Buscar

Adolescência: Alterações e Desenvolvimento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Adolescência
Segundo a OMS vai dos 10 a 20 anos. A lei 8069 da Constituição Federal, com o
Estatuto da Criança e do Adolescente, inclui pessoas de 12-18 anos e os direitos à
vida, lazer, alimentação, saúde, liberdade, convívio com família em moradia,
educação.
ALTERAÇÕES NA ADOLESCÊNCIA: alterações biológicas, estirão de
crescimento, maturação corporal, transformações comportamentais e psicossociais.
Puberdade(alterações físicas):pubertasdolatimidadefértil.Incluidesaceleraçãodo
crescimento físico; mudança composição corporal; eclosãohormonal;evolução da
maturação sexual. + Feminina: 11 a 12 aos, sendo precoce se antes dos 8 anos e
tardia se após os 14-16 anos (nenhum caracter sexual secundário aos 14 anos ou
sem menstruação aos 16). Se precoce pensar em alterações em ovário, adrenal ou
SNC (sempre pensar em tumor). - Cerca de 80% das meninas começam a
puberdade com a telarca (botão mamário). +Masculina: 12 a 13 aos,
sendoprecocese antes dos 9 anosetardia se após os 14,5 anos (sem caracteres
secundários). Se precoce pensar em alterações em testículo, adrenal ou SNC
(tumor). Perdas da adolescência: corpo infantil; pais da infância; da identidade e do
papel sociofamiliar infantil (ex. mais colaboração em casa).
FASES DA ADOLESCÊNCIA: Inicial: dos 10 aos 13 anos. Questiona-se “Sou
normal?”. Média ou intermediária: dos 14 a 17 anos. Questiona-se “Quem sou?”.
Tardia ou final: dos 18 a 20 anos. Questiona-se “Qual é o meu lugar no mundo?”.
PROBLEMÁTICA: condutas de risco; queixas e doenças; desenvolvimento
psicológico; características comportamentais (síndrome da adolescência normal);
cérebro em aprimoramento. Síndrome da adolescência normal: conjunto de sinais e
sintomas da adolescência. + Busca de si mesmo e da identidade (que adulto vou
ser?). + Separação progressiva dos pais (responsabilidade com corpo, saúde e
outros). + Tendência grupal. + Necessidade de intelectualizar e fantasiar (blog,
diário). + Evolução da sexualidade. + Crises religiosas (de extrema fé ao ateísmo). +
Vivência temporal singular, dificuldade de lidar com o tempo (tenho tempo, muito
tempo). + Atitude social reivindicatória. + Constante flutuações do humor (pico de
transtornos de humor nesse período). + Manifestações contraditórias de conduta.
NEUROCIÊNCIA DA ADOLESCÊNCIA : no início da adolescência há um tédio e
desapego às atividades da infância, com uma busca de novidades e comportamento
de risco. Isso ocorre pela remodelagem do sistema de recompensa do cérebro
(embotamento). Há uma perda de 30% dos receptores dopaminérgicos D2 do
núcleo accumbens. A produção excedente de sinapses vai sendo eliminada como
um grande bloco de matéria-prima que vai sendo esculpido e tomando forma. Ao
final tudo dá certo, pois receptores menos numerosos recebem mais dopamina. É
importante fortalecer o sistema de recompensa nessa idade como atividade em
família, exercício físico, discussões com pares, festas, namoro, leitura, parques de
diversão. Reorganização cerebral: I. Regiões posteriores (funções sensoriais). II.
Córtex parietal (sinais do espaço corporal). III. Frontal e temporal (funções
cognitivas e emocionais elaboradas). IV. Temporal Aos 16 a 17 anos. V.Pré-frontalos
15-20 anos (máximo 18 anos, finais 30 anos). Desenvolvimento cerebral: pode-se
dizer que está completo quando - uso de emoção como guia; arrependimento;
aprendizado emocional com próprios erros; antecipação de consequências de todos
os atos; flexibilidade para parar; entendimento do outro (sensações, intenções e
reações), empatia, teoria da mente (colocar-se no lugar do outro).
ENTREVISTA: uma parte é feita com a família e outra só com o adolescente.
Família: +Antecedentes familiares: doenças, estrutura
familiar,valores,interesse,hábitos,atividades. + Antecedentes individuais: doenças,
cirurgias, acidentes, imunizações. Vacinas da adolescência (hepatite B, duas tríplice
viral, tétano de 10-10 anos e febre amarela) e as de criança que não estavam
disponíveis em sua infância (meningiteACWY, pneumo 13, 2 varicela, 2
hepatiteA,HPV). + Vários aparelhos e puberdade. + Alimentação. + Lazer (<2h
tecnlogias por dia), trabalho (após 14 anos), educação, atividade física (mínimo 5h e
ideal 7h). Adolescente: + Sexualidade: namoro, envolvimento físico, preferência por
prática sexual, parceiros, DST, conhecimento e/ou uso de métodos
anticoncepcionais e proteção. + Ambições (motivação, projetos). + Afeto (amizade,
referência). + Drogas (álcool, fumo e outros). + Suicídio.
ÉTICA E SIGILO: privacidade; confidencialidade; princípio de autonomia; doutrina
do menor maduro; respeito ao pudor. Confidencialidade e sigilo: + Código de Ética
Médica – artigo 103: É vedado ao médico: revelar segredo profissional referente a
menor de idade, inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor
tenha condições de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios
para solucioná-lo, salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente.
+ Sigilo: explicar o alcance e o limite. Lembrar que emocional e financeiro dos pais.
Pode-se manter sigilo quanto a sexualidade, DST (não HIV), uso de contraceptivos
de acordo com o caso. + Quebra de sigilo em caso de gravidez, aborto, algumas
DST, drogas, risco de suicídio ou homicídio, ferimentos por armas, anorexia nervosa
e bulimia, cirurgia urgente. Autonomia: a ética admite que o paciente adolescente
reivindique sua posição de indivíduo autônomo, responsável e capaz de avaliar seus
próprios problemas e optar por procedimentos diagnósticos, terapêuticos e
profiláticos, assumindo a responsabilidade de seu tratamento. Doutrina do menor
maduro: o menor amadurecido é aquele que pode compreender benefícios e riscos
do tratamento proposto. É capaz de dar consentimento informado à assistência,
podendo recusar o tratamento mesmo à revelia dos pais, mantendo-se sempre o
habitual e clássico sigilo.
Desafios: monólogo (só ele falar); estratégia; pais interlocutores; tempo, trabalho e
paciência; cuidado com presunção que todo adolescente é sadio; sala; pais querem
“usar” o médico.
PAPEL DO PROFISSIONAL: estimular responsabilidade; crescimento e
desenvolvimento; detectar situações de risco; passagem biopsicossocial saudável;
imagem objetiva ao adolescente; valorizar a família; harmonia; atendimento integral.
MOTIVOS DA CONSULTA: comportamento; mau desempenho escolar; saúde
sexual; respiratório (infecção, alergia); crescimento; pele com acne e eczema;
gastrointestinais (constipação, azia).
EXAMES LABORATORIAIS: perfil lipídico, hemograma, TSH, parcial de urina e
urocultura, glicemia devem ser feitos em 5-5 anos (mais frequente em obesos),
anti-HbsAg (>10). CONCLUSÃO: + Jovens desejam ser amados e aceitos como
são.Querem e precisam de mais diálogo, segurança, independência e
atenção.Atender bem é prestar um bom serviço ao País e à sociedade.
+ Jovens são carentes de orientação afeto e real interesse, muitas vezes mal
aconselhados, em consequência, desajustados, presas fáceis de descaminhos:
delinquência, prostituição, drogas, DST, maternidade e paternidade precoces.

Continue navegando