e hemorragia fetal a partir do 2º. • Beta-2-agonistas e glicocorticoides em caso de asma são seguros. • Anticonvulsivantes aumentam as chances de má- formações. = Hidantoína, carbamazepina, ácido valproico, fenobarbital, topiramato, lamotrigna. = Aumentar suplementação de ácido fólico. • Diazepan associado a fenda labial e palatina. • Má-formações associadas ao uso de antidepressivos tricíclicos no 1º trimestre. Inibidores seletivos da recaptação de serotonina são mais seguro. • Antipsicóticos teratogênicos = haloperidol e clorpromazina. • Os AINEs em geral não são teratogênicos. No entanto, quando administrados durante o 3 o trimestre, podem levar à gravidez prolongada, disfunção renal, oligoâmnio e fechamento precoce do ducto arterioso levando à hipertensão pulmonar primária do recém-nascido. • Os inibidores seletivos da Cox-2 (celecoxib e rofecoxib) também não devem ser utilizados após a 32a semana de gestação. • Os analgésicos narcóticos não estão associados a malformações fetais, porém o seu uso abusivo pode causar uma síndrome de abstinência no recém- nascido. • Apesar de todos os agentes utilizados para anestesia geral, como halotano, óxido nitroso, sevoflurano e tipoental, cruzarem a placenta, não há relatos de teratogênese associada ao seu uso. • A ciclofosfamida, o micofenolato mofetil e o metotrexato estão associados a uma enorme quantidade de malformações congênitas. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 8 • A ciclosporina parece ser segura para uso na gestação, porém esta não é uma informação de consenso. • O uso excessivo de vitamina A durante a gravidez pode aumentar o risco de malformações fetais. A dose máxima a ser administrada diariamente não deve ultrapassar 8.000 UI. • Os hormônios com atividade androgênica, como a testosterona e o danazol (usado no tratamento da endometriose), estão associados à virilização de fetos femininos. O dietilestilbestrol, um estrogênio sintético, está relacionado ao desenvolvimento de adenocarcinoma de células claras da vulva e vagina nas filhas de mulheres tratadas durante a gravidez. • A espironolactona,por seu efeito antiandrogênico, pode levar à feminilização de fetos masculinos. • Talidomida = teratógeno. Causa malformações nos membros (focomelia, amelia e hipoplasia) geralmente bilaterais, anomalias renais, cardíacas, torácicas e de face (olhos e ouvidos) quando usada no início da gravidez. A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) instituída pela Portaria GM/MS nº 1.944, de 27 de agosto de 2009, tem como objetivo facilitar e ampliar o acesso com qualidade da população masculina, na faixa etária de 20 a 59 anos, às ações e aos serviços de assistência integral à saúde da Rede SUS, mediante a atuação nos aspectos socioculturais, sob a perspectiva relacional de gênero e na lógica da concepção de linhas de cuidado que respeitem a integralidade da atenção, contribuindo de modo efetivo para a redução da morbimortalidade e melhores condições de saúde desta população. A PNAISH aposta na perspectiva da inclusão do tema da paternidade e cuidado, por meio do Pré-Natal do Parceiro, nos debates e nas ações voltadas para o planejamento reprodutivo como uma estratégia essencial para qualificar a atenção à gestação, ao parto e ao nascimento, estreitando a relação entre trabalhadores de saúde, comunidade e, sobretudo, aprimorando os vínculos afetivos familiares dos usuários e das usuárias nos serviços ofertados. Além desse importante efeito, estas ações têm grande potencial para auxiliar em um dos principais objetivos da política: ampliar o acesso e o acolhimento dos homens aos serviços e programas de saúde e qualificar as práticas de cuidado com sua saúde de maneira geral no âmbito do SUS. Para tal, a Coordenação Nacional de Saúde do Homem, responsável pela condução da PNAISH, tem desenvolvido diferentes ações, como campanhas, elaboração de materiais educativos, seminários e capacitações voltadas à valorização da paternidade consciente e à organização dos serviços, a partir da sensibilização de homens e mulheres, famílias e comunidades, gestores/as e trabalhadores/as da saúde sobre o tema. Estas ações buscam ressaltar a importância de: • Disseminar imagens e mensagens positivas sobre pais e paternidade, reconhecendo a importância do papel dos pais para a socialização e a educação das crianças. • Sensibilizar e qualificar os trabalhadores da saúde para acolher e envolver os pais/parceiros desde o teste de gravidez, permitindo que estes se identifiquem com a proposta e possam vincular-se desde cedo a esta criança que virá a nascer, com especial atenção aos pais adolescentes e jovens; • Explicar para a gestante e para o pai/parceiro os benefícios da participação dele em todas as etapas da gestação, desde as consultas de pré-natal até o momento do parto e do pós-parto; • Informar a população sobre os direitos dos pais, como por exemplo, a licença paternidade de 05 (cinco) dias, garantidos por lei. • Incentivar e orientar pais e mães sobre a importância do registro civil de nascimento de seus filhos(as). • Divulgar amplamente a Lei do Acompanhante nº 11.108/2005, estimulando que esse acompanhante - inclusive no caso de pais adolescentes - seja o pai/ parceiro, respeitando a livre escolha da mulher. • Valorizar a participação do pai/parceiro em ações simples durante todo o trabalho de parto, como o suporte à sua parceira, realizando o clampeamento (corte) do cordão umbilical e o primeiro banho, por exemplo. • Destacar a presença do pai/parceiro incluindo o nome dele na placa de identificação dos recém- nascidos e nos consultórios dos serviços de saúde; • Ressaltar que o pai/parceiro nunca deve ser visto como uma “visita”, mas como protagonista desta Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 9 família, devendo ter livre e irrestrito acesso a sua parceira e ao seu filho no ambiente onde se encontrem; • Convidar o pai/parceiro a engajar-se no método canguru, caso o recém-nascido seja prematuro; • Orientar como o pai/parceiro pode estimular e favorecer a amamentação de sua parceira, além de dividir as atividades domésticas e tarefas de cuidado com a criança. A Rede Cegonha visa assegurar às famílias o direito ao planejamento reprodutivo e atenção humanizada, desde a gravidez, passando pelo parto, puerpério e acompanhamento do desenvolvimento infantil. À vista disso, a rede atua, junto à lei do acompanhante, na inserção dos homens nas consultas de pré-natal, envolvendo, portanto, o pai em todo o processo de cuidado, desde a realização do teste de gravidez, até o acompanhamento integral do desenvolvimento infantil. Nesse contexto, a estratégia Pré-natal do Parceiro constitui, também, uma porta de entrada positiva para os homens nos serviços de saúde, aproveitando sua presença nas consultas relacionadas à gestação para ofertar exames de rotina e testes rápidos, convidando- os a participarem das atividades educativas e ao exercício da paternidade consciente, buscando a integralidade no cuidado a esta população. Assim, todo esse processo atua ante os dados de que os homens só buscam cuidado quando possuem algum problema de saúde que o incomodam, não agindo na procura pela promoção e prevenção em saúde, o que aumenta os agravos da morbidade para tal população, com maior sofrimento, menor possibilidade de resolução e maior ônus para o SUS. Durante o atendimento pré-natal, o profissional deve resgatar o histórico do usuário com o tema da paternidade, buscando conhecer as experiências e vivências, assim como as expectativas quanto ao desempenho deste papel afetivo e social. Independentemente do resultado do teste de gravidez, o primeiro contato deve ser aproveitado para incorporar o homem nas ações voltadas para o cuidado integral à saúde, as quais podem ser desenvolvidas em grupos de saúde do homem, durante as visitas dos Agentes Comunitarios de Saúde ou nos locais estratégicos do território, por exemplo. É oportuno ofertar, já na primeira consulta, os testes rápidos de sífilis e HIV e o aconselhamento. Após a confirmação da gravidez, em consulta médica ou de enfermagem, dá-se início à participação do pai/parceiro nas rotinas de acompanhamento da gestante. Este processo é composto por cinco passos. • Primeiro contato com postura acolhedora: incentivar a sua participação nas consultas de pré- natal e nas atividades educativas, informar que poderá tirar dúvidas e se preparar adequadamente para exercer o seu papel durante a gestação, parto e pós-parto. Explicar a importância e ofertar a realização de exames. • Solicitar os testes rápidos e exames de rotina. Ampliar o acesso e a oferta da testagem e do aconselhamento é uma importante estratégia para a prevenção de vários agravos. A institucionalização dessas ações permite a redução do impacto das doenças transmissíveis na população, a promoção de saúde e a melhoria da qualidade do serviço prestado nas unidades de saúde. Permite, também, conhecer e aprofundar o perfil social e epidemiológico da comunidade de abrangência, dimensionar e mapear a população de maior vulnerabilidade e, com isso, reformular estratégias de prevenção e monitoramento. Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 10 • Vacinar o pai/parceiro conforme a situação vacinal encontrada. • Toda a consulta é uma oportunidade de escuta e de criação de vínculo entre os homens e os profissionais de saúde, propiciando o esclarecimento de dúvidas e orientação sobre temas relevantes, tais como relacionamento com a parceira, atividade sexual, gestação, parto e puerpério, aleitamento materno, prevenção da violência doméstica, etc. • Esclarecer sobre o direito da mulher a um acompanhante no pré parto, parto e puerpério e incentivaro pai a conversar com a parceira sobre a possibilidade da sua participação nesse momento No que diz respeito aos exames e aos procedimentos, sugerimos ser solicitados os seguintes: • Tipagem sanguínea e Fator RH (no caso da mulher ter RH negativo); • Pesquisa de antígeno de superfície do vírus da Hepatite B (HBsAg); • Teste treponêmico e/ou não treponêmico para detecção de Sífilis por meio de tecnologia convencional ou rápida; • Pesquisa de Anticorpos anti-HIV; • Pesquisa de anticorpos do vírus da Hepatite C (anti- HCV); • Hemograma; • Lipidograma: dosagem de colesterol HDL, dosagem de colesterol LDL, dosagem de colesterol total, dosagem de triglicerídeos; • Dosagem de Glicose; • Eletroforese da hemoglobina (para detecção da doença falciforme); • Aferição de Pressão Arterial; • Verificação de Peso e cálculo de IMC. Fatores relacionados às características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis • Idade menor que 15 e maior que 35 anos. • Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse. • Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescente. • Situação conjugal insegura. • Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular). • Condições ambientais desfavoráveis. • Altura menor do que 1,45 m. • IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade. Atenção: deve ser redobrada a atenção no acompanhamento de mulheres negras, indígenas, com baixa escolaridade, com idade inferior a 15 anos e superior a 35 anos, em mulheres que tiveram pelo menos um filho morto em gestação anterior e nas que tiveram mais de três filhos vivos em gestações anteriores. Fatores relacionados à história reprodutiva anterior • Recém-nascido com restrição de crescimento, pré- termo ou malformado. • Macrossomia fetal. • Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas. • Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos. • Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos). • Cirurgia uterina anterior. • Três ou mais cesarianas. Fatores relacionados à gravidez atual • Ganho ponderal inadequado. • Infecção urinária. • Anemia. Fatores relacionados às condições prévias • Cardiopatias. • Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica não controlada). • Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em casos de transplantados). • Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, hipotireoidismo e hipertireoidismo). • Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme e talassemia). • Doenças neurológicas (como epilepsia). Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 11 • Doenças psiquiátricas que necessitam de acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.). • Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, outras colagenoses). • Alterações genéticas maternas. • Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. • Ginecopatias (malformação uterina, tumores anexiais e outras). • Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras ISTs (condiloma). • Hanseníase. • Tuberculose. • Anemia grave (hemoglobina < 8). • Isoimunização Rh. • Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado. Fatores relacionados à história reprodutiva anterior • Morte intrauterina ou perinatal em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida. • Abortamento habitual (duas ou mais perdas precoces consecutivas). • Esterilidade/infertilidade. • História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome HELLP, eclâmpsia, internação da mãe em UTI). Fatores relacionados à gravidez atual • Restrição do crescimento intrauterino. • Polidrâmnio ou oligodrâmnio. • Gemelaridade. • Malformações fetais ou arritmia fetal. • Evidência laboratorial de proteinúria. • Diabetes mellitus gestacional. • Desnutrição materna severa. • Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para avaliação nutricional). • NIC III. • Alta suspeita clínica de câncer de mama ou mamografia com Bi-RADS III ou mais. • Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão gestacional ou transitória). • Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite (toda gestante com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência para avaliação). • Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso. • Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis, como o condiloma), quando não há suporte na unidade básica. • Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual. • Adolescentes com fatores de risco psicossocial. • Síndromes hemorrágicas (incluindo descolamento prematuro de placenta, placenta prévia), independentemente da dilatação cervical e da idade gestacional. ➔ Nunca realizar toque antes do exame especular, caso o contexto exija avaliação médica. • Suspeita de pré-eclâmpsia: pressão arterial > 140/90 (medida após um mínimo de cinco minutos de repouso, na posição sentada) e associada à proteinúria. ➔ Pode-se usar o teste rápido de proteinúria. Edema não é mais considerado critério diagnóstico. • Sinais premonitórios de eclâmpsia em gestantes hipertensas: escotomas cintilantes, cefaleia típica occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito. • Eclâmpsia (crises convulsivas em pacientes com pré-eclâmpsia). • Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular/corioamnionite ou outra infecção que necessite de internação hospitalar. • Suspeita de trombose venosa profunda em gestantes (dor no membro inferior, sinais flogísticos, edema localizado e/ou varicosidade aparente). Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 12 • Situações que necessitem de avaliação hospitalar: cefaleia intensa e súbita, sinais neurológicos, crise aguda de asma etc. • Crise hipertensiva (PA > 160/110) • Amniorrexe prematura: perda de líquido vaginal (consistência líquida, em pequena ou grande quantidade, mas de forma persistente), podendo ser observada mediante exame especular com manobra de Valsalva e elevação da apresentação fetal. • Trabalho de parto prematuro (contrações e modificação de colo uterino em gestantes com menos de 37 semanas). • IG a partir de 41 semanas confirmadas. • Hipertermia (tax ≥ 37,8 ºC), na ausência de sinais ou sintomas clínicos de IVAS. • Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em gestantes. • Investigação de prurido gestacional/icterícia. • Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento, com comprometimento sistêmico com menos de 20 semanas. • Vômitos inexplicáveis no 3º trimestre. • Restrição de crescimento intrauterino. • Oligodrâmnio. • Óbito fetal. O intuito da assistência pré-natal de alto risco é interferir no curso de uma gestação que possui maior chance de ter um resultado desfavorável, de maneira a diminuir o risco ao qual estão expostos a gestante e o feto, ou reduzir suas possíveis consequências adversas. Polidrâmnio = É o aumento excessivo do volume do líquido amniótico, superior a 2.000ml, em gestaçõesacima de 30 semanas. Sua incidência varia segundo o procedimento utilizado para o diagnóstico, seja clínico ou ultrassonográfico, variando ao redor de 0,5 a 1,5%. Em condições normais, o aumento semanal médio de L.A é de 20ml entre a 10ª e a 14ª semanas e de 50ml da 15ª a 28ª semana, atingindo o seu volume máximo entre a 34 ª e a 36ª semana, cerca de 1.000ml, e decrescendo até o parto. Há inúmeras condições maternas, fetais e placentárias que estão associadas ao polihidrâmnio. Ele pode ser agudo, que é raro e acontece no meio da gestação repentinamente com muita sintomatologia materna e mau prognóstico, ou crônico, que é o mais frequente, no terceiro trimestre.
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