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Doenças reemergentes, emergentes e negligenciadas – 14/09 Doenças Reemergentes Doenças reemergentes são aquelas devidas ao reaparecimento ou, aumento do número de infecções por uma doença já conhecida, mas que, por ter causado tão poucas infecções, já não era considerada um problema de saúde pública. Doenças reemergentes, indicam mudança no comportamento epidemiológico de doenças já conhecidas, que haviam sido controladas, mas que voltaram a representar ameaça à saúde humana. Inclui-se aí a introdução de agentes já conhecidos em novas populações de hospedeiros suscetíveis. Na história recente do Brasil, por exemplo, registra-se o retorno da dengue e da cólera e a expansão da leishmaniose visceral (BOULOS, 2001; BRASIL, 2008). CÓLERA: A cólera reapareceu em países onde já havia previamente desaparecido à medida em que as condições de saneamento e alimentação se deterioraram. Em 1991, na América do Sul, mais de 390 mil casos foram notificados, sendo que por um século não se registavam casos de cólera. DENGUE: A dengue espalhou-se por vários países do sudeste asiático desde a década de 50 e reemergiu na América na década de 90, como consequência da deterioração do controlo ao mosquito e a disseminação do vector nas áreas urbanas. DIFTERIA: Reemergiu na Federação Russa e algumas outras repúblicas da antiga União Soviética em 1994 e culminou em 1995 com mais de 50.000 casos relatados. A reemergência está associada a um declínio dramático nos programas de imunização seguidos de uma “falência” nos serviços de saúde que se iniciou com o fim da URSS. FEBRE RIFT VALLEY (RVF): Doença caracterizada por febre e mialgia, mas em alguns casos progride para retinite, encefalite ou hemorragia. Seguindo uma anormal temporada chuvosa no Kenya e na Somália no fim de 1997 e início de 1998, RVF ocorreu em vastas áreas, causando febre hemorrágica e morte pela população humana. O severo grau desta doença deve-se a muitos factores, incluindo condições climáticas, má nutrição e possivelmente, outras infecções. FEBRE AMARELA: Exemplo de doença para a qual há várias vacinas, mas, devido ao uso não generalizado para todas as áreas de risco, epidemias continuam a ocorrer. A ameaça da febre amarela está presente em 33 países africanos e 8 sul americanos. É comum em florestas tropicais onde o vírus sobrevive em macacos. As pessoas levam vírus para os vilarejos e a simples presença de um vector espalha rapidamente a doença, que mata facilmente pessoas imuno-suprimidas. TUBERCULOSE: A tuberculose comporta-se como uma doença reemergente devido ao aumento gradativo de casos no passar dos últimos anos. Isto dá-se devido ao processo de selecção responsável pela existência de cepas altamente resistentes a antibióticos. Além disso, o HIV contribui largamente para a manifestação da doença. CAUSAS COMUNS DE EMERGÊNCIA E RE-EMERGÊNCIA DE DOENÇAS INFECCIOSAS: - Modelos de desenvolvimento econômico determinando alterações ambientais, migrações, processos de urbanização sem adequada infraestrutura urbana, grandes obras como hidrelétricas e rodovias; - Fatores ambientais como desmatamento, mudanças climáticas (aquecimento global), secas e inundações; - Aumento do intercâmbio internacional, que assume o papel de "vetor cultural" na disseminação das doenças infecciosas; - Incorporação de novas tecnologias médicas, com uso disseminado de procedimentos invasivos; - Ampliação do consumo de alimentos industrializados, especialmente os de origem animal; - Desestruturação/inadequação dos serviços de saúde e/ou desatualização das estratégias de controle de doenças; Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO - Aprimoramento das técnicas de diagnóstico, possibilitando diagnósticos etiológicos mais precisos; - Processo de evolução de microrganismos: mutações virais, emergência de bactérias resistentes. Todos esses fatores podem favorecer o aparecimento de novas doenças e alteração no comportamento epidemiológico de doenças antigas, tornando o quadro sanitário mais complexo do que a idéia de uma transição epidemiológica, pensada como simples sucessão de fases decorrentes, fundamentalmente, do processo de envelhecimento populacional e desenvolvimento científico, fazia supor (LUNA, 2002). Doenças emergentes Doenças emergentes como aquelas doenças infecciosas cuja incidência aumentou nas duas últimas décadas ou tendem a aumentar no futuro. No sentido de especificar melhor esta definição, um tanto vaga, são mencionadas diferentes circunstâncias que podem caracterizar a emergência de novos problemas de saúde. A primeira dessas circunstâncias corresponde ao surgimento ou identificação de novos agentes etiológicos, anteriormente desconhecidos, como por exemplo, o vírus da (HIV) Síndrome de Imunodeficiência Adquirida. Outra situação também enquadrada nessa definição é a relativa ao aumento da incidência e disseminação de doenças que anteriormente estavam controladas como a cólera. Outras doenças têm sua incidência aumentada em decorrência do crescimento dos grupos expostos, tais como, imunossuprimidos, idosos, pacientes institucionalizados, moradores de rua, migrantes, crianças em berçários e escolas maternais, pobres em geral. Agentes microbianos resistentes aos desinfetantes como cloro e aos medicamentos representam outro conjunto de doenças que podem ser definidas como problemas emergentes. Completam a relação as doenças produzidas pela exposição a animais, tais como, a infeção por hantanvírus e a doença de Lyme; a disseminação das doenças tropicais como a malária, o dengue, a tripanossomíase americana; e, aquelas doenças cujo aumento de incidência decorre diretamente de uma vigilância epidemiológica ineficiente ou insuficiente. Os novos agentes etiológicos têm, provavelmente, sua origem nas amplas transformações sociais observadas nos últimos 25 anos, acompanhadas de alterações importantes em vários ecossistemas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) convocou um grupo de cientistas e especialistas em saúde pública para listar de cinco a dez doenças emergentes que devem ser priorizadas, devido a grande chance de epidemias num futuro próximo, e que ainda não existe medicamento específico para controle. A atenção voltada para essas doenças irá ajudar na pesquisa e desenvolvimento (P&D) de ferramentas que poderão ser utilizadas no combate e controle de possíveis futuras epidemias. A lista inicial contém as seguintes doenças: 1. Febre hemorrágica da Criméia (do Congo); 2. Doença do vírus Ebola; 3. Febre hemorrágica de Marburg; 4. Febre de Lassa; 5. Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS); 6. Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS); 7. Infecção pelo vírus Nipah; 8. Febre do Vale do Rift. Essa lista inicial será revisada anualmente ou quando uma nova doença venha a aparecer. A partir dessa listagem será possível iniciar ou melhorar o processo de P&D para desenvolver métodos de diagnóstico, vacinas e terapias para essas doenças. Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO Três ouras doenças foram classificadas como “sérias”, demandando ação da OMS para promover a P&D o mais rápido possível: Infecção pelo vírus Zika; Infecção pelo vírus Chikungunya; Síndrome febril grave com trombocitopenia. Outras doenças potencialmente causadoras de epidemias, como dengue, HIV/AIDS, tuberculose e malária, não foram incluídas na lista devido a uma rede de pesquisa e controle já estabelecida. Como podemos perceber os vírus estão à solta! E o Brasil está sofrendo com grandes epidemias virais, como a da Zika, dengue e Chikungunya. Grande esforço deve ser feito para que essas infecções sejam controladas, vacinas sejamproduzidas e medicamentos desenvolvidos. Doenças Negligenciadas Ricardo Valverde As doenças negligenciadas são aquelas causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda. Essas enfermidades também apresentam indicadores inaceitáveis e investimentos reduzidos em pesquisas, produção de medicamentos e em seu controle. As doenças tropicais, como a malária, a doença de Chagas, a doença do sono (tripanossomíase humana africana, THA), a leishmaniose visceral (LV), a filariose linfática, o dengue e a esquistossomose continuam sendo algumas das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Estas enfermidades, conhecidas como doenças negligenciadas, incapacitam ou matam milhões de pessoas e representam uma necessidade médica importante que permanece não atendida. Embora as doenças tropicais e a tuberculose sejam responsáveis por 11,4% da carga global de doença, apenas 21 (1,3%) dos 1.556 novos medicamentos registrados entre 1975 e 2004, foram desenvolvidos especificamente para essas doenças. Portanto, 1.535 medicamentos foram registrados para outras doenças. As doenças negligenciadas são um grupo de doenças tropicais endêmicas, especialmente entre as populações pobres da África, Ásia e América Latina. Juntas, causam entre 500 mil e 1 milhão de óbitos anualmente. As medidas preventivas e o tratamento para algumas dessas moléstias são conhecidos, mas não são disponíveis universalmente nas áreas mais pobres do mundo. Em alguns casos, o tratamento é relativamente barato. Em comparação às doenças negligenciadas, as três grandes enfermidades (Aids, tuberculose e malária), geralmente recebem mais recursos, inclusive para pesquisa. As doenças negligenciadas podem também tornar a Aids e a tuberculose mais letais. Um estudo recente sobre o financiamento mundial de inovação para doenças negligenciadas (G- Finder2, na sigla em inglês) revelou que menos de 5% deste financiamento foram investidos no grupo das doenças extremamente negligenciadas, ou seja, doença do sono, leishmaniose visceral e doença de Chagas, ainda que mais de 500 milhões de pessoas sejam ameaçadas por estas três doenças parasitárias. As doenças negligenciadas são um problema global de saúde pública, mas a P&D das indústrias farmacêuticas é orientada quase sempre pelo lucro, estando o setor industrial privado focado nas doenças globais para as quais medicamentos podem ser produzidos e comercializados com geração de lucros. Com baixo poder aquisitivo e sem influência política, os pacientes e sistemas de saúde mais pobres não conseguem gerar o retorno financeiro exigido pela maior parte das empresas voltadas ao lucro. Esse cenário levou à criação da iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi), uma organização de pesquisa e desenvolvimento sem fins lucrativos que trabalha com a finalidade de oferecer novos tratamentos para doenças negligenciadas, em particular, para a doença do sono (tripanossomíase humana africana), doença de Chagas, leishmaniose, infecções por helmintos específicos (filariais), malária e HIV pediátrico. Desde a sua criação em 2003, a DNDi disponibilizou seis tratamentos: dois antimaláricos de dose fixa (ASAQ e ASMQ), a terapia combinada de nifurtimox e eflornitina (NECT) para a fase avançada da doença do sono, Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO a terapia combinada à base de estibogluconato de sódio e paromomicina (SSG & PM) para a leishmaniose visceral na África, um conjunto de terapias de combinação para a leishmaniose visceral na Ásia e uma dosagem pediátrica do benznidazol para a doença de Chagas. O escritório regional da DNDi na América Latina está sediado no Rio de Janeiro, onde funciona desde 2004. E a Fiocruz tem sido um importante parceiro da DNDi. Após seu lançamento, em abril de 2008, a DNDi e o Instituto de Tecnolgia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) concluíram a transferência de tecnologia do ASMQ para a empresa farmacêutic Cipla, na Índia. Atualmente, um estúdio clínico multicêntrico de fase 4 avalia o ASMQ como possível alternativa para o tratamento da malária na África. No fim de 2012, a Fundação anunciou a assinatura de um acordo colaborativo para o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas para doenças negligenciadas típicas dos trópicos. A parceria terá início com a produção de um medicamento para o combate à malária cerebral, que ocorre quando o protozoário causador da doença adere às paredes dos vasos sanguíneos na região do cérebro, o que resulta na obstrução do fluxo sanguíneo. Fonte: Agência Fiocruz de Notícia Seminário– 21/09 Programa de Atenção a Tuberculose. Tuberculose A tuberculose (TB) é uma doença em que a reação inflamatória consiste na formação de granulomas e acomete os pulmões, pleura e linfonodos. O principal agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis. A principal via de transmissão da doença é por aerossóis por meio das gotículas geradas pela respiração, espirros e tosse, que ficam em suspensão por longo período de tempo. Sabe-se que os principais sintomas da doença são: emagrecimento, sudorese noturna, febre vespertina, cansaço/fadiga. O diagnóstico da TB é realizado a partir de exames bacteriológicos e por radiografia de tórax. Tem-se conhecimento que o tratamento dura no mínimo seis meses sendo gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). A profilaxia é realizada por meio da vacinação com BCG (bacilo Calmette Guérin) que é ofertada pelo SUS. 1- Breve resumo da doença A tuberculose (TB) é uma doença granulomatosa em que a reação inflamatória consiste na formação de granulomas e acomete os pulmões, pleura e linfonodos. O principal agente etiológico é o Mycobacterium tuberculosis (também conhecido como bacilo de Koch) que é caracterizado por ser álcool-ácido resistente, bacilo móvel, aeróbio facultativo e com tempo de duplicação de 18-24 horas. A principal via de transmissão da doença é por aerossóis por meio das gotículas geradas pela respiração, espirros e tosse, que ficam em suspensão por longo período de tempo. Se o bacilo de Koch chegar aos alvéolos pulmonares ocorre a primoinfecção (1º contato com o bacilo). O bacilo produz uma reação inflamatória muito intensa nos tecidos à sua volta e o pulmão reage produzindo muco e gera a tosse produtiva. Sabe-se que os principais sintomas da doença são: emagrecimento, sudorese noturna, febre vespertina, cansaço/fadiga. O diagnóstico da TB é realizado a partir de exames bacteriológicos (bacterioscopia, teste rápido molecular para tuberculose, cultura para micobactéria) e por radiografia de tórax. Tem-se conhecimento que o tratamento dura no mínimo seis meses sendo gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). São usados quatro fármacos: rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. O vínculo entre o paciente e o profissional da saúde é essencial e deve ocorrer orientação quanto às características da doença e do tratamento. É importante ressaltar que todas as pessoas com tuberculose devem realizar o tratamento até o final, pois o abandono do tratamento pode resultar em tuberculose drogaressistente. Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO A profilaxia é realizada por meio da vacinação com BCG (bacilo Calmette Guérin) que é ofertada pelo SUS e protege a criança contra a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. Além disso, é importante o controle de infecção, como evitar aglomerações, manter ambientes com ventilação e com entrada de luz solar, além da higiene da tosse. INDICADORES Tuberculose no mundo: Segundo a Organização Mundial da Saúde (2016): Estima-se que um terço da população mundial estejainfectada pelo bacilo Koch. As regiões da África e da Ásia são as que apresentam maior risco para o adoecimento. Estima-se que um terço da população mundial esteja infectada pelo bacilo Koch. As regiões da África e da Ásia são as que apresentam maior risco para o adoecimento. Tuberculose no Brasil Carga da doença segundo dados do Ministério da Saúde, no ano de 2015: Metas Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO O objetivo final é um mundo livre da tuberculose: zero morte, zero novos casos e zero sofrimento devido a tuberculose (WORLD HEALTH ORGANIZATION, c2017). As metas, para cumprimento em 2035 são: · Reduzir o coeficiente de incidência em 90,0%, comparado com 2015 e, · Reduzir o número de óbitos por tuberculose em 95,0%, comparado com 2015 Para isso, estabelece marcos intermediários para os anos de 2020, 2025, 2030 Para o alcance das metas, a estratégia da OMS prevê o estabelecimento de 3 pilares: Programa Nacional de Controle da tuberculose: · Manter a detecção anual de pelo menos 70% dos casos estimados de TB · Tratar corretamente 100% dos casos de tuberculose diagnosticados e curar pelo menos 85% dos mesmos ·Manter o abandono de tratamento em percentuais considerados aceitáveis (5%) · Expandir o tratamento supervisionado para 100% das unidades de saúde dos municípios prioritários, e pelo menos para 80% dos bacilíferos destes municípios até 2007 · Manter registro atualizado dos casos diagnosticados e 100% do resultado de tratamento · Aumentar em 100% o número de sintomáticos respiratórios examinados (2004/2007) · Disponibilizar testes anti-HIV para 100% dos adultos com TB - Houve uma tendência de queda na incidência do número de Tuberculose entre 2011 e 2016; aumento entre 2017 e 2019 e em 2020 no momento da pandemia uma acentuada redução do número de casos, provavelmente devida as medidas de isolamentos propostos para a época. - Já o objetivo proposto pela OMS, era atingir uma redução de 35% na incidência de tuberculose entre os anos de 2015 a 2020, no entanto houve uma redução de apenas 7,8% Notificações: ✓ Medida de proteção Objetivo: prevenir o adoecimento por tuberculose na população infectada e não infectada. Para que a prevenção seja eficaz deve-se seguir as seguintes medidas: 1- Ter apoio para a programação de vacinação BCG do Programa Nacional de Imunização (PNI) nos municípios; 2- Reforçar em conjunto com os técnicos do PNI a implantação da vacina BCG nas Maternidades 3- Ser avaliado os dados da vacina BCG disponibilizados pelo SI-API, para tomada de decisões; 4- Analisar a incidência das formas graves de TB em relação às coberturas de vacinação para avaliação de impacto; 5- Controlar e monitorar os eventos adversos à vacina BCG, em conjunto com os técnicos do PNI municipal/estadual/regional; 6-Monitorar a administração, o acompanhamento e a avaliação operacional da quimioprofilaxia; Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO 7- Aplicar quimioprofilaxia segundo as Normas vigentes realizando seu acompanhamento e avaliando seus resultados; 8- Estabelecer normas que visam a definição de medidas de Biossegurança - administrativa, ambientais e de proteção respiratória - focando na proteção de profissionais de saúde e usuários de unidades de saúde de maior risco de transmissão da TB. ✓ Integração com Atenção básica O objetivo deste componente é consolidar as ações do Programa Nacional de Controle da Tuberculose na Atenção Básica, incluindo a estratégia do Programa Saúde da Família (PSF) e Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Ações: 1. Capacitar, com participação dos PEP, os profissionais de saúde da Atenção Básica – PACS e PSF - nas ações de vigilância, prevenção, controle e ações assistenciais adequadas para diagnóstico e tratamento da tuberculose; 2. Ampliar a estratégia de Tratamento Supervisionado a todas as Unidades de Saúde dos municípios prioritários do PNCT; O MANUAL DE RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE NO BRASIL RECOMENDA: Encontrar precocemente os sintomáticos respiratórios (SR) por meio da ESF ou UBS → Realizar o seu correto encaminhamento → interromper a cadeia de transmissão da doença → oferecer tratamento adequado A Busca ativa do SR deve ser realizada permanentemente por todos os serviços de saúde → Níveis PRIMÁRIO, SECUNDÁRIO e TERCIÁRIO Estratégias especiais de Busca Ativa de SRs: - Estratégia Saúde da Família (ESF) e Programa Comunitário de Saúde (Pacs): a busca ativa deve ser estendida à comunidade, com a inclusão da identificação do SR na visita mensal para todos os moradores do domicílio; - Hospitais gerais e emergências: o interrogatório sintomatológico deve ser implementado na admissão e os casos suspeitos devem ser isolados até os resultados saírem; - Serviços de atendimento de populações com HIV/AIDS: identificação dos doentes bacilíferos; - Sistema prisional: a atividade deve ser implementada tanto no momento da inclusão quanto na rotina periódica dos presos; - População indígena e moradores de rua: deve-se estabelecer rotina de busca ativa do SR; - Outras instituições fechadas: asilos, hospitais psiquiátricos, albergues de população de rua etc. A estratégia deve ser realizada na admissão e periodicamente. ✓ Capacitação e treinamento O objetivo deste componente é desenvolver com os Pólos de Educação Permanentes – PEP formação e qualificação dos trabalhadores da saúde, articulando atores locais, representantes de gestão dos Serviços, da Formação e do Controle Social, tendo como eixo norteador a realidade em saúde em todas as esferas da atenção à saúde. Rever metodologia de conteúdos de capacitação de TB de acordo com as necessidades nacionais estaduais e municipais de cobertura e diretrizes dos Pólos de Educação Permanente Ações: 1. Articular com os Pólos de Educação Permanentes, por intermédio da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), o desenvolvimento das capacitações dos recursos humanos; 2. Realizar seminário em conjunto com os PEP, SVS, SGTES e SAS para definir programação de capacitação dos profissionais que trabalham na área de TB. Plano Nacional pelo fim da TB. - Apresentação no Comitê Técnico Assessor da estratégia pós-2015 para a elaboração do plano nacional. Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO - Composição de equipe no PNCT para coordenar as atividades de elaboração do plano. - Elaboração de diagnóstico situacional pelo PNCT com apoio da academia para identificação de cenários. - Grupo de trabalho para identificação dos objetivos e estratégias. - Reunião com representantes das coordenações estaduais, sociedade civil e academia para aprimoramento do plano. - Apresentação do plano em diversas áreas do Ministério da Saúde. - Realização de audiência pública na Câmara dos Deputados para discussão do plano. - Realização de consulta pública. - Apresentação do Plano em reunião da Comissão Intergestores Tripartite. - Discussão no Grupo Técnico de Vigilância em Saúde da Comissão Intergestrores Tripartite. - Lançamento do plano. O planejamento de cada local deverá ser feito com base em seu diagnóstico situacional e a sua situação quanto aos subcenários epidemiológicos e operacionais da tuberculose. O Plano Brasileiro pelo Fim da Tuberculose foi construído considerando a meta de redução de incidência e da mortalidade até o ano de 2035. Esse plano define as estratégias para cada um dos objetivos identificados nos três pilares. Espera-se que essas estratégias sejam suporte para os programas de controle da tuberculose, nas três esferas de governo, na construçãode seus planos de trabalho, considerando suas respectivas competências estabelecidas no SUS. Pilar 1 – Prevenção e cuidado integrado centrados na pessoa com tuberculose OBJETIVOS e ESTRATÉGIAS Diagnosticar precocemente todas as formas de tuberculose, com oferta universal de cultura e teste de sensibilidade, incluindo o uso de testes rápidos. EX: Fortalecer a rede de diagnóstico laboratorial existente no País. Ampliar o acesso aos métodos diagnósticos com o teste rápido molecular, baciloscopia, cultura, teste de sensibilidade, entre outros. Ampliar a realização de cultura e teste de sensibilidade para todos os casos de tuberculose. Tratar de forma adequada e oportuna todos os casos diagnosticados de tuberculose visando à integralidade do cuidado. EX: Estimular o desenvolvimento do cuidado centrado na pessoa com tuberculose. Organizar a rede de atenção local, tendo em vista a organização da Atenção Básica, unidades de pronto atendimento, referências e hospitais, para favorecer o acesso e a qualidade da assistência. Integrar ações de vigilância epidemiológica e assistência Intensificar as atividades colaborativas TB-HIV EX: Estabelecer grupos de trabalho para planejar ações em conjunto TB-HIV. Oferecer testagem para HIV a todas as pessoas com tuberculose. Realizar rastreamento da tuberculose em todas as visitas da pessoa vivendo com HIV aos serviços de saúde Intensificar as ações de prevenção EX: Implantar a vigilância da Infecção Latente de Tuberculose (ILTB). Incorporar novas tecnologias para o diagnóstico da ILTB no País, com o objetivo de ampliar a rede de diagnóstico da ILTB. Pilar 2 – Políticas arrojadas e sistema de apoio Fomentar ações para garantir a realização das atividades de cuidado e prevenção da doença com Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO recursos adequados (humanos, infraestrutura e financeiros) EX: Inserir ações de controle da tuberculose nos Planos Plurianuais. Pautar a tuberculose nas instâncias de pactuação e controle social. Implementar ações de comunicação, advocacy e mobilização social para ampliar a visibilidade da doença. Fortalecer a articulação intra e intersetorial para garantia dos direitos humanos e cidadania nas ações de controle da doença EX: Pautar a tuberculose na agenda política das três esferas de governo, por meio da articulação com executivo, legislativo e judiciário. Pautar a tuberculose nas seguintes agendas de trabalho: Assistência Social, Educação, Justiça, Direitos Humanos, entre outros. Fortalecer a participação da sociedade civil nas estratégias de enfrentamento da doença EX: Estabelecer espaços de articulação entre gestão e sociedade civil para o controle da tuberculose. Fomentar ações comunitárias de mobilização social para o enfrentamento da doença. Melhorar a qualidade dos sistemas informatizados de registro de casos para tomada de decisão mais oportuna EX: Aprimorar a análise dos indicadores relacionados à doença. Adequar os sistemas de informação Sinan, SITETB, GAL, entre outros, para atender às necessidades da vigilância da tuberculose. Pilar 3 – Intensificação da pesquisa e inovação Estabelecer parcerias para fomentar a realização de pesquisas no País em temas de interesse para saúde pública EX: Fortalecer a integração dos programas de controle da tuberculose com instituições acadêmicas e sociedade civil. Participar da implementação da agenda prioritária de pesquisas de tuberculose em todas as esferas de governo. Fomentar parcerias intersetoriais para promover a realização de pesquisa em tuberculose. Apoiar o desenvolvimento científico e tecnológico no País. Incentivar a divulgação dos resultados das pesquisas desenvolvidas Promover a incorporação de iniciativas inovadoras para aprimorar o controle da tuberculose EX: Estimular a utilização dos resultados das pesquisas no enfrentamento da tuberculose. Estimular a troca e a implantação de experiências exitosas das ações de controle entre os programas de controle da tuberculose. Incorporar, de maneira oportuna, novas tecnologias de diagnóstico. Incorporar, de maneira oportuna, novos medicamentos aos esquemas de tratamento da doença ativa e infecção latente. Para o desenvolvimento das estratégias, dada a divisão de poderes entre as três esferas de governo e a autonomia de cada um deles, as iniciativas políticas tornam-se altamente interdependentes, o que exige a construção e a integração de parcerias entre os entes políticos federados (União, estados, Distrito Federal e municípios). Programa de Atenção a Hanseníase Hanseníase - É uma doença infectocontagiosa, de evolução lenta, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO - É causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen. - O homem é considerado a única fonte de infecção -O diagnóstico precoce da hanseníase e o seu tratamento cura a doença, interrompe a transmissão e previne as sequelas. Representação esquemática das formas clínicas multibacilar (5A) e paucibacilar (5B) da hanseníase: Diagnóstico Diagnóstico Clínico: - Anamnese; - Avaliação dermatológica; - Avaliação neurológica; - Diagnóstico dos estados reacionais; - Diagnóstico diferencial; - Classificação do grau de incapacidade física Diagnóstico Laboratorial: Baciloscopia: O diagnóstico laboratorial é um parâmetro para a definição de caso, porém o diagnóstico é eminentemente clínico. Tratamento POLIQUIMIOTERAPIA - Eliminação do bacilo; - Interrompe a transmissão da doença: Rifampicina, Dapsona e Clofazimina - Administrações para os esquemas paucibacilar e multibacilar Indicadores - No Brasil, a hanseníase apresenta ainda elevada magnitude e morbidade, causando deficiências físicas e deformidades que evoluem no desfecho clínico, estigma social, perda de produtividade e elevados custos para os serviços de saúde. Vigilância epidemiológica - Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória em todo o Território Nacional. - A vigilância epidemiológica é responsável pela descoberta precoce dos casos existentes na comunidade e o seu tratamento. Objetivos - Identificar a fonte de contágio do doente; - Descobrir novos casos de hanseníase entre as pessoas que convivem com o doente no mesmo domicílio (contatos intra domiciliares do doente); - Prevenir a contaminação de outras pessoas. As que vivem com o doente correm um maior risco de serem contaminadas. Vacinação BCG (Bacilo de Calmette- Guérin) Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO - Maior proteção para as formas multibacilares da doença; - Prioritariamente está destinada ao grupo de risco, contatos intra domiciliares; - A aplicação de duas doses da vacina BCG-ID a todos os contatos intra domiciliares dos casos de hanseníase. Detecção passiva - Pode ocorrer: Na demanda espontânea da população para os serviços da unidade de saúde em que poderá haver casos com sinais e sintomas dermatológicos e/ou neurológicos; Nos encaminhamentos feitos por outras unidades de saúde para confirmação diagnóstica da doença - casos suspeitos de hanseníase. Detecção ativa - Investigação epidemiológica de um caso conhecido (exame de contatos); - Exame das pessoas que demandam espontaneamente os serviços gerais da unidade de saúde por outros motivos que não sinais e sintomas dermatológicos ou neurológicos; - Exame de grupos específicos - em prisões, quartéis, escolas, de pessoas que se submetema exames periódicos, etc.; - Mobilização da comunidade adstrita à unidade, principalmente em áreas de alta prevalência da doença, para que as pessoas demandem os serviços de saúde sempre que apresentarem sinais e sintomas suspeitos. Há condições importantes para que o diagnóstico da hanseníase seja feito precocemente, referente às unidades e profissionais de saúde: - A população deve conhecer os sinais e sintomas da doença e deve estar informada de que a hanseníase tem cura. Deve estar informada, também, sobre o tratamento e estar motivada a buscá-lo nas unidades de saúde de seu município; - As unidades de saúde devem ter seus serviços organizados para desenvolver as atividades de controle da hanseníase, garantindo o acesso da população a esses serviços; - Os profissionais de saúde devem estar capacitados para reconhecer os sinais e sintomas da doença, isto é, para diagnosticar e tratar os casos de hanseníase; - Os profissionais de saúde, devem estar capacitados para realizar ações de promoção de saúde. Notificação de casos - Concluído o diagnóstico da doença, o caso deve ser notificado ao órgão de vigilância epidemiológica hierarquicamente superior, através de uma ficha de notificação/investigação do Sistema de Informações de Agravo de Notificação (SINAN). Acompanhamento dos casos - Informações relativas ao acompanhamento dos casos são úteis para a avaliação da efetividade do tratamento e para o monitoramento da prevalência da doença. - Essas informações devem ser registradas nas unidades de saúde (no prontuário do doente e na ficha de acompanhamento do caso). - Os faltosos devem ser precocemente identificados, para os procedimentos de busca, bem como os contatos intradomiciliares para exames dermatoneurológicos. - Já as pessoas que já completaram tratamento, segundo as normas técnicas, devem ser retiradas do registro ativo, através da alta por cura. - Outro aspecto importante é a busca de informações sobre os óbitos ocorridos dentre os Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO portadores da hanseníase, devendo ser registrado no prontuário e retirado do registro ativo - alta por óbito. - Aqueles que forem transferidos para serem acompanhados em outra unidade, devem ser registrados como transferência. Outros insumos - Os medicamentos antirreacionais também são adquiridos e distribuídos às Secretarias de Saúde pelo Ministério da Saúde. As Secretarias e Unidades de Saúde devem dar atenção ao cumprimento da Lei nº 10.651 de 16 de abril de 2003, que dispõe sobre o uso da talidomida para mulheres em idade fértil. - Da mesma forma, devem-se seguir protocolos para corticoterapia prolongada e uso dos insumos para apoio à prevenção de incapacidades físicas de olhos, mãos e pés, durante e após o tratamento, conforme indicação. - Existem também outros insumos que são assegurados pelo Ministério da Saúde e que devem estar disponíveis nas unidades de saúde, como material para testes de sensibilidade e para coleta de material para baciloscopia. Além dos materiais básicos, em um serviço de referência, estão disponíveis, também, insumos para exames complementares, a fim de elucidar os casos de difícil diagnóstico. Referência e Contra Referência - No caso da hanseníase, devem ser organizadas, estruturadas e oficializadas todas as referências municipais, regionais e estaduais, além das contra referências, como foi decidido pelas políticas ainda vigentes do Sistema Único de Saúde (SUS). - A referenciação deve acontecer quando houver nos casos de paciente hansenianos, intercorrências clínicas, reações adversas ao tratamento, reações hansênicas, recidivas e necessidade de reabilitação cirúrgica, além em casos de dúvidas no diagnóstico e na conduta. - A contra referência deve estar acompanhada de um formulário que contém as informações sobre o encaminhamento e o que foi realizado no paciente, como o atendimento prestado, condutas tomadas, além das orientações a serem seguidas quando o paciente chegar ao estabelecimento de origem. Organização do sistema de informação - O prontuário da pessoa com hanseníase deverá ser o mesmo utilizado para os demais atendimentos realizados na unidade de saúde, acrescido de anexos constituídos por impressos específicos como cópia da ficha de notificação, ficha de avaliação neurológica simplificada e do grau de incapacidade física e de informações evolutivas sobre o acompanhamento do caso. É importante reiterar que constem do prontuário os seguintes formulários: - Cópia da ficha de notificação; - Protocolo complementar de diagnóstico de hanseníase em menores de 15 anos; - Formulário para avaliação do grau de incapacidade; - Formulário para avaliação neurológica simplificada; - Formulário de Vigilância de contatos intra domiciliares de hanseníase; - Outros formulários que se fizerem necessários para o acompanhamento eficiente dos doentes. Acompanhamento e Agendamento/ Aprazamento - A pessoa com hanseníase deverá ser agendada para a tomada da dose supervisionada a cada 28 (vinte e oito) dias, utilizando-se cartões de agendamento para o registro da data de retorno à unidade de saúde e controle da adesão ao tratamento. - Ao retornar à unidade para receber a dose indicada, o paciente é submetido a uma revisão sistemática, feita pelo médico e/ou enfermeiro responsável pelo monitoramento clínico e terapêutico do paciente em questão, com o objetivo de procurar reações hansênicas, além de efeitos adversos causados pelos medicamentos em uso e também danos neurais. - É recomendado que no retorno do paciente, seja marcada, também, a vinda dos contatos dentro do Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO domicílio à unidade de saúde para fazer um exame clínico, orientar acerca da doença e aplicar a vacina BCG, conforme o padrão. Programa de Atenção à HIV/AIDS – 28/09 - Com a evolução do tratamento, nem todo mundo que vive com HIV chega a desenvolver a AIDS, por isso há diferença entre os termos. - HIV é a sigla em inglês para virus da imunodeficiência humana, uma vez que o vírus ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. - As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. - A AIDS, ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é o estágio mais avançado da doença causada pelo vírus HIV. - Mais vulnerável, o organismo fica mais sujeito a diversos agravos - as chamadas infecções oportunistas - que vão de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. Prevenção - Use preservativo (masculino ou feminino em todas as relações sexuais; - Não compartilhe agulhas, seringas, canudos ou cachimbos; - Fique atento ao uso de material esterlicado na aplicação de tatuagens e piercings, - Realize o pré-natal com exames, na gestação; - Verifique o uso de materiais não esterilizados em clínicas odontológicas, manicures e barbearias; - Evite o uso abusivo de álcool e outras drogas ilicitas. Elas podem alterar o nivel de consciência do indivíduo e a capacidade de tomar decisões sobre a forma de se proteger. Profilaxia Pós Exposição - A Profilaxia Pós Exposição, ou PEP, consiste no uso de medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo HIV, hepatites virais e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Ela deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco de contágio, tais como: - Violência sexual; - Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha); - Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico). - A PEP deve ser iniciada precocemente o mais preferencialmente possível,nas primeiras 2 horas após a exposição de risco, ou em até, no máximo, 72 horas subsequentes. - Os medicamentos devem ser tomados por 28 dias ininterruptos, para maior efetividade da profilaxia, com acompanhamento do Servico de Atenção Especializada (SAE). Testes rápidos: detectar o vírus para o início precoce do tratamento - É crescente distribuição de teste rápido para as unidades de saúde do SUS - Em 2018, foram garantidas 12,5 milhões de unidades Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO Atribuições para a estratégia de saúde da família Atenção Primária UBS e ESF - Realização de ações de prevenção junto à comunidade e populações mais vulneráveis; - Disponibilizar materiais informativos, educativos e insumos de prevenção; - Facilitar a participação da Sociedade Civil Organizada; - Oferta de aconselhamento e testagem sorológica para HIV, sífilis, hepatite B e C para população em geral; - Oferta de aconselhamento e testagem rápida para gestantes no pré-natal, populações vulneráveis e portadores de TB (referenciar para SAE se HIV reagente); - Acolhimento e encaminhamento das pessoas com HIVIAids para os serviços de referência; - Promover ações em saúde compartilhadas com a atenção especializada, para pessoas vivendo com DST/HIVIAids (ações voltadas para a qualidade de vida - exercícios físicos, nutrição, saúde mental, saúde bucal, atendimento ginecológico ou saúde sexual e reprodutivo etc...) Avaliar quais questões clínicas devem ser compartilhadas - recomendar - Notificação de agravos compulsória Atenção Primária Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) Os agentes comunitários de saúde integram a estratégia de saúde da família e atuam em ações educativas, de prevenção, acompanhamento e identificação de populações mais vulneráveis nos territórios Atenção Primária NASF I e ll - Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, bem como sua resolubilidade. - São constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, que devem atuar de maneira integrada e apoiando os profissionais das Equipes Saúde da Família e da atenção básica para ações de prevenção e cuidados em saúde, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade destas equipes, atuando diretamente no apoio matricial. Atenção Secundária СТA - Disponibilizar materiais informativos, educativos e insumos para prevenção - Orientar quanto a redução do risco de transmissão sexual do HIV em situações de uso de álcool e outras drogas - Realizar atividades extramuros para promoção, prevenção e diagnóstico de HIV. - Realizar estratégias de mobilização (ex: "Fique Sabendo") - Promover articulação com as Redes temáticas (Materno Infantil, Urgências e Emergências, Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO Atenção Psicossocial e Oncológica), instituições locais, programas de DST/Aids e hepatites virais, ONG, SUAS, etc. - Realizar ações de vigilância epidemiológica - Capacitar profissionais de saúde e outros trabalhadores em aconselhamento, acolhimento e testagem. - Utilizar os sistemas de informação (ex: SINAN, SICTA) Atenção Secundária - Centros de Testagem e aconselhamento - CTA Acolhimento e Aconselhamento - Ofertar o aconselhamento - Abordagem sindrômica Diagnóstico (metodologias rápidas e sorológicas) - HIV (Portaria n° 151, de 14 de outubro de 2009); - Sifilis (Portaria 3242, de 30 de dezembro de 2011). - Hepatite B (HBsAg + anti-HBc total); - Hepatite C (Anti-HCV); - Hepatite Delta (Anti-HDV), principalmente na Amazônia Ocidental Vacinação - Hepatite B dentre outras, e/ou referenciar para atenção primária à saúde (APS) ou serviços especializados (ex: CRIE) Encaminhamentos - Aos serviços de referência; - Atender os usuários no período que sucede o diagnóstico, enquanto aguardam atendimento nos serviços de referência; - Acompanhamento das parcerias sexuais sorodiscordantes. Atenção Secundária - SAE Realizar ações de prevenção e qualidade de vida direcionadas às pessoas vivendo com HIVIAids: - Facilitar acesso a insumos de prevenção, com incentivo a práticas sexuais seguras; - Promover ações para redução de danos; - Implementar a estratégia de profilaxia pós exposição sexual; - Oferecer atividades voltadas para a adesão; - Promover ações de Saúde Mental; - Realizar planejamento reprodutivo; - Realizar avaliação e acompanhamento nutricional; - Incentivar a prática de atividade física; - Realizar abordagem de parcerias sexuais; - Abordagem da Síndrome lipodistrófica. Atenção Secundária Serviços de Atenção Especializada -SAE - Prestar assistência clínica e psicossocial às PVHA: - Elaborar Projeto Terapêutico Singular; - Abordagem integral - Indicação de profilaxias primárias e secundárias para infecções oportunistas (I0) - Realização de Prova Tuberculínica e tratamento da infecção latente por TB (ILTB); - Garantia de tratamento para as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST); - Indicação e manejo de terapia antirretroviral (TARV); - Monitoramento laboratorial e manejo da falha terapêutica; - Prevenção e abordagem dos eventos adversos à TARV; - Diagnóstico e manejo das comorbidades e infecções oportunistas; - Diagnóstico e manejo das confecções (HBV, HCV, HTLV, entre outras); - Diagnóstico precoce, acompanhamento e tratamento da confecção TB-HIV; - Acompanhamento multiprofissional e interdisciplinar com garantia referência e contra referência, organizadas pela RAS. Atenção Secundária SAE Prestar assistência clínica e psicossocial às PVHA: - Realizar vacina para Hepatite B dentre outras, e/ou referenciar para atenção primária à saúde (APS) ou serviços especializados (ex: CRIE); - Referenciar para serviços de apoio diagnóstico e laboratorial; - Referenciar os usuários à uma unidade de dispensação de medicamentos (UDM); - Oferecer assistência aos casos de exposição sexual, acidente ocupacional e violência sexual, ou ter referência estabelecida para os mesmos. - Promover articulação com as Redes temáticas (redes temáticas pactuadas com a Comissão Intergestores Tripartite: Materno Infantil, Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO Urgências e Emergências, Atenção Psicossocial e Oncológica outras instituições locais e programas de DSTIAids e hepatites virais. - Organizar as ações de saúde a partir do instrumento Qualiaids - Realizar ações de vigilância epidemiológica relacionadas às DST, Aids e coinfecções Atenção Secundária Centro de Referência e Treinamento -DSTIAids CRT Além das atribuições para os SAE: - Oferecer atenção integral e especializada (ambulatorial) por equipe multiprofissional expandida, a adultos elou crianças elou adolescentes vivendo com DST/HIVIAids; - Ser referência técnica para a capacitação de recursos humanos dos diferentes níveis de complexidade dos serviços da rede SUS, no atendimento às DST/HIVIAids; - Contribuir com a supervisão técnica das demais equipes das unidades de saúde, em sua área geográfica. Atenção Secundária Serviços Especializados - Atender encaminhamentos para as diversas especialidades a partir dos fluxos definidos. - Policlínicas, ambulatório de especialidades: são unidades de saúde para prestação de atendimento ambulatorial em várias especialidades, incluindo ou não as especialidades básicas, podendo ainda ofertar outras especialidades não médicas. Assistência Domiciliarterapêutica ADT - Deve ofertar abordagem assistencial, preventiva e educativa voltada à qualidade de vida das PVHA e seus familiares, diretamente em seus domicílios. Centros de Atenção Psicossocial CAPS AD - Oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. - Trabalhar com a lógica da redução de danos como eixo central ao atendimento aos usuários/dependentes de álcool e outras drogas. Centros de Reabilitação - CER - Muitas pessoas vivendo com aids tem consequências ou sequelas advindas das infecções oportunistas ou por reações adversas ao tratamento e até mesmo do próprio HIV, assim os serviços de reabilitação são fundamentais para garantir a integralidade da assistência para estes usuários. Atenção Secundária Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24hr) Ações nas UPA e PS - Ter os profissionais sensibilizados para o diagnóstico do HIV. - Testagem rápida para HIV. - Profilaxias pós exposição ao HIV, medicamentos disponíveis e referência; - Demanda acolhida através de critérios de avaliação de risco; - Fluxo de encaminhamentos definidos com garantida a referência e contra referência, resolução da urgência e emergência, provido o acesso à estrutura hospitalar e a transferência segura conforme a necessidade dos usuários; - Definição de protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias e respeitando a individualidade do sujeito, SAMU - O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) realiza o atendimento de urgência e emergência em qualquer lugar residências, locais de trabalho e vias públicas. Referencias • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. • Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo HIV / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO Vigilância, Prevenção e Controle as Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. - 2. ed. - Brasília: Ministério da Saúde, 2015. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. HIV/Aids, hepatites e outras DST / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. - Brasília Ministério da Saúde, 2006. 196 p. il. DATASU: Departamento de Informática do SUS- 05/10 Relembrando… O SUS foi criado pela Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei 8.080/90 Conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta, das fundações mantidas pelo Poder Público e em caráter complementar com a participação da Iniciativa privada. Parte de uma concepção ampliada do direito à saúde e do papel do Estado na garantia desse direito SUS SISTEMA: União, Estados e Municípios ÚNICO: Mesma doutrina e filosofia de atuação SAÚDE: Ausência de doença/ Bem estar físico, psíquico e social/ Exercício pleno da cidadania com felicidade A Lei 8.080/90 estabelece o papel das informações em saúde e a formação dos sistemas de informação Art. 47. O Ministério da Saúde, em articulação com os níveis estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde - SUS, organizará, no prazo de dois anos, um sistema nacional de informações em saúde, integrado em todo o território nacional, abrangendo questões epidemiológicas e de prestação de serviços. DADO x INFORMAÇÃO DADO: "um valor quantitativo e qualitativa referente a um fato ou circunstância" "o número bruto que ainda não sofreu qualquer espécie de tratamento estatístico" " a matéria-prima da produção da informação" INFORMAÇÃO: "o conhecimento obtido a partir dos dados" "o dado trabalhado* " o resultado da análise e combinação de vários dados" (o que implica interpretação por parte do usuário) "uma descrição de uma situação real, associada a um referencial explicativo sistemático" "Como em qualquer outra atividade, no setor saúde a informação deve ser entendida como um redutor de incertezas, um instrumento para detectar focos prioritários, levando a um planejamento responsável e a execução de ações que condicionem a realidade às transformações necessárias. Planejamento "É um processo de tomada de decisões que, com base na situação atual, visa a determinação de providências a tomar, objetivando atingir uma situação futura. Informação: instrumento essencial para a tomada de decisão Informação em saúde é o esteio para a gestão dos serviços Informação - decisão - ação ENTÃO, COMO OBTER OS DADOS QUE SE TRANSFORMARÃO EM INFORMAÇÃO? Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE - SIS "Mecanismo de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária para se planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. Considera-se que a transformação de um dado em informação exige, além da análise, a divulgação e inclusive recomendações para a ação." - Organização Mundial de Saúde DATASUS- Departamento de Informática do SUS - Criado em 1991 - Responsável por prover os órgãos do SUS de sistemas de informação e suporte de informática - O DATASUS disponibiliza informações que podem servir para subsidiar análises objetivas da situação sanitária, tomadas de decisão baseadas em evidências e elaboração de programas de ações de saúde. DATASUS Departamento de Informática do SUS - "A informação é fundamental para a democratização da Saúde e o aprimoramento de sua gestão - A informatização das atividades do Sus é essencial para a descentralização das atividades de saúde - "A informação instrumentaliza a identificação do que se quer transformar DATASUS- Competências - Fomentar, regulamentar e avaliar as ações de informatização do SUS, direcionadas à manutenção e o desenvolvimento do sistema de informações em saúde e dos sistemas internos de gestão do Ministério da Saúde - Desenvolver, pesquisar e incorporar produtos e serviços de tecnologia da informação que possibilitem a implementação de sistemas e a disseminação de informações necessárias às ações de saúde, em consonância com as diretrizes da Politica Nacional de Saúde - Manter o acervo das bases de dados necessários ao sistema de informações em saúde e aos sistemas internos de gestão institucional - Assegurar aos gestores do SUS e aos órgãos congêneres o acesso aos serviços de tecnologia da informação e bases de dados mantidos pelo Ministério da Saúde SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE - SIS SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação SIM: Sistema de Informações sobre Mortalidade SINASC: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos SIH/SUS: Sistema de Informações Hospitalares SIA/SUS: Sistema de Informações Ambulatoriais SIAB: Sistema de Informação da Atenção Básica SISVAN: Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional SI-PNI: Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO A base eletrônica de indicadores construída pelo DATASUS é munida de tabulador (Tabnet) O aplicativo Tabnet é um tabulador genérico de domínio público que permite organizar dados de forma rápida O Tabnet foi desenvolvido pelo DATASUS para gerar informações das bases de dados do SUS TABNET Vantagens: - Rapidez - Simplicidadede operação - Exportação de planilhas - Visualização da tabela em gráficos e mapas - Permite ao usuário gerar tabelas e gráficos selecionando um contingente de informações como: morbidade, indicadores de saúde, assistência à saúde, dados demográficos, socioeconômicos, etc. E-SUS "O e-SUS é uma das estratégias do Ministério da Saúde para desenvolver, reestruturar e garantir a integração dos sistemas de informação em saúde, de modo a permitir um registro da situação de saúde individualizado por meio do Cartão Nacional de Saúde. O nome, e-SUS, faz referência a um SUS eletrônico, cujo objetivo é sobretudo facilitar e contribuir com a organização do trabalho dos profissionais de saúde, elemento decisivo para a qualidade da atenção à saúde prestada à população. Fichas utilizadas para fornecer os dados dos SIS - Fichas da Atenção Básica - AIH (Autorização de Internação Hospitalar) - Fichas de notificação e investigação - APAC - Entre outras… Ex: Instrumento de coleta de dados das doenças de notificação compulsória - As unidades da federação deverão utilizar modelo padronizado pela SVS/MS. A Ficha de Notificação deverá ser impressa em duas vias pré- numeradas Primeira via; enviada pela unidade de saúde para o local de digitação, caso não seja informatizada Segunda via: arquivada na própria unidade de saúde A notificação compulsória é OBRIGATÓRIA para: - os médicos - outros profissionais de saúde - ou responsáveis pelos serviços públicos e privados de saúde que prestam assistência ao paciente SES: Responsável por imprimir, distribuir e controlar a Ficha de Notificação aos municípios SMS: Responsável por distribuir e controlar a Ficha de Notificação para as unidades de saúde 1. Ficha Individual de Notificação (FIN): é preenchida para cada paciente quando da suspeita de problema de saúde de notificação compulsória e encaminhada pelas unidades assistenciais aos serviços responsáveis pela informação e/ou vigilância epidemiológica - É também utilizada para a Notificação Negativa Notificação Negativa: É a notificação da não- ocorrência de doenças de notificação compulsória na área de abrangência da unidade de saúde. Indica que os profissionais e o sistema de vigilância da área estão alertas para a ocorrência de tais eventos. Notificação individual de casos suspeitos e/ou confirmados dos seguintes agravos de notificação compulsória: botulismo, carbúnculo ou "antraz", cólera, coqueluche, dengue, difteria, doença de Creutzfeldt-Jacob, doença de Chagas (casos agudos), doença meningocócica e outras meningites, eventos adversos pós-vacinação, febre amarela, febre do Nilo, febre maculosa, febre tifóide, hantaviroses, hepatites virais, Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO leishmaniose visceral, leptospirose, malária (em área não endêmica), peste, paralisia flácida aguda/poliomielite, raiva humana, rubéola, sarampo, síndrome da rubéola congênita, síndrome respiratória aguda grave, tétano neonatal e tétano acidental, tularemia, varíola. 2. Ficha Individual de Investigação (FII): roteiro de investigação, distinto para cada tipo de agravo, devendo ser utilizado, preferencialmente, pelos serviços municipais de vigilância ou unidades de saúde capacitadas para a realização da investigação epidemiológica Usada para investigação de surtos e epidemias, permite obter dados sobre a fonte de infecção e mecanismos de transmissão da doença Ficha preenchida pelos profissionais de saúde nas unidades assistenciais Vigilância epidemiológica Setor de digitação das secretarias municipais de saúde Secretarias estaduais de saúde Ministério da Saude Divulga a análise dos dados pelo Boletim Epidemiológico do SUS e informes epidemiológicos eletrônico Ficha do sinan Sistemas de informações- 19/10 Conceito Como em qualquer outra atividade, no setor saúde a informação deve ser entendida como um redutor de incertezas, um instrumento para detectar focos prioritários, levando a um planejamento responsável e a execução de ações de que condicionem a realidade às transformações necessárias Sistema de informação em saúde - Informação: Instrumento essencial para a tomada de decisões - Informação em Saúde: é o esteio para a gestão dos serviços, pois orienta a implantação, acompanhamento e avaliação dos modelos de atenção à saúde e das ações de prevenção e controle de doenças. - Dado SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação; SIM - Sistema de Informações sobre Mortalidade; SINASC - Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos; SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares; SIA/SUS - Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS; SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica; SISVAN - Sistema de Informações de Vigilância Alimentar e Nutricional; SI-PNI - Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização; SISÁGUA - Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano. - O Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM), desenvolvido pelo Ministério da Saúde, em 1975, é produto da unificação de mais de quarenta modelos de instrumentos utilizados, ao longo dos Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO anos, para coletar dados sobre mortalidade no país. - Possui variáveis que permitem, a partir da causa mortis atestada pelo médico, construir indicadores e processar análises epidemiológicas que contribuam para a eficiência da gestão em saúde. - O SIM foi informatizado em 1979. - Doze anos depois, com a implantação do SUS e sob a premissa da descentralização teve a coleta de dados repassada à atribuição dos Estados e Municípios, através das suas respectivas Secretarias de Saúde. - Com a finalidade de reunir dados quantitativos e qualitativos sobre óbitos ocorridos no Brasil, o SIM é considerado uma importante ferramenta de gestão na área da saúde que subsidiam a tomada de decisão em diversas áreas da assistência à saúde. - No nível federal, sua gestão está afeta à Secretaria de Vigilância à Saúde. Como são coletados os dados que alimentam o SIM - O documento básico e essencial à coleta de dados da mortalidade no Brasil é a DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO) que, consequentemente, alimenta o SIM. - A responsabilidade na emissão da DO é do médico, conforme prevê o artigo 115 do Código de Ética Médica, Artigo 1º da Resolução nº 1779/2005 do Conselho Federal de Medicina e a Portaria SVS nº 116/2009. - A DECLARAÇÃO DE ÓBITO (DO) deve ser enviada aos Cartórios de Registro Civil para liberação do sepultamento, bem como para a tomada de todas as medidas legais em relação à morte. - A Declaração de Óbito é impressa e preenchida em três vias pré-numeradas sequencialmente. Sua emissão e distribuição para os estados são de competência exclusiva do Ministério da Saúde. - Às Secretarias Municipais de Saúde cabe o controle na distribuição das D.O entre os estabelecimentos de saúde, Institutos de Medicina Legal, Serviços de Verificação de Óbitos, Cartórios do Registro Civil, profissionais médicos e outras instituições que dela façam uso legal e permitido. Como são obtidos e processados os dados do SIM - As DECLARAÇÕES DE ÓBITOS (DO) são preenchidas pelas unidades notificantes do óbito (habitualmente no local de ocorrência do óbito) e recolhidas, regularmente, pelas Secretarias Municipais de Saúde. - Nas Secretarias Municipais de Saúde (SMS), as Declarações de Óbito são digitadas, processadas, criticadas e consolidadas no SIM local. - Os dados informados pelos municípios sobre mortalidade no nível local são transferidos à base de dados do nível estadual que os agrega e envia- os ao nível federal.- Tais transferências são realizadas via WEB (internet) e ocorrem, simultaneamente, nos três níveis de gestão. No nível federal, a SVS - gestora do SIM - conta, na sua estrutura funcional, com a Coordenação-Geral de Informações e Análises Epidemiológicas (CGIAE). A importância dos dados do SIM para a gestão em Saúde - O Ministério da Saúde, através da SVS/DAENT/CGIAE, tem incentivado aos gestores municipais e estaduais a fazerem uso do potencial de dados contidos no SIM, para a formulação de indicadores epidemiológicos como instrumentos estratégicos de suporte ao planejamento das ações, atividades e programas voltados à gestão em saúde. - A redução da mortalidade por causas preveníveis ou evitáveis e a consequente melhoria na qualidade dos dados captados pelo SIM, inclusive em relação à ausência ou má definição de causas mortis são alguns dos resultados esperados com o uso desse sistema. Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO - O SIM funciona como fonte de dados e de informação que subsidiam a tomada de decisão em diversas áreas da assistência à saúde. Isoladamente ou associado a outras fontes, como por exemplo, ao Sistema de Informação Hospitalar. - Possui um bom grau de confiabilidade e permite a formulação de indicadores sobre mortalidade geral e específica usados, inclusive, pelo IDB (Indicadores e Dados Básicos de Saúde) definidos pela Rede Interagencial para a informação em Saúde (RIPSA). SIH/SUS - Sistema de Informações Hospitalares Introdução - Criado em agosto de 1981, em Curitiba, substituindo em 1982 o sistema GIH (Guia de Internação Hospitalar), o popularmente conhecido “Sistema AIH” passou por várias plataformas na fase em que era de processamento centralizado; - Primeiro sistema do DATASUS a ter captação implementada em microcomputadores (AIH em DISQUETE – 1992) e descentralizada nos próprios usuários, encerrando a era dos pólos de digitação; - O processamento das AIH´s continuou centralizado até ser descentralizado para os Gestores de Secretaria de Saúde em abril de 2006, que é o estado em que se encontra atualmente - A finalidade do AIH (Sistema SIHSUS) é registrar todos os atendimentos provenientes de internações hospitalares que foram financiadas pelo SUS, e a partir deste processamento, gerar relatórios para que os gestores possam fazer os pagamentos dos estabelecimentos de saúde; - O nível Federal recebe mensalmente uma base de dados de todas as internações autorizadas (aprovadas ou não para pagamento) para que possam ser repassados às Secretarias de Saúde os valores de Produção de Média e Alta complexidade, além dos valores de CNRAC, FAEC e de Hospitais Universitários – em suas variadas formas de contrato de gestão. - Seu instrumento de coleta de dados é a Autorização de Internação Hospitalar (AIH), atualmente emitida pelos estados a partir de uma série numérica única definida anualmente em portaria ministerial. Indicadores contemplados Funcionalidade do sistema Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO - Possibilita a avaliação do desempenho e condições sanitárias, através das taxas de óbito e de infecção hospitalar informadas no sistema; - Fornece informações para a programação do orçamento dos estabelecimentos; - Criada funcionalidade de “Geração de Histórico” que permite ao Gestor diminuir o volume do banco de produção, otimizando o processamento; - Criada funcionalidade para gerar relatórios a partir do histórico. Atividade de fixação 1- Marque quais alternativas diz respeito ao SIH – Sus (X ) Primeiro sistema do DATASUS a ter captação implementada em microcomputadores e descentralizada nos próprios usuários, encerrando a era dos pólos de digitação; (não ) É alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória; ( não) É um instrumento relevante para auxiliar o planejamento da saúde, definir prioridades de intervenção, além de permitir que seja avaliado o impacto das intervenções; ( x) Possibilita a avaliação do desempenho e condições sanitárias, através das taxas de óbito e de infecção hospitalar informadas no sistema. 2- Qual das alternativas abaixo corresponde ao instrumento de coleta de dados do SIH-SUS? A- Autorização de Internação Hospitalar (AIH); B- Sistema de Informações Hospitalares (SIH); C- Ficha Individual de Investigação (FII); D- Ficha Individual de Internação (FII). 3- Das alternativas abaixo, qual NÃO corresponde a uma funcionalidade do SIH- SUS? A- Possibilita a avaliação do desempenho e condições sanitárias, através das taxas de óbito e de infecção hospitalar informadas no sistema; B- Possibilitar a pesquisa rápida e direta às informações individuais do caso notificado e investigado; C- Fornece informações para a programação do orçamento dos estabelecimentos; D- Criada funcionalidade para gerar relatórios a partir do histórico. 4- De acordo com os conhecimentos sobre o SIM, julgue verdadeiro ou falso: ( ) O Sistema de informação sobre Mortalidade (SIM) foi criado pelo DATASUS Com a sua criação foi possível ter a captação de dados sobre mortalidade em todo território nacional . ( )O SIM tem como principais benefícios apenas a produção de estatísticas de mortalidade e análise estatísticas epidemiológicas e sócio demográficas. a) F; F Ana Carolyna Faria, P5, Famego, MISCO b) V; F c) V; V d) F; V 5- O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), forma uma ampla rede de informações sobre a mortalidade no território nacional. Leia as afirmativas abaixo e assinale qual alternativa corresponde ao SIM. I) É um sistema que tem como benefício análise estáticas , epidemiológicas e sócio demográficas; Construção dos principais indicadores de saúde. II) Os benefícios alcançados com o Sistema foram de subsidiar as intervenções relacionadas com a saúde da mulher e da criança a todos os níveis do Sistema Básico de Saúde (SUS).
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