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INTRODUÇÃO SISTEMAS DINÂMICOS 15 2.4. Aplicações do círculo. . X = T1 = R/Z Factor space: x ⇠ y , x � y 2 Z, T1 = R/Z = {[x] : x 2 R} = {x mod 1: x 2 R} with distância d([x], [y]) := min{|x � y|, 1 � |x � y|}. In the following we simply write x = [x]. Other point of view: unit circle S1 = {z 2 C : |z| = 1} with distance induced by shortest arc length. There is a bijective identification of the two by T1 ! S1, [x] 7! e2⇡xi. There is a naturally induced order (on either T1 or S1) by the order on R. Any homeomorphism f : T1 ! T1 either preserves or reverts orientation. Denote by ⇡ : R ! T1 the natural projection. Note that ⇡ is a local homeomorphism. By definition, for every k 2 Z and x 2 T1 we have ⇡(x + k) = ⇡(x). 2.4.1. Rotation on T1. We study rotation by angle ↵ 2 R. R↵ : T1 ! T1, R↵(x) := x + ↵ mod 1. Note that any rotation is an isometry, that is, preserves distances d(R↵(x1), R↵(x2)) = d(x1, x2). Further, for every k 2 Z we have Rk↵(x) = x + k↵ mod 1 = Rk↵(x). Lemma 2.39. If ↵ 62 Q, then R↵ is minimal. If ↵ = pq , p, q 2 Z relatively prime, then every x is periodic with period q. Demonstração. Afirmação 1. If ↵ 62 Q then for every x 2 T1, Rn↵(x) 6= Rm↵ (x) if n, m 2 Z, n 6= m. Demonstração. By contradiction, if n 6= m with Rn↵(x) = Rm↵ (x). Then there is k 2 N so that x + m↵ = x + n↵ + k which implies m↵ = n↵ + k. As m 6= n, ↵ = k/(m � n) 2 Q, contradiction. ⇤ Afirmação 2. If ↵ 62 Q, then for every " > 0 for every x there exist n, m 2 N so that d(Rn(x), Rm(x)) < ". More- over, R↵ is minimal. Demonstração. Given " > 0, let N 2 N com 1N < ". Given x, consider x, R↵(x), · · · , RN↵ (x1) 2 OR↵(x). By Afirma- ção 1 those N + 1 points are pairwise distinct. Hence, dividing T1 into N arcs of arc-length ", by the pigeonhole principle, at least one arc contains (at least) two points. Hence exist n 6= m, so that d(Rn↵(x), R m ↵ (x)) < ". With m = ` � k, since R↵ preserves distances, d(x, Rm↵ (x)) = d(R k ↵(x), R ` ↵(x)) < ". Hence, R⇢ with ⇢ = m↵ is rotation by ⇢ < ". Hence for every y 2 T1 there is n 2 N with d(y, Rn⇢ (x) = R nm ↵ (x)) < ". In other words, OR⇢(x) is "-dense. As " and x were arbitrary, every point has a dense orbit. Hence R↵ is minimal. ⇤ Suppose ↵ = p/q, p, q 2 Z. As both are relatively prime, q 2 N is the smallest k 2 N such that k pq = p. Then for every x 2 R/Z, Rq↵(x) = x + q p q mod 1 = x + p mod 1 = x. Hence every x is periodic with period q. ⇤ Observe that the translation x 7! x + ↵ on R is a “lift"of the rotation R↵ in T1. We call ↵ the rotation number of R↵. Given ↵ 2 [0, 1] and x 2 T1, we have R↵(x) = ( x + ↵ se x + ↵ < 1 x + ↵ � 1 se x + ↵ � 1. The type of topological dynamics of R↵ only depends on the nature of the rotation number ↵ being rational ↵ 2 Q or not. 2.4.2. Lift of circle homeomorphisms. Proposição 2.40 (Levantamento–lift). If f : T1 ! T1 is a homeomorphism, then there exists a homeomorphism F : R ! R such that ⇡ � F = f � ⇡. Demonstração. Tome a 2 T1 e escolha ā 2 R tal que ⇡(ā) = a. As ⇡ is local homeomorphism, existem um in- tervalo aberto Iā ⇢ R e um arco aberto Ja ⇢ T1 com ā 2 Iā e a 2 Ja tal que ⇡ : Iā ! Ja é um homeomorfismo. Considere f(a) e tome f(a) 2 R tal que ⇡(f(a)) = f(a). Repetindo o argumento, encontramos abertos Jf(a) ⇢ T1 e If(a) ⇢ R, f(a) 2 Jf(a) e f(a) 2 If(a) tais que ⇡ : Jf(a) ! If(a) é um homeomorfismo. Como f : T1 ! T1 é um homeomorfismo, podemos supor que f(Ja) = Jf(a). Daí segue que F : Iā ! If(a) dada por F (x) = ⇡�1 � f � ⇡(x) está bem definida e é um homeomorfismo. 16 INTRODUÇÃO SISTEMAS DINÂMICOS INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DINÂMICOS 7 Daı́ segue que F : Iā ! If(a) dada por F (x) = � �1 � f � �(x) está bem definida e é um difeomorfismo. F f ( a ) J a π a f ( a ) a π − 1 f ( a ) f J Agora, tome uma sequência finita de pontos a1 = a, a2, · · · an de S1 e considere Jai e Jf(ai) arcos de S1 tais que para cada i tem-se que f : Jai ! Jf(ai) é um difeomorfismo. Para cada i, sejam āi 2 R e f(ai) 2 R e intervalos Iāi e If(ai) pontos e intervalos abertos como acima tais que � : Iāi ! Jai e � : If(ai)) ! Jf(ai) são difeomorfismos. Isto implica que podemos definir F : Iā1 [ · · · [ Iān ! [If(ai) como F = � �1 � f � �. Verifica-se facilmente que F está bem definida em cada Iāi\Iai+1 o que prova a proposição. ⇤ Definição. A função F : R ! R definida na proposição acima é chamada um levanta- mento de f : S1 ! S1. Exercı́cio 2.4. Verifique que se F : R ! R e G : R ! R são dois levantamentos de f : S1 ! S1 então existe k 2 N tal que F � G = k. 3. ROTAÇÕES DO CÍRCULO E O TEOREMA DE POINCARÉ Considere o cı́rculo unitário S1 = {(x, y); p x2 + y2 = 1} ⇢ R2. Identificando R2 com o plano complexo C podemos escrever S1 = {z 2 C; kzk = 1} = {e2�i�, 0 � < 1} ⇢ C. Agora, tome uma sequência finita de pontos a1 = a, a2, · · · , an de T1 e considere Jai e Jf(ai) arcos de T1 tais que para cada i tem-se que f : Jai ! Jf(ai) é um ho- meomorfismo. Para cada i, sejam āi 2 R e f(ai) 2 R pontos e Iāi e If(ai) intervalos abertos como acima tais que ⇡ : Iāi ! Jai e ⇡ : If(ai)) ! Jf(ai) são homeomorfismos. Isto implica que podemos definir F : Iā1 [ . . . [ Iān ! [If(ai) como F = ⇡ �1 � f � ⇡. Verifica-se facilmente que F está bem definida em cada Iāi \ Iai+1 o que prova a proposição. ⇤ Definição. A função F : R ! R é chamada um levanta- mento de f : T1 ! T1. Proposição 2.41. If F : R ! R is a lift of a homeo- morphism f : T1 ! T1, then there exists k 2 Z such that F (x + 1) = F (x) + k for every x 2 R. Demonstração. By ⇡(x) = ⇡(x + 1) we have (2.6) f(⇡(x)) = f(⇡(x + 1)). Since ⇡ � F = f � ⇡, we obtain (2.7) ⇡ � F (x) = f � ⇡(x) = f � ⇡(x + 1) = ⇡ � F (x + 1), which implies (2.8) F (x + 1) = F (x) + k(x) for some integer k(x). Since F is continuous, k(·) must be continuous and hence k(·) ⌘ k 2 Z. ⇤ In this section we will always assume that f preserves ori- entation. Proposição 2.42. If F : R ! R is a lift of a homeo- morphism f : T1 ! T1, then there exists k 2 {�1, 1} such that for every x 2 R we have F (x + 1) = F (x) + k. Demonstração. By ⇡(x) = ⇡(x + 1) we have (2.9) f(⇡(x)) = f(⇡(x + 1)). Since ⇡ � F = f � ⇡, we obtain (2.10) ⇡ � F (x) = f � ⇡(x) = f � ⇡(x + 1) = ⇡ � F (x + 1), which implies (2.11) F (x + 1) = F (x) + k(x) for some integer k(x). Since F is continuous, k(·) must be continuous and hence k(·) ⌘ k 2 Z. Suppose k � 2. Then F (x) and F (x + 1) differ by more than 2. Hence there are points x0 and x1 which are between x and x + 1 for some x 2 R and such that F (x0) = 1 and F (x1) = 2 differ by unity. As F (x0) = 1 and F (x1) = 2 differ by unity, they represent the same point on T1. On the other hand ⇡ maps x0 and x1 to distinct points on T1. This contradicts that f is a home- omorphism. Hence k 1. 0 1x0 x1 1 2 Analogously: k � �1. Suppose k = 0. Then F (0) = F (1) and F fails to be injective on (0, 1). Thus, only the cases k = ±1 remain. ⇤ Definição 2.43. We call deg(f) def = F (x + 1) � F (x) the degree of f . If deg(f) = 1, we say that f preserves orientation, if deg(f) = �1 we say that f revertes orien- tation. If a homeomorphismo f : T1 ! T1 preserves orientation then f(x) f(y) f(z) for x y z, where we consider on T1 the order induced by the one on R. Proposição 2.44. Seja F : R ! R um levantamento de um orientation-preserving homeomorfismo f : T1 ! T1. Tem-se • para todo x 2 R e k, n 2 Z tem-se Fn(x + k) = Fn(x), • para qualquer n 2 Z, F +n é também levantamento de f , • F (x) � x é periodica e portanto limitada. • caso G : R ! R é um levantamentos de f : T1 ! T1 então existe k 2 N tal que F � G = k. INTRODUÇÃO SISTEMAS DINÂMICOS 17 2.4.3. Número de Rotação. Proposição 2.45 (Proposição & Definição). Given a ho- meomorphismo f : T1 ! T1 which preserves orientation and some lift F : R ! R of f , then the following limit ⇢(F ) = ⇢(F, x) def = lim n!1 1 n (Fn(x) � x) exists and does not depend on x 2 R. It is called transla- tion number of F and we call ⇢(f) def = ⇢(F ) mod 1 the rotationnumber of f . O número de rotação é a “velocidade” com a qual o um ponto é deslocado no círculo pela transformação. Lemma 2.46. Se F, F̃ são levantamentos do mesmo ho- meomorfismo, então ⇢(F ) � ⇢(F̃ ) = F � F̃ . Demonstração. ⇤ Lemma 2.47. Let f be some homeomorphismo which pre- serves orientation and F some lift of f , then for every x, y 2 R we have F (y) � y F (x) � x + 1. Demonstração. If k y � x < k + 1, then 0 y � (x + k) < 1 and hence F (y) � y = F (y) + F (x + k) � F (x + k) + (x + k) � (x + k) � y = (F (x + k) � (x + k)) + (F (y) � F (x + k)) � (y � (x + k)) = (F (x) � x) + (F (y) � F (x + k)) � (y � (x + k)) As 0 y � (x + k) < 1 implies F (y) � F (x + k) 1, the right-hand side is at most r.h.s. (F (x) � x) + 1 � 0, proving the claim. ⇤ Lemma 2.48 (Fekete). Seja (an)n uma sequência sub- additiva no sentido que an+m an + am. Então tem-se lim n!1 1 n an = inf n�1 1 n an. Caso existe M tal que M an para todo n, então limn an/n > �1. Demonstração. Seja L := inf n 1 n an 2 [�1, 1). Dado R > L, existe k � 1 tal que 1 k ak < R. Seja A := max{a1, . . . , ak} Para n > k tem-se n = kp + q, q 2 {1, . . . , k � 1}. Tem-se an = akp+q pak + aq pak + A Portanto 1 n an pk n 1 k ak + 1 n A < pk n R + 1 n A e assim, para n grande L 1 n an < R. Tomando R ! L segue a afirmação. ⇤ Show the following Lemma as an exercice. Lemma 2.49. Consider a sequence (an)n which is almost additive in the sense that there exists L such that an+m an + am+k + L, then the limit limn!1 an/n 2 R [ {�1} exists. Caso existe M tal que M an para todo n, então limn an/n > �1. Demonstração da Proposição 2.45. . [Existência] Dado x 2 R e an def = Fn(x) � x, tem-se an+m = F n+m(x) � x = Fm(Fn(x)) � Fn(x) + Fn(x) � x = Fm(Fn(x)) � Fn(x) + an (by Lemma 2.47) Fm(x) � x + 1 + an = am + 1 + an, where we applied Lemma 2.47 for Fm and y = Fn(x). By Lema 2.49 com L = 1 a sequência an/n é convergente. [Independéncia de x] Como 8k 2 Z8x 2 R (2.12) F (x + k) = F (x) + k, se |x � y| < 1 então |F (x) � F (y)| < 1 e | 1 n |Fn(x) � x| � 1 n |Fn(y) � y|| 1 n |Fn(x) � Fn(y)| + 1 n |x � y| 2 n e portanto o limite não depende de x uma vez que existe para algum x. ⇤ Segue imediatamente Lemma 2.50. Para qualquer x 2 R, n 2 N tem-se |Fn(x) � x � n⇢(F )| 1. Em particular a sequência (⇢n)n de funções ⇢n = 1 n (Fn � Id) converge uniformemente em R para ⇢(F ). Lemma 2.51. Para qualquer n, k 2 Z tem-se ⇢(Fn + k) = n⇢(F ) + k. Proposição 2.52. Dado homeomorfismo f : T1 ! T1 que preserve a orientação com levantamento F : R ! R, então ⇢(F ) é racional se e somente se f tem um ponto periodico. 18 INTRODUÇÃO SISTEMAS DINÂMICOS Demonstração. ): Supomos que ⇢(F ) = p/q com p 2 Z, q 2 N. Portanto para G = F q � p tem-se ⇢(G) = 0. G é levantamento de g = fq. Pelo Lema 2.50, |Gn(0)| 1 para todo n 2 Z Como (Gn(0))n é monotona (crescente ou decrescente), existe x0 def = lim n!1 Gn(0). Tem-se G(x0) = G(lim n Gn(0)) = lim n Gn+1(0) = x0. Portanto g(x0) = x0 e fq(x0) = x0. (: Supomos que x0 é p-periodico, então existe p 2 Z tal que F q(x0) = x0 + p e portanto Fnq(x0) = x0 + np. Pela definição do número de translação, ⇢(F ) = lim n 1 nq (Fnq(x0) � x0) = lim n np nq = p q 2 Q. ⇤ Proposição 2.53. Para um homeomorfismo no círculo que preserve orientação, todos pontos periodicos tem o mesmo periodo. De fato, se ⇢(f) = p/q mod 1 com p, q 2 Z primos entre si, então o levantamento F de f tal que ⇢(F ) = p/q para todo x being um levantamento de um ponto periodico de f satisfaz F q(x) = x + p, i.e. o levantamento do conjunto de pontos periodicos de f é o conjunto dos pontos fixos de F q � Id �p. Demonstração. Se z 2 T1 é f -periodico, então x tal que ⇡(x) = z satisfaz F r(x) = x + s para algun r, s 2 Z e p q = ⇢(F ) = lim n Fnr(x) � x nr = lim n x + ns � x nr = s r . Portanto s = mp e r = mq para algum m 2 Z e portanto Fmq(x) = x + mp. Se estivessemos F q(x) � p > x, monotonicidade de F im- plicaria F 2q(x) � 2p = F q(F q(x)) � 2p = F q(F q(x) � p) � p � F q(x) � p > x e, por indução, Fmq(x) � mp > x, que é impossível. Por argumentos análogos, F q(x) � p < x é impossível. Portanto F q(x) = x + p. ⇤ Lemma 2.54. Sejam f : T1 ! T1 e g : T1 ! T1 homeo- morfismos que preservam orientação conjugados (por um homeomorfismo que preserve orientação). Então ⇢(f) = ⇢(g). 2.4.4. Homeomorfismos com pontos periodicos. Dizemos que um ponto x é heteroclinic com a e b se limn f�n(x) = a e limn fn(x) = b. No caso particular quando a = b, dize- mos que x é homoclinic. Exemplo 2.55. transformação polo norte–polo sul Lemma 2.56. Se I ⇢ R é intervalo fechado limitado e f : I ! I invertível, não-decrescente continua, então qual- quer ponto x 2 I é ou fixo ou (positivamente ou negativa- mente) assintótico com pontos fixos adjacentes. Demonstração. ver figura. Se x 2 I e f(x) 6= x, então ou f(x) > x ou f(x) < x. Caso f(x) > x, então f2(x) = f(f(x)) > f(x). Por in- dução, provamos que para todo n � 1, fn(x) > fn�1(x). Assim (fn(x))n�1 é monóntona crescente e potanto con- verge para y 2 I, pois I é fechado. Assim, lim n!1 fn(x) = y 2 I. Como f é continua segue f(y) = f(lim n fn(x)) = lim n fn+1(x) = y. Assim y é ponto fixo e a órbita de x é asssintótica a y. Caso f(x) < x, segue da mesma forma com fn(x) < fn�1(x) e (fn(x))n é uma sequência decrescente e con- vergente para um ponto fixo. Como f�1 também é monótona crescente, usando o argu- mento acima prova-se que o ↵-limite de x 2 I é também um ponto fixo de f . ⇤ Proposição 2.57. Se f : T1 ! T1 é um homeomor- fismo que preserve orientação com número de rotação ⇢(f) = p/q 2 Q. Então somente um dos dois seguintes casos vale: (1) se f tem exatamente uma órbita periodica, todo ponto que não pertence a ela é heteroclinic (rela- tivamente a fq) e esta órbita tem dois pontos. Os pontos são – distinctos se o periodo é > 1, – iguais no outro caso. (2) Se f tem mais do que uma órbita periodica, todo ponto que não pertence à uma delas é heteroclinic (relativamente a fq) com dois pontos em órbitas periodicas diferentes. Demonstração. Identificamos fq com um homeomorfismo num intervalo considerando x um lift de um ponto fixo de fq e considerando a restrição o levantamento F q � p de f no intervalo [x, x + 1]. Assim, a afirmação (1) segue do Lema 2.56. Para ver (2), basta mostrar que as duas órbitas periodi- cas são distinctas. Por contradição, supondo que existisse INTRODUÇÃO SISTEMAS DINÂMICOS 19 um intervalo I = [a, b] tal que a e b são zeros adjacentes de F q � Id �p e tal que a, b projectam no mesma órbita periodica. Então com z = ⇡(a) 2 T1 e fk(z) = ⇡(b) 2 T1 tem-se que [q�1n=0fnk(⇡(a, b)) cobre o complemento da ór- bita {fn(z)})n = 0q�1 e portanto não contém demais pon- tos periodicos. Portanto, f somente tem uma tal órbita periodica. Contradição. ⇤ Exemplo 2.58. Se há somente um ponto fixo, a sua na- tureza é semi-estável, i.e. ele é repelente em um lado e atraente no outro lado. Ver figura com o exemplo f(x) = x + 1 4 sen2(⇡x) mod 1. Exemplo 2.59 (Arnold). Dado ↵ 2 [0, 1/2⇡), ⌧ 2 R, considere o levantamento F↵,⌧ (x) = x + ⌧ + ↵ sen(2⇡x). Corolário 2.60. Se f : T1 ! T1 é um homeomorfismo que preserve orientação com número de rotação ⇢(f) 2 Q. Então o conjunto !-limite de qualquer ponto é um ponto periodico. 2.4.5. Homeomorfismos sem pontos periodicos. Lemma 2.61. Seja f : T1 ! T1 é um homeomorfismo que preserve orientação e sem ponto periodicos. Para qualquer m, n 2 Z, m 6= n, x 2 T1, e I ⇢ T1 um intervalo fechado com pontos extremos fm(x) e fn(x), qualquer semi-orbita positiva e qualquer semi-orbita negativa intersecta I. Demonstração. Mostramos para a semi-orbita positiva. Supomos que I = [fn(x), fm(x)]. Outro similar. I não é degenerado pois f não tem pontos periodicos. Basta ver que S k�1 f �k(I) cobre T1. Seja Ik def = f�k(n�m)(I). Assim I0 = [fn(x), fm(x)] e I1 = [f m(x), f�(n�m)+m(x)] etc., i.e. Ik e Ik�1 tem pontos extremos em comum. Por- tanto, para cada k � 1, I0 [ I1[ . . . [ Ik is the closed interval [fn(x), f�k(n�m)+m(x)]. Se T1 6= S k�0 Ik, então o ponto f �k(n�m)+m(x) não está contida em nenhum I` para qualquer ` = 0, . . . , k � 1. Portanto a sequência (f�k(n�m)+m(x))k destes pontos é monótona e converge para um z 2 T1. Isto implicaria que z = lim k!1 f�k(n�m)(fm(x)) = lim k!1 f (�k+1)(n�m)(fm(x)) = lim k f (n�m)(f�k(n�m)(fm(x))) = f (n�m)(lim k f�k(n�m)(fm(x))) = f (n�m)(z) é ponto periodico, contradição. ⇤ Proposição 2.62. Seja f : T1 ! T1 um homeomorfismo que preserve orientação e sem ponto periodicos. Então !(x) não depende de x, é um conjunto não vazio, com- pacto, perfeito e ou igual T1 ou em nenhum lugar denso. Lembramos que um conjunto não vazio, compacto, per- feito e em nenhum lugar denso é um conjunto de Cantor. Demonstração. . [Independência de x] Sejam x 6= y. Seja z 2 !(x). Consi- dere (`n)n tal que limn f `n(x) = z. Pelo Lema 2.61 existe km � 1 tal que fkm(y) 2 Im def = [f `m(x), f `m+1(x)] ! z. Portanto limm fkm(y) = z e z 2 !(y). Portanto !(x) ⇢ !(y). !(x) = !(y) por simetria. Afirmação 3. E def = !(x) é o menor conjunto não vazio, fechado, invariante. Demonstração. Se A 6= ?, A ⇢ T1, f -invariante e fechado e z 2 A, segue {fn(z)}n2Z ⇢ A por invariância e E = !(x) ⇢ {fn(z)}n2Z ⇢ A porque A está fechado. Portanto, qualquer conjunto, fechado e f -invariante ou é vazio ou contém E. Como E é fechado, E contém a sua fronteira. A fronteira de E também é fechada (exercício). A fronteira de E também é invariante: x 2 @E , 8U vizinhança de x: U \ E 6= ?, U \ E 6= ?; e como f é homeomorfismo, isso vale igualmente para as imagens Portanto @E é fechado e f -invariante. Portanto, ou @E = ? (que implicaria E = T1) ou @E = E (que implicaria que E é em nenhum lugar denso). ⇤ Basta mostrar E perfeito. Seja x 2 E. Seja (kn)n tal que limn fkn(x) = x. Como f não tem pontos periodicos, fkn(x) 6= x para todo n. Portanto, x 2 E é accumulado por pontos fkn(x) 6= x e como x 2 E e E invariante são pontos em E. ⇤ 20 INTRODUÇÃO SISTEMAS DINÂMICOS 2.4.6. A classificação de Poincaré. O objetivo desta seção é caracterizar os homeomorfismos de S1, segundo a exis- tência ou não de pontos periódicos. Esta caracterização é devida a H. Poincaré. A órdem dos pontos na órbita corresponde exactamente a órdem dos pontos na rotação/translação “correspondente”: Proposição 2.63. Se F : R ! R é levantamento de ho- meomorfismo que preserve orientação com ⇢ = ⇢(F ) 62 Q, então para n1, n2, m1, m2 2 Z e x 2 R tem-se n1⇢+m1 < n2⇢+m2 iff Fn1(x)+m1 < Fn2(x)+m2. Demonstração. Fn1(x) + m1 6= Fn2(x) + m2: se tivesse =, teria Fn1(x) � Fn2(x) 2 Z e portanto ⇡(x) periódico. contradição. Portanto, fixando n1, n2, m1, m2 2 Z tem-se x 7! Fn1(x) + m1 � F n2(x) � m2 é contínua e sempre tem mesmo sinal. Assuminos que Fn1(x) + m1 < Fn2(x) + m2 para todo x que é equivalente com (toma y = Fn2(x)) Fn1�n2(y) < y + m2 � m1 para todo y. Para y = 0 tem-se Fn1�n2(0) < m2 � m1 e para y = Fn1�n2(0) tem-se F 2(n1�n2)(0) < Fn1�n2(0) + m2 � m1 < 2(m2 � m1) Por indução, Fn(n1�n2)(0) < n(n1 � n2) e portanto ⇢ = lim n Fn(n1�n2)(0) n(n1 � n2) lim n n(m2 � m1) n(n1 � n2) = (m2 � m1) (n1 � n2) como ⇢ 62 Q mas (m2 � m1)/(n1 � n2) 2 Q, segue n1⇢ + m1 < n2⇢ + m2 todos as implicações podem ser lidos invertidas ⇤ Teorema 2.64. Se f : T1 ! T1 é um homeomorfismo que preserve orientação tal que ⇢(F ) 62 Q, então existe uma semi-conjugação continua que preserve a orientação de f com a rotação R⇢(F ) : T1 ! T1, R⇢(F )(x) = x + ⇢(F ) mod 1. Observação 2.65. Observe que se f não tem pontos pe- riódicos, então se x, y 2 Of (z) e y está entre x e z, então para a semi-conjugação h tem-se que h(y) está entre h(x) e h(z). Deste fato segue que h é uma transformação mo- nótona h : T1 ! T1 satisfazendo a equação h � f = R↵ �h. Em geral, h não é uma conjugação porque podem existir pontos em T1 cuja pre-imagem por h é um intervalo. Demonstração do Teorema 2.64. ): Seja F : R ! R le- vantamento de f e x 2 R. Seja B o levantamento da órbita de x B def = {Fn(x) + m : n, m 2 Z}. Seja H : B ! R Fn(x) + m 7! n⇢ + m Como ⇢ 62 Q, H(B) = {n⇢ + m}n,m é densa em R Pela Proposição 2.63, H é monóntona. Considerando a translação R̃⇢ : R ! R, R̃⇢(x) = x + ⇢, então, usando F (Fn(x) + m) = Fn+1(x) + m, tem-se (H � F )(Fn(x) + m) = H(Fn+1(x) + m) = (n + 1)⇢ + m = R̃⇢(H(x)) e (R̃⇢ � H)(F n(x) + m) = R̃⇢(n⇢ + m) = (n + 1)⇢ + m portanto H � F = R̃⇢ � H em B. Mostramos que H estende continuamente para B = R. Seja y 2 B. Seja (xn)n ⇢ B com xn ! y. Como H é monótona, H+(y) def = lim xn&y H(xn) existe e é independente da sequência e H�(y) def = lim xn%y H(xn) existe e é independente da sequência Se tivesse H�(y) 6= H+(y), então R\H(B) contenaria um intervalo. Contradição com H(B) denso. Portanto existe H(y) def = lim n H(xn) = H �(y) = H+(y). Estendemos H : B ! R para R: Como H é monótona e continua em B, B é fechado, e H(B) é denso em R, segue que H : B ! R é monóntona e sobre. Definimos H sendo constante em cada intervalo comple- mentar com B. Se (u, v) ⇢ R \ B com u, v 62 B e u < z < v, se- gue F (u), F (v) 62 B e H(u) = H(z) = H(v) e como F (u) F (z) F (v) tem-se R̃⇢ �H(z) = R̃⇢ �H(u) = H �F (u) = H �F (v) = H �F (z) Assim a extensão H : R ! R H � F = R̃⇢ � H. Como u = Fn(x) + m 2 B se e somente u + 1 2 B e como para cada u = Fn(x) + m 2 B tem-se H(u + 1) = H(Fn(x) + m + 1) = n⇢ + m + 1 = H(u) + 1 segue que para todo z 2 R H(z + 1) = H(z) e portanto H é levantamento de h : T1 ! T1. ⇤ INTRODUÇÃO SISTEMAS DINÂMICOS 21 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DINÂMICOS 15 ⇤ Teorema 3.19. Seja � : S1 ! S1 um homeomorfismo que preserva orientação tal que �(f) /2 Q. Então � é semi-conjugado a rotação R� : S1 ! S1. Demonstração. Sejam A e B os conjuntos definidos em Lema 3.18. Seja r : A ! A definida por r(y) = y + � e considere h0 : A ! B definida como h0(n� + m) = f (0) + m. Então h0(x + 1) = h0(x) + 1 para todo x 2 A e h0(r(y)) = h0(y + �) = h0(n� + m + �) = h0((n + 1))� + m) = fn+1(0) + m = f(fn(0)) + m = f(fn(0) + m) = f(h0(y)). Como � 2 R \ Q, A é denso em R e portanto podemos definir h̃ : R ! R por h̃(x0) = lim x�A,x�x0 h0(x). Como h0 é monotona, segue que h̃ está bem definida. 2 h J 1 J Além disso, como h̃ é periódica de perı́odo 1 em x, temos que h̃ é o levantamento de h̄ : S1 ! S1. Como r(y) = y + � é o levantamento de R2�� e vale que h0 � r = f � h0 =) h̄ � R2�� = � � h̄. Como h̃ é monótona, h̃ é descontı́nua no máximo em um número enumerável de pontos, e as descontinuidades de h̃ são do tipo salto. Isto significa que h̃�1 pode ser estendida para R, colocando h̃�1(J) = k, 2.4.7. Teorema de Denjoy. We say that a continuous func- tion g : [0, 1] ! R has bounded variation if its variation var(g) def = sup n n�1X i=0 |g(xi+1) � g(xi)| : 0 = x0 < x1 < . . . < xn = 1, n � 1 o is finite. If g is C1 then var(g) maxx|g0(x)|. Teorema 2.66 (Denjoy). Let f be a C1 circle difeo- morphism with an irrational rotation number such that w(x) = log f 0(x) has bounded variation. Then f is to- pologically conjugate to a rotation. Lemma 2.67. Let f be a C1 circle difeomorphism with an irrational rotation number. There is an infinite sequence (nk)k such that for any x 2 S the intervals (xi, xi+nk), xi = f i(x) and 0 i < nk and (xi, xi+nk) is the shortest arc with end points at xi and xi+nk are disjoint. Sabemos que f é minimal se e somente se !(x) = T1. Lemma 2.68. Seja f : T1 ! S um difeomorfismo C1 sem pontos periódicos. Se existe uma seqência (nk)k and C > 0 such that for every x and k � 1 we have C < |(fnk)0(x)||(f�nk)0(x)| then f is minimal. Demonstração. By contradiction, suppose that there is x with no dense orbit. Let Y = O+f (x). As Y is closed, its complement is open. By supposition, nonempty. Consider I ⇢ S \Y an open interval with end points in Y . Denote In = fn(I). Then In are pairwise disjoint. Hence P n|In| 1 and thus |In| ! 0. |In| + |I�n| = Z I (fn)0(u) du + Z I (f�n)0(u) du = Z I � (fn)0(u) + (f�n)0(u) � du �2 Z I p (fn)0(u)(f�n)0(u) du = 2 Z I p exp(log(fn)0(u)(f�n)0(u)) du = 2 Z I p exp(�|log(fn)0(u)(f�n)0(u)|) du and hence |Ink | + |I�nk | > 2 p exp(�C)|I| contradicting |Ink | ! 0. Thus, f is minimal. ⇤ Proof of Denjoy’s Theorem. Take x and let xm = fm(x) for x 2 Z. Let (nk)k be the sequence of closest returns as provided by Lemma 2.67. |log(fnk)0(x0)(f �nk)0(x0)| = ����log (fnk)0(x0) (f�nk)0(x�nk) ���� = ��log (fnk)0(x0) � log (f�nk)0(x�nk) �� ����� nk�1X i=0 log f 0(xi) � nk�1X i=0 log f 0(xi�nk) ����� nk�1X i=0 |log f 0(xi) � log f 0(xi�nk)| var(w), where for the last inequality we recall that the inter- vals (xi�nk , xi) = f�nk((xi, xi+nk)) are pairwise disjoint. Hence (fnk)0(x)(f�nk)0(x) � exp(� var(w)). By Lemma 2.68, f is minimal. ⇤ Observação 2.69. Assuming f being C2, existe C > 0 tal que |f 00|/|f 0| < C. As log f 0(u) � log f 0(v) = Z v u (log f 0(x))0 dx = Z v u f 00(x) f 0(x) dx Z v u |f 00(x)| |f 0(x)| dx segue nk�1X i=0 |log f 0(xi) � log f 0(xi�nk)| < C nk�1X i=0 |xi � xi�nk | as the intervals were disjoint, we obtain a finite bound. hence C2 difeomorphism is a sufficient condition for Den- joy’s theorem. Um intervalo não-trivial I ⇢ T1 é não-errante se fk(I) \ f `(U) = ? para todo k 6= `. Proposição 2.70. Seja f : T1 ! S um difeomorfismo C2 com ⇢ = ⇢(f) 62 Q. Então são equivalentes: 1. f é conjugado com a rotação R⇢. 2. Toda órbita é densa, i.e. f é minimal. 3. Para todo x 2 T1 tem-se !(x) = T1. 4. Para um intervalo não-trivial qualquer I ⇢ T1 existe k 2 Z tal que I \ fk(I) 6= ?, i.e. f não tem intervalos errantes. Observação 2.71. ⇢(f) 62 Q é necessário. C2 diffeo poderia ser C1 diffeo com variação limitada, mas não apenas C1 diffeo. No caso de C2 diffeo temos que a conjugação é contínua. M. Herman mostrou uns 50 anos depois do resultado de Denjoy que se pode, sob certas hipoteses, obter conjugação C1. 22 INTRODUÇÃO SISTEMAS DINÂMICOS 2.4.8. Contraexemplo de Denjoy. An interval I ⇢ T1 is wandering if I, f(I), . . . , fk(I), . . . are pairwise disjoint and not attracted to a periodic orbit. An irrational rotation does not have wondering intervals. By Denjoy’s theorem, if f is a C2 diffeomorphism then it is topologically conjugate to an irrational rotation, hence it is minimal and thus does not have wandering intervals. We now construct an example of a C1 diffeomorphism which has a wandering interval. Hence it is not mini- mal and, consequently, not topologically conjugate to an irrational rotation. Proposição 2.72. Para qualquer ⇢ 62 Q existe um difeo- morfismo C1 f : T1 ! T1 com ⇢(f) = ⇢ mod 1 que tem um intervalo errante. Demonstração. Idea: we take the irrational rotation by ⇢ and at each point xn = n⇢ mod 1 we cut the circle and glue an interval In of length `n, then we define a diffeo- morphism such that f(In) = In+1 and on T1 \ [n2NIn we leave the map unchanged. 1. CIRCLE MAPS 11 1.9. Wandering intervals. Definition. We say that an interval I ⇢ S is wandering, if its iterates I, f(I), f2(I), . . . are pairewise disjoint and I is not attracted by a periodic point. If f does not have any periodic point, the second part of the definition is automatically satisfied. We only note that this requirement his introduced to ensure that a circle homeomorphism with a rational rotation number does not have wandering intervals: in that case every orbit is either periodic or converges to a periodic one. On the other hand, in the case of an irrational rotation number the second requirement of the definition does not add any restriction (independently of its precise meaning) as there are no periodic points. We already proved that an irrational rotation does not have any wan- dering interval (as every orbit is dense). Denjoy’s theorem states that a C2 di�eomorphism of S is topologically conjugate to an irrational rotation, so it is minimal and does not have any wandering interval. The following construction provides an example of a C1 di�eomorphism f which has a wandering interval. Therefore, f is not minimal and, conse- quently, is not topologically conjugate to an irrational rotation. 1.10. Denjoy’s example. For every irrational ↵ 2 (0, 1), there is a di�eomorphism f : S ! S with rotation number ↵ (mod 1) which has wan- dering intervals. The idea of Denjoy’s example is illustrated on the figure below: We start with an irrational rotation setting xn = n↵ (mod 1). At each point xn, we cut the circle and glue in an interval In of length `n. Then we construct a di�eomorphism, such that f(In) = In+1 and on S \ [n�ZIn the map is left “unchanged”. (The illustration from Wikipedia) Now let us provide an accurate description of the example. (1) Take an irrational number ↵ 2 (0, 1). (2) Take a sequence of positive numbers (`n) +� n=�� such that L = X n�Z `n < 1, 1 2 < `n+1 `n < 2, and `n+1 `n �! n�±� 1 . Considere a rotação x 7! x + ⇢. Seja (`n)n2Z com `n > 0 e L def = X n `n < 1, 1 2 < `n+1 `n < 2, lim |n|!1 `n `n+1 = 1. For example, `n = 1/(n2 + 25) with L = X n2Z 1 n2 + c2 = ⇡ coth c⇡ c < 1 if c � 4. Dado n 2 Z, seja xn def = n⇢ mod 1 = n⇢ � [n⇢]. Observe that x0 = 0, x1 = ⇢, xn 2 [0, 1), {xn}n2Z dense in [0, 1). Define a sequence (an)n2Z by a0 def = 0, an def = (1 � L)xn + X k : xk2[x0,xn)=[0,xn) `k. Afirmação 4. The above sums each are convergent, an 2 [0, 1), xn 7! an monotone increasing. Demonstração. Since (xn)n is dense, any interval contains infinitely many xk. Thus, the sum contains infinitely many terms. All such terms are positive and their sum less than L. Hence 0 an < 1. Monotonicity is obvious. ⇤ Let In def = (an, bn), bn def = an + `n. Afirmação 5. In ⇢ (0, 1), {In} are pairwise disjoint. Demonstração. As ⇢ 62 Q, xn 6= xm of n 6= m. If xn < xm then am � an = (1 � L)(xm � xn) + X k : xk2[xn,xm) `k � `n. Hence bn = an + `n < am and In \ Im = [an, bn \ [am, bm] = ? ⇤ Let Cn def = 2 ✓ `n+1 `n � 1 ◆ . Then Cn 2 (�1, 2) and it is immediate that Z bn an Cn · T ( x � an `n ) dx = `n+1 � `n, where T (x) = 1 � |2x � 1|. Define on [0, 1] F 0(x) def = ( 1 + CnT ( x�an `n ) if x 2 In 1 if x 2 [0, 1] \n2Z In and let F 0(x) def= F 0(x mod 1) for all other x 2 R. Afirmação 6. F 0 : R ! R is continuous, periodic, posi- tive and Z 1 0 F 0(x) dx = 1 Let F (x) def = a1 + Z x 0 F 0(t) dt. Afirmação 7. F is a C1 diffeomorphism, dFdx (x) = F 0(x), F (x + 1) = F (x) + 1 for all x 2 R. Thus, there is a diffeomorphism f : T1 ! T1 which has F as a lift. Afirmação 8. ⇡(I0) is a wandering interval for f and ⇢(f) = ⇢ mod 1. Demonstração. We have F (an) = ( an+1 if xn 2 [0, 1 � ⇢) an+1 + 1 if xn 2 [1 � ⇢, 1). Indeed, F (an) = a1 + Z an 0 F 0(t) dt = a1 + an + X k : Ik2[0,an) Z Ik CkT ( t � ak `k ) dt = a1 + an + X k : ak2[0,an) `k+1 � X k : ak2[0,an) `k. Using x1 = ⇢, we have a1 = (1 � L)⇢ + X k : xk2[0,⇢) `k INTRODUÇÃO SISTEMAS DINÂMICOS 23 and an = (1 � L)xn + X k : xk2[0,xn) `k. Hence F (an) = (1 � L)(⇢ � xn) + X k : xk2[0,xn) `k+1 + X xk2[0,⇢) `k. Hence xn+1 = ( xn + ⇢ if xn + ⇢ < 1 x + n + ⇢ � 1 if xn + ⇢ � 1 Afirmação 9. F (an) = ( an+1 if xn + ⇢ < 1 an+1 + 1 if xn + ⇢ � 1 Since F (bn)�F (an) = Z In F 0(t) dt = `n+ Z an+`n an CnT ( t � an `n ) dt = `n+1, the interval In = (an, bn) is mapped to either (an+1, bn+1) or to (an+1 + 1, bn+1) + 1. Taking Jn = ⇡(In) we have f(Jn) = Jn+1. The intervals Jn are disjoint, hence wan- dering. Afirmação 10. We have ⇢(f) = ⇢. Demonstração. Let kn = [n⇢], denoting by [·] its largest integer part. For every n 2 Z we have Fn(0) = kn + an. Indeed, this is true for n = 1 as with ⇢ 2 (0, 1) we have x1 = ⇢ 2 (0, 1) and hence k1 = 0 and x1 = F 1(0) = a1. By induction, supposing Fn(0) = kn + an then Fn+1(0) = F (Fn(0)) = F (kn+an) = F (an)+kn = an+1+kn+1. Hence, using Fn(0) = kn + an and n⇢ = kn + xn, ���� Fn(0) n � ⇢ ���� = ���� Fn(0) � n⇢ n ���� = an � xn n 1 n . This implies ⇢(f) = ⇢. ⇤ ⇤ Observe that C def= [0, 1] \ [kIk is Cantor and that the Lebesgue measureof C is equal to 1 � L > 0. Seja In = [an, bn] tal que an = a(xn), bn = b(xn), onde a(x) = X {`k : xk < x}, b(x) = X {`k : xk x}. Portanto |b(x) � a(x)| = ( `n se x = xn 0 se x 6= xn. [an, bn] são 2 a 2 disjuntos, S n2Z[an, bn] = [0, 1). Existe G : R ! R tal que G(x + 1) = G(x), G([a(x), b(x)]) = {x} para todo x 2 [0, 1). Escolher homeomorfismo f tal que f([an, bn]) = [an+1, bn+1], poderia ser monótono. Para fazer C1 tomar (`n)n tais que , X n2Z `n = 1. e tais que f([an, bn]) = [an+1, bn+1], f 0(an) = f 0(bn) = 1, e.g. an + x 7! an+1 + Z x 0 exp(cnt(`n � t)) dt tal que cn > 0 e Z `n 0 exp(cnt(`n � t)) dt = `n+1 Notar que cn ! 0 e f 0 ! 1 quando `n/`n+1 ! 1. ⇤ devils staircase, Gelfreich p. 16
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