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* É a fase do desenvolvimento entre a infância e a vida adulta. - De acordo com a OMS = entre 10 e 20 anos. - ECA = entre 12 e 18 anos. - Serviços de saúde = entre 10 e 19 anos. * Na prática, a puberdade como o marco inicial da adolescência. * Representam entre 20% e 30% da população mundial. Estimando-se que no Brasil essa proporção alcance 22%. * A consulta deve ser voltada para a prevenção e conscientização do adolescente, principalmente quanto a drogas, doenças sexualmente transmissíveis e anticoncepção. - O médico deve estar ciente e deixar claro ao paciente que a história clínica e o exame físico que serão realizados devem estar baseados na confidencialidade, privacidade e sigilo. - É preciso garantir que os fatos revelados durante a consulta não serão expostos sem a permissão do adolescente, que a consulta será realizada em um consultório calmo e sem risco de interrupção por terceiros, e que todos os assuntos abordados serão tratados com o máximo de respeito e discrição. * A consulta do adolescente visa: - Corrigir problemas. - Prevenir comportamentos que levam a doenças crônicas. - Reúne as principais diretrizes para intervenções em problemas atuais da população jovem. * O desenvolvimento do adolescente pode ser: - Turbulento. - Período de grande potencial. - Crescem fisicamente. - Experimentam novas atividades. - Começam a pensar de modo mais crítico. - Desenvolvem relacionamentos mais variados e complexos. * Na adolescência, o paciente passa por alterações: - Físicas = Alterações hormonais e no desenvolvimento. - Cognitiva = Alterações no modo de funcionamento do cérebro. - Emocional = Na maneira como processam a emoção e o estresse. - Social = Mudanças nos relacionamentos familiares, sociais e afetivos. - Moral e valores = A maneira como avaliam seu lugar no mundo. * Síndrome da adolescência normal: - Busca de si mesmo e da identidade (perda do corpo infantil, perda da identidade e do papel sócio familiar da infância. - Crises religiosas. - Atitude reinvindicatória. - Constantes flutuações de humor. - Necessidade de um espaço seu. - Agir sem pensar. * Adolescência e vivências de risco: - Uso de drogas e álcool, inclusive tabagismo. - Gravidez na adolescência. - Sexo inseguro. - Violência/homicídio. - Depressão, Suicídio. - Distúrbios nutricionais. - Fatores protetores: ● Boa autoestima. ● Família estruturada. ● Bom envolvimento com escola/comunidade: pertencer. ● Poucos eventos negativos. ● Compromisso com o futuro. - Fatores de risco ● Baixa autoestima. ● Presença de doença crônica. ● Defasagem escolar. ● Distúrbio de dinâmica familiar. ● Pobreza. ● Muitos eventos negativos durante a vida. - Sinais de alerta ● Anedonia - Perda de interesse e de prazer. ● Humor - Tristeza, mudança rápida para irritabilidade e raiva. ● Fadiga - Letargia, cansaço. ● Ideias mórbidas - Pensamentos autodepreciativos, sensação de desastre, abandono, morte, suicídio, desesperança. ● Somatização - Alterações nos padrões de sono ou apetite, dificuldade de concentração, cefaléia, epigastralgia. ● Depressão - Fatores de risco para a depressão em pediatria: ➔ Problemas emocionais graves durante a gestação. ➔ História familiar de depressão ou transtornos psiquiátricos. ➔ Tentativa de suicídio em parente próximo. ➔ Depressão materna. ➔ Estresse tóxico na infância, incluindo agressões físicas, morais e verbais. ➔ Excesso de cobrança. ➔ Abuso sexual. * Desenvolvimento psicossocial do adolescente: 1. Adolescência inicial: - Independência: Diminui o interesse pelas atividades com os pais. - Imagem corporal: Preocupação com as mudanças puberais e insegurança com a aparência. - Grupo: Relação intensa com amigos do mesmo sexo. - Identidade: Desenvolvimento da inteligência, aumento do mundo da fantasia, vocação idealizada, privacidade e impulsividade. 2. Adolescência média: - Independência: Conflito com os pais. - Imagem corporal: Aceitação do corpo, preocupação em torná-los mais atraente. - Grupo: Comportamento conforme valores do grupo e início da atividade sexual/experimentação. - Identidade: Desenvolvimento da habilidade intelectual, onipotência e comportamentos de risco. 3. Adolescência tardia: - Independência: Reaceitação dos valores parentais. - Imagem corporal: Aceitação das mudanças puberais. - Grupo: Importância menor aos valores dos pares, mais tempo em relações íntimas. - Identidade: Vocação realista e prática; refinamento dos valores sexuais, religiosos e morais; habilidade para assumir compromissos e aceitar limites. * Avaliação do adolescente: - No primeiro tempo, o auxílio do acompanhante é fundamental para informar sobre: antecedentes pessoais, condições de gestação, parto e nascimentos, antecedentes familiares e DNPM. Pesquisa-se também: ● Queixa e duração. ● História pregressa da moléstia atual. ● Alimentação. ● Vacinação. ● Data da menarca e da última menstruação. ● Ritmo intestinal. ● Queixas urinárias. ● Corrimentos. - No segundo tempo, é necessário pesquisar novamente sobre a queixa do paciente, pois nem sempre a queixa referida anteriormente é a mesma que a relatada sob sigilo. Devem-se também refazer às perguntas da história pregressa da moléstia atual e realizar o interrogatório sobre os diversos aparelhos, enfatizando perguntas a respeito de: ● Habitação. ● Escola. ● Ensino como sobre relacionamento social ● Atividades fora da escola. ● Grupos de amigos. - Dependendo da sensibilidade do médico e da maturidade do adolescente as perguntas poderão variar desde a existência de relacionamentos amorosos e sexuais até a experimentação de drogas e masturbação. Os questionamentos devem ser feitos para poder orientar e até mesmo prevenir consequências negativas, como a gravidez, facilmente evitada com o uso de métodos anticoncepcionais. É importante investigar também sobre os planos futuros de vida do adolescente e sobre sua autoimagem. - No terceiro tempo da consulta, deve-se enfocar o exame físico do adolescente, semelhante ao realizado na criança e no adulto. Utilizam-se os gráficos para avaliação das medidas antropométricas, como peso, altura, IMC, pressão arterial, observando-se o esperado para a idade e a evolução e comparando com as medidas obtidas na consulta anterior. PUBERDADE * É a transição biológica da infância para a idade adulta. * Caracterizada pelas seguintes transformações: - Aparecimento de características sexuais secundárias. - Aumento em altura. - Mudança na composição corporal. - Desenvolvimento da capacidade reprodutiva. * Pode sofrer influência de: - Fatores ambientais. - Fatores genéticos. - Étnicos. - Nutricionais. - Emocionais. - Doenças crônicas também podem retardar o início da puberdade. * Desenvolvimento e maturação sexual / Critérios de Tanner Meninas - O 1º sinal da puberdade feminina é o aparecimento do broto mamário entre 8 e 12 anos - Estágio 2 (telarca). ● Seguido do surgimento de pelos pubianos (pubarca) e axilares. ● Posteriormente da menarca. ● A telarca pode ser assimétrica ou unilateral no início do desenvolvimento puberal. - Menarca - Ocorre 2 a 5 anos após a telarca: ● Primeiros ciclos menstruais costumam ser irregulares, frequentemente anovulatórios e mais prolongados - Estágios 3 e 4. ● Idade média: 12,5 anos. ● Faixa normal: 9-15 anos. - Leucorréia Fisiológica = corrimento vaginal transparente pode estar presente antes da menarca Meninos - 1º sinal de puberdade masculina: ● É o aumento do volume testicular (9-14 anos - volume de 4 ml) - Estágio 2. ● Seguido do aparecimento de pelos pubianos e aumento de pênis. - Orquidômetro de Prader (avaliação do tamanho dos testículos: ● Até 3 cm → características infantis. ● Puberdade → começa com o aumento dos testículos (4 cm³). ● Estirão Puberal → volume testicular atinge 8 cm³. * Sinais de alerta para transtornos do desenvolvimento puberal: - Início da puberdade antes dos 8 anos nas meninas e dos 9 anos nos meninos (Puberdade precoce). - Discordância entre os sinais puberais e o sexo. - Ausência de sinais puberais aos 13 anos nas meninas e 14 anos nos meninos(Retardo puberal). * Desvios no desenvolvimento puberal: - Retardo puberal: ● Ausência de quaisquer sinais puberais aos 13 anos (menina) ou 14 anos (menino). ● Ausência de menarca a menina aos 15 anos, dependendo do início da puberdade ou M2 até menarca > 5 anos. No menino, G2 até G5 >5 anos. Processo de crescimento físico. * É dinâmico e contínuo. * Inicia-se após a concepção. * Velocidades - fases de desenvolvimento: - Fase intrauterina: ● Veloc.cresc.(VC) é muito alta 1 a 1,5 cm/semana - Após o nascimento: ● Diminuição gradual ➔ 25 cm - 1º ano. ➔ 15 cm - 2º ano. ➔ 3º ano e início da puberdade - crescimento estável e constante (5 e 7 cm/ano). ● Fase puberal - 2 a 3 anos VC 10 cm/ano - Fase final da puberdade abrupta com VC entre 1 e 1,5 cm/ano. * Fatores influenciadores do crescimento: - Fatores extrínsecos podem influenciar negativamente o crescimento em todas as suas etapas: ● Agravos físicos e emocionais (privação afetiva). ● Falta de acesso a macro e micronutrientes equilibrados na alimentação. ● Sedentarismo. - Restringem o alcance do potencial genético determinado desde a concepção. - Intrínseco = Carga genética familiar (cálculo do alvo parental) * Regulação endócrina do crescimento: - GH ● Estimula o crescimento por ação direta: ➔ Placa de crescimento (diferenciação celular). ➔ Hepatócito: aumento de secreção fator de crescimento insulina-símile (IGF-1). - IGF-1 ● Expansão e hipertrofia da placa epifisária, e é transportado por uma proteína carreadora (IGFPB3): função de aumento de ½ vida plasmática dos IGF. - TSH E T4 ● Estímulo à produção e secreção de GH ● Síntese IGF-1. ● Ação direta sobre a placa epifisária. * Regulação endócrina do crescimento - No início da puberdade ocorre um aumento dos níveis séricos dos esteróides sexuais. - Ambos os sexos, os esteróides sexuais, principalmente os estrógenos, são essenciais para acelerar o crescimento por meio da ação em receptores específicos da placa epifisária, promovendo crescimento, mas também decretando o fechamento das epífises. - O crescimento na adolescência é desproporcional: ● Extremidades distais (pés e mãos) → extremidades proximais (pernas e braços) → tronco. Crescimento. * Meninas: - Pico de velocidade de crescimento (PVC) + precoce que os meninos - Estádios 2 e 3 de Tanner. - Desaceleram mais cedo. - Após a menarca - restante do crescimento esperado: 5 e 6 cm. - Ganho de altura durante os anos puberais +/- 20 a 25 cm. - O estirão nas meninas, ocorre em M2 e o pico do estirão em M3. - A menarca ocorre na fase de desaceleração M4. * Meninos: - PVC entre os estádios 3 e 4 e Tanner. - Desacelerando mais tarde. - Ganho de altura durante os anos puberais: +/- 25 a 30 cm. - O início do estirão se dá em G3 e o pico do estirão ocorre em G4 (vol. testicular alcança aproximadamente 9-10cm). * Ganho de altura: * Ganho de peso * Competências essenciais em saúde e desenvolvimento do adolescente para profissionais de saúde no âmbito da atenção primária: - Conceitos básicos sobre saúde e desenvolvimento do adolescente e comunicação efetiva: ● Demonstrar entendimento do desenvolvimento normal do adolescente, seu impacto na saúde e implicações para os cuidados de saúde e promoção da saúde. ● Interagir efetivamente com o adolescente. - Leis, políticas e normas de qualidade: ● Aplicar na prática clínica às leis e políticas que afetam o atendimento do adolescente. ● Oferecer ao adolescene serviços de saúde com alto padrão de qualidade. - Cuidado clínico de adolescentes com condições específicas: ● Avaliar o crescimento e desenvolvimento normal e manejar distúrbios do crescimento e puberdade. ● Fornecer imunizações. ● Manejar problemas de saúde comuns na adolescência. ● Avaliar a saúde mental e manejar problemas. ● Fornecer cuidados de saúde sexual e reprodutiva. ● Fornecer serviços de prevenção, detecção e manejo de infecção pelo HIV. ● Promover a atividade física. ● Avaliar o estado nutricional e manejar distúrbios. ● Manejar problemas crônicos de saúde, inclusive deficiências físicas. ● Avaliar e manejar abuso de substâncias. ● Detectar situações de violência e fornecer o apoio de primeira linha a vítimas. ● Prevenir e manejar injúrias não intencionais. ● Detectar e manejar doenças endêmicas. Consulta * Deve ser realizada em um consultório adequado para a faixa etária, em 2 momentos (primeiro com o paciente + pais e depois sozinho), respeitando sempre a individualidade e autonomia do paciente. - Respeito à autonomia – maturidade, capacidade de julgamento, autocuidado. - Direito ao sigilo, confidencialidade e privacidade garantido pelo CEM (artigo 103). ● Situações na qual o sigilo deve ser interrompido (quebra do sigilo): ➔ Presença de qualquer tipo de violência: emocional, maus tratos, sexual, bullying, interpessoal no namoro, etc. ➔ Uso escalonado (cada vez maior) de álcool e outras drogas, sinais de dependência química. ➔ Gravidez, abortamento. ➔ Sorologia positiva de HIV (comunicar aos familiares e à parceria sexual). ➔ Não adesão ao tratamento, deixando o adolescente ou terceiros em risco. ➔ Diagnóstico de doenças graves, quadros depressivos e outros transtornos do campo mental. ● Situações na qual o sigilo deve ser mantido: ➔ Ficar, namoro, iniciação sexual (excluída violência por sedução e imposição explícita). ➔ Experimentação de psicoativos (sem sinais de dependência). ➔ Orientação sexual, conflitos com identidade de gênero. ➔ Prescrição de contraceptivos (para adolescente com maturidade para adesão). ➔ IST (afastada violência sexual e desde que adolescente tenha maturidade para adesão ao tratamento). - Explicar quebra de sigilo para o adolescente e responsável * De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria: - No início da puberdade o intervalo das consultas devem ocorrer de 3 em 3 meses. - Na aceleração da fase de crescimento o intervalo das consultas devem ser de 4 em 4 meses. - Na desaceleração da fase de crescimento o intervalo das consultas deve ser de uma vez ao ano até finalizar o crescimento. * De acordo com a Academia Americana de Pediatria devem ser realizadas 11 consultas dos 11 aos 21 anos. * Objetivo da consulta: - Promoção de saúde: ● Crescimento. ● Desenvolvimento. ● Vacinação. ● Identificação de situações de risco. Anamnese 1ª parte. * Observar aspectos do funcionamento familiar. * É essencial que o adolescente perceba que é o centro da consulta (dirigindo-se sempre a ele) - a família está ali para complementar. * Os pais costumam prestar informações + claras sobre a vida pregressa do jovem, incluindo o motivo da consulta. * Durante entrevista observar: - Estado geral. - Postura. - Cuidados de higiene. - Modo de se vestir. - Interação com o acompanhante. * Importante: pedir licença aos pais para conversar a sós com o jovem. * Tópicos a serem abordados: - Motivo da consulta = nem sempre é uma patologia, mas uma situação e agravo, por exemplo: queda no rendimento escolar, “timidez excessiva”. - Histórico da situação atual e pregressa do paciente, incluindo agravos e doenças. - Estado vacinal = verificar sempre cartão de imunizações. - Dados da gestação, parto e condições de nascimento e peso ao nascer. - Hábitos alimentares = horário das refeições, quantidade e qualidade dos nutrientes, hábitos de guloseimas. - Condições de habitação, ambiente e rendimento escolar, exposição a ambientes violentos, uso de tecnologia da informática (tempo em celular, games, computador). - História familiar = refere-se à configuração dinâmica e funcionalidade (com quem o adolescente mora, situação conjugal dos pais e consanguinidade, outros agregados na residência, harmonia ou situações conflituosas no ambiente). - Não se esquecer de obter dados sobre o sono, lazer, atividades culturais, exercícios físicos e religião. 2ª parte * Roteiro similar a qualquer idade: QP, HMA, ISDA. - Aspectos importantes do ISDA: ● Evolução de peso e altura = distúrbios nutricionais.● Problemas visuais. ● Problemas dentários. ● Problemas gênito-urinários. * Perguntas abertas: - “Que preocupações você gostaria de me contar hoje?” - “Aconteceu algo diferente desde a última vez que conversamos?” - “ Diga-me sobre quem você procura para conversar quando tem algum problema ou mesmo um dia ruim”. - Avaliação do perfil psicossocial (iniciar com conversa menos invasiva): ● Atividades e amigos. ● Alimentação e imagem corporal. ● Drogas. ● Depressão e suicídio. ● Ocupação. ● Lar e família. ● Educação. ● Sexualidade. ● Segurança. ● Espiritualidade. * A consulta com o adolescente sozinho ajuda desde o início a estabelecer uma relação de confiança, criando o vínculo indispensável para a boa relação profissional de saúde / adolescente. - Evitar interrupções quando o adolescente estiver falando e evitar escrever ou digitar enquanto adolescente estiver falando sobretudo quando o assunto for sensível: relacionamento, sexualidade ou uso de drogas * A conversa deve ocorrer em ambiente sigiloso, abordando novamente o motivo que o traz à consulta, pos pode diferir do relato da família. Convém relembrar a abordagem de acordo com a ética profissional, sem julgar a versão dos fatos. Nesta etapa, devem ser coletadas informações sobre: - A percepção corporal e autoestima. - Relacionamento com a família (pais, irmãos, parentes) ocorrência de conflitos. - A utilização das horas de lazer, as relações sociais, grupos de iguais, desenvolvimento afetivo, emocional e sexual. - Conhecer outros espaços por onde o adolescente transita e mantém relacionamentos interpessoais = escola, comunidade, grupo de jovens, trabalho (normas adequadas do tipo e local, salubridade, não interferência na escola e remuneração). - Crenças e atividades religiosas. - Investigar situações de risco e vulnerabilidade a que os adolescentes se expõem: contato com drogas ilícitas (álcool, tabaco, cigarro eletrônicos, narguilés). - Aspectos relacionados aos comportamentos sexuais, gênero e orientação sexual, saúde reprodutiva, gestações não planejadas, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). - Ocorrência de acidentes, submissão a violência. - Tempo de exposição às telas digitais = celulares, notebooks, televisão e videogames. Exame físico * Como fazer: - Explicar antes. - Exposição gradual. * Aspectos relevantes: - Aspecto geral (aparência física, humor, sinais vitais, pele). - Peso, altura, IMC/idade – curvas OMS. - Verificação da PA (pelo menos 1x/ano; usar curvas). - Avaliação dos sistemas: respiratório, cardiovascular, gastrointestinal, osteoarticular (postura e coluna); exames neurológico e mental. - A genitália deve ser avaliada ao final do exame físico, no próximo momento oportuno se paciente não permitir, especialmente se houver queixa específica. O profissional deve ser habilitado para tal exame, evitando a exposição desnecessária do paciente. - Avaliação da Puberdade - Características: ● Mamas e pêlos púbicos nas meninas. ● Genitais e dos pêlos púbicos nas meninos. - Estadiamento Puberal – Critérios de Tanner. - Vacinação Caderneta de Saúde do Adolescente * Sugestões de alimentação saudável. * Cuidados de higiene com o corpo que está em desenvolvimento por ação neuroendócrina. * Esclarece e incentiva práticas de esportes e sobre situações de risco com drogas, incluindo tabaco e álcool. * Aborda hábitos e amizades saudáveis. * Dispõe sobre a saúde oral, cuidado com escovação e dentes. ** Caderneta das meninas - página para mapear os ciclos menstruais, por meio do registro das datas de início e término de cada menstruação, permitindo que a jovem conheça a evolução de seu ciclo hormonal. * Problemas comuns relacionados ao crescimento - Ortopedia: - Escoliose: maior crescimento do tronco. - Cifose: má postura ou “vergonha do corpo”. Maior preocupação dos pais e não do adolescente. * Distúrbios nutricionais: - Anorexia = muita atenção às calorias dos alimentos, culpa em comer. - Bulimia: culpa x compulsão. - Obesidade. * Particularidades - Asolescente masculino: - Espermarca - 1ª ejaculação. - Polução noturna - ejaculação involuntária ocorre quando os adolescentes estão dormindo. - Ginecomastia puberal - Acúmulo de tecido mamário por alteração da relação entre estrógenos (triplicam no início da puberdade) e andrógenos (nível de adulto no final da puberdade), que ocorre na fase inicial da puberdade. ● Aparece na fase de aceleração. ● Regressão espontânea em 12 a 18 meses (máximo 24-36 meses) - Acne.
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