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Pré-natal

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Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
1 
A assistência pré-natal deve ser iniciada antes do 
final do 1° trimestre com o objetivo de identificar e tratar 
potenciais patologias nocivas tanto à gestante quanto ao 
feto. Isso é importante para estabelecer uma assistência 
integral em conformidade com as especificidades de cada 
gestante e com os recursos apropriados para cada 
situação. 
A partir desse acompanhamento, é possível 
monitorar a saúde materna e fetal por meio de 
informações como a idade gestacional e 
desenvolvimento do feto., as quais são registradas no 
Cartão da Gestante e auxiliam a equipe de saúde a 
elaborar as melhores condutas para uma boa saúde 
gestacional e perinatal. 
De acordo com o ministério da saúde, devem 
ser realizadas no mínimo 6 consultas. 
• 1º trimestre = 1 
• 2º trimestre = 2 
• 3º trimestre = 3 
 
Periodicidade: 
• Até 28 semanas = mensalmente 
• De 38 a 36 semanas = quinzenalmente 
• 37+ = semanalmente 
 
A estratificação de risco é uma medida dinâmica realizada 
com o fito de analisar as gestantes conforme os 
potencias agravos ou riscos e se preciso, direcioná-las 
para atendimento imediato ou especializado. A 
classificação pode ser organizada por cores como: 
• Azul: quando não há fatores de risco identificados e 
o pré-natal pode ser realizado na Atenção Básica; 
• Verde: quando existem fatores de risco, mas as 
gestantes não precisam de encaminhamento para 
o alto risco e podem ser atendidas pelo pré natal de 
risco habitual da Atenção Básica; 
• Amarelo: gestantes que não possuem indicação de 
pré-natal de alto risco, mas são encaminhadas para 
acompanhamentos em clínicas específicas; 
• Laranja: gestantes inclusas no pré-natal de alto risco 
e acompanhadas pelo nível secundário e terciário 
de atenção. 
• Vermelho: gestantes com riscos que necessitam de 
assistência imediata da emergência ginecológica e 
obstétrica. Após o atendimento, a Atenção básica 
considera um caso prioritário de acompanhamento. 
 
Anamnese + escuta ativa 
• Motivo da ida 
• Situação da menstruação e DUM 
• Quando ocorreu a última relação 
• Qualidade da relação 
• Se utilizou algum método contraceptivo 
• Informar sobre infecções 
• Se havia planejamento 
• Sugerir e aconselhar acompanhamento pós-teste 
 
 
• Ferro = 40/60 mg de Fe elementar a partir da 20ª 
semana até 3 meses pós parto (não lactante) ou 
até aleitamento parar. 
 Profilático = Hb > 11 
 Anemia = Hb < 11 
• Ácido fólico = 0,4 mg para prevenção de defeitos 
na formação do tubo neural = até 12 semanas. 
 Filho anterior acometido/ terapeutica com 
anticonvulsivante = 4 mg. 
• Vitamina D = 10 microgramas em casos específicos. 
• Outros = depende da dieta 
 
• Somar 7 ao dia 
• Somar 9 ao mês 
 
IG= 
fundo uterino x 8
7
 
{Pré-Natal} 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
2 
 
• Proscristas – atenuados = triplice viral, Sabin, 
Varicela BCG, febre amarela 
• Permitidas – inativos = dT/dTpa (3 doses), Hepatite 
B (3 doses), influenza (H1N1) 
 Deve administrar 1 dTpa com 20 + semanas, 
mesmo que tenha tomado as 3 doses 
 Nunca vacinada para tétano = 3 doses = dT + 
dT + dTpa (última) 
• Mulheres vacinadas com vírus vivos ou vivos 
atenuados devem ser aconselhadas a evitar a 
gravidez por pelo menos 1 mês 
• Vacinas com vírus inativos (hepatites A e B, gripe 
[inclusive a H1N1], pólio-Sallk, raiva, vacinas bacterianas 
e toxoides [tétano, difteria]) podem ser aplicadas 
com segurança 
• Mulheres amamentando podem ser vacinadas. 
• As vacinas de sarampo, caxumba, rubéola e varicela, 
contraindicadas na gravidez, poderão ser 
administradas no pós-parto. 
• As gestantes e puérperas deverão ser vacinadas 
com vacinas COVID-19 que não contenham vetor 
viral (Sinovac/Butantan ou Pfizer/Wyeth). 
 
1º e 3º trimestre de gestação 
• Tipagem sanguínea e fator RH 
• Hemograma 
• Glicemia em jejum 
• VDRL ou teste rápido para sífilis 
• HIV 
• HBsAg B e C 
• Sumário de urina 
• Urocultura + antibiograma 
• Toxoplasmose – IgM e IgG = sorológico 
• Coombs indireto se a mulher for RH – (MS) 
• Eletroforese de hemoglobina 
• TOTG entre 24-28 semanas para pacientes não 
diabeticas. 
Mnemônico = TESTAR 
Tipagem e Rh 
EAS e urocultura 
Sexuais (HIV, HBsAg e VDRL) 
Toxoplasmose 
Anemia (hemograma) e açúcar 
Repetir = ESA 
 
• IgG – IgM – = sem imunidade/suscetível (pedir 
3/3m) 
• IgG + IgM – = com imunidade 
• IgG – IgM + = infecção aguda – repetir para 
descartar falso positivo ou pedir IgA 
• IgG + IgM + = antiga ou recente? – Testar avidez 
(IgG) (se menos de 16 semanas de gestação) 
 > 60% (alta) ➔ > 4 meses 
 < 30% (baixa) ➔ < 4 meses = tratar! 
Infecção aguda = espiramicina e rastrear feto 
(amniocentese) 
Infecção fetal = + sulfadiazina, pirimetamina e ácido 
folínico 
 + de 30 semanas pode começar sem 
amniocentese. 
 
 
• Não existe obrigatoriedade 
• 1º trimestre – 11 - 14 semanas 
 TN (<2,5 mm), osso nasal e ducto venoso. 
• 2º trimestre – 20-24 semanas 
 Morfológico 
 
• Swab vaginal e retal entre 35-37 semanas 
• ACOG = 36 a 37 semanas e 6 dias 
• Não rastrear – casos de antibiótico intraparto = 
bacteriúria atual para GBS, filho anterior teve GBS 
• Fazer profilaxia intraparto = swab +, sem rastreio e 
com risco (trabalho de parto prematuro, febre 
intraparto ou bolsa rota com mais de 18 horas. 
• Penicilina cristalina IV 5 x 106 (A) e 2,5 x 106 (M) de 
4/4h 
• Não fazer = cesariana eletiva, swab – com menos 
de 5 semanas, sem rastreio e sem risco 
 
 
Rastrear/identificar anomalias genéticas no feto e 
malformações congênitas. 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
3 
Útil para reduzir a ansiedade, especialmente 
entre os grupos de alto risco, vigiar a evolução da 
gravidez; programar o parto, antever complicações no 
parto e no Recém-Nascido, detectar determinadas 
características dos pais que possam afetar a gravidez 
atual ou futura, dar aos casais a opção de uma conduta 
apropriada para o iminente nascimento de um RN com 
um distúrbio genético ou malformação congênita e 
também possibilitar o tratamento pré-natal do feto 
afetado quando ele for disponível. 
Diversas doenças genéticas, inclusive de padrão 
familiar, grande parte das malformações congênitas e 
alguns erros enzimáticos podem ser diagnosticados ainda 
dentro do útero, a partir de alterações em exames de 
imagem ou laboratoriais. 
 
Classifica a gestante como baixo ou alto risco para 
aneuploidias 
- Testes bioquímicos 
• Teste duplo (11-13 semanas) = PAPP-A + hCG 
• Teste triplo (15-18semanas) = AFP + Estriol + hCG 
• Teste quádruplo (15-18semanas) = AFP + Estriol + 
hCG + inibina 
 
- Testes biofísicos 
• Translucência nucal = aumentada em algumas 
doenças genéticas oou má formações. 
• Ducto venoso = comunicação que carrega sangue 
oxigenado da veia umbilical pela entrada inferior do 
átrio, direcionando para o forame oval. Melhor vaso 
para avaliar função cardíaca. 
• Osso nasal = não forma ou forma tardiamente em 
aneuploidias. 
 
- DNA Fetal Livre (NIPT) 
• Sequenciamento de milhões de fragmentos de DNA 
fetal livre na circulação materna 
• Sequências específicas para cada cromossomo 
• A partir de 10 semanas 
 
Análise do DNA fetal 
 
- Biópsia de vilo corial 
• Entre 10 e 13 semanas 
• Exame mais precoce 
• Taxa de perda 1-2% 
 
- Amniocentese 
• A partir de 14 e 16 semanas 
• Taxa de perda de 0,5% 
• Mais seguro 
 
- Cordocentese 
• A partir de 18 semanas 
• Mais difícil tecnicamente 
• Taxa de perda de 2% 
 
 
Programa de assistência à gestação, parto e 
maternidade, instituída no Sistema único de saúde em 
2011 para aperfeiçoar a atenção direcionada as mulheres 
e crianças. 
Tal projeto visa operar um modelo de atençãoà saúde da mulher através de políticas já criadas na rede, 
garantindo acesso ao acolhimento resolutivo e 
humanizado para diminuir a mortalidade materna infantil e 
alcançar a meta pactuada nos Objetivos do 
Desenvolvimento Sustentável. 
Os estados e municípios são responsáveis por 
coordenar sua execução. 
Os componentes desse programa são divididos 
em quatro competências: pré-natal, parto e nascimento, 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
4 
puerpério e atenção integral à saúde da criança e 
sistema logístico. 
No que se refere as implementações feitas pela 
RC, pode se comentar a distribuição de Teste Rápido de 
Gravidez (TRG) nas UBS do país, visando promover uma 
maior acessibilidade na detecção precoce da gravidez. 
Tal implementação procura ampliar ações voltadas para 
a educação sexual e reprodutiva, acolhendo e instruindo 
cada usuário que utilizar a testagem, principalmente 
adolescentes que já possuem relações sexuais. 
Outra importante ação efetivada foi a criação de 
protocolos guias clínicos para obter uma mudança de 
postura no acolhimento por parte dos profissionais de 
saúde. Esse estímulo se concretiza na forma de 
educação permanente e avaliação dos casos clínicos por 
estratos de risco para garantir o monitoramento 
adequado da gestante. 
A implementação do programa nacional da RC 
foi um passo fundamental para a integralidade do 
acolhimento da gestação até o início da vida infantil, 
organizando, por meio de protocolos e diretrizes, as 
equipes de saúde para atender e respeitar os direitos 
reprodutivos que a mulher deve ter nesse momento tão 
crucial. 
 
Os objetivos básicos são: 
• Orientar os hábitos de vida (higiene pré-natal) 
• Assistir psicologicamente a gestante 
• Preparar a gestante para a maternidade: instruí-la 
sobre o parto (parto humanizado), dando-lhe noções 
de puericultura 
• Evitar o uso de medicação e de medidas 
potencialmente prejudiciais ao feto (p. ex., 
teratogênese) 
• Tratar os pequenos distúrbios da gravidez 
• Realizar a prevenção, o diagnóstico e o tratamento 
das doenças próprias da gravidez ou nela 
intercorrentes. 
• Identificar os sintomas e queixas 
 
 É fundamental abordar a história de vida dessa 
mulher, seus sentimentos, medos, ansiedades e desejos, 
de certo que consiste em um momento intenso de 
mudanças, descobertas, aprendizados e uma 
oportunidade para os profissionais de saúde investirem 
em estratégias de educação e cuidado em saúde, 
visando o bem-estar da mulher e da criança, assim como 
a inclusão do pai e/ou parceiro (quando houver) e família, 
desde que esse seja o desejo da mulher. 
 Além das questões de saúde, a gestante precisa 
ser orientada sobre questões referentes a seus direitos 
sexuais, sociais e trabalhistas. E, no caso de uma 
gestação indesejada, é importante acompanhamento e 
abordagem multidisciplinares, devendo-se acompanhar a 
mulher de forma acolhedora, singular e integral, com 
atenção para a detecção precoce de problemas. 
 
• O exercício físico na gravidez tem riscos mínimos, 
mas benefícios para a maioria das mulheres, embora 
algumas mudanças da programação sejam 
necessárias em virtude das alterações normais 
anatômicas e fisiológicas do estado gestacional. 
• Uma avaliação clínica completa deve ser conduzida 
antes de se recomendar o programa de exercícios 
para assegurar que a paciente não tenha motivos 
para evitá-lo. 
• Mulheres com gravidez não complicada devem ser 
engajadas em exercícios aeróbicos e de força, 
durante a gestação e no pós-parto. 
• Para a mulher grávida e a puérpera saudáveis, as 
diretrizes recomendam no mínimo 150 min por 
semana de atividade aeróbica de intensidade 
moderada. Essa atividade deve ser distribuída na 
semana e ajustada após supervisão médica, que 
analisa as contraindicações para o exercício aeróbico 
na gravidez. 
• A frequência cardíaca fetal aumenta 10 a 30 
batimentos durante ou após o exercício. A alteração 
no peso fetal é mínima ou inexistente. 
• Durante uma gestação de risco habitual, a mulher 
que já praticava exercícios pode continuar a fazê-
lo, adequando a prescrição à gestação. 
• Mulheres que eram sedentárias podem iniciar uma 
prática de atividade física, desde que com adequada 
orientação e supervisão. 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
5 
• Observar sempre a hidratação durante a atividade, 
o repouso após atividade e os sinas de risco, quando 
a prática deverá ser suspensa até uma avaliação 
médica. 
• As contraindicações absolutas são: o sangramento 
uterino de qualquer causa, a placentação baixa, o 
trabalho de parto pré-termo, o retardo de 
crescimento intrauterino, os sinais de insuficiência 
placentária, a rotura prematura de membranas e a 
incompetência istmocervical. 
• Entre as opções disponíveis, o yoga e a 
hidroginástica são atividades bem recomendadas 
para mulheres grávidas e que não tinham histórico 
de prática regular de atividade física, pois são 
atividades de baixo impacto e que podem melhorar 
a condição cardiorrespiratória. 
• A gestação não contraindica o banho diário e outras 
medidas de higiene, sendo o banho recomendado o 
de chuveiro; pois o de imersão, quente, prolongado, 
predispõe a desmaios e vertigens. 
• Irrigações vaginais estão proibidas. 
• A região genitoanal merece especial atenção em 
virtude do aumento natural de umidade. 
• A higiene dos dentes e das gengivas é obrigatória. 
Se necessário, a extração dentária pode ser 
realizada, evitando-se, por precaução, os 
anestésicos com epinefrina. 
 
 
• Quando há grande desenvolvimento mamário, o uso 
de sutiã é obrigatório. 
• Deve-se estimular o uso de meia-calça elástica de 
média compressão para gestantes, a fim de evitar 
as varizes e diminuir a dor por estase nos membros 
inferiores. 
• Os sapatos mais indicados são os de salto anabela, 
com solado antiderrapante, pois, ao caminhar, 
estimulam naturalmente a circulação sanguínea nos 
membros inferiores, colaborando para o bom 
funcionamento da bomba muscular venosa, além de 
diminuírem a dor nas pernas e a probabilidade de 
edema e formação de varizes. 
 
 
• A atividade doméstica ou profissional não exagerada 
é permitida. No último mês, recomenda-se a 
interrupção das atividades fora de casa. 
 
• Nos casos de gravidez normal, fica a critério do 
casal; na ameaça de abortamento e de parto pré-
termo, deve ser evitada. 
• No último trimestre, o crescimento do ventre 
dificulta a atividade sexual. 
• Abordar a possibilidade de mudanças no desejo e 
na disposição sexual devido a fatores psicoafetivos, 
biológicos, conjugais e culturais durante a gravidez. 
• Se a mulher desejar, as relações sexuais até o 
momento do parto podem facilitar o nascimento do 
bebê. 
• Só há contraindicação na presença de placenta 
prévia e alto risco de prematuridade, sendo as 
medidas de proteção contra IST indicadas para 
todas as gestantes e casais. 
• Evitar a atividade sexual na presença de 
sangramento ou perda de líquido. 
 
 
• A grávida deve ser encorajada a não fumar, pois o 
tabagismo aumenta a incidência de natimortalidade 
ante- e intraparto. 
• O etilismo crônico é determinante de malformações 
congênitas em cerca de 30% dos casos (p. ex., 
microcefalia, retardo no neurodesenvolvimento). 
• A síndrome alcoólica fetal pode ser reconhecida no 
recém-nascido ou demorar a se manifestar (1 a 2 
anos). 
• A maconha é a droga ilícita mais usada na gravidez, 
causando deficiências neurocomportamentais no 
bebê. Fala-se também em risco aumentado de 
anencefalia quando a maconha é usada no 
1o trimestre da gravidez. 
• No caso do tabaco, pode haver crescimento 
intrauterino restrito, recém-nascidos com baixo 
peso e mortes perinatais. 
 
Sandy VanessaMedicina o8 – UFPE CAA 
 
 
6 
 
• Os voos comerciais costumam ser seguros para a 
grávida e seu concepto; no entanto, muitas 
companhias aéreas restringem o transporte de 
grávidas. 
• Em geral, mulheres com gestações únicas, não 
complicadas, podem voar longas distâncias com até 
36 semanas de gravidez. 
• Após 28 semanas, pode ser exigido um atestado do 
médico que confirme a normalidade da gestação e 
a data provável do parto. 
• As grávidas devem ser informadas de que longas 
viagens aéreas estão associadas a maior risco de 
trombose venosa, muito embora ainda não haja 
confirmação de que a gravidez agrave essa 
complicação. 
 
 
• Não há contraindicação para o uso das tinturas 
industrializadas; misturas oficinais não são 
recomendadas e é preferencial o uso de produtos 
à base de água. São proibidos alisantes, produtos 
para os tratamentos chamados de permanentes 
(para cachear os cabelos) e descolorantes. 
 
 
• A gestante deve evitar permanecer em pé ou 
sentada por muito tempo. Sempre trocar o 
posicionamento para aliviar dores e edemas 
• Ao se deitar, a posição mais indicada é em decúbito 
lateral esquerdo, por diminuir a compressão sobre a 
aorta e a cava, favorecendo a circulação sanguínea. 
• O uso de um travesseiro preenchendo o espaço 
entre a cabeça e o ombro, e outro entre as pernas 
fletidas, está indicado. Antes de se levantar, é 
importante realizar atividades com as mãos e pés 
para ativar a circulação. 
• Ao conduzir veículos, a gestante deve posicionar o 
cinto de segurança sobre o quadril mais abaixo no 
abdome, para prevenir possíveis lesões sobre o 
útero em caso de acidentes. Para trajetos longos, é 
indicado realizar paradas para movimentação, 
alongamento e alívio da pressão sobre a bexiga. 
 
 
• O IOM aconselha o aumento de peso na gravidez 
de acordo com o IMC pré-concepcional referido. 
IMC pré-concepcional 
(kg/m2) 
Ganho de peso total 
(kg) 
Baixo peso (< 18,5) 12,5 a 18 
Peso normal (18,5 a 24,9) 11,5 a 16 
Sobrepeso (25 a 29,9) 7 a 11,5 
Obesidade (≥ 30,0) 5 a 9 
• Ganho de peso médio na gravidez 
compartimentalizado: 
 Útero: 0,9 kg 
 Mamas: 0,4 kg 
 Sangue: 1,2 kg 
 Líquido extracelular: 1,2 kg 
 Gordura: 3,5 kg. 
 Combinando esse acréscimo dos tecidos 
maternos ao peso médio do concepto, chega-
se a um ganho de peso médio na gravidez de 
13 kg, embora a amplitude de variação seja 
muito grande (12 a 16 kg) e, ainda assim, o 
prognóstico da gravidez seja satisfatório. 
 
 
• Há recomendações especiais para excluir alimentos 
contendo teratógenos, como o retinol, ou 
contaminados por listeriose (leite não pasteurizado, 
queijos fermentados, patê) ou toxoplasmose (carne 
malcozida ou vegetais contaminados pelo solo). 
• Adoçante seguro = stevia 
Grupo de alimento Recomendação 
Pão, outros cereais e 
batatas 
Comer à vontade 
Frutas e vegetais Comer à vontade: no 
mínimo 5 porções/dia 
Leite e derivados Porções moderadas e 
com baixo teor de 
gordura 
Carne, peixe etc. Porções moderadas e 
de baixo teor de 
gordura 
Alimentos contendo 
gordura, e alimentos e 
bebidas contendo açúcar 
Ingerir com muita 
parcimônia 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
7 
• Na gravidez, a dieta costuma estar desbalanceada 
com relação à quantidade de ômega-3 e deficitária 
quando comparada à de ômega-6. Esse desequilíbrio 
pode levar a estado pro inflamatório, que contribui 
para inúmeras complicações, incluindo parto pré-
termo, pré-eclâmpsia e depressão pós-parto. A 
deficiência de ácidos graxos ômega-3 no feto coloca 
esses bebês sob o risco de doenças alérgicas e 
desenvolvimento psiquiátrico subótimo. O consumo 
de peixes ricos em ômega-3 é objeto de grande 
preocupação pela contaminação industrial (mercúrio 
e bifenis), e a suplementação com óleos de peixe 
na dieta ainda não se demonstrou realmente 
benéfica para a grávida. 
Nutrientes Funções 
Ferro Prevenção de anemia e nascimento pré-
termo 
Ácido fólico Prevenção de defeitos do tubo neural e 
alterações na divisão celular 
Cálcio Manutenção esquelética e função cardíaca 
Vitamina A Prematuridade, retardo do crescimento 
intrauterino, baixo peso, descolamento 
placentário, mortalidade materna 
Vitamina D Necessária para formação esquelética do feto 
Vitamina C Estimula melhor a absorção do ferro e reduz 
o risco de anemia materna 
 
• Sulfas devem ser evitadas no final da gravidez – 
competem com a bilirrubina por sítios de ligação na 
albumina fetal. 
• Vancomicina = evitar 
• Quinolonas = 2ª linha, não recoemndadas 
habitualmente. 
• Esquema tuberculostático = rifampicina, isoniazida, 
pirazinamida, etambutol e etionamida. = atravessam 
a placenta mas não são teratogênicos. 
• Antifúngicos seguros = anfotericina B, anforeticina B 
lipossomal, miconidazol, metronidazol e nistatina. 
• Pode usar no 2º trimestre = cetoconazol, 
griseofulvina, secnidazol e tinidazol. 
• Anti-helmínticos devem ser prescritos apenas após 
o 2º trimestre. = Mebendazol, albendazol, piperazina, 
tiabendazol, praziquantel. 
• IECA = teratogênicos 
• Betabloqueadores, como atenolol e proponolol, 
podem causar crescimento intrauterino restrito, 
baixo peso ao nascer, bradicardia, depressão 
respiratória, hipoglicemia neonatal e policitemia. 
• Diuréticos podem levar a má-formações quando 
prescritos no 1º trimestre. 
• Bloqueadores de canais de calcio não parecem 
apresentar repercussões fetais = nifepidina. 
• Heparina de baixo peso molecular ou não fracionada 
= não atravessa barreira placentária. 
• Derivados cumarínicos associados à defeito de 
formação da ponte nasal quando usados no 1º 
trimestre e hemorragia fetal a partir do 2º. 
• Beta-2-agonistas e glicocorticoides em caso de 
asma são seguros. 
• Anticonvulsivantes aumentam as chances de má-
formações. = Hidantoína, carbamazepina, ácido 
valproico, fenobarbital, topiramato, lamotrigna. = 
Aumentar suplementação de ácido fólico. 
• Diazepan associado a fenda labial e palatina. 
• Má-formações associadas ao uso de antidepressivos 
tricíclicos no 1º trimestre. Inibidores seletivos da 
recaptação de serotonina são mais seguro. 
• Antipsicóticos teratogênicos = haloperidol e 
clorpromazina. 
• Os AINEs em geral não são teratogênicos. No 
entanto, quando administrados durante o 3 o 
trimestre, podem levar à gravidez prolongada, 
disfunção renal, oligoâmnio e fechamento precoce 
do ducto arterioso levando à hipertensão pulmonar 
primária do recém-nascido. 
• Os inibidores seletivos da Cox-2 (celecoxib e 
rofecoxib) também não devem ser utilizados após a 
32a semana de gestação. 
• Os analgésicos narcóticos não estão associados a 
malformações fetais, porém o seu uso abusivo pode 
causar uma síndrome de abstinência no recém-
nascido. 
• Apesar de todos os agentes utilizados para anestesia 
geral, como halotano, óxido nitroso, sevoflurano e 
tipoental, cruzarem a placenta, não há relatos de 
teratogênese associada ao seu uso. 
• A ciclofosfamida, o micofenolato mofetil e o 
metotrexato estão associados a uma enorme 
quantidade de malformações congênitas. 
Sandy Vanessa Medicina o8 – UFPE CAA 
 
 
8 
• A ciclosporina parece ser segura para uso na 
gestação, porém esta não é uma informação de 
consenso. 
• O uso excessivo de vitamina A durante a gravidez 
pode aumentar o risco de malformações fetais. A 
dose máxima a ser administrada diariamente não 
deve ultrapassar 8.000 UI. 
• Os hormônios com atividade androgênica, como a 
testosterona e o danazol (usado no tratamento da 
endometriose), estão associados à virilização de 
fetos femininos. O dietilestilbestrol, um estrogênio 
sintético, está relacionado ao desenvolvimento de 
adenocarcinoma de células claras da vulva e vagina 
nas filhas de mulheres tratadas durante a gravidez. 
• A espironolactona,por seu efeito antiandrogênico, 
pode levar à feminilização de fetos masculinos. 
• Talidomida = teratógeno. Causa malformações nos 
membros (focomelia, amelia e hipoplasia) 
geralmente bilaterais, anomalias renais, cardíacas, 
torácicas e de face (olhos e ouvidos) quando usada 
no início da gravidez. 
 
A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do 
Homem (PNAISH) instituída pela Portaria GM/MS nº 1.944, 
de 27 de agosto de 2009, tem como objetivo facilitar e 
ampliar o acesso com qualidade da população masculina, 
na faixa etária de 20 a 59 anos, às ações e aos serviços 
de assistência integral à saúde da Rede SUS, mediante a 
atuação nos aspectos socioculturais, sob a perspectiva 
relacional de gênero e na lógica da concepção de linhas 
de cuidado que respeitem a integralidade da atenção, 
contribuindo de modo efetivo para a redução da 
morbimortalidade e melhores condições de saúde desta 
população. 
A PNAISH aposta na perspectiva da inclusão do 
tema da paternidade e cuidado, por meio do Pré-Natal 
do Parceiro, nos debates e nas ações voltadas para o 
planejamento reprodutivo como uma estratégia essencial 
para qualificar a atenção à gestação, ao parto e ao 
nascimento, estreitando a relação entre trabalhadores de 
saúde, comunidade e, sobretudo, aprimorando os 
vínculos afetivos familiares dos usuários e das usuárias 
nos serviços ofertados. 
Além desse importante efeito, estas ações têm 
grande potencial para auxiliar em um dos principais 
objetivos da política: ampliar o acesso e o acolhimento 
dos homens aos serviços e programas de saúde e 
qualificar as práticas de cuidado com sua saúde de 
maneira geral no âmbito do SUS. Para tal, a Coordenação 
Nacional de Saúde do Homem, responsável pela 
condução da PNAISH, tem desenvolvido diferentes 
ações, como campanhas, elaboração de materiais 
educativos, seminários e capacitações voltadas à 
valorização da paternidade consciente e à organização 
dos serviços, a partir da sensibilização de homens e 
mulheres, famílias e comunidades, gestores/as e 
trabalhadores/as da saúde sobre o tema. 
Estas ações buscam ressaltar a importância de: 
• Disseminar imagens e mensagens positivas sobre 
pais e paternidade, reconhecendo a importância do 
papel dos pais para a socialização e a educação das 
crianças. 
• Sensibilizar e qualificar os trabalhadores da saúde 
para acolher e envolver os pais/parceiros desde o 
teste de gravidez, permitindo que estes se 
identifiquem com a proposta e possam vincular-se 
desde cedo a esta criança que virá a nascer, com 
especial atenção aos pais adolescentes e jovens; 
• Explicar para a gestante e para o pai/parceiro os 
benefícios da participação dele em todas as etapas 
da gestação, desde as consultas de pré-natal até o 
momento do parto e do pós-parto; 
• Informar a população sobre os direitos dos pais, 
como por exemplo, a licença paternidade de 05 
(cinco) dias, garantidos por lei. 
• Incentivar e orientar pais e mães sobre a 
importância do registro civil de nascimento de seus 
filhos(as). 
• Divulgar amplamente a Lei do Acompanhante nº 
11.108/2005, estimulando que esse acompanhante - 
inclusive no caso de pais adolescentes - seja o pai/ 
parceiro, respeitando a livre escolha da mulher. 
• Valorizar a participação do pai/parceiro em ações 
simples durante todo o trabalho de parto, como o 
suporte à sua parceira, realizando o clampeamento 
(corte) do cordão umbilical e o primeiro banho, por 
exemplo. 
• Destacar a presença do pai/parceiro incluindo o 
nome dele na placa de identificação dos recém-
nascidos e nos consultórios dos serviços de saúde; 
• Ressaltar que o pai/parceiro nunca deve ser visto 
como uma “visita”, mas como protagonista desta 
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9 
família, devendo ter livre e irrestrito acesso a sua 
parceira e ao seu filho no ambiente onde se 
encontrem; 
• Convidar o pai/parceiro a engajar-se no método 
canguru, caso o recém-nascido seja prematuro; 
• Orientar como o pai/parceiro pode estimular e 
favorecer a amamentação de sua parceira, além de 
dividir as atividades domésticas e tarefas de cuidado 
com a criança. 
 
A Rede Cegonha visa assegurar às famílias o direito 
ao planejamento reprodutivo e atenção humanizada, 
desde a gravidez, passando pelo parto, puerpério e 
acompanhamento do desenvolvimento infantil. À vista 
disso, a rede atua, junto à lei do acompanhante, na 
inserção dos homens nas consultas de pré-natal, 
envolvendo, portanto, o pai em todo o processo de 
cuidado, desde a realização do teste de gravidez, até o 
acompanhamento integral do desenvolvimento infantil. 
Nesse contexto, a estratégia Pré-natal do Parceiro 
constitui, também, uma porta de entrada positiva para os 
homens nos serviços de saúde, aproveitando sua 
presença nas consultas relacionadas à gestação para 
ofertar exames de rotina e testes rápidos, convidando-
os a participarem das atividades educativas e ao exercício 
da paternidade consciente, buscando a integralidade no 
cuidado a esta população. Assim, todo esse processo 
atua ante os dados de que os homens só buscam cuidado 
quando possuem algum problema de saúde que o 
incomodam, não agindo na procura pela promoção e 
prevenção em saúde, o que aumenta os agravos da 
morbidade para tal população, com maior sofrimento, 
menor possibilidade de resolução e maior ônus para o 
SUS. 
Durante o atendimento pré-natal, o profissional deve 
resgatar o histórico do usuário com o tema da 
paternidade, buscando conhecer as experiências e 
vivências, assim como as expectativas quanto ao 
desempenho deste papel afetivo e social. 
Independentemente do resultado do teste de gravidez, 
o primeiro contato deve ser aproveitado para incorporar 
o homem nas ações voltadas para o cuidado integral à 
saúde, as quais podem ser desenvolvidas em grupos de 
saúde do homem, durante as visitas dos Agentes 
Comunitarios de Saúde ou nos locais estratégicos do 
território, por exemplo. 
É oportuno ofertar, já na primeira consulta, os 
testes rápidos de sífilis e HIV e o aconselhamento. 
 
Após a confirmação da gravidez, em consulta 
médica ou de enfermagem, dá-se início à participação 
do pai/parceiro nas rotinas de acompanhamento da 
gestante. Este processo é composto por cinco passos. 
• Primeiro contato com postura acolhedora: 
incentivar a sua participação nas consultas de pré-
natal e nas atividades educativas, informar que 
poderá tirar dúvidas e se preparar adequadamente 
para exercer o seu papel durante a gestação, parto 
e pós-parto. Explicar a importância e ofertar a 
realização de exames. 
• Solicitar os testes rápidos e exames de rotina. 
Ampliar o acesso e a oferta da testagem e do 
aconselhamento é uma importante estratégia para 
a prevenção de vários agravos. A institucionalização 
dessas ações permite a redução do impacto das 
doenças transmissíveis na população, a promoção 
de saúde e a melhoria da qualidade do serviço 
prestado nas unidades de saúde. Permite, também, 
conhecer e aprofundar o perfil social e 
epidemiológico da comunidade de abrangência, 
dimensionar e mapear a população de maior 
vulnerabilidade e, com isso, reformular estratégias 
de prevenção e monitoramento. 
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• Vacinar o pai/parceiro conforme a situação vacinal 
encontrada. 
• Toda a consulta é uma oportunidade de escuta e 
de criação de vínculo entre os homens e os 
profissionais de saúde, propiciando o esclarecimento 
de dúvidas e orientação sobre temas relevantes, tais 
como relacionamento com a parceira, atividade 
sexual, gestação, parto e puerpério, aleitamento 
materno, prevenção da violência doméstica, etc. 
• Esclarecer sobre o direito da mulher a um 
acompanhante no pré parto, parto e puerpério e 
incentivaro pai a conversar com a parceira sobre a 
possibilidade da sua participação nesse momento 
 
No que diz respeito aos exames e aos procedimentos, 
sugerimos ser solicitados os seguintes: 
• Tipagem sanguínea e Fator RH (no caso da mulher 
ter RH negativo); 
• Pesquisa de antígeno de superfície do vírus da 
Hepatite B (HBsAg); 
• Teste treponêmico e/ou não treponêmico para 
detecção de Sífilis por meio de tecnologia 
convencional ou rápida; 
• Pesquisa de Anticorpos anti-HIV; 
• Pesquisa de anticorpos do vírus da Hepatite C (anti-
HCV); 
• Hemograma; 
• Lipidograma: dosagem de colesterol HDL, 
dosagem de colesterol LDL, dosagem de colesterol 
total, dosagem de triglicerídeos; 
• Dosagem de Glicose; 
• Eletroforese da hemoglobina (para detecção da 
doença falciforme); 
• Aferição de Pressão Arterial; 
• Verificação de Peso e cálculo de IMC. 
 
Fatores relacionados às características individuais e às 
condições sociodemográficas desfavoráveis 
• Idade menor que 15 e maior que 35 anos. 
• Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária 
extensa, rotatividade de horário, exposição a 
agentes físicos, químicos e biológicos, estresse. 
• Situação familiar insegura e não aceitação da 
gravidez, principalmente em se tratando de 
adolescente. 
• Situação conjugal insegura. 
• Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de 
estudo regular). 
• Condições ambientais desfavoráveis. 
• Altura menor do que 1,45 m. 
• IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou 
obesidade. 
Atenção: deve ser redobrada a atenção no 
acompanhamento de mulheres negras, indígenas, com 
baixa escolaridade, com idade inferior a 15 anos e superior 
a 35 anos, em mulheres que tiveram pelo menos um 
filho morto em gestação anterior e nas que tiveram mais 
de três filhos vivos em gestações anteriores. 
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior 
• Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-
termo ou malformado. 
• Macrossomia fetal. 
• Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas. 
• Intervalo interpartal menor do que dois anos ou 
maior do que cinco anos. 
• Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos). 
• Cirurgia uterina anterior. 
• Três ou mais cesarianas. 
 
Fatores relacionados à gravidez atual 
• Ganho ponderal inadequado. 
• Infecção urinária. 
• Anemia. 
 
 
Fatores relacionados às condições prévias 
• Cardiopatias. 
• Pneumopatias graves (incluindo asma brônquica não 
controlada). 
• Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica 
e em casos de transplantados). 
• Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, 
hipotireoidismo e hipertireoidismo). 
• Doenças hematológicas (inclusive doença falciforme 
e talassemia). 
• Doenças neurológicas (como epilepsia). 
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11 
• Doenças psiquiátricas que necessitam de 
acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.). 
• Doenças autoimunes (lúpus eritematoso sistêmico, 
outras colagenoses). 
• Alterações genéticas maternas. 
• Antecedente de trombose venosa profunda ou 
embolia pulmonar. 
• Ginecopatias (malformação uterina, tumores 
anexiais e outras). 
• Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, 
toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG 
com malformação fetal) e outras ISTs (condiloma). 
• Hanseníase. 
• Tuberculose. 
• Anemia grave (hemoglobina < 8). 
• Isoimunização Rh. 
• Qualquer patologia clínica que necessite de 
acompanhamento especializado. 
 
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior 
• Morte intrauterina ou perinatal em gestação 
anterior, principalmente se for de causa 
desconhecida. 
• Abortamento habitual (duas ou mais perdas 
precoces consecutivas). 
• Esterilidade/infertilidade. 
• História prévia de doença hipertensiva da gestação, 
com mau resultado obstétrico e/ou perinatal 
(interrupção prematura da gestação, morte fetal 
intrauterina, síndrome HELLP, eclâmpsia, internação 
da mãe em UTI). 
 
Fatores relacionados à gravidez atual 
• Restrição do crescimento intrauterino. 
• Polidrâmnio ou oligodrâmnio. 
• Gemelaridade. 
• Malformações fetais ou arritmia fetal. 
• Evidência laboratorial de proteinúria. 
• Diabetes mellitus gestacional. 
• Desnutrição materna severa. 
• Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, 
deve-se encaminhar a gestante para avaliação 
nutricional). 
• NIC III. 
• Alta suspeita clínica de câncer de mama ou 
mamografia com Bi-RADS III ou mais. 
• Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão 
crônica preexistente, hipertensão gestacional ou 
transitória). 
• Infecção urinária de repetição ou dois ou mais 
episódios de pielonefrite (toda gestante com 
pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao 
hospital de referência para avaliação). 
• Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de 
tratamento com sulfato ferroso. 
• Portadoras de doenças infecciosas como hepatites, 
toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG 
com malformação fetal) e outras IST (infecções 
sexualmente transmissíveis, como o condiloma), 
quando não há suporte na unidade básica. 
• Infecções como a rubéola e a citomegalovirose 
adquiridas na gestação atual. 
• Adolescentes com fatores de risco psicossocial. 
 
 
• Síndromes hemorrágicas (incluindo descolamento 
prematuro de placenta, placenta prévia), 
independentemente da dilatação cervical e da idade 
gestacional. ➔ Nunca realizar toque antes do 
exame especular, caso o contexto exija avaliação 
médica. 
• Suspeita de pré-eclâmpsia: pressão arterial > 140/90 
(medida após um mínimo de cinco minutos de 
repouso, na posição sentada) e associada à 
proteinúria. ➔ Pode-se usar o teste rápido de 
proteinúria. Edema não é mais considerado critério 
diagnóstico. 
• Sinais premonitórios de eclâmpsia em gestantes 
hipertensas: escotomas cintilantes, cefaleia típica 
occipital, epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio 
direito. 
• Eclâmpsia (crises convulsivas em pacientes com 
pré-eclâmpsia). 
• Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção 
ovular/corioamnionite ou outra infecção que 
necessite de internação hospitalar. 
• Suspeita de trombose venosa profunda em 
gestantes (dor no membro inferior, sinais flogísticos, 
edema localizado e/ou varicosidade aparente). 
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• Situações que necessitem de avaliação hospitalar: 
cefaleia intensa e súbita, sinais neurológicos, crise 
aguda de asma etc. 
• Crise hipertensiva (PA > 160/110) 
• Amniorrexe prematura: perda de líquido vaginal 
(consistência líquida, em pequena ou grande 
quantidade, mas de forma persistente), podendo ser 
observada mediante exame especular com 
manobra de Valsalva e elevação da apresentação 
fetal. 
• Trabalho de parto prematuro (contrações e 
modificação de colo uterino em gestantes com 
menos de 37 semanas). 
• IG a partir de 41 semanas confirmadas. 
• Hipertermia (tax ≥ 37,8 ºC), na ausência de sinais ou 
sintomas clínicos de IVAS. 
• Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em 
gestantes. 
• Investigação de prurido gestacional/icterícia. 
• Vômitos incoercíveis não responsivos ao 
tratamento, com comprometimento sistêmico com 
menos de 20 semanas. 
• Vômitos inexplicáveis no 3º trimestre. 
• Restrição de crescimento intrauterino. 
• Oligodrâmnio. 
• Óbito fetal. 
O intuito da assistência pré-natal de alto risco 
é interferir no curso de uma gestação que possui 
maior chance de ter um resultado desfavorável, de 
maneira a diminuir o risco ao qual estão expostos 
a gestante e o feto, ou reduzir suas possíveis 
consequências adversas. 
Polidrâmnio = É o aumento excessivo do volume do 
líquido amniótico, superior a 2.000ml, em gestaçõesacima de 30 semanas. Sua incidência varia segundo o 
procedimento utilizado para o diagnóstico, seja clínico 
ou ultrassonográfico, variando ao redor de 0,5 a 
1,5%. Em condições normais, o aumento semanal 
médio de L.A é de 20ml entre a 10ª e a 14ª 
semanas e de 50ml da 15ª a 28ª semana, atingindo 
o seu volume máximo entre a 34 ª e a 36ª semana, 
cerca de 1.000ml, e decrescendo até o parto. Há 
inúmeras condições maternas, fetais e placentárias 
que estão associadas ao polihidrâmnio. Ele pode ser 
agudo, que é raro e acontece no meio da gestação 
repentinamente com muita sintomatologia materna e 
mau prognóstico, ou crônico, que é o mais frequente, 
no terceiro trimestre.

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