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Resumão Imunologia M3 – PR1 Imunidade a Parasitas Os protozoários são microrganismos eucarióticos geralmente unicelulares e heterotróficos e intracelulares. Ectoparasitas ou parasitas externos são parasitas que se instalam fora do corpo do hospedeiro, como no caso de piolhos, acaro vermelho, pulgas, carrapatos, sanguessugas e algumas espécies de lampreia. Características gerais Os helmintos (TH1) e protozoários são agrupados como parasitas pois suas respostas imunológicas são diferentes. Protozoários Estrutura: Menores (unicelulares). Composição antigênica e ciclo biológico: Diferentes nas fases de vida do parasita. Localização: Maioria Intracelular, extracelular (ex: giárdia). Localizados no citoplasma ou em Vesículas. Resposta imune variável: Atacados por células T citotóxicas (citotoxidade). Problemas na imunidade contra os parasitas Imunidade fraca, infecções crônicas, mecanismos de evasão que impedem a eliminação, antiparasitários que não são eficazes. A Imunidade inata contra protozoários é importante pela liberação de citocinas (primeira linha de defesa imunológica) que dependendo de qual for lançada, irá mediar subgrupos diferentes de linfócitos T (TCD4 E TCD8), importante para desenvolver a imunidade, pode ativar resposta Th1 (mais eficiente) ou Th2. Os protozoários não respondem bem a imunidade inata (fagocitose), porém a maioria desses protozoários são resistentes à morte fagocítica, replicando-se dentro de macrófagos. Tipos de Protozoários Plasmodium – Malária Leishmania – Leishmaniose Trypanossoma – doença do sono Trypanossoma cruzi – doença de chagas Imunidade A maioria das infecções parasitarias é crônica por causa da fraca imunidade inata e da capacidade de parasitas de escaparem ou resistirem á eliminação pelas respostas imunológicas adaptativas. Os protozoários, são muitas vezes adaptados a resistir as defesas do nosso organismo. Resposta adaptativa, mediada por células com ativação de Th1, que leva a produção de INFgama e consequentemente a ativação de macrófagos para a destruição do protozoário. Ou seja, ineficiente porque a fagocitose não consegue destruir o parasita, ele não é fagocitado, mas importante porque a inata ativa a adquirida que realmente destrói os parasitas. Pelo fato de serem intracelulares podem estar no citoplasma ou vesículas, os homens são infectados por picadas de hospedeiros intermediários infectados. Infecta plasmócito, Vesícula. Fica No citoplasma Localizado no Interstício Localizado no Epitélio Resumão Imunologia M3 – PR1 Inata: Mecanismo – fagocitose. Reconhecimento de receptores do tipo Toll (TLR), que reconhece os PAMPs. A ativação do complemento, ativa os fagócitos e a inflamação, estimulados pela via alternativa (é desencadeada quando algumas proteínas do Sistema Complemento são ativadas na superfície dos microrganismos e não podem ser controladas porque as proteínas reguladoras do complemento não estão presentes no patógeno, mas estão presentes na célula do hospedeiro), promovendo a destruição dos microrganismos, Recrutam e fagocitam (ligação covalente C3b PARA HAVER A OPSONIZAÇÃO) para o local da infecção, por causa do estímulo da inflamação (C3A e C5A). Adaptativa: Mecanismo – variável Localização Meio Extracelular: epitélio/Interstício, ativação do sistema complemento e anticorpos. Opsonização e ativação do sistema complemento e antibody dependet celular cytotoxicity (ADCC), o anticorpo faz uma ponte na célula do parasita com as células NK. Meio Intracelular: citoplasma (linfócito ´ T e B, citotóxicos) /vesículas (TH1 e mecanismo antimicrobianos). Evasão imune Envolve uma série de mecanismos moleculares, que refletem a evolução, reprodução e crescimento parasitário. 1. Variação antigênica alteração em fase específica (esporozoíto e merozoíto da malária) e continua (mudança de antígeno no mesmo estágio de vida do trypanosoma e plasmodium em diferentes ciclos de vida quando ocorre a mudança de antígeno). 2. Reclusão anatômica do hospedeiro Plasmodium dentro de eritrócitos se “esconde” e não são reconhecidos pelas células NK e TC, Leishmania spp e Trypanosoma cruzi dentro de macrófagos – escape para o citoplasma e evita a digestão. 3. Imunossupressão (manipulação da resposta imune do hospedeiro) Leishmania inibe produção de IL- 12 (induz resposta TH1), ou seja, o protozoário inibe a produção de citocinas que são importantes para a resposta imunológica. 4. Mecanismos autoimunes (Inibição da fagocitose e liberação de citotoxinas) Imunidade a helmintos Helmintos são extracelulares, possuem resposta TH1. Estrutura: maiores (extracelulares). Localização: Extracelular, epitélios, interstício ------------------------------------------------------------------------------------------ Fc específico reage com patógeno de Linfócito T (TCR) que reconhece o antígeno (AGS). TH2 se diferencia em Il4 que gera a ativação de macrófagos e assim a degranulação p/ combater o protozoário extracelular. A neutralização impede a entrada de esporozoítos de malária (citoplasma) em hepatócitos, consiste na ligação que o anticorpo faz ao patógeno que não permite que o patógeno entre na célula (neutralização do patógeno). Resumão Imunologia M3 – PR1 Resposta imune variável: Humoral (ativação de linfócito B), anticorpos acessíveis às moléculas solúveis do sistema imune. Alguns helmintos conseguem se cobrir com moléculas do hospedeiro, sendo assim o sistema imune não consegue reconhecê-los, muitos helmintos têm o tamanho grande, o que dificulta sua eliminação por fagocitose por exemplo. Características gerais Possuem ciclo de vida A composição antigênica varia sensivelmente dependendo do estágio do ciclo de vida São organismos extracelulares Transmissão normalmente por ovos lançados pelas fezes do hospedeiro Chega a ter vários centímetros Imunidade Inata: Os fagócitos podem atacar os parasitas helmintos, secretando microbicidas para matar os organismos que são muito grandes para serem fagocitados; Neutrófilos e macrófagos não conseguem fagocitá-los; A própria superfície do patógenos vai ativar a via alternativa (sistema complemento) - ativação do Mac. Adquirida: Papel das respostas Th2 (responsável pela produção de IgE), ao ser ativada, começa a produzir citotoxinas e se diferenciar em IL-4 que ativa as células B que produzem anticorpos, que não gera fagocitose e sim libera substâncias diferentes para realizar reparo tecidual, a IL-4 também está envolvida na secreção de muco intestinal e no peristaltismo e quando atua junto com a citocina IL- 13 ajudando na eliminação do helminto. Outra citocina importante na resposta Th2 é a interleucina 5 (IL-5) que ativa os eosinófilos (células presentes no vaso sanguíneo) e ajuda a medula óssea a amadurecer mais eosinófilos. Os eosinófilos apresentam um receptor para anticorpo (receptor para a porção Fc do IgE), o IgE vai se ligar ao eosinófilo, o anticorpo reconhece o antígeno e se liga ao verme, e ao se ligar ao verme o eosinófilo é ativado liberando diversos grânulos (enzimas específicas do eosinófilo), essas enzimas conseguem danificar a superfície (opsonização do seu tegumento espesso) do helminto conseguindo eliminá-lo. ADCC (citotoxidade celular dependente de anticorpo, eliminação do alvo por um evento citotóxico) - Anticorpos IgE e IgG; Evasão imune 1. Tamanho (Inibição da resposta primária e inflamação dificuldade de eliminar, fagocitose). 2. Quebra de proteínas imunes 3. Inibição de células do sistema imune Ineficiente (fagocitose) Pode levar a uma reação alérgica – podendo levara um choque anafilático. A relação da alergia, o hospedeiro desenvolve a inflamação e hipersensibilidade na infecção por alguns nematódeos gastrointestinais similar a reações alérgica (hipersensibilidade tipo I). Resumão Imunologia M3 – PR1 Cobertura com moléculas do hospedeiro (cestodeos e trematódeos se fixam a moléculas do hospedeiro). Reclusão anatômica - entrada do verme na fibra muscular, permanecendo lá por anos sem ser identificada (sítio onde se esconde), ex: trichinella spiralis dentro de miócitos. Imunossupressão - Resistência a explosão oxidativa. Produção de enzimas pelos parasitas (filarias secretam enzimas antioxidantes, gera estresse oxidativo). Imunização Vacina é uma maneira de induzir imunidade protetora, por isso existe imunização ativa e passiva. Imunização ativa: quando o sistema imunológico é ativado e ativa linfócitos T, que entram em expansão clonal, ativa linfócitos B que produzem anticorpos. Tipos: Vacina e doenças adquiridas Imunização Passiva: Quando há um anticorpo pronto, não ativa o sistema imunológico, não trabalhou para gerar a expansão clonal e não aumentou os números de linfócitos específicos para ativar a produção de anticorpo Tipos: leite materno e soro Princípios da imunização 1. Gerar memoria 2. Resposta do sistema imune 3. Imunidade Ocorre a sensibilização dos linfócitos específicos para expandir as reservas de células de memória. Imunização de rebanho A pessoa vacinada possui uma “quantidade” de vírus que não é capaz de ser infectante. A A imunidade de rebanho se dá através da vacinação da maior parte da população, visando proteger aqueles que por algum motivo não podem tomar a vacina e muito menos adquirir a doença. Essa imunidade é atingida quando em uma população há mais pessoas imunizadas do que pessoas suscetíveis a doença e a pandemia começa a minguar. Os mecanismos imunológicos que levam a isso são os efeitos da vacinação, quando o organismo é estimulado a produzir Resumão Imunologia M3 – PR1 memória pelo contato com o antígeno presente na vacina. O sucesso da dos anticorpos (contato direto com o antígeno), através da sensibilização linfócitos específicos para expandir as reservas de células de vacinação depende de alguns fatores, o vírus não pode desenvolver latência, poucas ou nenhuma variação antigênica e não adquirir mecanismos de evasão. Como se adquire imunidade para ter uma imunização de rebanho? Com a administração da vacina, o sistema imunológico ativa respostas especificas celulares e humorais e indução de memória imunológica. A expansão dos clones de linfócitos T específicos para o vírus e com isso a pessoa vacinada ao ser infectada elimina mais rapidez e eficiência o vírus, impedindo a circulação viral e diminuindo o contágio. Vacinas É um preparo de composto por agente infectante atenuado. Vacina Atenuada Pega o microrganismo, coloca em várias culturas de células para testar sua capacidade de infecção, o processo é feito várias vezes para ser enfraquecido (pois ao longo desse processo seus gens vão sendo inibidos) Desvantagens: Possível reversão para o tipo selvagem virulento (indivíduos com sistema imunológico enfraquecido, imunossuprimidos, HIV, mulheres grávidas, remédios imunossupressores...), mesmo o microrganismo estando enfraquecido, nesses casos ele pode conseguir infectar a célula alvo se replicando e causando a doença A presença de constituintes do tecido ou da cultura de células onde o vírus foi cultivado, podendo produzir efeitos adversos no indivíduo. Exemplo: febre amarela, cultivada em ovo, quem é alérgico a ovo não pode tomar**Vacina anti- poliomelite oral, os indivíduos imunizados eliminam o vírus, que pode se disseminar para outros indivíduos imunizando-os (imunização de grupo - vírus replicante). Vacina Inativada Organismo inteiro Vacina não replicante, uma vez que o vírus está inativado, portanto tem menor resposta imunológica Vantagens: Segura contra reversão Aceitável para os pacientes imunocomprometidos. Desvantagens: Menos eficaz que as vacinas vivas (a resposta imunológica gerada protetora é menor) Mais de uma dose é necessária Vacinas de antígeno purificado (subunidade) composta de antígenos purificados a partir de microrganismos ou toxinas inativadas (vacinas conjugadas de pneumococos e H.influenzae e vacinas Rebanho Induz uma imunidade protetora, não só anticorpo. Imunidade de grupo vacinas atenuadas ou vírus atenuados.(poliomielite – contaminação oral, fecal) pessoa que toma a vacina de gota pode replicar o vírus, se infectar, mas a imunidade é passada junto com o vírus. Resumão Imunologia M3 – PR1 Esse vírus enfraquecido pode então gerar uma resposta imunológica sem causar a doença Exemplo: Poliomielite, Sarampo, Caxumba, Rubéola, Tubérculos Vantagens: Melhor resposta vacinal (mimetiza a infecção natural) Normalmente só é necessária 1 dose- Produz bom nível de proteção (via natural) Vacinas de antígenos sintéticos Proteínas preparadas pela técnica de DNA recombinante (hepatite, herpes simples, febre aftosa, HPV, rotavírus) Vacinas de vírus vivo envolvendo vírus recombinante para difteria e tétano). Essas toxinas podem ser inofensivas e mesmo assim causar grande resposta imunológica dos anticorpos. introduzir os genes que codificam antígenos microbianos em um vírus não citopático (o vírus que não causa a doença) e infectar pessoas com este vírus (vaccínia e SARS-COV-2), é sempre um vírus vivo, atenuado e modificado geneticamente. Vacina de DNA A inoculação de um plasmídeo que contém o DNA complementar (CDNA) que codifica um antígeno proteico. (O problema é que o sistema imune responde de forma muito grande a esses DNA, RNA mensageiro). Imunidade tumoral Tumor são células que são expostas a produtos químicos, radiação, infecção de certos vírus ou mutações podem começar a se proliferar de maneira anormal. Fisiopatologia do câncer Proliferação descontrolada, perda de função, invasão e metástase. O sistema imune é capaz de reconhecer células diferentes. Linfócitos CD4: linfócitos “helper” ou auxiliares. Identificação no ataque e na destruição de bactérias, fungos e vírus que invadem o corpo. Linfócitos CD8: supressores ou citotóxicos, identificam e destroem células infectadas por vírus ou afetadas por câncer. Tem importante papel no controle de infecções, lisando as células infectadas por vírus, protozoários e alguns fungos. Antígenos tumorais – Mutações A) Antígenos específicos de tumor: Exclusivos de células tumorais, induzidos por mutações das células, genes envolvidos nessa indução são os oncogenes e esses produtos são reconhecidos pelo sistema imunológico. B) Antígenos Associados a Tumor: Relativamente Restritos a células tumorais, expressão quantitativa ou associada a outros marcadores e serve para identificar células tumorais. Gene supressor de tumor- Quando mutado ocorre o descontrole da replicação, ele corrige erros no ciclo celular, para a proliferação da célula (controle). Adjuvantes São Agentes que podem aumentar a imunização, melhorando a resposta imune pois ela aumenta o tempo de retenção de AG no local da injeção, são usados para ajudar o antígeno a desencadear uma resposta imune rápida, intensa e duradoura, utilizando a menor quantidade de antígeno possível. Resumão Imunologia M3 – PR1 Produto de Oncogenes supressores de tumor mutados – A proteína é mutada devido a algum estímulo, então nosso sistema imune reconhece essa mutação da PTN por ser um Neo-epitopo (FC específico/ligante que é reconhecido por linfócito T). Vírus oncogênicos – Mutação de Proteínas Próprias por meio devírus que acaba ocorrendo a produção de PTNS virais e não próprias. Célula tumoral vírus Oncogênico – Ao ocorrer uma infecção por vírus material genético começa a ser lido pela célula e sintetizar as proteínas desse vírus, então as células começam a sintetizar as PTNS do vírus e isso é uma alteração, induz aparecimento de tumor. Translocação Cromossômica/Rearranjo cromossomial, é quando uma parte do gene se une com a parte de outro gene e essa fusão é uma anomalia cromossômica muito comum em câncer. Antígenos Tumorais Não Mutantes PTN fora do local de origem, ativa linfócitos TCD8 (destruição de células); Aumento da quantidade de proteína oncogênica; Número de célula aumentada expressando a PTN ( organismo produz pouca melanina, a partir do momento em que a quantidade tirosinase expressada é aumentada, o organismo reconhece como processo tumoral e tenta eliminar o tumor). Quais os tipos de antígenos tumorais? Antígeno tumoral é tudo aquilo que em um tumor é capaz de ser reconhecido pelo sistema imune. Os dois tipos de antígenos tumorais envolvem o produto de mutação, ou seja, a mutação pode levar a produção de uma proteína própria, como por exemplo a translocação dos genes BCR e Abl formando o cromossoma Philadelphia, e essa proteína nova é reconhecida pelo sistema imunológico, há também os antígenos tumorais não resultado de mutação. Esses antígenos podem ser formados de 3 maneiras, por expressão desreprimida (um gene silencioso volta a ser expresso, apesar de ser uma proteína normal ela aparece em um momento ou local que não é o normal e leva a ativação do sistema imune através do reconhecimento pelo linfócito TCD8), Superexpressão de proteína oncogênica devido à amplificação gênica (devido algum estímulo externo pode haver um aumento da produção de proteínas oncogênicas ou não oncogênicas, aumentando, levando a um descontrole celular de crescimento, acionando o sistema imune), e por fim por número aumentado de células expressando proteína tecido-específica, devido ao aumento dessas células a expressão da proteínas também será aumenta, levando a um descontrole celular, ativando o sistema imune que reconhece pela grande quantidade de peptídeo sendo apresentado. Como eliminar uma célula tumoral? Quando um oncogenes é reconhecido, ocorre a ativação de linfócitos T no linfonodo mais próximo do local que ativa sua citotoxidade, liberando seus grânulos que expressam receptores que levam a célula alvo a apoptose/morte programada (enzimas são ativadas que irão degradar seu DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas). Antígeno tumoral associado a oncogênese Resumão Imunologia M3 – PR1 Imunidade Inata: As células NK matam as células tumorais, pois deixam de expressar MHC de classe 1 (células nucleadas) Evasão tumoral Mecanismos pelos quais os tumores escapam das defesas imunes: A célula tumoral pode não expressar moléculas de MHC de classe I (principalmente tumor causado por vírus), se não tem MHC de classe I não há ativação de linfócito T citotóxico, e a NK não consegue controlar tudo sozinha. Há variante de célula tumoral que pode não produzir antígeno tumoral, expressa MHC sem peptídeo ligado, ocorre devido à grande produção celular que com o tempo gera variantes tumorais. Uma variante de célula tumoral pode produzir proteínas imunossupressoras (citocinas como TGF-beta) (TGF-beta inibe a produção de linfócito). Além de imunossupressores, algumas células tumorais produzem proteínas inibidoras na superfície celular (existem receptores inibidores nas superfícies dos linfócitos T, importantes para a homeostase, controlar respostas autoimunes, respostas exageradas, para parar as respostas), inibindo os linfócitos T. O que são as NK e MHC? As células Nk (natural killer) atuam no reconhecimento e na defesa do sistema imune, no aso da imunidade contra os tumores elas são responsáveis por induzir a apoptose celular, deixando de expressar MHC de classe 1 (células nucleadas), Já MHC é o receptor específico de reconhecimento e complexo principal de histocompatibilidade. (por causa de mutações nesses genes, ele começa a não reconhecer os oncogenes pela célula T). Microambiente Tumoral Ambiente estimula o crescimento do tumor, influenciado pelo próprio. 1. Células tumorais liberam substâncias no ambiente tumoral. 2. Essas substâncias vão fazer com que as células Dendríticas (as que ativam os linfócitos T nos órgãos linfoides), não atuem de maneira eficiente. 3. Sem a ativação da Resposta TH1 para eliminar o tumor, vai ocorrer uma diferenciação em células T anti-inflamatórias. 4. TH2 é ativado pois essa diferenciação ocorre nos linfócitos. 5. Então O TH2 ajuda a ativar células B que resultam na produção de anticorpos. 6. Os anticorpos irão fazer sua degranulação e os macrófagos vão liberar suas citotoxinas (perfil M2) 7. Essa liberação de citotoxinas vai ajudar o crescimento do microambiente tumoral. Imunoterapia A imunoterapia contra tumores consiste em mecanismos para aumentar a resposta imunológica fraca do hospedeiro contra os tumores (imunização ativa) ou para administrar anticorpos ou células T específicos contra tumores, uma forma de imunidade passiva. Quanto mais linfócito T melhor para o controle da doença Importante mecanismo de evasão Inibidores de linfócitos T citotóxicos Resumão Imunologia M3 – PR1 A imunoterapia ativa o sistema imune de maneira direcionada para aquele antígeno específico de tumor. Tipos de imunoterapia Vacina de células dendríticas: as células dendríticas são aplicadas no paciente por meio intravenoso, processo repetido 2 vezes com 2 semanas de intervalo, de modo que o paciente receba 3 doses de células, essas células recebidas ajudam as células do sistema imune a atacar as células cancerígenas. Bloqueio de pontos de controle: As células cancerígenas geralmente usam o meio dos pontos de controle para evitar de serem atacadas pelo sistema imune (Tumores que expressam em alta quantidade o receptor PD- L1, se liga/ligante do receptor PD-1 que é do linfócito T citotóxico), esse tratamento consiste em reestabelecer a atividade dessas células de imunidade, entrando com o Anti- PD-L1, impedindo essa ligação de PD-1 com PD-L1 e assim a ação do linfócito T citotóxico não vai ser mais inibida. T CAR: (terapia de célula T com receptor antigênico de antígeno quimérico) A estratégia da CART- Cell consiste em habilitar linfócitos T, células de defesa do corpo, com receptores capazes de reconhecer o tumor (modificação genética de um receptor de antígeno). O ataque é contínuo e específico e, na maioria das vezes, basta uma única dose para ter a regressão tumoral. Transplante e Rejeição Pode ser dividido em 2: Transplante Ortotópico (está no seu local de origem) ou Transplante Heterotópico (transplantado para outro sitio anatômico). Princípios Gerais: Transplante é um tratamento amplamente utilizado para a substituição de órgãos e tecidos que não funcionam mais ou que não são saudáveis. Tipos de transplante Enxerto Singênico: O transplante de células ou tecidos de um indivíduo para um outro indivíduo geneticamente idêntico aceita o enxerto. Enxerto Alogênico: O transplante de células ou tecidos de um indivíduo para um indivíduo geneticamente não idêntico leva à rejeição do transplante devido a uma resposta imunológica adaptativa a proteínas de histocompatibilidade, codificadas por genes polimórficos que diferem entre os indivíduos, ou seja, as moléculas do MHC (moléculas do complexo de histocompatibilidade (HLA nos humanos especificamente) Seu próprio tecido/órgão Entre Indivíduos geneticamente iguais Espécie diferente Indivíduos da mesma espécie + geneticamentediferentes Resumão Imunologia M3 – PR1 E antígenos de histocompatibilidade secundários que geram reações mais lentas comparada as reações contra moléculas do MHC. Enxerto Progenitor: Aceita, pois, é compatível com 2 linhagens (receptor híbrido). Enxerto do F1 Híbrido: O doador com 2 linhagens, haverá rejeição pois o receptor só tem uma linhagem compatível. Mecanismos de Rejeição Rejeição aguda - ocorre em dias ou semanas, mediada pela ativação de linfócitos alorreativos e anticorpos, tanto pelo Alorreconhecimento direto quanto pelo indireto. Rejeição hiperaguda - ocorre em minutos a horas, mediada pela presença de anticorpos pré-formados no receptor (o receptor já tem anticorpo nele contra o doador). Doação de sangue. Rejeição Crônica- Pode ocorrer meses ou anos após um transplante bem- sucedido, resposta celular lenta, mediada por linfócito T pelo Alorreconhecimento indireto por antígenos secundários (aqueles que não são o MHC alogênico). Como ocorre GVHD? Surge quando ocorre uma transfusão de células tronco e as células T do doador vão junto, havendo um reconhecimento os aloantígenos do receptor, gerando uma histocompatibilidade. Qual importância das células NK na GVHD? As células Nk são importantes pois com a produção de linfócitos T do doador nas novas células imaturas, as células NK do doador reconhecem que existem células que não expressam MHC de classe I e as quebram. Como evitar GVHD (doença enxerto x hospedeiro) Compatibilidade cuidadosa entre receptor e doador Retira os linfócitos T do enxerto/órgão doado Imunossupressão GVHD Aguda Ocorre nas primeiras semanas; Morte epitelial, diarreia, icterícia, hemorragia; Pode ser inibida por imunossupressores. GVHD Crônica Ocorre depois de anos; Pode ser crônica pois foi aguda antes; Fibose e atrofia dos órgãos. Não tem apoptose e sim formação de tecido fibroso pelo processo inflamatório. Alorreconhecimento Direto Quando linfonodo entra em contato com o linfócito T alorreativo pois reconhece o MHC (célula dendrítica) da APC do transplante/enxerto (doador). Alorreconhecimento Indireto Ocorre quando o MHC do enxerto em contato com o APC do receptor, por meio de uma ativação de antígeno faz com que os linfócitos T alorreativos do receptor reconheçam seus próprios MCHs. Sensibilização - ocorre o transporte de aloantigeno para o linfonodo. Rejeição – Ocorre a migração de células T efetoras para o aloenxerto (saem dos linfonodos). MHC do doador se sobressai ao MHC do receptor Resumão Imunologia M3 – PR1 Reação linfonodos Mistos Tem uma resposta de TCD8+ por meio do MHC de classe I, onde ocorre a lise da célula alvo - apoptose e uma resposta de TCD4+ por meio de MCH de classe 2, onde ocorre a secreção de citocinas pois não é capaz de fazer a lise/quebra então apenas induz a inflamação. O QUE É A ERITROBLASTOSE FETAL (DOENCA DO SORO) HEMOLITICA? consiste em um evento quando uma mãe é RH negativa e gera um filho RH positivo (possui antígeno-D), durante a gravidez nada acontece, na hora do parto sempre ocorre o contato das hemácias do feto com o da mãe, ativando uma resposta imunológica celular e humoral na mãe, levando a produção de anticorpos pro RH positivo do tipo IgG, se sua segunda gestação o feto for RH positivo, como ela tem IgG, vai atravessar a placenta e se ligar nas hemácias/eritrócitos do feto, ativando o sistema complemento, gerando inflamação podendo destruir as hemácias levando a problemas pro feto. Qual importância da prova cruzada? A importância da prova cruzada é a detecção de anticorpos pré-formados do receptor (anticorpo reativo ao MHC), ou seja, é importante para reduzir a imunogenicidade do aloenxerto e aumentar as chances de transplantes darem certo. Caso a prova cruzada de positiva (acima de certa porcentagem) é contraindicado a realização do transplante, pois indica que o receptor pode atacar as células do doador. Hipersensibilidade tipo I (imediata) A hipersensibilidade é uma resposta exagerada ou inadequada resultando em uma reação inflamatória. No caso do tipo I é mediada por IGE, ativando os mastócitos. Mecanismos Imunológicos: Mediada por IGE Alérgenos Ige Mastócitos e Basófilos Receptores Fc específicos de IGE (ativação de mastócitos e basófilos). O que pode determinar alergia/atopia em um indivíduo? Fatores genéticos, fatores ambientais, responsividade imunologia. Sequência de Eventos: 1. Fase de sensibilização (sensibiliza o indivíduo). 2. Fase de Ativação (ativa as células). 3. Fase efetora (observa os efeitos da ativação das células). Resumão Imunologia M3 – PR1 Patogênese História Clínica Testes cutâneos (observa a reação, expõe ao antígeno) Testes de detecção de IGE (rast/imunofluorescência) IGE específica Testes de provocação Terapia A dessensibilizarão vacina ou comprimido para alergia, induz tolerância do sistema imune, assim há uma tendencia do sistema imune para de responder (funciona em muitos pacientes, mas é duvidoso em idoss). Dessensibilizarão Imunoterapia Anti-histamínico Cromolina