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RESUMO DIGITAL DE TEORIA DA NORMA PENAL E DO CRIME

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<<<<<<< Norma Penal e do Crime (Parte 1 D. Penal) >>>>>>> 
 
• 
↝ Proteção dos bens jurídicos = vida, liberdade, patrimônio, 
honra. Etc. 
↝Exercer o controle social: 
1º. Formal: Polícia, Estado, segurança 
2º. Informal: Família, igreja, escola 
• 
↝ Materiais, substanciais ou de produção: 
 A QUEM COMPETE LEGISLAR? UNIÃO. 
Art. 22, I, DA CF: Art. 22.: Compete privativamente à União 
legislar sobre: 
I - Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
Obs.: é possível que a União delegue aos Estados a 
competência de legislar quando se tratar de matéria específica 
e do interesse do Estado em questão. 
1º. Formais, de conhecimento ou de cognição: QUAIS OS 
MODOS PELOS QUAIS O D. PENAL DE REVELA? 
- Diretas ou imediatas: 
LEI ESCRITA! Através do princípio da legalidade: 
Código Penal: 
Art. 1º: Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há 
pena sem prévia cominação legal. 
*Nullum crimen, nulla poena sine lege praevia. 
Obs.: Tratados e convenções internacionais podem ser fontes 
formais diretas desde que ingressem no ordenamento jurídico 
interno. (EC 45/04) 
2º. Indiretas ou mediatas: 
COSTUMES E PRINCÍPIOS + doutrina, jurisprudência, analogia 
e tratados e Conv. Internacional (formas indiretas pouco 
utilizadas) 
*Costumes servem como termômetro para o legislador 
*Costumes não revogam ou criam leis 
*Costumes servem como fontes de interpretação. Ex: Ato 
obsceno, furto noturno. 
 
PRINCÍPIOS: Orientações e sugestões a serem seguidas pela 
Lei. 
• 
- PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA: 
↝A lei só deve prevê penas e crimes estritamente 
necessários 
↝ O Estado de direito deve utilizar o direito/lei penal como 
seu último recurso. Ultima ratio. - último caso 
*Características: 
- Subsidiariedade: Só se aplica o direito penal quando os demais 
ramos do direito forem ineficazes (O Direito Penal funciona 
como executor de reservas) 
- Fragmentariedade: O D. Penal protege os bens jurídicos 
apenas de forma parcial e não integral 
- PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PESSOAL OU 
INTRANSCEDÊNCIA: 
↝ Ninguém deve ser responsabilizado nem tampouco punido 
por crime cometido outrem 
- PRINCÍPIO DA OFENSIVIDADE OU LESIVIDADE: 
↝ Só há crime se houver dano ou perigo 
- Dano: efetiva lesão ao bem jurídico 
- Perigo: 
1º. Concreto= perigo real, quase dano 
Ex.: Causar incêndio, expondo a perigo a vida ou patrimônio 
de outrem 
2º. Abstrato= perigo presumido 
Ex.: Portar armar sem autorização legal 
- PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE PENAL SUBJETIVA 
↝ Evita a responsabilidade penal objetiva 
↝ O agente só pode ser responsabilizado quando agir com: 
1º. Dolo: ação ou omissão consciente e volitiva a fim de causar 
dano 
-Direto: vontade de praticar conduta para obter resultado 
(querer) 
-Eventual: autor não quer resultado- prevê- continua- 
indiferente (assumindo o risco). Ex.: dirigir em alta velocidade 
mesmo sabendo que poderia bater em alguém não diminuiu 
a velocidade. 
Obs.: Na prática, há diferença de penas entre os dolos. 
2º. Culpa: 
↝ Falta de cuidado 
↝ O autor não quer o resultado, mas dá causa a ele por falta 
de cuidado 
Exceção: Responsabilidade penal objetiva (não interessa se o 
agente agiu com dolo ou culpa), nenhum país adota mais 
-PRINCÍPIO DA CULPABILIDADE: 
↝ Não há aplicação de “pena” sem culpabilidade grau de 
reprovação social de uma conduta 
*Em regra reprova-se: condutas de pessoas que PODIAM e 
DEVIAM se comportar conforme a lei. 
-Daí o Direito Penal só aplica pena: 
1º. Agente capaz = Sanidade mental e idade 
2º. Potencial consciência da ilicitude 
3º. Exigibilidade de conduta diversa 
- PRINCÍPIO DA ISONOMIA: 
↝ Art. 5º da CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza... 
↝ Igualdade material: tratar os iguais como iguais e os 
desiguais como desiguais, na medida das suas desigualdades 
- PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA 
<<<<<<< Norma Penal e do Crime (Parte 1 D. Penal) >>>>>>> 
 
↝ ART. 5º, LVII CF: Ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória. 
*Trânsito em julgado: quando uma decisão ou um acórdão 
judicial já passou por todos os recursos. Não se pode mais 
recorrer. 
- PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA: 
↝ É uma qualidade inerente ao ser humano, que o protege 
contra todo tratamento degradante e discriminação odiosa, o 
assegurando condições materiais mínimas de sobrevivência. 
↝ O Direito Penal deve tratar o criminoso como um ser 
humano, não como um objeto. Sem ferir a dignidade de 
ninguém, por mais perigoso que seja 
- PRINCÍPIO DA ALTERIDADE OU TRANSCENDENTALIDADE 
↝ O D. Penal só pode criminalizar condutas que afetem 
terceiros 
↝ Não se pune a autolesão, tentativa de suicídio, etc. 
- PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO SOCIAL 
↝ O D. Penal não interfere em condutas socialmente aceitas. 
Ex.: descriminalização do adultério 
- PRINCÍPIO NE BIS IN IDEM 
↝ Uma conduta não pode ser duplamente punida na esfera 
penal. Não podem ter dois processos, ninguém pode ser 
punido duas vezes pelo mesmo crime 
↝ A mesma circunstância não pode ser considerada duas 
vezes. 
Ex: assédio sexual = constranger alguém, com o intuito de 
obter favorecimento sexual, prevalecendo-se da sua posição 
de ascendência... → eu não poderia usar a ascendência do 
criminoso sobre a vítima novamente para poder aumentar a 
pena, pois ela já foi utilizada como qualificadora. 
- PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE: 
↝ A pena deve ser proporcional à gravidade do delito 
↝ Daí proíbe-se os excessos 
- PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE: 
↝ Controle da proporcionalidade 
- PRINCÍPIO DA CONFIANÇA: 
↝ Uma pessoa não pode ser punida quando age 
corretamente CONFIANDO que o outro assim agirá 
- PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OU RESERVA LEGAL 
↝ Não há crime sem lei anterior que o defina; não há pena 
sem prévia cominação legal 
*Função: 
↝ Limitação do poder punitivo do Estado 
↝ Segurança jurídica 
*Desdobramentos: 
1º. Anterioridade da lei (eu só posso ser punido por uma 
conduta que eu tenha praticado depois da criação da lei) 
2º. Lei em sentido formal: reserva legal 
3º. Proibição de analogia in malam partem: em malefício do 
réu 
*Bonam partem: Em benefício do réu. 
4º. Lei penal deve ter conteúdo certo, determinado, taxativo: 
Proíbe-se crimes com conteúdo vago. A lei deve ser CLARA. 
*Uma lei pode ser aplicada a condutas ocorridas ANTES da 
sua vigência? 
*Uma lei uma vez revogada ainda poderá ser aplicada? 
- LEI PENAL NO TEMPO OU CONFLITO DE LEIS PENAIS NO 
TEMPO 
↝ CICLOS DE UMA LEI: 
-Nascimento: entra em vigor - Vida – Morte 
Regra: PRINCÍPIO DA ATIVIDADE (Tempus regit actum) 
↝ Uma lei só pode ser aplicada a condutas ocorridas durante 
sua vigência 
Exceções: 
Princípio da Extratividade: aplicação de uma lei a condutas 
ocorridas fora do âmbito de sua vigência 
- Retroatividade: Aplicação da lei a fatos ocorridos antes da sua 
vigência 
*Abolitio Criminis: extinção do crime devido à publicação de 
lei que extingue o delito anteriormente previsto no 
ordenamento jurídico. Art. 2º Código Penal 
*Novatio legis in mellius: A lei penal nova que beneficia o réu 
não respeita a coisa julgada, sendo aplicada mesmo quando o 
agente já tenha sido condenado definitivamente 
*Novatio legis incriminadora: Quando uma nova lei entra em 
vigor e passa a criminalizar uma conduta que antes não era 
considerada como crime. A lei não retroagirá. Art. 5º, XL, CF. 
*Lei penal mais grave: Aplica-se ao crime continuado ou ao 
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação 
da continuidade ou da permanência. Não retroagirá 
-Ultratividade: Aplicação de lei já revogada a fatos ocorridos 
após o período de sua vigência, quando a lei posterior for mais 
grave. 
Obs.: Lei benéfica sempre retroagirá 
↝ Criação de uma nova pena, pois há dúvida quanto à 
beneficie do mesmo 
- Divergências sobre a combinação de leis*Não é possível combinar as leis pois a criação de uma terceira 
pena, não prevista em lei, feriria o princípio da legalidade e a 
separação dos poderes 
*Sim, é possível. Neste caso, entende-se que o juiz não está 
criando uma lei, mas sim fazendo uma interpretação 
integrativa. E é dever do juiz sempre buscar uma lei mais 
benéfica (mandamento constitucional) 
<<<<<<< Norma Penal e do Crime (Parte 1 D. Penal) >>>>>>> 
 
Entendimento do STF sobre: A primeira posição (não), é a 
posição atual do STF sobre. 
*Quando se tem dúvida de qual lei é mais benéfica, deve-se 
perguntar ao acusado. 
↝ Leis que têm vigência por um período/tempo determinado 
↝Temporárias= período determinado. Sabe-se quando tem 
começo e fim. Ex.: Lei da Copa 
↝ Excepcional= vigência durante o tempo que durasse a 
excepcionalidade. Tem começo, mas não se sabe qual seu 
fim. Ex.: Leis no período de seca 
OBS.: Nessas leis não se aplica a retroatividade da lei penal 
mais branda. Sempre serão ultrativas. 
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o 
período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a 
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência 
 ↝ Ex. de caso: Guto atira em Laura quando tinha apenas 17 
anos (punido pelo ECA), Laura morre quando Guto completa 
18 anos (punido pelo Direito Penal). Art. 4º C. Penal: 
↝ Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da 
ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do 
resultado 
- Crime instantâneo: Crime em que a consumação é imediata, 
em um único instante, ou seja, uma vez encerrado está 
consumado (assassinato, estupro). 
- Crime Permanente: Aqueles cuja consumação se prolonga 
no tempo (sequestro) 
*Em casos de crimes permanentes, aplica-se a lei mais recente 
↝ é aquele que ocorre quando duas normas aparentam incidir 
sobre o mesmo fato. Ele é dito aparente, pois na verdade não 
existe conflito algum – efetivamente, não existe um conflito ao 
se aplicar a norma ao caso concreto. 
Homicídio Art. 121: Matar alguém. 6 a 20 anos. 
Infanticídio Art. 123: Matar, sob influência do estado puerperal, 
o próprio filho. 2 a 6 anos 
*Resolve-se esse conflito através dos princípios: 
- Especialidade: determina que se afaste a lei geral para 
aplicação da lei especial. Sempre o crime específico vai 
prevalecer independente de pena 
*Tipos fundamentais: Caput 
*Tipos derivados: parágrafos 
- Consunção: aplicável nos casos em que há uma sucessão 
de condutas com existência de um nexo de dependência. De 
acordo com tal princípio o crime fim absorve o crime meio. 
Ex.: O indivíduo que falsifica identidade para praticar estelionato 
*Não há uma só conduta 
*Há sucessão de fatos 
*O mais AMPLO absorve o ACESSÓRIO 
↝ 4 hipóteses: 
- Crime fim x crime meio: fim absorve o crime meio 
- Crime progressivo: O desígnio é único, mas só o alcança 
praticando várias condutas criminosas. Quer um crime mais 
grave 
*Lesões corporais ficam absorvidas pelo homicídio, logo a 
pessoa responderia só por ele 
- Crime complexo: fusão de vários crimes, atinge vários bens 
jurídicos. Ex.: Latrocínio = roubo seguido de morte 
- Progressão criminosa: após consumar o delito menos grave, 
mas ainda dentro do contexto criminoso, o agente muda o 
dolo e realiza um crime mais grave. Ex.: primeiro ele queria 
apenas ferir, mas depois decidiu matar a vítima. Neste caso, 
ele responde pelo homicídio. 
- Subsidiariedade: apresenta-se quando, do cometimento de 
uma conduta inicial faz surgir uma incriminadora que, pela 
gravidade da atuação do agente, passa a configurar um outro 
crime. 
*Sequestro: Art. 148: Privar alguém de sua liberdade, mediante 
sequestro ou cárcere privado. Norma subsidiária (soldado de 
reserva). Pode ser expressa ou tácita 
*Extorsão mediante sequestro: Art. 159 - Sequestrar pessoa 
com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer 
vantagem, como condição ou preço do resgate. Norma 
principal ou primária 
*A norma principal sempre vai prevalecer sobre a subsidiária 
Art. 132. Expor a vida de alguém a perigo 
Pena: Det. 3 meses a 1 ano, se o fato não constitui elemento 
de crime mais grave. 
• 
↝ Art. 5º: Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de 
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao 
crime cometido em território nacional 
↝ Trata-se de uma territorialidade relativa, temperada ou 
mitigada. 
Exceções: 
↝ Crime cometido fora do país; 
↝ permitir que crimes cometidos no estrangeiro sejam 
punidos pela lei brasileira; 
↝ Crime acontece dentro do território, mas não se aplica a 
lei brasileira 
*Território Nacional: Todo o espaço em que o Brasil exerce 
a sua soberania 
<<<<<<< Norma Penal e do Crime (Parte 1 D. Penal) >>>>>>> 
 
- Espaço físico: A superfície terrestre (solo e subsolo). As 
águas territoriais (fluviais, lacustres e marítimas; 12 milhas). E 
espaço aéreo correspondente 
-Espaço jurídico: por ficção, equiparação, flutuante ou 
extensão. Art. 5º, §§§§ 1º e 2º. 
*Se o Brasil adota isso, deve aceitar também em relação aos 
outros países. A isso se chama de PRINCÍPIO DA 
RECIPROCIDADE (§ 2º) 
*Assim, em embarcações e aeronaves públicas estrangeiras 
não se aplica a lei brasileira 
*Interpretação a contrário sensu 
*Se o Brasil adotou a territorialidade como regra, 
imprescindível definir o que entende por lugar do crime 
*Assim, se o agente atira em alguém no Uruguai e este só 
vem a morrer no Brasil o crime foi cometido no território 
nacional 
↝ O CP definiu em seu art. 6º o lugar do crime 
↝ Teoria da ubiquidade 
↝ Se no Brasil ocorreu só conduta e resultado fora: aplica-se 
a Lei brasileira 
↝ Se a conduta ocorreu fora e o resultado no Brasil: aplica-
se também a Lei brasileira 
↝ Se o navio particular sai de Portugal para a Argentina e de 
passagem pela costa brasileira ocorre crime em seu interior 
↝ Como estava somente de passagem a lei brasileira não é 
aplicada. Estendido para aeronaves. 
↝ Fenômeno pelo qual a lei penal brasileira é aplicada a fatos 
ocorridos fora do território nacional 
↝ Em regra um país não pode impor suas leis a outro país. 
*Exceção: ele pode impor devido a regra permissiva, oriunda 
do direito internacional costumeiro ou convencional 
↝ Art. 7º “Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no 
estrangeiro”; 
I- Os crimes: 
A) contra a “vida” ou “liberdade do Presidente da República 
*PRINCÍPIO DA DEFESA OU REAL: 
↝ Aplica-se a lei da nacionalidade do sujeito passivo ou do 
bem jurídico lesado. 
B) Contra o patrimônio ou a fé pública da União, do DF, de 
Estado, de Território, de Município, de empresa pública, 
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída 
pelo Poder Público. 
C) Contra a Administração Pública, por quem está a seu 
serviço. 
D) De genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado 
no Brasil: 
*Nesses casos, é possível que o agente responda por dois 
processos pelo mesmo crime (um no exterior e outro no 
Brasil). Art. 7º, § 1º, CP. É uma exceção ao princípio do NE BIS 
IN IDEM 
*O legislador ameniza a pena. Art. 8º, CP. Ou seja, se foi 
condenado no estrangeiro a dez anos de reclusão e no Brasil 
a 15 anos, só cumprirá mais 5 anos de pena. Se no estrangeiro 
foi condenado a reclusão e no Brasil a multa, a multa será 
atenuada. 
↝ Art. 7º; “ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos 
no estrangeiro”. Leia art. 7º, II, CP. 
A) Princípio da Justiça Penal Universal: o agente fica sujeito à 
lei do país onde for encontrado 
B) Princípio da nacionalidade ativa: aplica-se a lei da 
nacionalidade do sujeito ativo 
C) Princípio da representação, subsidiariedade ou da bandeira: 
Aqui a nossa lei é subsidiária. 
- : 
A) Entrar o agente no território nacional: 
*Não precisa permanecer. Colocou o pé em território 
brasileiro e saiu em seguida já é o bastante para nossa lei 
alcança-lo 
*Deve haver concurso das outras condições. Elas são 
cumulativas 
B) Ser o fatopunível também no país que foi praticado: 
*Se o fato é crime só aqui e no estrangeiro onde foi praticado 
não, a nossa lei não o alcança. Ex: bigamia 
C) Estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei 
brasileira autoriza a extradição: 
*Temos que ver na lei de extradição quais são os crimes. Ex.: 
Homicídio é 
D) Não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter 
aí cumprido a pena: 
*Se for absolvido ou se já cumpriu a pena a lei do Brasil não 
o alcança 
E) Não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por 
outro motivo não estar extinta a punibilidade, segundo a lei 
mais favorável: 
*A lei brasileira só o alcançará se preenchidas todas a 
condições 
↝ § 3º: “A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido 
por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se reunidas as 
condições previstas no parágrafo anterior”. 
a) Não foi pedida ou foi negada a extradição: 
<<<<<<< Norma Penal e do Crime (Parte 1 D. Penal) >>>>>>> 
 
- se não foi pedida é porque o país estrangeiro não tem 
interesse em julgar o caso, logo, aplica-se a lei brasileira. 
- se foi negado o pedido pelo Brasil, aí mesmo é que se aplica 
a lei brasileira 
b) Houver requisição do Ministro da Justiça: 
- há pessoas que em razão de suas funções ou de regras 
internacionais desfrutam de imunidades 
- não se trata de uma garantia pessoal, um privilégio 
- mas de necessária prerrogativa funcional 
↝ Embaixadas não são extensão do território que 
representam. Mas são invioláveis: não admitem buscas ou 
qualquer medida de natureza penal 
*Imunidades Diplomáticas: São imunidades de Direito Público 
Internacional (Convenção de Viena/65): 
a) Os chefes de governo ou Estado estrangeiro, sua família 
e membros da comitiva 
b) O embaixador e sua família 
c) Os funcionários do corpo diplomático e sua família 
d) Os funcionários das organizações internacionais (ONU), 
quando em serviço 
↝ Devem obediência SIM. Eles apenas não ficam sujeitos às 
consequências jurídicas da lei brasileira, mas às da lei do seu 
país de origem. Essa imunidade abrange qualquer crime, seja 
comum ou funcional. 
↝ Imunidade diplomática não impede investigação policial 
↝ Não pode ser renunciada pelo diplomata pois não é 
garantia pessoal, mas sim do cargo. 
↝ A imunidade pode ser eliminada pelo Estado de origem 
Ex.: Caso concreto = Diplomata que nos EUA, bêbado, matou 
alguém no trânsito. 
Neste caso, o seu país retirou sua imunidade e foi o diplomata 
foi processado conforme a lei americana. 
↝ Não se estende aos empregados particulares ainda que 
sejam da mesma nacionalidade 
↝ Se alguém que não goze de imunidade cometer um crime 
dentro da embaixada será processado conforme lei brasileira 
↝ Cônsul tem imunidade mais restrita, apenas aos crimes 
funcionais 
↝ Se divide em duas espécies: absoluta e relativa 
- IMUNIDADE ABSOLUTA: 
Sinônimos: material, real, substancial, inviolabilidade, indenidade 
(Zaffaroni). Previsão legal: art. 53, caput, CF 
Art. 53: “Os deputados e senadores são invioláveis, civil e 
penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. 
*STF ampliou as consequências para: administrativa e política 
Limites da imunidade material: 
↝ O parlamentar não tem carta branca 
↝ Deve haver um nexo entre a função de congressista e 
suas palavras, opiniões e voto 
↝ A imunidade não existe só dentro casa legislativa 
↝ Quando a ofensa ocorrer no seu interior o nexo funcional 
é presumido. Quando ocorrer fora depende de prova 
- IMUNIDADE RELATIVA: 
Também chamada de imunidade formal 
* Imunidade quanto ao foro: 
 - Art. 53, §1º, da CF 
 - Foro competente é o STF 
* Imunidade quanto à prisão: 
- Art. 53, §2º, da CF 
- Congressistas não poderão ser presos 
- Salvo se em flagrante de crime inafiançável 
- Os autos deverão ser remetidos à Casa Parlamentar 
- Prazo 24 horas 
- Para que resolvam pela prisão 
- Na impossibilidade de apreciação a prisão será mantida 
* Imunidade quanto ao processo: 
 - Art. 53, §§ 3º, 4º e 5º, da CF 
 - STF comunica à casa 
 - Que pode sustar o andamento 
* Imunidade quanto à produção de provas: 
 - Art. 53, § 6º, CF 
 - Não obrigados a testemunhar 
 - Sobre informações que obtiverem em razão do mandato 
Obs.: Deputados e senadores que se licenciam partam exercer 
cargo no executivo perdem ambas imunidades (STF). 
Deputados estaduais são imunes. Princípio da simetria. 
Prerrogativa de foro TJ. 
Vereadores só gozam das imunidades absolutas, mas restrita 
ao município em que exercem a vereança. Constituição 
Estadual pode prever prerrogativa de foro (TJ) – Rio e Piauí 
= Essas imunidades são irrenunciáveis 
• 
↝ Gênero: Infração penal 
↝ Espécie: Crime e contravenção penal 
*A diferença entre elas: 
- Quanto ao grau de violação ao bem jurídico. 
- Quanto ao tipo de pena: 
Crime e sua pena= Privativas de liberdade (reclusão e 
detenção), restritivas de direito, multa 
Contravenção penal e sua pena = prisão simples 
- Quanto à tentativa: 
Não se pune a tentativa de contravenção penal, apenas a 
tentativa de crime. 
<<<<<<< Norma Penal e do Crime (Parte 1 D. Penal) >>>>>>> 
 
- Quanto ao limite máximo da pena: 
Crime: ninguém pode ficar preso por mais de 40 anos 
Contravenção Penal: Ninguém pode ficar preso por mais de 
5 anos. 
• 
↝ Elemento do crime: cada detalhe que forma o crime 
↝ Conceito formal: Tudo que o legislador prevê. Tudo o que 
está na Lei. É a mera subsunção da conduta à norma penal. 
↝ Conceito material: Conduta lesa ou expõe a perigo um 
bem jurídico de forma significante. (princípio da insignificância 
exclui a tipicidade material) 
↝ Conceito analítico: Busca-se identificar os elementos dos 
crimes. Para isso, tem a teoria bipartite (o crime só tem dois 
elementos = tipicidade e ilicitude); tripartite (são os três 
elementos abaixo) e quadripartite (tipicidade, ilicitude, 
culpabilidade e punibilidade) 
- Tipicidade: Elementos da tipicidade: 
*Conduta: 7 teorias 
*Resultado 
*Nexo de causalidade 
*Tipicidade 
- Ilicitude: 
- Culpabilidade: 
• 
- Conduta criminosa = Crime típico 
*Teoria Clássica ou causal: todo comportamento humano 
consciente (não cabe embriaguez) e voluntário, reflete mundo 
exterior. Dolo - culpa 
*Teoria Finalista: conduta criminosa é todo comportamento 
humano dirigido a um fim consciente e voluntário que traz 
reflexo no mundo exterior 
*Teoria social da ação: comportamento humano, dirigido a 
um fim, consciente e voluntário, socialmente relevante. 
Havendo adequação social não há crime. Ex.: luta de box 
↝ Causas que excluem a conduta criminosa: 
1. Caso fortuito ou força maior 
2. Atos reflexos 
3. Estado de inconsciência (sonambulismo) 
↝ Espécies de conduta: 
DOLOSAS: Art. 18: I - doloso, quando o agente quis o resultado 
ou assumiu o risco de produzi-lo; 
*Teorias do DOLO: 
1. Teoria da Vontade: dolo é a VONTADE consciente de querer 
o resultado 
2. Teoria da representação: prevendo o resultado, o agente 
prossegue na conduta acreditando que nada acontecerá 
3. Teoria do assentimento: prevendo o resultado, prossegue 
assumindo os riscos do resultado. 
*Elementos do DOLO: 
1. Consciência (elemento intelectual) 
2. Vontade (elemento volitivo) 
*Espécies de DOLO: 
1. Direto: o indivíduo quer o resultado 
2. Indireto: eventual (não tem vontade dirigida a um fim, mas 
prevê, prossegue e assume o risco) / alternativo (deseja 
indistintamente dois ou mais ou qualquer resultado, para 
ele tanto faz) 
3. Cumulativo; quer os dois resultados na sequência – 
progressão criminosa 
4. Genérico: privar alguém de sua liberdade mediante 
sequestro 
5. Específico: sequestrar alguém com o fim de obter 
vantagem econômica 
6. Dano: efetiva lesão ao bem jurídico 
7. Perigo: ameaça de dano 
*Dolo Específico também pode ser chamado de “fim especial 
de agir” ou “elemento subjetivo especial do tipo” 
Obs.: todo crime admite a forma dolosa 
CULPOSAS: Art. 18: II - culposo, quandoo agente deu causa 
ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. 
↝ Crime culposo: falta de cuidado. Culpa = violação do dever 
do cuidado objetivo 
*Negligência: omissão, falta de cuidado antes do resultado 
(culpa omissiva) 
*Imprudência: constitui uma conduta ativa (ação), acontece ao 
mesmo tempo do resultado 
*Imperícia: falta de aptidão para o exercício de arte ou de 
profissão (falta de conhecimento/ experiência) 
Obs.: Toda vez que o crime admitir a forma culposa se estiver 
previsto em Lei 
*Espécies de CULPA 
1. Consciente: A pessoa pratica uma conduta voluntária que 
levou a um resultado ilícito não querido, mas previsto, 
acreditando que o resultado não ocorreria 
2. Inconsciente: A pessoa pratica a conduta que levou a um 
resultado não previsto, mas o resultado era PREVISÍVEL, que 
poderia ter sido evitado se tivesse sido cuidadoso. 
PRETERDOLOSAS: 
↝ O crime preterdoloso é uma espécie de crime agravado 
pelo resultado, no qual o agente pratica 
uma conduta antecedente dolosa e deste decorre um 
resultado consequente culposo. Há dolo no fato anterior e 
culpa no posterior. 
*Neste caso tem que ser dolo + culpa. Em situações em que 
acontece dolo + dolo seria concurso de crimes. 
COMISSIVA: 
<<<<<<< Norma Penal e do Crime (Parte 1 D. Penal) >>>>>>> 
 
↝ Quando o agente faz alguma coisa que estava proibido. 
requer um atuar positivo da parte do sujeito ativo. São crimes 
praticados mediante uma ação 
OMISSIVA: 
↝ quando deixa de fazer alguma coisa a que estava obrigado. 
- Omissivo próprio: É o crime que se perfaz pela simples 
abstenção do agente, independentemente de um resultado 
posterior, como acontece no crime de omissão de socorro 
-Omissivo impróprio/espúrios: Só algumas pessoas podem 
cometê-los. É aquele em que uma omissão inicial do agente 
dá causa a um resultado posterior, o qual o agente tinha o 
dever jurídico de evitá-lo. É o que acontece quando a mãe 
de uma criança deixa de alimentá-la, provocando a sua morte. 
Art. 13 § 2º CP. Neste caso é crime comissivo por omissão. 
*Grupos desse crime: 
-Os que tem dever legal (delegado) 
-Os que são garantidores (pais) 
-Ingerência (com o seu comportamento você criou um 
resultado). 
• 
↝ Falta percepção da realidade 
↝ Erro pode interferir ou não na responsabilidade 
↝ Espécies: Erro do Tipo; Erro de Proibição 
- ERRO DO TIPO: 
*Essencial: erro que recai sobre um dos elementos do crime 
*Acidental: 
☺ Teoria da Norma Penal e do Crime ☺ 
Assunto P2
▪ CONTINUAÇÃO DE CONDUTAS: 
 COMISSIVAS: 
↝ Também chamadas de condutas de ação, são os crimes 
em que o agente ou o sujeito ativo, aquele que pratica o 
crime, age de forma positiva (por meio de uma ação, e não 
de uma omissão). Ex.: o crime de roubo previsto no art. 157 
do CP. 
 OMISSIVAS: 
↝ Quando o agente deixa de fazer alguma coisa que estava 
obrigado a fazer. 
- Omissivo próprio: É o crime que se perfaz pela simples 
abstenção do agente, independentemente de um resultado 
posterior, como acontece no crime de omissão de socorro. 
- Omissivo impróprio/espúrio: Só algumas pessoas podem 
cometê-los. É aquele em que uma omissão inicial do agente 
dá causa a um resultado posterior, o qual o agente tinha o 
dever jurídico de evita-lo. É o que acontece quando a mãe 
de uma criança deixa de alimentá-la, provocando a sua morte. 
Art. 13, § 2º do CP. Neste caso é crime comissivo por omissão. 
* GRUPOS QUE PODEM SE ENCAIXAR NESSE CRIME: 
↝ Os que tem dever legal (delegados de polícia) 
↝ Os que são garantidores (pais) 
↝ Ingerência (com o seu comportamento você criou um 
resultado). 
 
▪ ERRO EM DIREITO PENAL: 
↝ Falta percepção da realidade 
↝ Erro pode interferir ou não na responsabilidade da conduta 
↝ ESPÉCIES: 
 Erro de tipo: Incide sobre o fato típico. 
Se divide em erro do tipo essencial e erro do tipo acidental 
 
▪ ERRO DO TIPO ESSENCIAL: 
↝ Erro que recai sobre um dos elementos do crime. O art. 
20 do CP dita as consequências deste erro. 
↝ Sempre exclui o dolo punindo na forma culposa 
↝ É aquele que impede o agente de compreender o caráter 
criminoso do fato. Ele se apresenta de duas maneiras: 
a) Invencível, inevitável, desculpável ou escusável: aquele 
que não poderia ser evitado, nem mesmo com emprego 
de uma diligência mediana. Afasta a culpa, isento de pena. 
b) Vencível, evitável, indesculpável ou inescusável: aquele 
que poderia ter sido evitado, se o agente empregasse 
mediana prudência. Ele responde por culpa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Erro determinado por terceiro (art. 20, § 2º DP): 
↝ O indivíduo que foi levado ao erro não responderá pelo 
crime 
↝ O terceiro que determina o erro é o autor mediato do 
crime. Este responderá por dolo (intencional) ou culpa (falta 
de cuidado). 
↝ Ex.: Enfermeira que troca o medicamento propositalmente 
(ou não) e entrega para que o médico aplique no paciente, e 
este vem a morrer. A enfermeira é a autora mediata. 
 
▪ ERRO DO TIPO ACIDENTAL: 
↝ Incide sobre dados irrelevantes da figura típica. Recai sobre 
os dados periféricos do crime (circunstâncias que gravitam ao 
redor da figura típica, podem aumentar ou diminuir a pena) 
↝ Mesmo que a pessoa seja avisada do erro, ela irá corrigi-
lo e continuar a praticar o crime. 
1) Erro sobre a pessoa (art. 20, § 3º CP) 
↝ Quando o indivíduo quer matar uma pessoa, mas erra e 
mata um terceiro 
↝ Ex.: O filho planeja todos os detalhes para matar o pai, ele 
deseja isto. No entanto ele se confunde com a figura do pai e 
acerta em outra pessoa e esta morre. 
*Matar o pai (parricídio) = pena maior 
↝ Consequência desse erro: O autor responde pelo crime 
pretendido e não pelo que ele praticou. Não exclui o dolo. 
2) Erro de execução ou aberratio ictus (art. 73 CP) 
↝ Também chamado de erro na pontaria 
↝ Ex.: O filho deseja matar o pai, no entanto, ao atirar no pai 
ele erra a pontaria e acerta outra pessoa 
↝ Consequência desse erro: O autor responde pelo que ele 
pretendia e não pelo que causou 
3) Erro sobre o objeto: 
↝ Ex.: uma pessoa que queria roubar um anel de bijuteria, no 
entanto ela rouba um anel de ouro 
↝ Há divergências doutrinárias: 
a) O autor responde pelo que efetivamente levou 
(corrente majoritária) 
b) O autor responde pelo que efetivamente queria 
(corrente minoritária) 
4) Erro de resultado diverso do pretendido ou aberratio 
criminis (art. 74 CP) 
↝ O autor provoca lesão em bem jurídico diferente 
↝ O autor age com a intenção de quebrar o carro 
(patrimônio), no entanto, ele atinge uma pessoa com essa 
ação (integridade física) 
↝ Consequência desse erro: responde pelo resultado 
provocado – responde com culpa. 
Obs.: Se ocorre o contrário (intenção de atingir uma pessoa, 
mas atinge o carro), não existe dano na forma culposa, ou 
ELEMENTOS DO CRIME: 
-Tipicidade: conduta, resultado, nexo causal e 
tipicidade 
-Ilicitude: 
-Culpabilidade 
- 
DESCRIMINANTE PUTATIVA: 
- Imaginação/achismo; 
- É a causa que exclui o crime, retirando o caráter ilícito do 
fato típico praticado por alguém; 
Descriminante = sinônimo de causa da exclusão; 
Putativa = provém de parecer, aparenta. É algo imaginário, 
erroneamente suposto. 
 
seja, o autor não responderia sobre o dano do carro, mas sim 
sobre a pessoa a quem ele queria atingir se enquadrando em 
tentativa de lesão corporal. 
5) Erro sobre o nexo causal ou aberratio causae 
↝ Ocorre quando o agente, mediante “um só ato”, provoca 
o resultado visado, porém, com outro nexo. 
↝ Ex.: Guto atingiu Laura com um tiro na intenção de matá-
la (homicídio simples). Supondo que ela já estava morta com 
o tiro que ele deu, a jogou no lago. Ocorre que, a perícia 
constatou que ela morreu afogada e não do tiro (homicídio 
qualificado) 
↝ Consequência: Guto irá responder pelo resultado 
 
▪ RESULTADO: 
↝ Consequência provocada por uma conduta criminosa 
↝ Espécies: 
Resultado naturalista ou material: Alteração física do mundo 
exterior. Ex: cadáver 
-Classificação: 
1. Crimes materiais: só se consumam quando o autoralcança 
o resultado pretendido – conduta que leva a um resultado. Ex.: 
homicídio, furto. 
2. Crimes formais: se consumam ainda que o autor não 
alcance o resultado pretendido. Ex.: extorsão mediante 
sequestro, corrupção passiva. 
3. Crimes de mera conduta: não há resultado a ser alcançado, 
pune-se a prática da “mera conduta ou “mera desobediência”. 
Ex.: exemplo invasão de domicílio. 
Obs.: Nos crimes formais, se o autor alcançar o resultado se 
trata de exaurimento (crime exaurido: aquele que vai além da 
consumação) 
Resultado jurídico ou normativo: Lesão ou perigo de lesão 
direcionado ao bem jurídico. Ex: porte de arma. 
-Classificação: Crimes de dano e crimes de perigo (concreto 
e abstrato) 
*Existe crime sem resultado naturalístico? Sim, tentativa de 
homicídio e crimes formais. 
*Existe crime sem resultado jurídico? Não. Porque todo crime 
deve ter ou dano ou perigo 
 
▪ NEXO DE CAUSALIDADE OU NEXO CAUSAL: 
↝ Busca-se saber se o resultado foi decorrente de uma 
determinada conduta. 
↝ Ex.: três pessoas estavam brincando, duas delas 
esfaquearam a terceira, e uma outra pessoa de fora chegou 
e colocou uma cadeira no meio do que estava acontecendo. 
↝ O nexo causal do homicídio é entre as duas pessoas e o 
terceiro e não com a outra pessoa que deixou a cadeira. 
↝ Art. 13: “o resultado de que depende a existência de um 
crime somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-
se CAUSA toda ação ou omissão sem a qual o resultado não 
teria ocorrido”. 
 Teoria da equivalência dos antecedentes causais ou conditio 
sine qua non. 
*Dentre as possíveis condutas que tenham nexo causal em 
um crime de homicídio realizado por Guto quando atira em 
Laura, temos: 
1Ex: Comprar armas (se não fosse essa conduta, Laura estaria 
viva) 
2Ex: alugar barcos (se não tivesse essa conduta, Laura estaria 
viva) 
3Ex: lanchar (não influencia o resultado) 
4Ex: atirar (causa) 
 
▪ TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA 
↝ A atribuição de uma conduta ou de um resultado 
normativo a quem realizou um comportamento criador de um 
risco juridicamente proibido. 
1. Causalidade objetiva ou conditio sine qua non 
2. Nexo normativo 
- Criação ou incremento do risco proibido 
- Realização do risco (foi ele que realizou o resultado?) 
*Se sim é causa. Ex.: traficante que vendeu a arma para que 
Guto matasse Laura 
*Se ele não realizou o resultado, não é causa 
▪ CONCAUSAS 
↝ ocorrem quando duas situações coexistem para a 
existência de um resultado. Ex.: Uma pessoa está rua e se 
encontra com um assaltante que anuncia o assalto, na tentativa 
de fugir, a pessoa corre em direção a rua, é atropelada e 
morre. (neste caso temos duas causas) 
↝ Espécies: 
 Absolutamente independentes: Não tem relação entre as 
causas 
- Pré-existente: Causa efetiva da morte aconteceu antes. As 
causas não tem relação uma com a outra. Ex..: Pessoa “A” 
querendo matar “B”, coloca veneno na comida dele. “B” é cheio 
de inimigos, incluindo “C”, que atira nele ao encontrá-lo na rua 
(duas causas). Na perícia, identificou-se que a causa efetiva da 
morte de “B”, não foi o tiro, mas sim o veneno. “A” vai 
responder por homicídio consumado e “C” vai responder por 
tentativa. 
- Concomitante: Causas que acontecem no mesmo momento. 
Ex.: “A” e “B” tinham a intenção de matar “C” e assim, deram 
um tiro ao mesmo tempo nele. A causa efetiva da morte foi 
o tiro no coração (dado por A). Sendo assim, “A” responderá 
por homicídio consumado e B por tentativa 
- Superveniente: A causa efetiva da morte aconteceu depois. 
“A” querendo matar “B” envenenou sua comida. Ao sair de 
casa, “B” é atingido por uma barra de ferro de uma construção 
e morre. Constatou-se que a causa efetiva da morte não foi 
o veneno e sim o fato do acidente com a barra de ferro, 
sendo assim, se o ferro caiu sozinho, ninguém responderá, a 
não ser que alguém tenha agido com culpa ou dolo. 
 Relativamente independentes: Relação entre as causas 
- Pré-existente: Ex.: “A” é hemofílico e “B” dá um tiro em “A” 
que morre logo após. Constatou-se que a causa da morte foi 
a hemofilia, visto que o tiro pegou de raspão e não poderia 
ser a efetiva causa, assim, as causas tem relação uma com a 
outra (tiro + hemofilia). “B” responde por homicídio consumado 
pois se concretizou o que ele queria, mesmo que não tenha 
saído da forma que ele planejou. 
- Concomitante: Ex.: Uma pessoa está rua e se encontra com 
um assaltante que anuncia o assalto, na tentativa de fugir, a 
pessoa corre em direção à rua, é atropelada e morre. A causa 
efetiva da morte foi o atropelamento. O assaltante responde 
por homicídio consumado, pois a conduta de apontar a arma 
para a pessoa é a causa. Para que o motorista pudesse ser 
considerado culpado precisaria ver em qual situação ocorreu 
o atropelamento 
- Superveniente: 
*Art. 13. O resultado, de que depende a existência do crime, 
somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se 
causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria 
ocorrido. 
§ 1º. A superveniência de causa relativamente independente 
exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os 
fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
- Ela se divide em: 
Concausas que por si só produzem o resultado: “A” dá um 
tiro em “B” querendo mata-lo. “B” foi socorrido e hospitalizado. 
No entanto, houve um incêndio no hospital e dentre os 
pacientes que morreram, “B” estava incluído. Lembrando que, 
se não fosse o tiro, “B” não estaria no hospital, logo, não 
morreria no incêndio. A causa efetiva da morte foi o incêndio 
↝ O tiro e o incêndio não têm relação, logo, o “incêndio” por 
si só produziu o resultado. Nesse caso, exclui a imputação e o 
autor responderá por tentativa de homicídio. 
Concausas que não por si só produzem o resultado: “A” dá 
um tiro em “B” querendo mata-lo. “B” foi socorrido e 
hospitalizado. No entanto, “B” pegou uma infecção hospitalar e 
morreu. 
↝ O tiro e a infecção têm relação, pois precisaria do 
ferimento para a infecção. Logo, somente o tiro ou somente 
a infecção por si só não produzem o resultado, eles 
precisariam ter relação de alguma coisa. Nesse caso, quem 
atirou responde por homicídio consumado. 
▪ TIPICIDADE 
↝ É a relação de subsunção (enquadramento) entre o fato 
concreto e norma penal. 
Evolução da Tipicidade: 
Tipicidade formal: Mera subsunção do fato ao tipo penal. 
-Direta: ajuste entre o fato e a norma penal sem depender 
de dispositivo complementar. 
-Indireta: há situações em que a subsunção entre o fato e a 
lei penal incriminadora dependerá de uma norma auxiliar. O 
ajuste entre o fato e a norma somente se realiza através da 
conjugação do tipo penal com uma norma de extensão 
Tipicidade material: Tipicidade formal + relevante perigo ou 
dano para o bem jurídico. 
Tipicidade conglobante: Tipicidade formal + tipicidade 
material. Se houver um único ramo que permita a conduta, o 
D. P não pode considerar crime. Precisa ser conglobantemente 
reprovado. O Estado não pode considerar como típica uma 
conduta que é fomentada ou tolerada pelo Estado. Em outras 
palavras, o que é permitido, fomentado ou determinado por 
uma norma não pode estar proibido por outra. 
▪ ILICITUDE (antijurídico) 
↝ Contrariedade da conduta com o ordenamento jurídico 
Ex.: Matar em legítima defesa não é contrário ao 
ordenamento jurídico, pois é permitido. Matar alguém, no 
entanto, é contrário ao ordenamento jurídico pois não é 
permitido. 
▪ EXCLUDENTES DE ILICITUDE 
↝ São Consideradas as causas de justificação e os tipos 
permissivos. 
↝ As quatro excludentes de ilicitude: 
1. Estado de necessidade: 
↝ A depender da situação e da lei aplicável ao caso concreto, 
ele pode ser uma causa de exclusão da ilicitude ou uma causa 
de exclusão da culpabilidade 
*TEORIA DIFERENCIADORA (defendido pelo CP militar): 
↝ Quando ocorrer o Estado e Necessidade Justificante: Bem 
ou interesse sacrificado tem que ser menor do que o 
poupado. Exclui-se a ilicitude 
↝ Quandoocorrer o Estado de Necessidade Exculpante: Bem 
ou interesse sacrificado tem que ser igual ou maior que o bem 
poupado. Exclui-se a culpabilidade. 
*TEORIA UNITÁRIA (defendido pelo CP): 
↝ Excludente de ilicitude: Quando o bem sacrificado for 
menor ou igual ao bem poupado. 
↝ Não exclui a ilicitude: Quando o bem sacrificado for maior 
que o bem poupado. 
Ex.: O marido para salvar a esposa, dirige veículo, mesmo sem 
habilitação, para levá-la ao hospital. 
Ex.: Ao visitar a fazenda de um amigo, um boi ataca a pessoa 
e como ela estava armada, atira e mata no boi. (animal) 
Ex.: No incêndio da boate Kiss, imagina-se que para salvar sua 
vida, um indivíduo empurra a outra que cai e morre. (homem) 
“Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem 
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou 
por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito 
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era 
razoável exigir-se.”. 
*O perigo precisa ser REAL, EFETIVO e não IMAGINÁRIO 
 
*Perigo = Estado de Necessidade. 
*Agressão = Legítima Defesa 
 
 
 
- REQUISITOS OBJETIVOS: 
*Perigo atual = É o momento presente 
*Perigo Iminente = Está prestes a acontecer. Trata-se de uma 
situação presente, sendo assim não se pode fazer o uso da 
exclusão o agente quando estiver sob ameaça mantida como 
incerta 
*Se a pessoa causar perigo culposamente? 
1 Uma corrente entende que está amparado pelo Estado de 
Necessidade. 
2 E outra entende que não pois agiu voluntariamente. 
3 Direito próprio ou de terceiro 
4 Único meio 
5 Ilegibilidade de conduta 
- REQUISITOS SUBJETIVOS: 
*O agente TEM que ter consciência que age em Estado de 
Necessidade. 
Ex.: a mulher quer abortar, procura um médico e ele sem 
fazer nenhum exame antes, autoriza o aborto (ilegal). No 
entanto, o médico não sabia que a gravidez era de risco, e só 
durante o processo ele constatou que REALMENTE teria que 
fazer o aborto. Ocorre que ele responderá pelo crime de 
aborto, embora ele tenha constado o risco (o que permitiria o 
aborto), sua primeira ação (de aceitar o aborto) era ilegal. 
2. Legítima defesa: 
Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando 
moderadamente dos meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
- Elementos Objetivos = constam na lei: Agressão, perigo atual 
ou iminente a direito seu ou de outrem 
- Elementos Subjetivos = O agente, ao ter determinada 
conduta, tem que prever que agiu de tal modo para se 
defender ou defender a outrem. Defende o bem de uma 
agressão → vem do homem, é um ataque, uma ação, 
consciente e voluntária 
*Agressão ≠ Provocação: 
A. Estado de necessidade: ação humana; animal ou natural 
B. Legítima defesa: somente o homem 
Obs.: Exceto quando o animal é utilizado para agredir alguém 
através da incitação do homem 
- Acerca do inimputável: ausência de racionalidade – animal- 
estado de necessidade 
- É possível legítima defesa diante de uma omissão, onde esta 
se configura como agressão? Ex.: carcereiro que não libera o 
detento = agressão ao direito de liberdade 
*A omissão da conduta poderá ser o meio da defesa, pelo 
omitente, de agressão injusta a direito seu ou de outrem. 
*Em regra, a agressão é praticada por meio de uma ação, 
mas nada impede sua veiculação por omissão, quando esta se 
apresenta idônea a causar danos e o omitente tinha, no caso 
concreto, o dever jurídico de agir 
 Qualquer bem jurídico: vida, liberdade, honra, patrimônio, 
integridade física 
 Fidelidade conjugal: passado! 
 Aborto: x agride y para impedir 
 Meios necessários: proporcionalidade 
Moderadamente 
Agressão 
Perigo atual ou iminente 
Direito pessoal ou de outrem 
- REQUISITO SUBJETIVO: 
*Conhecimento da situação 
*Excesso 
3. Exercício regular de um direito: 
↝ Trata-se de um fato típico que tem sua ilicitude afastada 
pelo ordenamento jurídico. Em outras palavras, a conduta é 
tipificada como crime, mas, por opção legislativa, passa a ser 
considerada como um direito de agir, diante de uma permissão 
do ordenamento jurídico. Ex.: uso de cerca elétrica; luta de 
boxe 
↝ Não possui amparação legal 
4. Estrito cumprimento de dever legal: 
↝ É uma causa excludente de ilicitude que ocorre em casos 
de funcionários públicos (ou agentes particulares que exercem 
funções públicas), os quais em determinadas situações são 
obrigados a violar bem jurídico de indivíduos pelo 
estabelecimento de um dever legal 
↝ Não possui amparação legal 
▪ CULPABILIDADE 
↝ Pressuposto de aplicação de pena 
↝ Elementos da CULPABILIDADE: Imputabilidade; potencial 
consciência da ilicitude; exigibilidade de conduta adversa 
▪ EXCLUDENTE DE CULPABILIDADE 
1. Inimputabilidade: Não compreende a ilicitude de sua 
conduta  falta sanidade ou maturidade 
- Doentes mentais (art. 26, CP) 
- Embriaguez (art. 28, § 1º e 2º) = se não for inteiramente 
incapaz a pessoa é semi-imputável 
- Drogas = mesmo raciocínio da embriaguez. (art. 45 da Lei 
11.343/06) 
- Menoridade 
2. Erro de proibição: Neste erro, a pessoa sabe exatamente 
o que faz, ela não confunde a realidade. Ocorre quando o 
agente não compreende um fato como ilícito ou o enxerga 
como permitido. 
- Este erro é a ausência da potencial consciência da ilicitude. 
- Pode ser evitável (diminui a pena) e inevitável (exclui a 
culpabilidade) 
- Ex.: pai que bate no filho mesmo sabendo que é crime ferir 
alguém, porém ele enxerga aquilo como permitido 
3. Inexigibilidade de conduta diversa: Baseada na não 
censurabilidade de uma conduta, quando não se pode 
exigir do agente, em determinadas circunstâncias e com 
base nos padrões sociais vigentes, diferente ação ou 
omissão. 
- HIPÓTESES: 
(a) estado de necessidade exculpante; 
(b) coação moral irresistível; 
(c) obediência hierárquica.  se a ordem não for 
manifestamente ilegal 
 
▪ CONCURSO DE PESSOAS 
↝ Quando duas ou mais pessoas se reúnem para praticar um 
crime 
- Crime Monosubjetivo: Aquele que pode ser cometido por 
uma ou mais pessoas. 
- Crime Plurisubjetivos: Necessariamente devem ser 
cometidos por mais de uma pessoa. Ex.: Associação criminosa 
– “Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o 
fim específico de cometer crimes:” 
▪ TEORIA SOBRE O CONCURSO DE PESSOAS 
- Teoria Monista: Se todos concorrerem para o crime, todos 
respondem pelo mesmo crime 
“Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime 
incide nas penas a este cominadas, na medida de sua 
culpabilidade” 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena 
pode ser diminuída de um sexto a um terço. 
*Esta teoria foi adotada pelo código como regra 
EXCEÇÃO: 
- Teoria Pluralista: quando houver mais de um agente, 
praticando uma conduta diversa dos demais, ainda que 
obtendo apenas um resultado, cada qual responderá por um 
delito. 
▪ CAMINHO DO CRIME/ ITER CRIMINIS 
↝ O Iter Criminis pode ser considerado o caminho pelo qual 
o crime precisa percorrer até ser consumado. É o termo 
utilizado pela definir todas as etapas pela qual o crime passa 
até ocorrer, no Direito Penal. É o roteiro seguido pelo 
criminoso. O Iter Criminis divide-se duas fases: uma interna e 
outra externa. 
 
- Cogitação: é o momento de ideação do delito, ou seja, 
quando o agente tem a ideia de praticar o crime 
- Preparação: aqui o agente sai do mundo das ideias e passa 
a se organizar para o crime. Ex.: comprar uma faca para um 
assassinato 
- Execução: Aqui o agente não está mais cogitando e tampouco 
se preparando, mas agindo. A partir do início dos atos de 
execução, as condutas do agente passam a ser passíveis de 
punição 
- Consumação: Quando o autor alcançar o objetivo final do 
crime. 
Exaurimento (crime exaurido ou crime esgotado): Quando 
o crime já foi consumado e o autor vai além da consumação. 
Após a consumação subsistem outros efeitos lesivos. Ex.: 
extorsão mediante sequestro. Quando a vitima é sequestrada 
o crime já está consumado,e quando o autor recebe o 
pagamento, ele está indo além, ou seja, praticando o 
exaurimento. 
*Influi na dosimeria da pena. 
*OBS.: Exaurimento não é fase do crime. O iter criminis se 
encerra com a consumação. 
▪ CRIME CONSUMADO: 
↝ Quando o agente produziu resultado exatamente como 
está descrito na norma penal ou incriminadora. 
▪ TENTATIVA: 
↝Art. 14, II - tentado, quando, iniciada a execução, não se 
consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
- Iniciada a execução, o crime não se consuma por 
circunstâncias alheias à vontade do agente 
Punição: Se dá baseado na pena do crime consumado 
diminuída de 1 a 2/3 (um a dois terços) 
▪ ESPÉCIES DE TENTATIVAS: 
- Tentativa Branca (ou incruenta): O objeto material não é 
atingido. Não possui sangue. Ex.: Atira em alguém, mas o autor 
é ruim de pontaria e assim não atingiu o alvo 
- Tentativa vermelha (ou cruenta): Possui sangue. O objeto 
material é atingido, mas não morre 
- Tentativa perfeita (acabada ou crime falho): O agente esgota 
todos os meios que tinha a seu dispor para cometer o crime. 
Pode ser cruenta ou incruenta 
-Tentativa imperfeita (inacabada ou tentativa propriamente 
dita): Inicia execução, mas não se esgota todos os meios. Pode 
ser cruenta ou incruenta 
▪ CRIMES QUE NÃO ADMITEM TENTATIVA: 
↝ Tem a ver com o caráter plurissubsistente ou 
unissubsistente do delito. 
*Plurissubsistente: Crime que tem várias etapas. 
- Crimes culposos: como o resultado não é desejado seria 
contraditório admitir-se tentativa 
- Crimes preterdoloso: mesmos argumentos 
- Crime unissubsistente: conduta realizada em um único ato. 
Ex.: crimes orais 
- Crimes omissivos: quando o agente deixa de fazer 
▪ DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO 
EFICAZ 
↝ Art. 15 – o agente que, voluntariamente, desiste de 
prosseguir na execução ou impede que o resultado se 
produza, só responde pelos atos já praticados. 
*Atos já praticados: Se for crime. 
- Desistência voluntária: você tem meios para prosseguir e 
desiste. E em razão dessa desistência o resultado não foi 
alcançado 
- Arrependimento eficaz: o autor esgota todos os meios para 
prosseguir. Ex.: socorrer a vítima 
 
*ARREPENDIMENTO ≠ TENTATIVA: 
- Na tentativa, circunstâncias alheias o impedem. No 
arrependimento ele não quer mais. 
▪ ARREPENDIMENTO POSTERIOR: 
↝ Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave 
ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até 
o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário 
do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
↝ Ex.: Alguém furta um celular (crime consumado). No 
entanto, depois, ele se arrepende e devolve o celular para o 
dono (arrependimento posterior). 
- REQUISITOS: 
1. Reparação integral do dano ou restituição 
2. Antes da denúncia ou queixa 
▪ CRIME IMPOSSÍVEL: 
↝ Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia 
absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é 
impossível consumar-se o crime. 
- Tentativa inidônea ou quase crime 
- A idoneidade do meio deve ser analisada no caso concreto: 
Ex.: açúcar para quem é diabético 
- Impropriedade do objeto material: 
Ex.: matar o morto. 
Ex.: Colocar a mão no bolso de alguém para furtar e não ter 
nada nele. 
- O agente não atinge seu objetivo por absoluta ineficácia do 
meio (de execução): 
Ex.: Matar com revolver de brinquedo. Tomar chá de raízes 
para aborto.

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