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Metabolism� d� Carboidrat�: Vi� Glicolític� � Neoglicogênes� ❑ Os carboidratos são a maior fonte das calorias da dieta para a maioria da população mundial. ❑ Os produtos de origem vegetal são as principais fontes de carboidratos da nossa dieta: amido e sacarose. ❑ Muitos produtos de origem animal possuem poucas quantidades de carboidratos. ❑ O principal carboidrato da dieta de origem animal é a lactose. ❑ Possui função ENERGÉTICA. - Quando esses carboidratos passam pelo nosso trato digestório, sejam eles polissacarídeos /Oligossacarídeos etc, eles vão ser digeridos liberando as suas unidades monoméricas como glicose, galactose e frutose, que vão ser absorvidas. Quando já temos a glicose diretamente na corrente sanguínea ela vai ser internalizada pelas células do corpo, já a frutose e a galactose serão internalizadas e dentro das células serão convertidas em glicose. - Diante a imagem consideramos que a glicose já esteja no sangue, então essa glicose para ser internalizada vai passar por um transportador de membrana chamada de GLUT (tem vários tipos de GLUT, vai depender de qual é o tecido). E este transportador faz com que aconteça uma difusão facilitada que é um transporte passivo (sem gasto de energia), colocando a glicose para dentro da célula. - Toda a glicose que entra na célula independentemente do destino que ela vai seguir, a primeira reação que acontece com a glicose é a transformação dela em GLICOSE - 6 FOSFATO (P), que é uma glicose que recebeu um fósforo no carbono 6. Essa fosforilação é extremamente importante porque prende a glicose dentro da célula, pois em difusão facilitada os transportadores obedecem o gradiente de concentração, desse modo podendo haver o transporte inverso e a molécula sairá da célula, consequentemente, para evitar que isso aconteça quando a glicose entra na célula ela é imediatamente fosforilada no carbono 6 porque prende a glicose lá dentro. O transportador que coloca a glicose para dentro das células não reconhece a glicose fosforilada 6P. - A glicose- 6P vai poder seguir diferentes caminhos, vai depender de qual é o tecido que isso está acontecendo, porque tem algumas vias que só acontecem em alguns tecidos, não acontecem todos os tecidos do corpo. Vai depender também da nossa situação energética, a exemplo se aquele tecido está precisando produzir ATP naquele momento ou não. Se isso acontece no fígado ou músculo e o conteúdo energético está satisfatório, não precisará produzir ATP naquele momento - Essa molécula poderá ser utilizada para a síntese de glicogênio (via glicogênese, em que a glicose fica armazenada). - Em tecidos que sintetizam lipídios, por exemplo, essa glicose pode seguir uma outra via, que é a via das pentoses, é uma via em que a glicose é transformada em açúcar de 5 carbonos, que é importante também não só em tecido que sintetizam lipídios, por exemplo, nas hemácias também acontece, em reações que protegem a membrana da hemácia etc. - Outra transformação que já conhecemos, é a transformação da glicose em piruvato através da via glicolítica, isso acontece com o objetivo de produção de ATP. O destino do piruvato também vai depender de se tem oxigênio ou não no meio. - Quando há oxigênio, o piruvato segue o caminho de entrar na mitocôndria e é oxidado para a produção de acetil coenzima A, e este que será oxidado no ciclo de krebs. - Quando não tem oxigênio, o piruvato vai entrar numa via e vai sofrer o processo de fermentação. ➔ Via Glicolítica: ❑ É uma via oxidativa e anaeróbica, localizada no citoplasma; ❑ Ocorre em 10 reações, as quais são divididas em 2 fases: a fase preparatória (primeiras 5 reações) e a fase de pagamento (últimas 5 reações); ❑ Na fase preparatória são gastas 2 moléculas de ATP. Na fase de pagamento são formadas 4 moléculas de ATP. (Há o gasto de energia para preparar a glicose para a fase seguinte, que é a fase de pagamento) ❑ São produzidas 02 moléculas de NADH . (Na fase de pagamento é onde acontece a à oxidação, e nessas reações de oxidação, no final da reação terá 4 moléculas de ATP e de 2 moléculas de NADH. De modo que, o saldo energético da via glicolítica em termos de quantidades de ATP é de 2, porque na fase preparatória há o gasto de 2 moléculas de ATP. E as moléculas de NADH se formam porque a glicose foi oxidada, desse modo outra molécula foi reduzida que são as moléculas de NAD, que recebe os hidrogênios da glicose e se transforma em NADH. Isso acontece também com o propósito de que se tenha oxigênio esse NADH irá para a mitocôndria para que esses hidrogênios sejam transportados na cadeia respiratória, acontecendo a síntese de ATP). - A via glicolítica também nomeada de glicólise, é uma via oxidativa em que uma molécula de glicose vai ser transformada em duas moléculas de piruvato, essa via acontece no citoplasma e não precisa de oxigênio para ocorrer, se caso tenha ou não oxigênio ela irá acontecer. Tornando-se uma via independente, e por isso ANAERÓBICA. ● Via Glicolítica Resumida: - Na via glicolítica temos uma molécula de glicose que tem carbonos, sendo transformado em 2 moléculas de piruvato (com 3 carbonos cada) que estão na parte de baixo. - Esse processo acontece em etapas, sendo a primeira etapa a fase preparatória que é a fase de investimentos energético, em que a célula vai investir duas moléculas de ATP na glicose. Esses dois ATP vão servir para fosforilar a glicose, formando a Glicose-6P, formando esse intermediário de 6 carbonos com dois fósforos. - Esse intermediário de 6 carbonos vai sofrer uma quebra, formando duas moléculas de 3 carbonos que ainda não é o piruvato, cada uma dessas moléculas terão um fósforo e assim encerrando a fase preparatória. - Na fase de pagamento, a primeira reação é uma reação de oxidação, tendo uma molécula de NAD sendo transformada em NADH, recebendo esse hidrogênio de moléculas se que se encontra fosforilada, essas reações acontecem duplamente. Nessa reação ainda há mais uma fosforilação, a molécula de carbono passa a ter 2 fósforos, esse fósforo não vem do ATP, é o fosfato inorgânico. - No total há 4 fósforos, que serão utilizados para fosforilar moléculas de ADP e formar ATP, conseguindo formar 4 moléculas de ATP. Perdendo 1 fósforo em cada reação, e no final do processo, nesse caso formando as 4 moléculas de ATP. Como no início, na fase preparatória, houve o gasto de 2 moléculas de ATP, então por isso consideramos que a glicólise tem o saldo energético de apenas duas moléculas de ATP, por que ela produziu quatro, mais duas moléculas ela está devolvendo a célula o que foi GASTO. - A fosforilação além de ser importante para prender a glicose dentro da célula, ela também será importante na fase de pagamento foram necessários para ter a formação de 4 moléculas de ATP, isso garante que a via glicolítica seja energeticamente favorável. ● Destino das moléculas de piruvato: ❑ O destino do piruvato depende da presença de oxigênio. Se o gás estiver presente, o destino é o ciclo de krebs. Na ausência do oxigênio, o destino é a fermentação. - Na fermentação as moléculas de NADH estão sendo oxidadas, mas não pelo oxigênio. Na fermentação lática, que é uma respiração celular anaeróbica, quem estará oxidando o NADH é o próprio piruvato, pois ele não vai para a mitocôndria e poderá oxidar. ● Fermentação Lática: - Existe uma enzima chamada de lactato-desidrogenase ou LDH, ela irá catalisar a reação em que os hidrogênios do NADH vão ser transferidos para o piruvato, ou seja, o piruvato estará oxidando o NADH. E aí o NADH volta a ser NAD, e o piruvato que recebeu esses hidrogênios se transforma em ácido láctico ou lactato. Então quando o piruvato oxida as moléculas de NADH, ele está resolvendo um problema que é o acúmulo de NADH, em que irá garantir que a via glicolítica continue acontecendo. Garantindo o fornecimento de ATP, mesmo na ausência de oxigênio, é uma quantidade baixa mas é extremamente importante para baixo uso. ● Fermentação Alcóolica: - Não acontece no nosso corpo, mas acontece em microrganismos como as leveduras, é a fermentação quando a gentetem a produção de álcool etílico ou etanol. O princípio é o mesmo, raciocínio é o mesmo, temos a formação de NADH na via glicolítica e a formação de piruvato. Para que essa via continue produzindo ATP, tem que haver a oxidação das moléculas de NADH, que não é o piruvato. - Há uma enzima que descarboxila o piruvato, o piruvato perde um CO2, o piruvato perde 1 carbono ficando apenas com 2 carbonos e se transformando exatamente no etanol. Antes de se transformar no etanol, ele formará uma molécula chamada de acetaldeído com 2 carbonos, é o acetaldeído que vai oxidar as moléculas de NADH e daí o acetaldeído se transformará em álcool etílico. ● Tecidos que dependem da glicólise anaeróbia: Fermentação - A falta de mitocôndrias, ou a velocidade da glicólise aumentada, em geral está relacionada com algum aspecto da função celular; - Isso ocorre naturalmente no nosso corpo nas hemáceas, que são células do sangue, especializada no transporte de oxigênio e durante o seu processo de maturação elas perdem várias estruturas, incluindo as mitocôndrias. Então as hemáceas maduras não possuem mitocôndrias, portanto, elas não realizam nem o ciclo de krebs e nem a cadeia respiratória , porque é nessa organela que isso ocorre. Desse modo a hemácea consegue energia através da glicólise anaeróbia. - A fermentação láctica também acontece em algumas células da pele, em que o objetivo é a produção de ácido lático para evitar o crescimento bacteriano. Então o ácido vai atuar como agente anti bacteriano. - No olho também temos células que não têm mitocôndrias porque as mitocôndrias poderiam ser obstáculos para a passagem da luz. Então, evolutivamente essas células perderam as mitocôndrias, se elas não têm mitocôndrias também não faz ciclo de Krebs e a cadeia respiratória, desse modo, depende exclusivamente da glicólise anaeróbia. Fazendo a glicólise anaeróbica constantemente, sempre estará produzindo lactato. ● O tecido muscular em contração vigorosa funciona em condições de hipóxia. Nesses casos é necessário que o piruvato seja reduzido a lactato. Por quê? - A glicólise anaeróbica também estará acontecendo nos nossos músculos, mas isso irá depender do tipo de exercício que está sendo realizado, então os exercícios anaeróbicos são os exercícios de curta duração e de intensidade maior, nesse espaço de tempo que a atividade está sendo realizada, a demanda por oxigênio é alta porque o músculo está sendo contraído e para ser contraído ele precisa de ATP. - Só que a célula muscular ela passa por momentos de hipóxia, porque o nosso sistema cardiorrespiratório ainda não atingiu o nível elevado o suficiente para conseguir fornecer o oxigênio na quantidade necessária para o músculo. Principalmente quando salta de uma atividade anaeróbica para uma aeróbica. - O que garante que o músculo continue contraindo mesmo na situação de hipóxia, é exatamente a fermentação lática. Então a fermentação lática no músculo, garante que a via glicolítica continue ocorrendo. O lactato não é utilizado como fonte de energia para o músculo, o lactato vai ter outro destino. - A fermentação láctica ocorre no músculo como uma estratégia para garantir que a atividade glicolítica continue acontecendo mesmo na ausência de oxigênio. Vai, acontecer também por exemplo quando o músculo cardíaco enfartado, quando tem, por exemplo, obstrução no vaso sanguíneo que levava oxigênio ao músculo cardíaco e daí não tá chegando sangue, consequentemente, não tá chegando oxigênio então aquelas células musculares inicialmente para sobreviver na ausência de oxigênio, elas vão manter a produção de ATP só que em uma quantidade baixa, mas elas estão conseguindo produzir ATP na ausência de oxigênio graças a fermentação. Ou seja, porque as moléculas de NADH vão tá sendo oxidadas pelo piruvato, neste exemplo a via glicolítica não é suficiente manter o músculo funcionando, seria algo mais emergencial. Como a célula não consegue sobreviver muito tempo com essa baixa produção de ATP acontece a lesão celular e acaba escapando da célula muscular cardíaca, e lactato desidrogenase que é uma das enzimas que pode ser utilizada como marcador da lesão muscular. ● As células tumorais frequentemente experimentam hipóxia porque o tumor sofre a falta de uma rede capilar sanguínea suficiente para supri-lo de oxigênio. - Isso acontece porque o tumor é uma massa de célula que não fazia parte daquele tecido, então temos um tecido que tem suprimento de vasos sanguíneos para aquele tecido, mas a partir do momento que há o desenvolvimento de um câncer, cresce naquele tecido uma massa extra, então para esse novo tecido sobreviver, precisa de suprimento sanguíneo. Por isso as células tumorais estimulam o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos que é um processo chamado de ANGIOGÊNESE. ➔ Glicólise: Respiração celular detalhada 🔴 Respiração celular em um processo de 10 reações químicas da glicólise que tem como função transformar a glicose em moléculas de piruvato, gerando o saldo de 2 ATPs e 2 NADHs. ● 1ª Reação: Fosforilação da glicose em glicose 6-fosfato Esta etapa tem por finalidade adicionar um fosfato na molécula de glicose no carbono de número 6, dando origem à molécula de glicose 6-fosfato. Isso impede que a molécula de glicose retorne para a corrente sanguínea, ao mesmo tempo em que a direciona para que possa ser utilizada em meio intracelular. A adição de fosfato é mediada pela enzima hexocinase com gasto de ATP. A reação mediada pela enzima hexocinase é irreversível. ● 2ª Reação: Isomerização da molécula de glicose 6- fosfato em frutose 6-fosfato Nesta etapa do processo, a molécula de glicose 6-fosfato (aldose) sofre a ação da enzima fosfoglicose isomerase, sendo transformada no isômero, frutose 6-fosfato (cetose). Esta reação é reversível. ● 3ª Reação: Fosforilação da frutose-6-fosfato A frutose 6-fosfato sofrerá a ação da enzima fosfofrutocinase 1, a qual promove a fosforilação da frutose 6-fosfato com gasto de ATP, transformando-se na molécula de frutose 1,6-bisfosfato, uma molécula simétrica. Esta reação é irreversível. ● 4ª Reação: Clivagem da molécula de frutose 1,6 - bisfosfato em duas trioses Esta etapa é mediada pela ação da enzima aldolase, a qual promove a quebra da molécula de frutose 1,6-bisfosfato em duas trioses: di-hidroxiacetona fosfato e gliceraldeído 3-fosfato. Aqui finaliza-se a primeira etapa da glicólise, fase caracterizada pelo gasto de ATP. ● 5ª Reação: Isomerização da dihidroxiacetona-fosfato A glicólise é alimentada apenas por uma das duas trioses formadas – a aldose; assim, apenas a molécula de gliceraldeído 3-fosfato é utilizada na glicólise. Deste modo, a molécula de dihidroxicetona-fosfato não entra na glicólise;, porém, não significa que ela não será utilizada pelo organismo, pois, se essa molécula sofrer a ação da enzima triose-fosfato isomerase, ela será convertida em gliceraldeído 3-fosfato. Portanto, as duas trioses são isômeros que podem ser convertidos de acordo com a necessidade celular. Essa é uma reação reversível. ● 6ª Reação: Oxidação do gliceraldeído-3-fosfato Esta etapa ocorre de maneira reversível e com a participação da enzima gliceraldeído 3-fosfato desidrogenase, a qual tem por função converter a molécula de gliceraldeído 3-fosfato na molécula de 1,3-bisfosfoglicerato, acarretando a liberação de um íon H+, o qual será adicionado ao NAD+, sendo este transformado em NADH + H+. ● 7° Reação: Transformação de 1,3-bisfosfoglicerato em 3-fosfoglicerato Nesta etapa de reação, ocorre a transferência do fosfato do carbono 1 da molécula de 1,3-bisfosfoglicerato que é uma molécula rica em energia, para a molécula de ADP, para que ocorra a síntese de ATP e 3-fosfoglicerato com a participação da enzima fosfoglicerato quinase, sendo esta uma reação enzimática reversível. ● 8° Reação: Rearranjo da molécula de 3-fosfoglicerato Nesta etapa, a molécula de 3-fosfoglicerato sofre a ação da enzima fosfoglicerato mutase, a qual promove um deslocamento do grupo fosforila ligado ao carbono 3 para o carbono 2, formando a molécula de 2-fosfoglicerato.Essa é uma reação reversível. ● 9° Reação: Remoção de uma molécula de água do 2-fosfoglicerato A molécula de 2-fosfoglicerato sofre a ação da enzima enolase de maneira reversível e, como consequência, ocorre a liberação de uma molécula de água e formação do fosfoenolpiruvato, uma molécula rica em energia. ● 10° Reação: Síntese do piruvato Esta é a última reação que ocorre na glicólise. A molécula de piruvato é formada a partir do fosfoenolpiruvato, quando este sofre a ação da enzima piruvato quinase, de maneira irreversível. Essa enzima tem por ação retirar a fosforila do PEP e transferi-la para a molécula de ADP, dando origem ao ATP e uma molécula de piruvato. Na glicólise são produzidos ao todo 4 ATPs e gastos 2. O saldo energético é de 2 moléculas de ATP e 2 NADH por molécula de glicose. ➔ Neoglicogênese: ● Via anabólica; ● Produção de glicose; ● Ocorrência e Importância: ● Relembrando a via glicolítica: ● Relações entre a VG e a NG: ● Lactato como substrato: - Ciclo de Cori: ● Regulação:
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