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Questionário IMUNOLOGIA

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS ARAGUAIA
GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA
Disciplina: Imunologia Clínica
QUESTIONÁRIO I
1- O que são anticorpos “naturais”.
São anticorpos que não foram adquiridos por nenhum meio, mas que já estão presentes em nosso corpo e atuam contra microrganismos. Como por exemplo os anticorpos do sistema ABO, pois indivíduos com o tipo sanguíneo específico são portadores/produzem anticorpos contra outros tipos sanguíneos diferentes do seu, reconhecendo e reagindo como antígenos exógenos, mesmo sem a exposição prévia a eles.
2- O que é fenótipo Bombay.
É caracterizado pela deficiência ou ausência do antígeno H, que é um precursor responsável pela formação de antígenos do grupo sanguíneo ABO. Ou seja, o indivíduo portador dessa condição é incapaz de produzir antígenos A e B devido a ausência do componente H.
3- Pesquise sobre a substância H e descreva sua relação com sistema ABO.
A substância H é precursora dos antígenos do sistema ABO. Por meio dessa substância é possível identificar o grupo sanguíneo de um paciente. Então, indivíduos do tipo A tiveram o antígeno H convertido em antígeno A. O mesmo ocorre com os tipos B e AB. Pessoas do tipo o apresentam resquícios inalterados dessa substância, por isso não tem em sua superfície nenhum tipo de antígeno.
4- Descreva como ocorre a Doença Hemolítica do recém-nascido (DHRN).
A DHRN ocorre quando há incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto. Existem duas formas: incompatibilidade por sistema ABO ou por fator Rh. Durante o parto é comum que haja contato entre o sangue da mãe e do recém-nascido/feto, caso o feto possuir fator Rh+ e a mãe Rh- haverá o processo de sensibilização da mãe. A sensibilização consiste em o sistema imunológico da mãe produzir anticorpos contra o Rh+. Caso a mãe engravide novamente, os anticorpos “anti-Rh” poderão atravessar a placenta e acessar o feto, se o recém-nascido for Rh+, os anticorpos da mãe vão dar início em uma resposta imunológica que ocasionará na destruição dos eritrócitos fetais. 
5- Por que filhos de mães do grupo O tem menor chance de desenvolver DHRN.
Mães que pertencem ao grupo sanguíneo do tipo O possuem menores chances de desenvolver DHRN, pois possuem anticorpos anti-A e anti-B que ao entrarem em contato com o sangue do recém-nascido acarretará na lise dos eritrócitos/hemácias antes de ocorrer a sensibilização materna.
6- Como é feito a tipagem sanguínea. Diferencie a tipagem direta da indireta.
A tipagem sanguínea direta indica a qual grupo sanguíneo do sistema ABO o indivíduo pertence a partir de reações contendo anticorpos monoclonais para cada tipo sanguíneo. A tipagem sanguínea indireta verifica a presença de anticorpos no plasma ou soro induzindo a reação a partir da exposição de eritrócitos com antígenos ABO conhecidos.
7- Qual teste pode ser realizado para verificar se uma mulher do tipo O negativo
está sensibilizada? Descreva o método.
Teste de Coombs Indireto. O método consiste em verificar a presença de anticorpos anti-Rh livres no soro materno, ou seja, verificar se a mãe foi sensibilizada. 
8- Como detectamos a DHRN. Descreva o método.
Detecta-se DHRN verificando a compatibilidade sanguínea (sistema ABO e fator Rh) do feto e da mãe. Utiliza-se do teste de Coombs para comprovar a doença. 
9- Do ponto de vista clínico, quais a formas que pode se ter problemas durante as
transfusões sanguíneas?
Há dois tipos de problemas que pode ocorrer durante as transfusões sanguíneas, são eles: hemólise ou reação anafilática. A hemólise ocorre quando o sangue do receptor reage de forma combativa ao sangue do doador. A reação anafilática ocorre devido ao perfil imunológico dos indivíduos envolvidos. Por isso, antes de realizar transfusões sanguíneas são feitas triagens para detectar qualquer infecção e/ou doenças. 
10- Fale sobre o conceito atuais de doador e receptor universais.
O sistema ABO é composto por: A, B, AB e O que variam entre Rh+ e Rh-. Pessoas do tipo sanguíneo A possuem em sua superfície antígenos do tipo A. O mesmo ocorre com B e AB. Pessoas do tipo O não possuem antígenos de superfície. No entanto, pessoas do tipo A, B e AB produzem anticorpos contra os antígenos que possuem, ou seja, pessoas do tipo A produzem anticorpos contra antígenos B, o mesmo ocorre com B. Já os indivíduos do tipo O produzem anticorpos naturais contra antígenos A e B. Indivíduos do tipo AB não possuem anticorpos naturais contra antígenos. 
Indivíduos com fator Rh+ podem receber tanto Rh+, quanto Rh-. Já os portadores de Rh- só conseguem receber de Rh-. Com base no exposto, conclui-se que o doador universal é o tipo sanguíneo O- (doa para A+, A-, B+, B- AB+ e AB-) e o receptor universal é o tipo sanguíneo AB+ (que recebe de A+, A-, B+, B-AB+, AB-). O tipo O- só recebe dele mesmo, assim como o tipo AB+ só pode doar para ele mesmo. No entanto, clinicamente pode ocorrer controvérsias, visto que o sangue tipo O-, quando doado a um paciente AB+, pode reagir negativamente, uma vez que possui em sua superfície anticorpos contra antígenos anti-A e anti-B que pode ocasionar no receptor uma série de problemas hematoimunológicos. 
11- Qual é a importância da pesquisa de anticorpos para e diagnóstico e
acompanhamento de doenças?
A pesquisa de anticorpos confirma ou evidencia sintomas para cada patologia. Muito utilizada para identificação de grupos sanguíneos, doações, transfusões, teste de DNA, doenças congênitas, etc. Também é importante para prognósticos, diagnóstico, acompanhamentos.
12- Qual é a importância da pesquisa de antígenos para as doenças?
Auxilia na etiologia de doenças, direciona processos, as
13- Descreva o fluxo processual da assistência laboratorial.
Possui três fases:
· Pré-analítica: pedido do exame, preparo do paciente, coleta de dados, armazenamento e transporte de amostra;
· Analítica: processamento e análise do material coletado;
· Pós-analítica: interpretação dos resultados e emissão do laudo.
14- Quais são os principais testes sorológicos não marcados e os marcados.
Não marcados: reações de aglutinação e precipitação. 
Marcados: ELISA, Western Blotting, Imunofluorescência, etc. 
15- O que significa dizer que um teste é sensível e específico.
A sensibilidade refere-se ao percentual de resultados positivos entre pacientes que possuem a mesma patologia (verdadeiro positivo). A especificidade refere-se à capacidade de determinado teste ser negativo (verdadeiro negativo).
16- Quais são os fatores intrínsecos e extrínsecos de um teste sorológico?
Fatores instrínsecos são: sensibilidade, especificidade e eficiência. Fatores extrínsecos são: exatidão, acurácia e reprodutibilidade. 
17- O que significa valor preditivo positivo e valor preditivo negativo de um teste
sorológico?
O valor preditivo positivo refere-se à probabilidade de um teste positivo de um paciente que possui a doença investigada. Já o valor preditivo negativo varia conforme a sensibilidade de um teste de prevalência da doença investigada e está relacionada à probabilidade do paciente não ter a doença investigada. 
18- Qual o teste laboratorial realizado para confirmar a DHRN? E como podemos saber se a mães está sensibilizada? Por quê?
O teste de Coombs indireto pode ser utilizado para confirmar DHRN, pois ele detecta anticorpos anti-Rh livres presente no soro materno. Resultados positivos para este teste confirmam a sensibilização da mãe, visto que quando ocorre a sensibilização, a mãe produz anti-Rh para combater o Rh+ do feto.
19- Para que servem os testes sorológicos no laboratório? Como ocorre a utilização destes testes?
Os testes sorológicos são utilizados para identificar e quantificar antígenos e anticorpos, assim como verificar sua interação, seja por aglutinação (agregados) ou precipitação (complexos). 
20- Quais os tipos de testes sorológicos?
Há 3 tipos: 
· Qualitativos: detecta se é reagente ou não reagente, positivo ou negativo.
· Semi-quantitativos: realizados a partir de diluições onde encontra-se títulos, não é tão preciso.
· Quantitativos: dá um parâmetro absoluto, pode-se utilizarcurvas padrão para análise de dados.
21- O que significa o limiar de reatividade ou Cut off?
É o menor valor em que pode-se analisar uma amostra como reagente ou não. É o ponto de corte. Por exemplo, o cut-off é de 0,22 e a amostra deu um resultado de 0,88, considera-se então que a amostra é positiva para o teste realizado, visto que seu valor é superior ao cut-off. 
22- Diferencie os testes de aglutinação e precipitação. Descreva os principais testes
utilizados.
O teste de aglutinação consiste na formação de grumos/agregados pela reação entre antígeno e anticorpo. Ex: teste de Coombs, aglutinação direta, aglutinação indireta e inibição da aglutinação. 
O teste de precipitação consiste em uma ligação entre antígeno solúvel e anticorpo solúvel que são medidos pelo grau de precipitação visível que é o complexo formado pela ligação. Ex: difusão dupla e contra imunoeletroforese.
23- Pesquise como podem ser feitos o diagnóstico sorológico da Doença de Chagas.
De 7 a 14 dias após a infecção pelo protozoário pode-se realizar o teste sorológico para detecção da Doença de Chagas, o mais utilizado é o de reação de fixação do complemento (Guerreiro Machado). O teste de Guerreiro Machado é baseia-se na mistura do antígeno, do sistema complemento e do soro teste na primeira etapa. Em seguida, adiciona-se hemácias de carneiro e hemolisina e verifica se houve fixação do sistema complemento pela interação do AG-AC. Se houver hemólise, é considerado que possui os anticorpos no soro. Além disso, pode-se detectar também utilizando testes de imunofluorescência indireta, que dá-se pela ligação entre antígenos preparados e conjugados a fluorocromos que, se formarem imunocomplexos, podem ser vistos no microscópio de fluorescência. Pode-se utilizar também testes de hemaglutinação, ELISA, Western Blotting, e testes em látex. 
24- Pesquise sobre o diagnóstico sorológico da Sífilis.
O VDLR é comumente utilizado para triar o diagnóstico de Sífilis, visto que ocorre a detecção por floculação de substâncias presentes em grandes quantidades no soro de indivíduos infectados (reagina) que reage com o antígeno em questão (cardiolipina). Após a confirmação por VDLR, pode-se utilizar ELISA ou imunofluorescência indireta para confirmação.
25- A imunofluorescência e Elisa podem ser utilizadas para o diagnóstico da Toxoplasmose. Diferencie os métodos e descreva e suas aplicações na doença.
A imunofluorescência baseia-se na conjugação direta ou indireta de marcadores fluorescentes com antígenos ou anticorpos, formando-se complexos que são excitados por radiação UV e emitindo luz. O ELISA, sendo ele direto; indireto; sanduíche; por competição ou captura, é considerado um teste imunoenzimático que utiliza enzimas para que seja possível identificar, por meio da catalização de reações entre AG-AC conjugados. Após as reações há a formação de cor que é medida por um espectrofotômetro. 
26- Para confirmar processos inflamatórios agudos a proteína C reativa é quantificada como um marcador importante. Como esta proteína se correlaciona com o sistema imunológico? Quais testes sorológicos são utilizados para quantificar esta proteína?
A proteína C reativa encontra-se naturalmente na circulação sanguínea, mas pode ter seus nívis elevados em decorrência de infecções/inflamações no organismo. Apesar de ser considerada uma proteína encontrada aumentada durante a fase aguda, pode acontecer de aparecer em fase crônica também. Mesmo que não seja específica para certas patologias, pode auxiliar em diagnósticos imunológicos. Por exemplo, em doenças autoimunes sua dosagem sérica aumenta. Para sua quantificação são utilizados os testes de aglutinação em látex ou não, e turbidimetria. 
27- Como é feito a sequência do diagnóstico laboratorial do portador de HIV. Após a confirmação como é feito o acompanhamento destes pacientes?
Primeiramente realiza-se um teste rápido para detecção qualitativa. Em casos reagentes/positivos, faz-se um imunoensaio específico para confirmação sorológica (Western Blotting ou imunofluorescência indireta). O resultado sendo negativo ou positivo, realiza-se um novo exame, sendo o Western Blotting o mais indicado devido a sua especificidade. Em casos positivos, faz-se uma nova coleta de material após 30 dias para nova avaliação utilizando a técnica de Western Blottign. Esse espaço de tempo para nova análise ocorre pois, se houver discordância entre dois testes distintos, necessita-se e um teste mais específico para o diagnóstico real. O acompanhamento pode ser feio utilizando a quantificação de células CD4 e CD8 por meio da citometria de fluxo que consegue dizer se houve estabilização, avanço da doença ou melhora no prognóstico. 
28- Quais são aplicações da citometria de fluxo tanto de rotina como de pesquisa.
É utilizada para diversos tipos de análises devido a sua capacidade de quantificar e diferenciar grupos de células. A citometria é capaz de avaliar individualmente cada uma das células, seus componentes, granulosidade, tamanho, viabilidade, ciclo celular. Além disso, diferencia células vivas ou não. Seu princípio consiste no uso de marcadores de superfície (anticorpos monoclonais conjugados com fluorocromos). É importante para pesquisa, pois consegue analisar diferentes fases do ciclo celular, assim como diferenciar as células. É importante para a rotina laboratorial, visto que é possível acompanhar o curso de doenças nas quais a proliferação celular e sua variabilidade devem ser monitoradas. 
29- 1. Como é caracterizada a hipersensibilidade Tipo I?
É caracterizada pela mediação do IgE durante a reação alérgica, que ocorre devido ao contato imediato de um indivíduo já sensibilizado com o antígeno. As imunoglobulinas IgE se ligam à superfície de mastócitos e basófilos no primeiro contato com o antígeno, ocorrendo a sensibilização. Caso haja um segundo contato, as células imunológicas, que já foram sensibilizadas, liberam mediadores do processo inflamatório para combater os antígenos. Ex: histamina, citocinas, etc. 
30- 2. Qual a importância de impedir a liberação dos mediadores pré-formados nos
grânulos de mastócitos/basófilo no processo alérgico? Se forem liberados quais
as consequências que podem ocorrer para o indivíduo.
É importante impedir a liberação de mediadores pré-formados pois o processo inflamatório apresenta uma séria de reações que são maléficas para o organismo. Ex: um dano tecidual pode evoluir para um granuloma devido ao processo inflamatório, que pode também evoluir para óbito.
31- 3- Explique como ocorre a fase de sensibilização e desencadeamento da hipersensibilidade tipo I.
A sensibilização acontece após o primeiro contato com o antígeno/alérgeno por meio da fagócitos. A célula apresentadora de antígeno (APC), fará a apresentação e o processamento desse antígeno para a célula T. Após isso, ocorre a síntese e liberação de citocinas que vão atuar nos linfócitos B (plasmócitos, que secreta IgE neste caso) para combater o agente causador. Quando houver um segundo contato, os epítopos serão reconhecidos pelos granulócitos (mastócitos e basófilos), devido a sensibilização do primeiro contato, ocasionando uma reação alérgica aumentada, que é mediada por grânulos com aminas, como a histamina. Por conseguinte, inicia-se o processo inflamatório que pode levar a danos teciduais, caso não seja estabilizado.
32- 4- Correlacione os mediadores pré-formados com os mediadores gerados
durante os processos alérgicos?
Os mediadores pré-formados são aqueles formados e armazenados as vesículas de basófilos, mastócitos, plaquetas; eles têm como função iniciar o processo inflamatório, ocasionando vasodilatação, queda de pressão arterial, aumento da permeabilidade de vasos sanguíneos. Ex: histamina, serotonina, bradicinina.
Já os mediadores gerados durante os processos alérgicos são provenientes do ácido araquidônico, sua síntese ocorre pela via da cicloxigenase e lipoxigenase.
33- 5- Explique a sequência dos eventos responsáveis pela fisiopatologia das reações de hipersensibilidade do Tipo I.
A sensibilização ocorreno primeiro contato. O segundo contato já consegue desencadear uma série de reações, como a liberação de mediadores de inflamação que são capazes de mediar a fase imediata e a fase tardia, podendo ocasionar danos teciduais ou perda de função. 
34- 6- Como podemos controlar as reações de anafilaxia.
Primeiro deve-se evitar contato com o causador da alergia, o alérgeno. Caso entre em contato, utiliza-se alguns medicamentos para amenizar os efeitos da reação alérgica, assim como combatê-los. Cada fármaco possui um mecanismo de ação específico que atua em um sítio específico. Ex: fármacos que atuam nos granulócitos são capazes de impedir a transcrição de genes, bloquear canais iônicos, inibir mediadores da inflamação, atuar como antagonista de receptores, etc. Outra alternativa é a terapia de dessensibilização, que consiste na administração gradativa de doses de antígenos específicos que promovem a liberação de mastócitos tissulares ativados e a produção de histamina, ocasionando a redução de respostas imunológicas graves.
35- 7- Diferencie a hipersensibilidade Tipo I e Tipo II?
A hipersensibilidade de tipo I é ocasionada contra antígenos inócuos que se ligam ao
anticorpo IgE e seus efeitos já ocorrem após minutos desse contato. Já a hipersensibilidade de tipo II é desencadeada normalmente de 5 a 8 horas após o segundo contato com um alérgeno, sendo causada principalmente por mediação de anticorpos IgG e IgM que ligar-se-ão na superfície de células ou matriz celular.
36- 8- Correlacione a hipersensibilidade tipo II com Doença Hemolítica do Recém-nascido.
A DHRN é um exemplo de hipersensibilidade tipo II, visto que a mãe Rh-, já sensibilizada, produz anticorpos anti-D que atravessam a placenta e ocasiona a lise das hemáticas do feto, podendo ter como resultado a morte (aborto ou pós-parto). Ou seja, apesar da hipersensibilidade tipo II ser referente à antígenos próprios, no caso da DHRN, ocorre uma resposta a um antígeno exógeno (feto). 
37- 9- Correlacione a hipersensibilidade tipo II com a auto-imunidade.
Doenças autoimunes são caracterizadas por hipersensibilidade tipo II, mas o contrário nem sempre acontece. A DHRN é um exemplo disso, visto que não há produção de anticorpos, mas sim a formação de antígenos anti-D pela mãe sensibilizada. Esses antígenos atravessam a placenta e ocasiona hemólise no feto, o que é um exemplo de hipersensibilidade citotóxica mediada por anticorpos IgG ou IgM. 
38- 10- Como ocorre a hipersensibilidade tipo II por medicamentos.
Alguns medicamentos possuem metabólitos ativos que podem ser absorvidos por eritrócitos, granulócitos ou plaquetas, ocasionando uma resposta imunológica. A resposta imunológica decorrente da absorção dos fármacos é a hipersensibilidade do tipo II, pois os anticorpos ativam o sistema complemento ou as células NK, que acarretará na lise de células que absorvem essas substâncias. 
39- 11- Quais os mecanismos imunológicos envolvidos na hipersensibilidade tipo II. Por que eles diferem de uma resposta imunológica comum para microorganismos?
Os mecanismos envolvidos na hipersensibilidade tipo II são: quimiotaxia, liberação de citocinas, ativação do complemento, fagocitose e resposta inflamatória. A diferença para uma resposta imunológica comum à microorganimos dá-se pelo alvo da resposta, pois são os próprios antígenos que ocasionam essa hipersensibilidade. 
40- ESTUDO DE CASO CLÍNICO
Um homem de 19 anos chega as pressas no hospital, proveniente de um restaurante de um restaurante chinês, após se sentir subitamente mal enquanto comia. Ele apresenta-se pálido, com extremidades frias e úmidas, pressão arterial baixa e tem dificuldade de respirar. A irmã que o acompanha relata que isso nunca aconteceu antes e ninguém da família jamais teve algo semelhante.
 Perguntas:
a) Explique o mecanismo fisiopatológico da palidez com pele fria e úmida.
A palidez e a pele fria e úmida acontecem devido a liberação de mediadores de inflamação que ocasionam a vasodilatação e, consequentemente, a queda da pressão arterial. Tudo isso gera uma insuficiência de abastecimento sanguíneo para as extremidades do corpo.
b) O quadro agudo sugere a ingestão de uma toxina, ou às vezes o organismo libera compostos que produzem estas alterações. Quais são os possíveis mediadores que poderiam estar sendo liberados que poderiam desencadear esses sintomas?
É possível dizer que houve uma liberação de bradicinina, ocasionando vasodilatação, queda da pressão arterial, palidez e bradicardia. Há também a liberação de histamina, substância que altera a respiração, o sistema circulatório e o digestório. A sudorese ocorre pela ação da adrenalina como forma de compensar a diminuição da pressão arterial e a perfusão inadequada.
c) Qual a importância da história familiar e do relato de que esse é o primeiro episódio?
É importante para descartar a possibilidade de ser algo congênito/genético e aumentar a rapidez e eficiência da intervenção. 
d) Esse paciente está em Choque. Como essa condição é conhecida comumente?
Choque anafilático, conhecida como uma resposta exacerbada à antígenos exógenos. 
e) As alergias intestinais alimentares em geral causam náuseas, cólicas abdominais e
diarreia. Por quê?
Pois o trato gastrintestinal possui uma grande quantidade de receptores específicos para histamina, que é uma das principais substâncias liberadas no decorrer das reações alérgicas/hipersensibilidades. Então, além de diminuir a quantidade de água disponível, ocorre uma alta liberação de histamina que se liga aos receptores específicos e ocasionam contração muscular, o que explica os sintomas citados.

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