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EXAMES DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ, SINAIS DE PRESUNÇÃO, PROBABILIDADE e CERTEZA. CADERNETA DA GESTANTE, EXAMES DO PRÉNATAL, SUPLEMENTOS, VACINAS, SIGILO MÉDICO.

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Yslane Costa - Medicina 
 
EXAMES DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ, SINAIS DE PRESUNÇÃO, 
PROBABILIDADE, CERTEZA. CADERNETA DA GESTANTE, EXAMES DO PRÉ-
NATAL, SUPLEMENTOS, VACINAS, SIGILO MÉDICO. 
 
Descrever os métodos de diagnóstico de uma gravidez e os sinais de 
presunção, probabilidade e certeza 
 
 Sinais de presunção 
 
São sinais de presunção: amenorreia (4 semanas), náuseas (5 semanas), mamas 
congestas e doloridas (5 semanas), aréola primária e tubérculos de Montgomery (8 
semanas), colostro (16 semanas), rede de Haller (16 semanas) e aréola secundária (20 
semanas) 
 Amenorreia – 4 semanas – ausência de menstruação, em mulheres jovens, com ciclos menstruais 
regulares e vida sexual ativa, a ausência da menstruação pressupõe gravidez. 
 Naúseas- o primeiro trimestre da gestação, mais de 50% das mulheres sofrem de náuseas, 
geralmente matutinas, tendo como consequência imediata vômitos. Outras, ao contrário, apresentam 
maior apetite, não sendo rara sua perversão (pica ou malácia que é caracterizada pela ingestão 
persistente de substâncias inadequadas com pequeno ou nenhum valor nutritivo, ou de substâncias 
comestíveis, mas não na sua forma habitual) ou extravagância alimentar. 
Yslane Costa - Medicina 
 Congesta mamária - Com 5 semanas, as pacientes relatam que as mamas estão congestas e 
doloridas. Na 8a semana, a aréola primária torna-se mais pigmentada e surgem os tubérculos de 
Montgomery (protuberâncias arrendondas “carocinhos” “bolinhas”) ; em torno de 16 semanas, é 
produzida secreção amarela (colostro), e pode ser obtida por expressão mamária correta. Além 
disso, o aumento da circulação venosa é comum – rede de Haller. Em torno da 20ª semana, surge a 
aréola secundária, que aumenta a pigmentação em volta do mamilo. 
 Polaciúria - No segundo e no terceiro mês de gestação, o útero, com maior volume e em anteflexão 
acentuada, comprime a bexiga, levando à micção frequente, com emissão de quantidade reduzida de 
urina. No segundo trimestre, tal sintomatologia cessa, retornando nas duas últimas semanas, ao 
insinuar a apresentação fetal. 
 
Sinais de probabilidade 
 
São amenorreia (10 a 14 dias de atraso), aumento do volume uterino ao toque (6 semanas), 
amolecimento do istmo uterino (sinal de Hegar) (8 semanas), útero globoso (sinal de Nobile-Budin) 
(8 semanas), pulso vaginal (sinal de Osiander) (8 semanas) e vestíbulo azulado (sinal de 
Jacquemier) (8 semanas) 
 
 Amenorreia - Após 10 a 14 dias de atraso menstrual, considera-se provável sinal de amenorreia, o 
que nem sempre indica gravidez, pois esse sintoma também ocorre em diversas circunstâncias 
fisiológicas e patológicas. O aleitamento e a menopausa determinam amenorreia; contudo, muitas 
mulheres concebem durante o aleitamento ao se intercalar o ciclo ovulatório. Há pacientes que 
gestam msucessivamente, ano após ano, sem ter restabelecido o ciclo menstrual. A fecundação após 
alguns meses de amenorreia climatérica é difícil, embora não seja impossível. 
 Aumento do volume uterino - O toque combinado infere as alterações que a gravidez imprime ao 
útero. Fora da gestação, o órgão é intrapélvico, localizado abaixo do estreito superior; na gravidez, 
expande-se; com 6 semanas, apresenta volume de tangerina; com 10 semanas, de uma laranja; e 
com 12 semanas, o tamanho da cabeça fetal a termo, sendo palpável logo acima da sínfise púbica. 
 Alteração da consistência uterina - útero 
vazio é firme; na gravidez, com 8 semanas, 
adquire consistência cística, elásticopastosa, 
principalmente no istmo (sinal de Hegar) 
Por vezes, o amolecimento intenso dessa 
região faz parecer que o corpo está separado 
do colo. 
 Alteração no formato uterino - 
Inicialmente, o útero cresce de modo 
assimétrico, desenvolvendo-se mais acentuadamente na zona de 
implantação (do ovúlo). A sensação ao tocar é de abaulamento e 
amolecimento no local da nidação, sendo possível notar, eventualmente, 
sulco separando as duas regiões ( é o sinal de Piskacek) (Figura 7.1 B). 
Na ausência de gravidez, em geral, os fundos de saco estão vazios; a 
partir de 8 semanas, será feito um toque no fundo de sacos e irá perceber 
Yslane Costa - Medicina 
eles ocupados pelo corpo uterino (sinal de Nobile-Budin) (Figura 7.1 B). Há percepção dos 
batimentos do pulso vaginal nos fundos de saco devido aumento da vascularização vaginal (sinal de 
Osiander). O procedimento do toque é completado pelo exame especular, que poderá precedê-lo de 
acordo com a rotina estabelecida. Ao entreabrir a vulva, destaca-se a coloração violácea ou 
arroxeada da mucosa vestibular e do meato uretral denominada sinal de Jacquemier ou de 
Chadwick; a tonalidade violácea ou arroxeada da mucosa vaginal constitui o sinal de Kluge. 
 Aumento do volume abdominal- O útero torna-se palpável com 12 semanas e nota-se o aumento 
do volume abdominal progressivo em torno de 16 semanas. 
Sinais de certeza 
 
Os sinais de certeza são aqueles decorrentes do concepto: rechaço fetal intrauterino 
(sinal de Puzos) (14 semanas), percepção e palpação de movimentos ativos do feto (18 
semanas) e ausculta clínica (20 semanas) 
 Sinal de Puzos - Ao toque combinado, no impulso de baixo para cima do fundo 
de saco anterior, o feto desce aos dedos do examinador 
 Percepção e palpação dos movimentos ativos do feto - Inicialmente discretos, 
tornam-se vigorosos com o evoluir da gestação (18 semanas) 
 Palpação dos segmentos fetais – O volume do feto é maior e começa-se a palpar 
cabeça e membros. (18 semanas) 
Ausculta 
 
Diagnostico hormonal 
 
Gonadotrofina coriônica humana (hCG), Uma semana após a fertilização (segunda 
semana de gestação), o trofoblasto, implantado no endométrio, começa a produzir a hCG 
em quantidades crescentes, que podem ser encontradas no plasma ou na urina maternos. 
Há basicamente três tipos de testes para a identificação de hCG: imunológico onde o hCG 
é uma proteína e, como tal, induz à formação de anticorpos (antissoro) em outros animais 
(p. ex., coelho). O antissoro é utilizado para identificar hormônios na urina a ser 
examinada, embora seja necessário tornar visível a reação; isso é possível, basicamente, 
com hemácias ou partículas de látex e para que o exame seja realizado, aconselha-se que 
o atraso menstrual ultrapasse 10 a 14 dias. Assim, a prova de inibição da hemaglutinação 
oferece sensibilidade de 97 a 99%. Com a nova modalidade, afirma-se que o mesmo pode 
ser obtido com 1 a 3 dias de amenorreia. Medicamentos psicotrópicos, proteinúria e 
mulheres no climatério (reação cruzada com o LH, neste caso, em teor bem mais elevado) 
podem determinar resultados falso-positivos; os falsonegativos ocorrem em urinas de 
baixa densidade (grandes volumes nicteméricos, acima de 2 ℓ), na primeira ou na segunda 
semana do atraso menstrual e, ocasionalmente, durante o segundo trimestre, quando é 
mais baixo o limite inferior dos níveis de hCG, radioimunológico (RIA) onde Testes 
radioimunológicos consistem na dosagem de hCG por método radioimunológico (RIA), 
com base na competição do hormônio em questão com traçador adequado (o próprio 
hormônio marcado com radioiodo), conforme a quantidade fixa de antissoro. A 
Yslane Costa - Medicina 
dificuldade nesse procedimento é a reação cruzada com LH hipofisário, que é corrigida 
ao fazer a dosagem da subunidade beta do hCG, que é mais específica e, atualmente, é a 
única de uso corrente. A dosagem de hCG-β possibilita diagnóstico precoce, com 10 a 18 
dias da concepção, e sensibilidade de 5 mUI/mℓ. Os resultados são obtidos em 
aproximadamente 4 h, o que torna possível aos laboratórios especializados o 
fornecimento de duas séries por dia e enzima-imunoensaio (ELISA) presenta a mesma 
base teórica do RIA; contudo, substitui o hormônio marcado com radioisótopo por 
enzima, capaz de atuar sobre um substrato incolor e originar produto colorido. A 
intensidade da cor obtida é proporcional à quantidade de hormônio. Sua principalvantagem é o maior tempo de vida útil, pois não contém radioisótopos (de atividade 
limitada). Para dosar o hCG-β, sua sensibilidade é de 25 mUI/mℓ 14 a 17 dias após a 
concepção. 
 
Diagnóstico Ultrassonográfico 
4 a 5 semanas - saco gestacional 
5 semanas - vesícula vitelina 
6 semanas - eco embrionário e a sua pulsação cardíaca bcf 
10 a 12 semanas - espessamento no saco gestacional, que representa a placenta em 
desenvolvimento e seu local de implantação no útero 
12 semanas - a placenta pode ser facilmente identificada 
16 semanas - estrutura definida da placenta 
Marcos importantes à ultrassonografia transvaginal no primeiro trimestre. 
Marcos Época (semanas) 
Saco gestacional 4 
Vesícula vitelina 5-6 
Eco fetal com bcf 6-7 
Cabeça fetal 11-12 
Placenta 12 
 
 
Descrever o a caderneta da gestante e os exames solicitados no pré-natal e os casos 
de gravidez de alto risco. 
 
Caderneta da gestante 
Medida da altura uterina 
Ponto de corte: serão considerados parâmetros de normalidade para o crescimento 
uterino o percentil 10 (para o limite inferior) e o percentil 90 (para o limite superior). 
Representação do indicador por meio de gráfico constituído de duas linhas: a inferior 
representa o percentil 10, e a superior, o percentil 90. 
Yslane Costa - Medicina 
O resultado estará adequado quando estiver contido entre as duas linhas: excessivo 
(acima do percentil 90) e deficiente (abaixo do percentil 10). I. 
Técnica para medida da altura uterina: 
- Posicione a gestante em decúbito dorsal, com o abdome descoberto; 
- Delimite a borda superior da sínfise púbica e o fundo uterino; 
- Por meio da palpação, procure corrigir a comum dextroversão uterina; - Fixe a 
extremidade inicial (0cm) da fita métrica, flexível e não extensível, na borda superior da 
sínfise púbica com uma das mãos, passando-a entre os dedos indicador e médio. 
- Deslize a fita métrica entre os dedos indicador e médio da outra mão até alcançar o 
fundo do útero com a margem cubital da mesma mão; 
- Proceda à leitura quando a borda cubital da mão atingir o fundo uterino; 
- Anote a medida 
Exames solicitados no pré-natal 
Devem ser solicitados na primeira consulta os seguintes exames complementares: 
Hemograma; Tipagem sanguínea e fator Rh; Coombs indireto (se for Rh negativo); 
Glicemia de jejum; Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR; Teste rápido 
diagnóstico anti-HIV; Anti-HIV; Toxoplasmose IgM e IgG; Sorologia para hepatite B 
(HbsAg); Exame de urina e urocultura; Ultrassonografia obstétrica (não é obrigatório), 
com a função de verificar a idade gestacional; Citopatológico de colo de útero (se 
necessário); Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica); Parasitológico 
de fezes (se houver indicação clínica); Eletroforese de hemoglobina (se a gestante for 
negra, tiver antecedentes familiares de anemia falciforme ou apresentar história de 
anemia crônica). 
 
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Casos de gravidez de alto risco 
Fatores de risco que podem indicar encaminhamento ao prénatal de alto risco 
O pré-natal de alto risco abrange cerca de 10% das gestações que cursam com critérios 
de risco, o que aumenta significativamente nestas gestantes a probabilidade de 
intercorrências e óbito materno e/ou fetal. Atenção especial deverá ser dispensada às 
grávidas com maiores riscos, a fim de reduzir a morbidade e a mortalidade materna e 
perinatal (grau de recomendação A). 
Fatores relacionados às condições prévias: Cardiopatias; Pneumopatias graves 
(incluindo asma brônquica); Nefropatias graves (como insuficiência renal crônica e em 
casos de transplantados); Endocrinopatias (especialmente diabetes mellitus, 
hipotireoidismo e hipertireoidismo); Doenças hematológicas (inclusive doença 
falciforme e talassemia); Hipertensão arterial crônica e/ou caso de paciente que faça 
uso de anti-hipertensivo (PA>140/90mmHg antes de 20 semanas de idade gestacional – 
IG); Doenças neurológicas (como epilepsia); Doenças psiquiátricas que necessitam de 
acompanhamento (psicoses, depressão grave etc.); Doenças autoimunes (lúpus 
eritematoso sistêmico, outras colagenoses); Alterações genéticas maternas; 
Antecedente de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar; Ginecopatias 
(malformação uterina, miomatose, tumores anexiais e outras); Portadoras de doenças 
infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção pelo HIV, sífilis terciária (USG com 
malformação fetal) e outras DSTs (condiloma); Hanseníase; o Tuberculose; 
Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; Qualquer patologia clínica que necessite de 
acompanhamento especializado. 
Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: Morte intrauterina ou perinatal 
em gestação anterior, principalmente se for de causa desconhecida; História prévia de 
doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico e/ou perinatal 
(interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome Hellp, eclâmpsia, 
internação da mãe em UTI); Abortamento habitual; Esterilidade/infertilidade. 
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Fatores relacionados à gravidez atual: Restrição do crescimento intrauterino; 
Polidrâmnio ou oligoidrâmnio; Gemelaridade; Malformações fetais ou arritmia fetal; 
Distúrbios hipertensivos da gestação (hipertensão crônica preexistente, hipertensão 
gestacional ou transitória); Obs.: É necessário que haja evidência de medidas 
consecutivas que sugiram hipertensão. Nestas situações, não se deve encaminhar o caso 
com medida isolada. Em caso de suspeita de pré-eclâmpsia/eclâmpsia, deve-se 
encaminhar a paciente à emergência obstétrica. Infecção urinária de repetição ou dois 
ou mais episódios de pielonefrite é uma doença inflamatória infecciosa (toda gestante 
com pielonefrite deve ser inicialmente encaminhada ao hospital de referência, para 
avaliação); Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato 
ferroso; oPortadoras de doenças infecciosas como hepatites, toxoplasmose, infecção 
pelo HIV, sífilis terciária (USG com malformação fetal) e outras DSTs (condiloma); 
Infecções como a rubéola e a citomegalovirose adquiridas na gestação atual; Evidência 
laboratorial de proteinúria; Diabetes mellitus gestacional; Desnutrição materna severa; 
Obesidade mórbida ou baixo peso (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante para 
avaliação nutricional); NIC III (neoplasias invasivas do colo uterino) (nestes casos, 
deve-se encaminhar a gestante ao oncologista); Alta suspeita clínica de câncer de mama 
ou mamografia com Bi-rads III (achado com grande probabilidade de ser benigno )ou 
mais (nestes casos, deve-se encaminhar a gestante ao oncologista); oAdolescentes com 
fatores de risco psicossocial. 
Fatores de risco que indicam encaminhamento à urgência/ emergência obstétrica 
Os profissionais de saúde dos hospitais regionais e da emergência obstétrica deverão 
avaliar as gestantes encaminhadas e confirmar, ou não, o diagnóstico inicial, assim 
como determinar a conduta necessária para cada caso: internação hospitalar, referência 
ao pré-natal de alto risco ou contrarreferência para acompanhamento pela atenção 
básica. 
São fatores de risco: Síndromes hemorrágicas (incluindo descolamento prematuro de 
placenta, placenta prévia), independentemente da dilatação cervical e da idade 
gestacional; o Suspeita de pré-eclâmpsia: pressão arterial > 140/90, medida após um 
mínimo de 5 minutos de repouso, na posição sentada. Quando estiver associada à 
proteinúria, pode-se usar o teste rápido de proteinúria; Obs.: Edema não é mais 
considerado critério diagnóstico (grau de recomendação C). Sinais premonitórios de 
eclâmpsia em gestantes hipertensas: escotomas cintilantes, cefaleia típica occipital, 
epigastralgia ou dor intensa no hipocôndrio direito; o Eclâmpsia (crises convulsivas em 
pacientes com pré-eclâmpsia); Crisehipertensiva (PA > 160/110); Amniorrexe 
prematura: perda de líquido vaginal (consistência líquida, em pequena ou grande 
quantidade, mas de forma persistente), podendo ser observada mediante exame 
especular com manobra de Valsalva e elevação da apresentação fetal; Isoimunização 
Rh; Anemia grave (hemoglobina < 8); Trabalho de parto prematuro (contrações e 
modificação de colo uterino em gestantes com menos de 36 semanas); IG a partir de 41 
semanas confirmadas; Hipertermia (Tax > = 37,8C), na ausência de sinais ou sintomas 
clínicos de Ivas; Suspeita/diagnóstico de abdome agudo em gestantes; 
Yslane Costa - Medicina 
Suspeita/diagnóstico de pielonefrite, infecção ovular ou outra infecção que necessite de 
internação hospitalar; Suspeita de trombose venosa profunda em gestantes (dor no 
membro inferior, edema localizado e/ou varicosidade aparente); Investigação de 
prurido gestacional/icterícia; Vômitos incoercíveis não responsivos ao tratamento, com 
comprometimento sistêmico com menos de 20 semanas; Vômitos inexplicáveis no 3º 
trimestre; Restrição de crescimento intrauterino; Oligoidrâmnio; Casos clínicos que 
necessitem de avaliação hospitalar: cefaleia intensa e súbita, sinais neurológicos, crise 
aguda de asma etc. Nos casos com menos de 20 semanas, as gestantes podem ser 
encaminhadas à emergência clínica. 
 
Descrever as orientações necessárias para as gestantes, considerando as vacinas e 
suplementações. 
 
Prescrição de suplementos alimentares 
o Ferro e folato (sulfato ferroso): a suplementação rotineira de ferro e folato parece 
prevenir a instalação de baixos níveis de hemoglobina no parto e no puerpério. Existem 
poucas informações em relação a outros parâmetros de avaliação da mãe e de seu 
recém-nascido (grau de recomendação A). O Programa Nacional de Suplementação de 
Ferro, do Ministério da Saúde, criado por meio da Portaria MS nº 730, de 13 de maio de 
2005, recomenda a suplementação de 40mg/dia de ferro elementar (200mg de sulfato 
ferroso). Orienta-se que a ingestão seja realizada uma hora antes das refeições. A 
suplementação de ferro deve ser mantida no pósparto e no pós-aborto por 3 meses e 
durante toda a gestação 
o Folato peri-concepcional (ácido fólico): tem forte efeito protetor contra defeitos 
abertos do tubo neural. Deve ser usado rotineiramente pelo menos dois meses antes e 
nos dois primeiros meses da gestação, até 12° semana. Esta informação deve ser 
difundida por programas educacionais de saúde. Mulheres que tiveram fetos ou 
neonatos com defeitos abertos do tubo neural têm que usar folato continuamente se 
ainda desejam engravidar (grau de recomendação A); 
o Piridoxina (vitamina B6): não há evidências para indicá-la como suplemento na 
gravidez, embora os resultados de um trabalho sugiram que seu uso pode ter efeito 
protetor em relação ao esmalte dentário (grau de recomendação A); 
o Cálcio: seu uso parece ser benéfico em mulheres que apresentam alto risco de 
desenvolver hipertensão na gestação e naquelas que têm baixa ingestão de cálcio. 
o Zinco: não existem evidências suficientes para avaliar os efeitos do seu uso na 
gravidez. Os possíveis efeitos benéficos sobre a prevenção do trabalho de parto 
prematuro necessitam de novas avaliações (grau de recomendação A); 
Yslane Costa - Medicina 
o Proteínas: a suplementação balanceada parece melhorar o crescimento fetal e reduzir 
os riscos de morte fetal e neonatal. As evidências são insuficientes para afirmar se 
existem outras vantagens potenciais (grau de recomendação A). 
Suplementação de vitamina A - A vitamina A é nutriente que atua no sistema 
imunológico, auxiliando no combate às infecções, à diarreia e ao sarampo. Ajuda 
também no crescimento e desenvolvimento, além de ser muito importante para o bom 
funcionamento da visão. A falta de vitamina A pode resultar em cegueira. O Programa 
de Suplementação de Vitamina A acontece em todos os Estados da Região Nordeste e 
nos municípios do Estado de Minas Gerais (no Norte do Estado e nos Vales do 
Jequitinhonha e do Mucuri), pois são áreas consideradas endêmicas para a deficiência 
de vitamina A. Portanto, nas regiões citadas, toda puérpera no pós-parto imediato, ainda 
na maternidade, deve receber uma megadose de 200.000 UI de vitamina A (1 cápsula 
VO), garantindo-se, assim, reposição dos níveis de retinol da mãe e níveis adequados de 
vitamina A no leite materno até que o bebê atinja os 6 meses de idade, diminuindo-se o 
risco de deficiência dessa vitamina entre as crianças amamentadas. As mulheres não 
devem receber suplementação de vitamina A em outros locais (na rede básica de saúde, 
por exemplo) ou em outros períodos de sua vida reprodutiva, para que seja evitado o 
risco de teratogenicidade para o feto, caso haja nova gravidez em curso. 
Vacinação na gestação 
Vacina dupla do tipo adulto – dT (difteria e tétano) 
Gestante não vacinada e/ou com situação vacinal desconhecida: Deve-se iniciar o 
esquema o mais precocemente possível, independentemente da idade gestacional. 
No esquema recomendado constam três doses, podendo ser adotado um dos esquemas 
de 
 
Para os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, deve-
se administrar reforço dez anos após a data da última dose. Em caso de gravidez e 
ferimentos graves, deve-se antecipar a dose de reforço, sendo a última dose 
administrada a mais de 5 (cinco) anos. A última dose deve ser administrada no mínimo 
20 dias antes da data provável do parto. Diante de um acaso suspeito de difteria, deve-se 
avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, deve-se iniciar 
esquema com três doses. Nos comunicantes com esquema incompleto de vacinação, 
este deve ser completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há 
mais de 5 (cinco) anos, deve-se antecipar o reforço. 
 
Vacina contra influenza (fragmentada) 
Recomendada a todas as gestantes em qualquer período gestacional sendo uma dose no 
período da campanha. 
Yslane Costa - Medicina 
Vacinação contra hepatite B (recombinante) 
Por considerar os riscos da gestante não vacinada de contrair a doença e de haver 
transmissão vertical, o PNI reforça a importância de que a gestante receba a vacina 
contra a hepatite B após o primeiro trimestre de gestação, independentemente da faixa 
etária. O esquema desta vacina deve ser seguido conforme os calendários de vacinação 
do adolescente e do adulto. A seguir, destaca-se a recomendação de acordo com a 
situação apresentada: 
o Gestantes com esquema incompleto (1 ou 2 doses): deve-se completar o esquema. 
o Gestantes com esquema completo: não se deve vaciná-las. 
 
 
Vacina contra raiva humana 
Em situações de pós-exposição, a vacina contra raiva humana não é contraindicada 
durante a gestação. Na pré-exposição, a gestante também pode ser vacinada. Entretanto, 
devido ao risco da ocorrência de eventos adversos, é preferível que ela receba a vacina 
somente se não puder evitar as situações de possível exposição ao vírus rábico7. 
Vacina contra febre amarela (atenuada) Na rotina do serviço de vacinação, a gestante 
não deve receber a vacina contra febre amarela. Entretanto, em situações de surto, se a 
gestante reside ou vai se deslocar para área com recomendação de vacinação para febre 
amarela, ela deve ser vacinada se o risco de adoecer for maior do que o risco de receber 
a vacina. 
É importante ressaltar que as lactantes que amamentam crianças menores de seis meses 
de idade também não devem ser vacinadas. 
Yslane Costa - Medicina 
Observações gerais: As vacinas virais vivas que contêm os componentes do sarampo, da 
rubéola, da caxumba e da febre amarela não são recomendadas em situações normais. 
Contudo, quando for alto o risco de ocorrer a infecção natural pelos agentes dessas 
doenças (viagens a áreas endêmicas ou vigência de surtos ou epidemias), deve-se 
avaliar cada situação, sendo válido optar-se pela vacinaçãoquando o benefício for 
considerado maior do que o possível risco. Após a vacinação com tríplice viral, 
recomenda-se evitar a gravidez durante um mês (30 dias), apenas por precaução. 
Entretanto, se a mulher engravidar antes desse prazo ou se houver administração 
inadvertida durante a gestação, não se justifica o aborto em nenhum desses casos, por se 
tratar apenas de risco teórico. A gestante deverá ser acompanhada pelo serviço de saúde. 
Gestante suscetível que tenha contato com varicela deve receber a imunoglobulina 
humana antivaricela-zoster (IGHVAZ). 
 
Explicar como funciona o sigilo médico com a paciente. (em quais casos pode ser 
quebrado, etc). 
 
É vedado ao médico: 
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua 
profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do 
paciente. Parágrafo único. Permanece essa proibição: a) mesmo que o fato seja de 
conhecimento público ou o paciente tenha falecido; b) quando de seu depoimento como 
testemunha. Nessa hipótese, o médico comparecerá perante a autoridade e declarará seu 
impedimento; c) na investigação de suspeita de crime o médico estará impedido de 
revelar segredo que possa expor o paciente a processo penal. 
Art. 74. Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a 
seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de 
discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente. 
Art. 75. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou seus retratos 
em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos, em meios de 
comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente. 
Art. 76. Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de 
trabalhadores, inclusive por exigência dos dirigentes de empresas ou de instituições, 
salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos empregados ou da comunidade. 
Art. 77. Prestar informações a empresas seguradoras sobre as circunstâncias da morte do 
paciente sob seus cuidados, além das contidas na declaração de óbito, salvo por 
expresso consentimento do seu representante legal. 
Art. 78. Deixar de orientar seus auxiliares e alunos a respeitar o sigilo profissional e 
zelar para que seja por eles mantido. 
Yslane Costa - Medicina 
Art. 79. Deixar de guardar o sigilo profissional na cobrança de honorários por meio 
judicial ou extrajudicial. 
O atendimento médico ao menor desacompanhado, tanto para consulta quanto 
para realização de exames e administração de medicação, deve obedecer à legislação 
vigente no país e aos preceitos éticos balizadores da profissão. É o que estabelece o 
Parecer número 25/2013, do Conselho Federal de Medicina (CFM). De acordo com o 
parecer, em caso de urgência/emergência, o atendimento deve ser realizado, cuidando-
se para garantir a maior segurança possível ao paciente. Após esta etapa, o médico deve 
comunicar-se com os responsáveis o mais rápido possível. 
Em pacientes pré-adolescentes, mas em condições de comparecimento 
espontâneo ao serviço, segundo o parecer, o atendimento poderá ser efetuado e, 
simultaneamente, estabelecido contato com os responsáveis. Já em relação aos pacientes 
adolescentes, há o consenso internacional, reconhecido pela lei brasileira, de que entre 
os 12 e 18 anos estes já têm sua privacidade garantida, principalmente se com mais de 
14 anos e 11 meses, considerados maduros quanto ao entendimento e cumprimento das 
orientações recebidas. Entre os 12 e 14 anos e 11 meses, o atendimento pode ser 
efetuado, devendo, se necessário, comunicar os responsáveis. 
O médico também deve ficar atento ao que diz o artigo 74 do Código de Ética 
Médica, que veda ao profissional: “Revelar sigilo profissional relacionado a paciente 
menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha 
capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao 
paciente”. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente ressalva o direito da criança e do 
adolescente em defender seus direitos quando seus interesses venham a colidir com os 
de seus pais ou responsável. O profissional de saúde deve respeitar os valores morais, 
sócio-culturais e religiosos do adolescente que está sendo atendido. A prescrição de 
métodos anticoncepcionais deverá levar em conta a solicitação dos adolescentes, 
respeitando-se os critérios médicos de elegibilidade, independentemente da idade. 
Referências: 
Rezende obstetrícia fundamental/Carlos Antonio Barbosa Montenegro; Jorge de 
Rezende Filho. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco - Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 
2012.Cadernos de Atenção Básica, n° 32. 
BRASIL. Caderneta da Gestante. 4.ed.Brasília: Ministério da Saúde. 2018 
Código de ética médica: resolução CFM nº 1.931, de 17 de setembro de 2009 (versão de 
bolso) / Conselho Federal de Medicina – Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2010.

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