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Sistemas de implantes dentários (parte 1)

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Sistemas de implantes dentários 
1ª parte
Atualmente diversos modelos e marcas comerciais de implantes estão disponibilizados para a utilização na odontologia mundial, com diferentes formatos, alturas, diâmetros, tratamentos de superfície e tipos de conexão protética.
No Brasil existem várias marcas comerciais de implantes, tanto nacionais quanto importadas, que podem ser implantados com total segurança apresentando altos índices de sucesso a longo prazo. 
Independente da marca comercial os implantes são fabricados a partir do titânio ou da zircônia.
OBS: Vale lembrar que todos os implantes de titânio comercializados atualmente tem tratamento de superfície.
Introdução
Um grande desafio da implantodontia atual é reabilitar rebordos atróficos (mandíbula e maxila com pouco osso e edêntula). 
Existem diferentes tipos de implantes, dentre eles 
· Curtos com altura inferior a 7mm;
· Longos com altura superior a 30mm;
· Estreitos com diâmetro inferior a 3mm (indicados para região de ILS e II)
Sistemas de implantes dentários
A escolha do diâmetro do implante dependerá da medida do espaço mésio-distal do rebordo edêntulo e a escolha da altura dependerá das estruturas nobres que passarão perto do implante.
O ideal é que tenha uma medida de 1,5mm entre o implante e o dente vizinho, 2,0mm entre o implante e estruturas nobres e 3,0mmm entre implantes. 
Tipos de implantes
Corpo do implantes pode ser de 3 formas e sua escolha depende da densidade óssea do local de inserção:
Implantes cilíndricos: indicados para osso tipo I e tipo II 
Implantes cônicos: usados na região de maxila e indicados para osso tipo II e IV, além, de instalação de implantes imediatamente a extração dental pois aumenta a estabilidade primária em área de baixa qualidade óssea. 
Implantes híbridos 
Tipos de conexão
Eles também podem ter diferentes tipos de conexão. Essa conexão é a região do implante que tem a função de estabilizar a prótese que será instalada sobre o mesmo e podem ser classificadas como: 
Conexão externa: possui o desenho em forma triangular, hexagonal, octagonal ou dodecágono. 
Implantes de hexágono externo (HE) é o que existe há mais tempo no mercado por ser versátil e funcionar bem com qualquer tipo de prótese, tem um custo menor e é considerado compatível entre implantes de fabricantes diferentes. Eles podem ainda ser classificados de acordo com seu diâmetro:
· Plataforma estreita ou narrow de 3.3 e 3.5
· Plataforma regular de 3.75, 4.0 e 4.3
· Plataforma larga ou large de 5.0
É importante avaliar o diâmetro da plataforma do implante porque podem ser de:
E também podem apresentar diferentes diâmetros do corpo mas com o mesmo diâmetro da plataforma. 
Entretanto, o Hexágono externo possui limitações como micromovimentos devido à pouca altura do hexágono (0,7mm em média), maior afrouxamento do parafuso do pilar, maior índice de fratura do parafuso e maior reabsorções ósseas ao redor da região cervical do implante devido a presença de microgap entre a plataforma do implante e o componente protético. 
Conexão interna: Podem ser divididos em cone morse e macrogeometria interna com forma triangular, hexagonal (HI) ou octagonal. 
Os implantes de conexão interna tem embutido no corpo do implante uma figura geométrica (o mais usado é o hexágono) e possibilita maior contato do componente protético com as paredes internas do implante. Como a altura do hexágono interno é maior que do hexágono externo tem um ganho de estabilidade. Eles podem ter:
As desvantagens são as paredes mais finas ao redor da área de conexão e a dificuldade em se ajustar divergências de angulação entre implantes. 
Os implantes de conexão interna do tipo cônica surgiram em meados da década de 1980, almejando uma maior estabilidade mecânica dos componentes protéticos, foram lançados no mercado implantes de conexões cônicas com um atrito interno entre as paredes do implante e do componente, gerando um travamento. 
A conexão cônica interna dá ao implante uma plataforma reduzida, maior estabilidade de união entre o intermediário protético e o implante, maior selamento bacteriano, ausência de micromovimentação entre o intermediário e o implante e possibilidade de intermediários com diâmetros menores que o implante ocupando menor espaço no sentido mesio-distal. 
Já o conceito de conexão morse foi descrito em 1864, por Stephen Ambrose Morse , com o objetivo de ter uma união segura entre dois corpos, sendo muito aplicado na engenharia. A conexão morse se baseia na união entre dois corpos cônicos com o encaixe por fricção, com um ângulo de no máximo 3 graus, assim sendo considerada uma conexão morse verdadeira
Implantes osseointegráveis
Atualmente, o desenvolvimento e avanço dos implantes dentais osseointegráveis têm ocorrido basicamente de duas maneiras distintas: a primeira com variações no macrodesenho (forma do corpo e forma das espiras) e a segunda com variações do microdesenho, o qual corresponde aos diferentes tratamentos de superfície.
Apesar do evidente sucesso utilizando implantes para a reabilitação e mesmo com os avanços das pesquisas nessa área, não existe um conceito de como deveria ser o desenho ideal de um implante osseointegrável.
Assim, diferentes geometrias de implantes (desenhos) e modelos de tratamento de superfícies foram propostos buscando aumentar e/ou acelerar a adesão do osso ao implante e, consequentemente, aumentar a osseointegração. 
Desenho do implante
A plataforma protética é a porção delimitada pela superfície dos implantes que faz contato com a base dos componentes protéticos utilizada para unir a prótese aos implantes. Esta parte do implante é crítica, uma vez que influencia no modo de transmissão das forças oclusais para o osso. 
A desadaptação entre o componente protéLco e a plataforma do implante pode levar ao insucesso do tratamento, principalmente devido à indução de concentração de tensões, infiltração de bactérias e formação de biofilmes. 
Função do desenho do implante:
1) Permitir estabilidade primária aperfeiçoada para diminuir os micromovimentos dos implantes;
2) Minimizar o período de carregamento do implante 
3) Otimizar a distribuição de forças de modo que o osso peri-implantar seja preservado
4) Estimular a formação do osso, facilitando a osseointegração
Implantes cilíndrico sem roscas
Os implantes cilíndrico sem roscas foram os primeiros implantes a serem utilizados que não apresentavam roscas nas suas superfícies. Porém tem desvantagens como a interface sujeita a força de cisalhamentos, requer excelente tratamento de superfície, menor estabilidade primária, mais tensão em profundidade, menor contato ósseo, menor área de superfície, técnica cirúrgica traumática. 
Implantes em formato de parafuso
Os implantes em formato de parafuso possuem roscas que oferecem retenção para a fixação óssea inicial, limitando micromovimentação o durante a osseointegração.
Evolução da forma dos implantes
As roscas dos implantes foram inicialmente elaboradas para potencializar o contato inicial, aumentar a área de superfície dos implantes e facilitar a dissipação de estresse na interface osso/implante. 
Várias formas geométricas das roscas dos implantes tem sido desenvolvidas para facilitar a inserção dos implantes, a distribuição de tensão e a osseointegração. Quanto maior o número de roscas do implante mais área funcional iremos encontrar disponível. As roscas dos implantes podem ser classificadas de acordo com suas formas:
Referências:
Carl Misch. Implantes Dentais Contemporâneos. (3ª edição). Grupo GEN, 2009. Capitulo 11.
Aurélio, BIANCHINI, M. O Passo-a-Passo Cirúrgico na Implantodontia - Da Instalação à Prótese. Grupo GEN, 2007. Capítulo 4.
PLATAFORMAS EM IMPLANTES DENTAIS: UM PARALELO ENTRE IMPLANTES DE HEXÁGONO INTERNO, HEXÁGONO EXTERNO E CONE-MORSE. Glaucia Alcântara de Souza , Aurimar de Oliveira Andrade , Marcelo Cláudio Gama de Carvalho, Riva Marques Campos ,William Chaia

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