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A aplicação da Cadeia De Custódia no sistema processual penal brasileiro

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UNIVERSIDADE VILA VELHA-UVV/ES 
CURSO DE DIREITO – D10NA 
MONOGRAFIA II 
 
 
 
THIAGO FERREIRA DE MEDEIROS 
 
 
 
A APLICAÇÃO DA CADEIA DE CUSTÓDIA NO SISTEMA 
PROCESSUAL PENAL BRASILEIRO 
 
 
 
 
 
 
VILA VELHA-ES 
2022 
 
 
 
 
THIAGO FERREIRA DE MEDEIROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A APLICAÇÃO DA CADEIA DE CUSTÓDIA NO SISTEMA 
PROCESSUAL PENAL BRASILEIRO 
 
Artigo científico apresentado ao Curso de Direito da 
Universidade Vila Velha-UVV/ES, como requisito 
parcial para a obtenção do título de Bacharel em 
Direito. 
Orientador: Prof. Me. Carlos Magno Moulin Lima 
 
 
 
 
VILA VELHA-ES 
2022 
 
 
 
 
THIAGO FERREIRA DE MEDEIROS 
 
 
A APLICAÇÃO DA CADEIA DE CUSTÓDIA NO SISTEMA 
PROCESSUAL PENAL BRASILEIRO 
 
Artigo científico apresentado ao Curso de Direito da Universidade Vila Velha-UVV/ES, como requisito 
parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito. 
 
Aprovada em: Vila Velha-ES, . 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
_____________________________________ 
Prof. Me. Carlos Magno Moulin Lima 
Orientador 
 
_____________________________________ 
Prof. Me. Fernando da Fonseca Resende 
Ribeiro 
Examinador 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Aos meus pais, familiares e amigos, por todo apoio e companhia durante todo o curso, ainda 
mais na final da conclusão do curso de Direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Você é o arquiteto de sua carreira” 
– Frank Channing Haddock 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 
Art.- Artigo 
CF- Constituição Federal 
CP- Código Penal 
CPP- Código de Processo Penal 
HC- Habeas Corpus 
STF- Supremo Tribunal Federal 
STJ- Superior Tribunal de Justiça 
(De acordo com as siglas apresentadas no seu texto) 
8 
 
 
 
A APLICAÇÃO DA CADEIA DE CUSTÓDIA NO SISTEMA 
PROCESSUAL PENAL BRASILEIRO 
 
Thiago Ferreira de Medeiros1 
Prof. Me. Carlos Magno Moulin Lima2 
 
RESUMO 
O trabalho trata-se de um estudo da matéria incluída recentemente no Código de Processo 
Penal, nominada como cadeia de custódia. A metodologia da pesquisa usada é a modalidade 
dedutiva, pois se trata de uma pesquisa sobre os efeitos e a aplicabilidade da cadeia de custódia 
no processo penal, estudando as doutrinas que abordam o tema processual penal, analisando 
ainda, jurisprudências recentes que têm como assunto decisões que tratam da quebra da cadeia 
de Custódia. Escrita no Código de Processo Penal desde o art.158-A ao art.158-F, o legislador 
de forma didática estipulou o conceito e os procedimentos da cadeia de custódia. Recebida 
como novidade no sistema processual penal, a doutrina percebeu dúvidas quanto a 
implementação da nova lei, tanto na prática do exercício dos procedimentos estipulados pela 
lei, quanto nos efeitos jurídicos, restando dúvida sobre a real eficácia da lei. Os doutrinadores 
citados sustentam as lacunas que a cadeia de custódia apresenta, a dificuldade da 
implementação da cadeia de custódia no Brasil, observando as dificuldades práticas ante a 
ausência de recursos muita das vezes, como entende Paulo Rangel, um sistema longe da 
realidade brasileira. Bem como a controvérsia do entendimento jurisprudencial quando se trata 
de quebra da cadeia de custódia, se há ou não nulidade processual, assunto que os doutrinadores 
preservam o entendimento dos princípios da prova. O objetivo da pesquisa é apontar as lacunas 
que restaram no sistema da cadeia de custódia quando se trata da sua aplicação no sistema 
processual penal sob a ótica dos doutrinadores apresentados, de forma que seja dada a devida 
atenção para a resolução. 
 
 
Palavras-chave: Cadeia de custódia; Quebra da cadeia de custódia; Implementação da cadeia 
de custódia no processo penal brasileiro; Obstáculos da aplicação da cadeia de custódia. 
 
 
1 Acadêmico(a) de Direito da Universidade Vila Velha-UVV/ES. 
2 Prof. Me. Carlos Magno Moulin Lima. 
9 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The work is a study of the matter recently included in the Code of Criminal Procedure, known 
as chain of custody. The research methodology used is the deductive modality, as it is a research 
on the effects and applicability of the chain of custody in criminal proceedings, studying the 
doctrines that address the criminal procedural issue, also analyzing recent jurisprudence that 
have as their subject decisions dealing with breaking the chain of custody. Written in the Code 
of Criminal Procedure from art.158-A to art.158-F, the legislator didactically stipulated the 
concept and procedures of the chain of custody. Received as a novelty in the criminal procedural 
system, the doctrine heard doubts about the implementation of the new law, both in the practice 
of exercising the procedures stipulated by the law, and in the legal effects, leaving doubts about 
the real effectiveness of the law. The cited doctrinaires support the gaps that the chain of custody 
presents, the difficulty of implementing the chain of custody in Brazil, noting the practical 
difficulties in the face of the lack of resources many times, as Paulo Rangel understands, a 
system far from the Brazilian reality. As well as the controversy of jurisprudential 
understanding when it comes to breaking the chain of custody, whether or not there is 
procedural nullity, a subject that scholars preserve the understanding of the principles of proof. 
The objective of the research is to identify the gaps that remain in the chain of custody system 
when it comes to its application in the criminal procedural system from the perspective of the 
doctrinaires presented, so that due attention is given to the resolution. 
 
Keywords: Chain of custody; Breaking the chain of custody; Implementation of the chain of 
custody in the Brazilian criminal procedure; Obstacles to the application of the chain of custody. 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO; 2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA; 3 ASPECTOS PROCESSUAIS DA 
CADEIA DE CUSTÓDIA; 4 OS OBSTÁCULOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA CADEIA 
DE CUSTÓDIA; 5 AS CONSEQUENCIAS DA QUEBRA DA CADEIA DE CUSTÓDIA 
NO PROCESSO CRIMINAL; 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS; 7 REFERÊNCIAS. 
 
1 INTRODUÇÃO 
Em 2019 entrou em vigência a lei nº13.964, sendo denominada como lei “pacote anticrime”, 
trazendo a reforma das leis no âmbito penal, processual penal e na execução penal. Dentre as 
10 
 
 
 
alterações nas leis, foi implementada ao Código de Processo Penal a cadeia de custódia. Matéria 
que visa a atenção para as provas no processo penal. 
Descrita desde o art.158-A ao 158-F, que de início conceitua o sistema da cadeia de custódia e 
passa a determinar os procedimentos para sua realização, de forma que o legislador buscou 
pontuar esses procedimentos de forma objetiva e didática. 
No entanto, ainda que o legislador tenha pensado em todo o roteiro para a realização da cadeia 
de custódia, restaram lacunas para aplicação prática, gerando dúvidas nas decisões posteriores 
diante os seus efeitos quando não observados as formalidades da cadeia de custódia, de forma 
que ainda não há uma concordância entre a doutrina e a jurisprudência quanto a aplicação do 
sistema. Portanto, a doutrina apontou lacunas quanto a implementação da cadeia de custódia no 
sistema processual penal, observando a falta de recursos e de instrução para que os 
procedimentos da cadeia de custódia fossem realizados conforme estipulou o legislador. 
Já em fase processual, a doutrina visa o vicio processual quando não são observados os 
procedimentos da lei, causando então a quebra da cadeia de custódia, ferindo então todo o 
roteiro que o legislador determinou para o acondicionamento do conteúdo probatório. Dessa 
forma, a jurisprudência possui controvérsia nas decisões diante os casos de quebra da cadeia de 
custódia, é analisado no trabalho jurisprudência que reconhece a quebra da cadeia de custódia 
como uma nulidade processual, bem como jurisprudência que reconhece a quebra da cadeiade 
custódia mas entende que a mera inobservância do sistema da cadeia de custódia não é motivo 
de nulidade. Entretanto, os doutrinadores apresentados sustentam a corrente doutrinária que 
protege os princípios da prova, de forma que deve ser protegida e não ser levada a juízo de 
valor, e em caso de violação dos institutos que asseguram a idoneidade da prova, esta deverá 
ser considerada ilícita, prevalecendo o princípio do devido processo legal. 
Para a pesquisa, foi estudado doutrinas sobre direito processual penal, onde os autores que 
aprofundam mais o tema do artigo são os ilustres doutrinadores: Geraldo Prado, Guilherme de 
Souza Nucci, Paulo Rangel e Aury Lopes Jr. Sendo apresentado ainda decisões do STJ que 
abordam a problemática dos efeitos da quebra da cadeia de custódia. 
Os doutrinadores apresentados na pesquisa apontam os questionamentos que a nova legislação 
trouxe ao âmbito penal, ressaltando que, enquanto a legislação da cadeia de custódia não é 
observada com cautela, seja pelos agentes que realizam os procedimentos, quanto pelos 
11 
 
 
 
julgadores que demonstram sua convicção na decisão, o que está em pauta é a defesa do réu. 
Pois a cadeia de custódia foi introduzida no código de processo penal como um instrumento de 
preservação da idoneidade do conteúdo probatório 
O artigo apresentado disserta inicialmente a respeito da introdução do sistema probatório no 
âmbito penal, abordando como a legislação e a doutrina brasileira foi dando cada vez mais 
importância para o elemento da prova no processo criminal, cuidando do valor que a prova tem 
para seus efeitos. Ante a essa evolução histórica, vem a apresentação da nova legislação que 
cuida da cadeia de custódia, matéria que trata da preservação do conteúdo probatório. 
Em sequência, os aspectos processuais da cadeia de custódia, onde é observado os princípios 
constitucionais inerentes ao réu no processo penal. Princípios estes que visam as condições do 
devido processo legal, resguardando ao acusado o direito da ampla defesa e do contraditório, 
ainda, o princípio que cuida da fundamentação do juiz perante a dúvida de seu convencimento, 
o princípio in dubio pro reo. 
Como dito anteriormente, a matéria da cadeia de custódia trata-se de tema recente e com lacunas 
na doutrina e na jurisprudência. São essas lacunas tanto na implementação dos procedimentos 
estipulados para a prática da cadeia de custódia, quanto para os seus efeitos quando não 
observados as formalidades estipuladas pelo legislador, que são causa para a o efeito da 
inobservância do sistema de custódia probatória, a denominada quebra da cadeia de custódia. 
O método de pesquisa utilizado é o método dedutivo, sendo estudado a ótica da doutrina quanto 
a implementação e eficácia da cadeia de custódia no processo penal, analisando os princípios 
que regem a prova, matéria principal do sistema da cadeia de custódia. Bem como o 
entendimento jurisprudencial quanto aos efeitos jurídicos quando a cadeia de custódia não é 
observada. 
O objetivo deste trabalho é apresentar o sistema da cadeia de custódia e sua aplicação no 
processo criminal, bem como os questionamentos que são feitos pela doutrina quanto a sua 
implementação e realização, tendo em vista que a realidade do Brasil muitas das vezes é distante 
da imaginada pelo legislador. E as decisões da jurisprudência a respeito do tema, que se 
mostram em correntes diversas, apresentando entendimentos diferentes. 
 
12 
 
 
 
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
O processo penal trata o objeto da prova como matéria cronológica, de forma que seja observada 
como objeto que conta uma história desde o conhecimento de sua existência legitima até o ato 
que é apreciado pelo julgador, para julgue a matéria conforme seu convencimento formado. 
A integridade e legitimidade do objeto que forma o conteúdo probatório são as qualidades que 
devem ser atribuídas a prova para que o processo penal seja apreciado com justiça, sendo assim, 
é de suma importância o momento em que a prova é conhecida e colhida sendo levado a juízo. 
No entendimento do conjunto de fatores que formam a história da prova, Aury Lopes Jr. (2022) 
caracteriza o processo penal como um mecanismo de recriar os fatos, a fim de levar a história 
do crime ao juiz, para que firme sua convicção. 
No sistema jurídico é acolhido o princípio da imparcialidade do juiz, logo, quando o juiz toma 
conhecimento do processo não há como o julgador criar sua convicção diante apenas da síntese 
processual que lhe é apresentado, é indispensável que tome conhecimento das matérias que 
comprovem o caso concreto da lide a qual foi levada a juízo. Entretanto, Guilherme de Souza 
Nucci afirma sobre o convencimento do juiz: “Não significa, por óbvio, que a convicção judicial 
é o espelho da realidade; muito pelo contrário, pode ser uma conclusão totalmente dissociada 
do acontecimento real.” (NUCCI, 2022, p.441). 
Segundo Paulo Rangel (2002), sobre a teoria geral da prova, o juiz pode aplicar três 
modalidades de sistemas para avaliação da prova. O sistema da íntima convicção ou da certeza 
moral do juiz, nesta modalidade de avaliação probatória a motivação do convencimento do 
julgador se dá pela sua experiência moral. O autor ainda leciona sobre esse sistema: 
O legislador impõe ao magistrado toda a responsabilidade pela avaliação das provas, 
dando a ele liberdade para decidir pela avaliação das provas, dando a ele liberdade 
para decidir de acordo, única e exclusivamente, com a sua consciência. O magistrado 
não está obrigado a fundamentar sua decisão, pois pode valer-se da experiência 
pessoal que tem, bem como das provas que estão ou não nos autos do processo. 
(RANGEL,2002, p.413) 
Ocorre que tal sistema pode ser contrário aos preceitos fundamentais do julgador imparcial, 
ainda, fere o próprio Código de Processo Penal pátrio, que dispõe ao art. 381 o requisito que a 
sentença condenatória deve conter os motivos para sua fundamentação (BRASIL, acesso em 01 
dez. 2022). Nesse diapasão, a intima convicção do juiz corre o risco de ser mais valorizada que 
uma prova levada aos autos, deixando de dar o devido valor as provas concretas. 
13 
 
 
 
Rangel (2002) traz a doutrina outro sistema de avaliação de prova, de forma que sanaria o 
problema que havia no sistema anterior diante dos valores das provas a serem fundamentados 
na decisão do juiz. O autor intitula essa modalidade em sistema das regais legais ou da prova 
tarifada. Em tal sistema, o valor das provas já preestabelecido pela lei tem maior relevância que 
o livre convencimento do juiz. O autor ainda afirma: 
[...] o sistema das regras legais é a desconfiança que o legislador tem do juiz. 
Estabelece, assim, a certeza moral do legislador. Em termos de provas, não vale mais 
que o juiz diz, mas, sim, o que o legislador estabelece como meio de prova prioritário. 
(RANGEL, 2002, p.413) 
Entretanto, tal sistema tira a liberdade do juiz de decidir a respeito das provas, atribui ao juiz 
como um agente que utiliza apenas da legislação como ferramenta para concluir com a decisão. 
Dessa forma, o ilustre Paulo Rangel (2002) traz enfim a modalidade de avaliação probatória 
que é de maneira essencial aplicada ao Código de Processo Penal, precisamente ao art.157, o 
sistema da livre convicção ou da persuasão racional. Sanando os possíveis problemas que havia 
nos sistemas anteriores, neste as provas não possuem hierarquia, são todas relativas, entretanto, 
o juiz deve fundamentar sua decisão ante a análise das provas acostadas aos autos do processo. 
Conforme firma o autor: “A apreciação é da prova. Portanto, deve haver prova nos autos, seja 
para condenas, seja para absolver.” (RANGEL,2002, p.415- 418). 
Mougenot (2019) ainda defende o sistema da persuasão racional como uma mobilidade de 
análise probatória que promove maleabilidade do sistema acusatória, de forma que evite da 
abordagem do sistema que aplica apenas a legislação,tampouco do demasiado convencimento 
íntimo e absoluto do juiz, mas sim, um sistema flexível e objetivo para as decisões no âmbito 
do processo penal. 
É necessário ressaltar que o magistrado que faz a avaliação probatória, para fundamentar sua 
decisão, não conhece a ordem cronológica dos fatos em questão, logo, é crucial o nexo entre a 
interpretação das provas apresentadas e a convicção que dará fundamento a decisão penal. 
Como leciona Nereu José (2016), uma funcionalidade essencial da prova é trabalhar no 
convencimento do julgador no que tange ao objetivo da defesa ou da acusação, de forma que 
contribua na elaboração da decisão. 
Nessa linha de raciocínio, Guilherme de Souza Nucci leciona a respeito das provas levadas a 
juízo: “A meta da parte, no processo, portanto, é convencer o magistrado, por meio do 
raciocínio, de que a sua noção da realidade é a correta [...]”. (NUCCI, 2022, p.441) 
14 
 
 
 
Ao mesmo tempo que se vale da interpretação do juiz diante uma prova para que firme seu 
entendimento, é fundamental que as provas levadas a juízo possuam qualidade e credibilidade, 
de forme que possa apresentar uma ordem cronológica eficaz para o entendimento do caso em 
que fora abordado. 
Diante disso, o legislador criou métodos que fossem suficientes para a preservação e 
confiabilidade da prova, desde a coleta ao transcorrer do processo até o findar. Incluindo a 
participação do perito no processo penal. 
A atuação do perito no meio judiciário é primordial para a demonstração de um exame pericial 
que trará ao processo mais legitimidade para as provas acostadas. Entretanto, a atuação do perito 
no processo penal não lhe é conferido o poder de julgar. Como defende Aury Lopes Junior: “O 
perito, por elementar, não é meio de prova ou sujeito de prova, sendo estéril (senão descabida) 
tal discussão. É ele um “auxiliar da Justiça”, na definição do Título VIII do CPP, mas cuja 
produção (laudo) é sim um meio de prova.” (LOPES, 2012, p.612). 
Diante a atuação do perito no processo penal Eliomar da Silva Pereira (2022), apresenta o 
“conceito de John Dewey”, que segundo o autor, é utilizado como padrão geral de investigação. 
Em sua tese, Dewey apresenta as situações elementares de uma investigação, resumindo em: 
Situação indeterminada, determinação do problema, determinação da solução do problema e o 
raciocínio. (PEREIRA, 2022). 
Nota-se que diante a atuação da pericial criminal há uma ordem cronológica para que seja 
instaurado a conclusão da perícia. Em entendimento paralelo, o legislador trouxe ao código de 
processo penal a cadeia de custódia, de forma que a coleta das provas fosse padronizada a fim 
de manter a idoneidade do conteúdo probatório. O conceito da cadeia de custódia foi disposto 
no art.158-A do Código de Processo Penal nos seguintes termos: 
Art. 158-A: Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos 
utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em 
locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu 
reconhecimento até o descarte. (BRASIL, acesso em 01 dez. 2022). 
 
Diante a implementação da cadeia de custódia no processo penal, o legislador destacou os 
requisitos e formalidades para que seja praticado o ato a fim de alcançar o objetivo principal da 
cadeia de custódia, preservar o conteúdo probatório sob a destinação de ter uma prova idônea 
15 
 
 
 
e legitima, preservando os preceitos constitucionais diante a aplicação do procedimento em 
sede processual. 
 
3 ASPECTOS PROCESSUAIS DA CADEIA DE CUSTÓDIA 
Diante a própria Constituição Federal já foram instituídos princípios constitucionais que 
asseguram o direito de defesa no processo penal apontado ao art.5º, LV, CF de 1988 (BRASIL, 
acesso em 01 dez. 2022): “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados 
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes”. Nesse entendimento, a lei já resguarda que para haver um processo deve prevalecer 
os princípios constitucionais da ampla defesa, do contraditório e do devido processo legal. 
Dentre tais preceitos constitucionais, o princípio do contraditório, de forma que quando a for 
prova levada ao processo tenha a possibilidade de ser confrontada. Nessa mesma linha de 
raciocino, Paulo Rangel salienta: 
A instrução contraditória é inerente ao próprio direito de defesa, pois não se concebe 
um processo legal, buscando a verdade dos fatos, sem que se dê ao acusado a 
oportunidade de desdizer as afirmações feitas pelo Ministério Público (ou seu 
substituto processual) em sua peça exordial. (RANGEL, 2002, p.15) 
No mesmo entendimento, Lopes (2012) conceitua a fase do contraditório como a conduta de 
contradizer a alegação apresentada, coligando ainda ao princípio audiatur et altera pars 
(traduzido do latim: ouçamos também a outra parte), no sentido que a alegação contraditória 
traz uma versão da história sobre a ótica do interrogado. 
Na Visão de Guilherme de Souza Nucci, o contraditório seria uma das etapas mais importantes 
diante do devido processo legal, associando à ampla defesa. Nesse sentido, o doutrinador define 
o contraditório: “O contraditório significa a oportunidade concedida a uma das partes para 
contestar, impugnar, contrariar ou fornecer uma versão própria acerca de alguma alegação ou 
atividade contrária ao seu interesse.” (NUCCI, 2015, p. 398). 
Ainda a respeito dos princípios constitucionais, o sentido da ampla defesa seria a garantia de 
ferramentas que o acusado teria a sua disposição para arguir sua defesa, que em faz coligação 
com o instrumento do contraditório. Ademais, o direito de defesa é um direito inerente a pessoa 
16 
 
 
 
humana. Para Carvalho (2014), o contraditório e a ampla defesa constituem no mesmo princípio 
constitucional, pois um não pode existir sem o outro. 
No entendimento de Geraldo Prado (2021), a defesa tem o direito de conhecer todos os 
elementos que constituem o acervo probatório, tomando conhecimento da legalidade que o 
processo corre, pois essa é a única maneira de a defesa perceber alguma ilicitude que consta no 
processo. 
Nesse diapasão, fica atribuído ao princípio do contraditório o sistema que abrange as 
informações e provas devidas que devem ser levadas ao conhecimento do juiz, ampliando a 
compreensão dos fatos do processo penal, de forma que o convencimento ante as alegações da 
acusação e da defesa sejam suficientes para proferir uma sentença que seja fundamentada diante 
tais alegações. Como leciona Ricardo Gloeckner: “o princípio do contraditório constitui uma 
característica do sistema acusatório, responsável pelo equilíbrio das chances processuais.” 
(GLOECKNER, 2017, p.74). 
Tais princípios do contraditório e a ampla defesa firmam o princípio que rege o conceito teórico 
da cadeia de custódia, que é o princípio do devido processo legal, de forma que a aplicação do 
princípio do contraditório e ampla defesa desenvolve o princípio do processo legal. Instituído 
com o conceito de que não será tirada da pessoa, sua liberdade ou seus bens, sem que haja o 
devido processo legal. Princípio que a Constituição Federal de 1988 dispõe ao art. 5º, LIV. 
Portanto, o doutrinador Geraldo Prado (2021) define o método da cadeia de custódia como uma 
combinação da garantia da possibilidade do corpo de delito com os preceitos fundamentais do 
princípio do devido processo legal. 
A respeito do princípio do devido processo legal, a doutrina aponta dois aspectos importantes 
que formam tal princípio, sendo o lado material e o lado processual. Quanto ao lado material 
ou substancial, MOUGENOT (2019) identifica como a parte das garantias fundamentais da 
pessoa, ressaltando ainda que o Estado não pode julgar de forma abusiva, devendo ainda 
respeitar o princípio da razoabilidade. Na mesma linha de pensamento, Mougenot (2019), 
define o lado processual comoo aspecto que garante o trâmite legal do processo relacionado ao 
Poder Judiciário. Em entendimento similar, NUCCI leciona a respeito do aspecto processual: 
“[...] cria-se um espectro de garantias fundamentais para que o Estado apure e constate a culpa 
17 
 
 
 
de alguém, em relação à prática de crime, passível de aplicação de sanção!” (NUCCI, 2022, 
p.59). 
O devido processo legal, então, seria a harmonia das garantias inerentes a pessoa humana, bem 
como a congruência dos princípios doutrinários do Direito Penal e do Direito Processual penal. 
Nucci aponta com excelência os princípios compreendidos na esfera penal e processual penal: 
A ação e o processo penal somente respeitam o devido processo legal, caso todos os 
princípios norteadores do Direito Penal e do Processo Penal sejam, fielmente, 
respeitados durante a persecução penal, garantidos e afirmados os direitos do acusado 
para produzir sua defesa, bem como fazendo atuar um Judiciário imparcial e 
independente. A comunhão entre os princípios penais (legalidade, anterioridade, 
retroatividade benéfica, proporcionalidade etc.) e os processuais penais (contraditório, 
ampla defesa, juiz natural e imparcial, publicidade etc.) torna efetivo e concreto o 
devido processo legal. (NUCCI, 2015, p.61). 
Adentrando ao processo criminal nos aspectos ligados ao crime, no que tange a cadeia de 
custódia, há o valor na observância da legitimidade das provas confiscadas vislumbrando a fase 
de conhecimento probatória, de forma que o que fora levado a juízo ensejaria na aplicação da 
pena. No mesmo entendimento, Guilherme de Souza Nucci (2015) leciona que não haveria o 
devido processo legal caso a condenação fosse aceita somente com base no tipo penal, de forma 
que desapreciaria o princípio da taxatividade. 
Sobretudo, a análise do mérito da prova formará a convicção do juiz que definirá o tipo penal 
a ser aplicado, entretanto, sendo o caso de dúvida do julgador, prevalecerá a presunção da 
inocência, denominado pela doutrina princípio in dubio pro reo, termo de origem latina que 
traduz em “em favor do réu”. Ou seja, se o juiz não estiver convencido das provas acusatórias, 
prevalecerá a decisão em favor do réu. 
Entretanto, ante a dúvida sobre a decisão que o juiz tomara diante as provas insuficientes para 
dar certeza a sua convicção, surge o questionamento que o juiz enfrenta, “condenar o acusado, 
correndo o risco de se cometer uma injustiça, ou absolvê-lo, correndo o risco de se colocar nas 
ruas, em pleno convívio com a sociedade, um culpado” (Rangel, 2021, p.67). Logo, a resposta 
da decisão será em absolver o réu, prevalecendo o favorecimento ao réu. O doutrinador Paulo 
Rangel (2021) ainda afirma que mais vale um culpado em liberdade do que um inocente na 
cadeia. 
18 
 
 
 
Firmado essa tese, o legislador incluiu ao art.386 do Código de Processo Penal, o inciso VII, 
pela Lei nº.11.690/2008, no sentido que reconhecendo não existir prova suficiente para a 
condenação do réu, o juiz o absolverá. 
Nessa esteira de pensamento, a aplicação do princípio in dubio pro reo diante a fundamentação 
na decisão do magistrado se dá pela valoração às provas apresentadas. Logo, entendendo que o 
valor da prova não é suficiente para condenar o réu, deve-se decidir absolvê-lo em seu favor. 
Entendido como direito fundamental, a Constituição Federal trouxe em seu texto no art. 5º, 
LVII: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória”. (BRASIL, 1988). 
Portanto, de acordo com Geraldo Prado (2021), a conceituação da aplicabilidade do princípio 
da presunção de inocência é que diante uma situação de incerteza, o acervo probatório seja 
correto e suficiente para a condenação do acusado, sanando as dúvidas no tocante as 
responsabilidades do agente. 
O principal objetivo da implementação da cadeia de custódia é preservar o conteúdo probatório 
de forma que permaneça preservada desde o seu conhecimento ao decorrer do processo, de 
forma que não se perca ou se fragilize, para que o juiz tome conhecimento da prova real e 
integral. Como leciona RANGEL: “O que se faz com a cadeia de custódia da prova é 
documentar, cronologicamente, toda a descoberta das provas e dos elementos informativos que 
a acompanham.” (RANGEL, 2021, p.512). 
Inserido esse conceito da cadeia de custódia ao processo penal, foi trazido pela lei nº 
13.964/2019, denominada como “Pacote Anticrime”, que aponta outras demais reformas no 
código de processo penal. Descrita no art. 158-A do CPP, assim diz: 
Art. 158-A: Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos 
utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em 
locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu 
reconhecimento até o descarte. (BRASIL, 2019). 
Com a implementação da cadeia de custódia no código de processo penal, o legislador buscou 
de forma bem instrutiva descrever as condutas a serem realizadas no procedimento da cadeia 
de custódia da prova, descrevendo os atos desde o art.158-A ao art.158-F do Código de Processo 
Penal. 
19 
 
 
 
Em síntese, diante os artigos que determinam as condutas da cadeia de custódia, art.158-A ao 
art.158-F, o legislador definiu as etapas na seguinte ordem: reconhecimento, isolamento, 
descrição detalhada do vestígio, coleta, acondicionamento, transporte, recebimento, 
processamento, armazenamento. 
O doutrinador Geraldo Prado (2021) salienta que, a atenção para elementos importantes para a 
cadeia de custódia da prova traz uma atuação de meios científicos que ensejam na decisão 
judicial. Ou seja, matérias que não poderiam ser observadas apenas pela visão jurídica, são 
analisadas no âmbito científico de forma que trariam auxílio a devida análise concreta destas 
matérias. 
Desta forma, a observância estipulada pelo legislador, o conteúdo probatório se mantém idôneo 
desde o momento do reconhecimento ao momento em que será analisado em fase pericial, a 
qual chegará ao julgador uma prova integra e suficiente para formar sua convicção para julgar, 
livrando da dúvida para condenar alguém. 
 
4 OS OBSTÁCULOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA CADEIA DE CUSTÓDIA 
A preservação do conteúdo probatório, ante a implementação da cadeia de custódia no processo 
penal, sanaria as dúvidas apresentadas ao caso criminal, afinal, o processo criminal só pode 
prosseguir se houver provas para que seja imputado um crime a alguém. Nesse entendimento, 
Geraldo Prado aborda com excelência a respeito da definição do processo penal condenatório: 
O processo penal condenatório é antes de mais nada um processo probatório. A 
atividade probatória deve ser de qualidade tal a espancar a dúvida sobre a existência 
do crime e a autoria responsável, em termos compatíveis com o estado de direito. 
(PRADO, 2021, p.154). 
Diante disso, compulsando os artigos que determinam o procedimento a ser realizado para a 
formação da cadeia de custódia no processo penal, observa-se que foi descrita cada etapa com 
riqueza de detalhes e definições para os atos de custódia da prova, desde o art.158-A ao 158-F 
do Código de Processo Penal Brasileiro. 
Entretanto, Rangel (2022) chama atenção para o §3º do art.158-A, do CPP, que define o que 
seria vestígio: “[...] é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, 
que se relaciona à infração penal.” (BRASIL, acesso em 01 dez. 2022). Logo, se a lei já definiu 
20 
 
 
 
o que é vestígio, qualquer outra matéria probatória que não se enquadre nesta definição deverá 
ser questionada. 
Ocorre ainda que nem sempre o crime deixará vestígios, ou mesmo os vestígios podem ter sido 
perdidos em decorrência do tempo. Não obstante a lei que determina a cadeia de custódia, 
estipula procedimentos que seriam fora da realidade da maioria dos territórios brasileiros, 
devido à ausência de recursos para a realização dos procedimentos determinados,bem como, o 
material para coleta da prova, estabelecimento adequado para o acondicionamento da prova, ou 
seja, procedimentos que demandariam de investimento financeiro, o que nem sempre é 
alcançável. 
Vale ressaltar que além da possível falta de recursos financeiros para os materiais e 
estabelecimentos, é possível ainda, que o agente responsável pelo início do procedimento da 
cadeia de custódia cometa algum erro ou negligência em razão da falta de treinamento. 
Compreendendo que nem sempre a região terá condições de proceder com os atos de 
continuidade da cadeia de custódia, é plausível entender que não são todos os agentes de polícia 
que vão receber o treinamento adequado para a implementação da cadeia de custódia. 
Em pesquisa elaborada por Pedro Luiz Lemos Cunha (2012), concluiu que somente o estado 
do Rio Grande do Sul possui sistema de registro e rede de comunicações de informações entre 
as unidades. Quanto a uma unidade própria para armazenamento de vestígios, somente o 
Distrito Federal e o Rio Grande do Norte possuem este estabelecimento. Ressalta ainda a 
pesquisa que apenas, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Tocantins possuem 
estabelecimento apropriado para armazenar vestígios biológicos, e câmaras frias com 
instrumentos para o acondicionamento dos vestígios. 
Diante esta análise, foi demonstrado com clareza a falta de infraestrutura para os procedimentos 
que visam a implementação da cadeia de custódia, portanto, é de extrema dificuldade que a 
cadeia de custódia da prova seja implementada com total eficácia de todas as etapas. Na visão 
de Paulo Rangel (2021) diante tal problema, a solução seria que a lei criasse recursos suficientes 
para obter orçamentos fundamentais para a atuação eficaz da perícia técnica, ao invés de apenas 
definir em lei as formalidades para os procedimentos da cadeia de custódia no processo penal. 
A realidade do sistema criminal brasileiro é que os procedimentos da cadeia de custódia, além 
da falta de recursos na maioria das regiões, são desconhecidos e/ou desinteressados para as 
21 
 
 
 
autoridades competentes. Logo, com a implementação da cadeia de custódia no processo penal 
seguida da ausência da capacidade de exercer o procedimento determinado em lei, procede 
então a responsabilidade da idoneidade da prova, conteúdo de ampla atenção no processo penal. 
Nessa linha de raciocínio, qualquer ausência de algum dos atos estipulados na legislação que 
determina os procedimentos da cadeia de custódia, causaria a quebra da cadeia de custódia. 
Vê-se então, a participação não só do poder judiciário na atuação da cadeia de custódia da prova, 
mas sim a participação dos agentes da autoridade, bem como os peritos. Nas palavras de 
Geraldo Prado: “O dar início à cadeia de custódia é uma conduta em um contexto jurídico em 
que o Estado atua oficialmente por meio de seus agentes. E estes agentes atuarão conforme as 
circunstâncias.” (PRADO, 2021, p. 171). 
Insta observar que não obstante a lei trouxe com firmeza em detalhes e de maneira didática os 
procedimentos para a realização da cadeia de custódia da prova, a implementação deste sistema 
na prática ainda não é a possível realidade na máquina processual penal. Como bem salienta o 
doutrinador Guilherme de Souza Nucci: “É preciso considerar que, enquanto não for possível 
implementar exatamente a cadeia de custódia, como prevista na reforma implementada pela Lei 
13.964/2019, cuida-se de nulidade relativa.” (NUCCI, 2022, p.460). 
Nesse entendimento, adequando a análise abordada, a vigência da lei da cadeia de custódia nos 
processos penais, entretanto com a ampla dificuldade da implementação eficaz desta, causa uma 
lacuna no sistema processual penal pois abre uma vasta possibilidade de casos de nulidades. 
Pois se a lei determina que as provas sejam acondicionadas de tal forma, porém há a 
impossibilidade de realizar os procedimentos nos padrões da lei, seja por falta de recursos 
materiais ou de conhecimento, logo ocorrerá a quebra da cadeia de custódia, tornando então a 
invalidez do acervo probatório. 
 
5 AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEBRA DA CADEIA DE CUSTÓDIA NO PROCESSO 
CRIMINAL 
Visto anteriormente, a inobservância dos padrões estabelecidos em lei para o procedimento e 
desenvolvimento da cadeia de custódia acarretam o entendimento da quebra da cadeia de 
custódia. Sendo entendida como uma lacuna na história do conteúdo probatório, que pode 
interferir diretamente na conclusão da prova levada a juízo, logo, diante de uma ausência da 
22 
 
 
 
idoneidade da prova, perde-se o valor do conteúdo, podendo ainda ser considerada como uma 
prova ilícita 
A quebra da cadeia de custódia – por inobservância das regras e procedimentos 
estabelecidos – conduz a ilicitude probatória (teoria da prova ilícita) e consequente 
desentranhamento e proibição de valoração. Não se desconhece, contudo, autores que 
situam a quebra da cadeia de custódia na dimensão da valoração probatória. (LOPES 
JR., 2022, p. 197). 
Tal entendimento apresentado por Aury Lopes Jr. tem conexão com o dispositivo de lei 
apresentado ao art.157 do CPP (2008), onde o legislador entende como inadmissíveis as provas 
ilícitas, determinando que estas sejam desentranhadas dos autos, sob o entendimento de 
violação das normas constitucionais e legais. 
No tocante a solução para quebra da cadeia de custódia, Ricardo Sidi e Anderson Bezerra Lopes 
(2018) apontam dois caminhos para sanar o vício desta violação. Sendo as hipóteses, reconhecer 
a ilegitimidade da prova, dando causa de inadmissibilidade do conteúdo probatório no processo, 
ou então, a hipótese de aplicar a ideia de valoração da prova, dando menor valor a prova que 
não procedeu das regras da cadeia de custódia. 
Diante esse entendimento que visa duas possibilidades, o CPP não reconhece a medida de 
valoração de conteúdo probatório, tampouco níveis do valor da prova, ademais, tal medida 
afrontaria com o princípio que a própria cadeia de custódia busca, que é alcançar uma prova 
idônea e preservada, logo, na prática jurídica esta medida seria incoerente. Entretanto, a 
hipótese de reconhecer a ilegitimidade da prova ante a quebra da cadeia seria o mais congruente, 
visto que essa medida segue a mesma linha de raciocínio do intuito da aplicação da cadeia de 
custódia. 
Em caso concreto, a Sexta Turma do STJ, no HC 653.515 (BRASIL, acesso em 11 nov. 2022) 
deu provimento ao pedido de absolvição do réu onde reconheceu a quebra da cadeia de custódia, 
diante ação penal de tráfico de drogas pois não foram cumpridos os procedimentos de 
preservação do material ilícito, ficando a dúvida para os julgadores se o material ilícito 
apreendido já estava na posse do réu no momento da chegada da polícia. Ressaltando que o 
material apreendido foi entregue a perícia em uma sacola de supermercado, amarrado com um 
nó, indo contra o procedimento da cadeia de custódia que determina o uso de material de coleta 
específico. 
Nessa decisão foi entendida a hipótese que houve a quebra da cadeia de custódia, pois fora 
negligenciados os procedimentos estipulados pela lei que determina como a prova será coletada, 
23 
 
 
 
armazenada e entregue a perícia. Logo, invalidando o material probatório considerado 
ilegítimo. 
Em entendimento contrário, a Quinta Turma do STJ, no HC 168.788 (BRASIL, acesso em 11 
nov. 2022) entendeu que a mera indicação da quebra da cadeia de custódia não é suficiente para 
ensejar em uma absolvição, tendo em vista que para que seja reconhecida uma nulidade absoluta 
no processo penal, deve-se demonstrar o prejuízo que a inobservância da cadeia de custódia 
causou ao acusado. 
Diante desta decisão, foi entendido que, apesar de realmente ter ocorrido a quebra da cadeia da 
prova, não houve prejuízo a legitimidade do conteúdo probatório e nem lesão ao direito de 
defesa do acusado. Logo, a mera inobservância dos procedimentos determinados pela aplicação 
dacadeia de custódia no processo penal não é suficiente para considerar prejudicial ao acusado. 
Perante tal problemática, Aury Lopes Jr. (2022) em sua visão sobre a consequência da cadeia 
de custódia, entende que a quebra da cadeia de custódia faz ligação direta aos preceitos do 
devido processo legal, tendo em vista que a quebra fere uma garantia legal, logo, a conduta da 
quebra da cadeia de custódia seria uma violação as regras probatórias. Portanto, Lopes entende 
que a consequência da quebra da cadeia probatória tornaria a prova ilícita, aplicando o art. 157 
do CPP. 
Na visão de Geraldo Prado (2021), é descartada a ideia de valoração da prova diante uma 
violação da cadeia de custódia, não sendo a prova submetida a juízo de relevância da prova. 
Nesse entendimento, se a prova não atende os requisitos para ser legitima, esta não pode ser 
levada a juízo, tampouco ter peso de prova. 
Sob a consequência da ilicitude probatória, Aury Lopes Jr. (2022) traz a teoria dos frutos da 
árvore envenenada. Teoria constituída no Estados Unidos da América, no ano de 1937, 
nominada pelo juiz americano Frankfurter como “fruits of the poisonous tree”, traduzido para 
o Português, “frutos da árvore envenenada”. A tese dessa teoria é que se a árvore está 
envenenada, logo, os frutos produzidos por esta árvore consequentemente também estarão 
envenenados. 
A lógica firmada pela teoria e aplicada no sistema processual penal é que, as provas obtidas por 
meios ilícitos, que originam outras provas secundárias, dão a entender que todas as demais 
provas resultantes são também ilícitas. Nas palavras de Aury Lopes Jr.: “A lógica é muito clara, 
ainda que a aplicação seja extremamente complexa, de que se a árvore está envenenada, os 
24 
 
 
 
frutos que ela gera estarão igualmente contaminados (por derivação).” (LOPES JR., 2022, p. 
186). 
Seguindo essa linha de raciocínio, como a teoria dos frutos da arvore envenenada faz conexão 
as consequências da quebra da cadeia de custódia? Ante a todos os procedimentos já 
determinados em lei, para a realização eficaz da cadeia probatória, quando há a quebra da cadeia 
de custódia surge o entendimento que houve nulidade processual, logo, os atos e provas 
dependentes da fase que gerou a nulidade, deverão retroagir a fim de serem retificados, como 
disposto no art.573, § 1º do CPP. 
Art. 573. Os atos, cuja nulidade não tiver sido sanada, na forma dos artigos anteriores, 
serão renovados ou retificados. 
§ 1o A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente 
dependam ou sejam consequência. (BRASIL, 1941) 
O entendimento da aplicação da teoria do fruto envenenado ao caso da quebra da cadeia de 
custódia seria a visão da corrente doutrinaria que entende a imprestabilidade da prova diante 
uma violação da cadeia de custódia. Com bem salienta Renato Marcão: “Se determinada prova 
decorrer de prova ilícita e também de outra fonte lícita independente, prevalecerá sua licitude.” 
(MARCÃO, 2021, p.273). Entretanto há ainda outras correntes doutrinarias com entendimento 
diversos quanto aos efeitos da quebra da cadeia de custódia. 
Dentre a doutrina e a jurisprudência, há a corrente que defende que cabe ao réu demonstrar o 
prejuízo sofrido caso ocorra a cadeia de custódia, caso não apresente, valerá o convencimento 
do juiz ante as provas apresentadas. Entretanto, a corrente majoritária defende a 
imprestabilidade da prova diante um caso da violação da cadeia probatória, pois estaria ferindo 
o direito da ampla defesa e do contraditório. 
Nesse diapasão, a partir do momento que a legislação abrange os instrumentos legais que 
aperfeiçoam o devido processo legal, o Estado tem de propor ao acusado os preceitos 
fundamentais que dão condições para o direito da ampla defesa e do contraditório. 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante aos pontos abordados no presente trabalho, verifica-se a aplicação da nova legislação no 
processo penal a respeito do sistema da cadeia de custódia, bem como os objetos e institutos 
que associam ao tema. Atenta-se que a implementação da cadeia de custódia no processo 
25 
 
 
 
criminal, reforça os princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da 
ampla defesa. 
Pode-se concluir com a pesquisa que apesar de o legislador ter especificado todo o roteiro que 
forma a cadeia de custódia, a aplicação na prática na realidade ainda é distinta da realidade da 
legislação. Dando atenção os tópicos que dizem a respeito dos obstáculos da implementação da 
cadeia de custódia, onde ficou demonstrado pela doutrina, que a implementação deste sistema 
nos estabelecimentos que deveriam atuar na cadeia de custódia beira o impossível da realidade 
brasileira. Tanto as estruturas dos estabelecimentos, quanto a capacidade dos agentes que 
realizam os procedimentos voltados ao manuseio da prova. 
Em continuidade, vê-se ainda que a jurisprudência não pacificou um entendimento singular 
quanto a decisão do julgador perante um processo em que houve a quebra da cadeia de custódia. 
Restando a dúvida entre as partes de qual será a decisão do juiz quando convencido que houve 
a quebra da cadeia de custódia, surgindo as hipóteses de: ou invalidar a prova sob a ótica de 
nulidade processual; ou atribuir ao réu a oportunidade de demonstrar o prejuízo sofrido diante 
a quebra da cadeia de custódia. 
Conclui-se que o tema da aplicação da cadeia de custódia no processo penal ainda é muito 
recente e ainda está longe de ser procedido com eficácia pelo Estado, e em questão processual, 
a jurisprudência ainda não firmou um entendimento majoritário nos casos em que a cadeia de 
custódia é quebrada. 
Diante disso, enquanto não há uma segurança jurídica para os efeitos da real eficácia da cadeia 
de custódia, deve prevalecer os princípios constitucionais inerentes ao réu, assegurando todos 
os direitos que lhe são atribuídos, livrando de uma possível decisão duvidosa, triunfando o 
princípio in dubio pro reo. Como bem salienta Paulo Rangel (2021), mais vale um acusado nas 
ruas do que um inocente preso. 
Feito toda a pesquisa do tema da implementação da cadeia de custódia no sistema processual 
penal, conclui que a lei da cadeia de custódia ainda é muito recente e avançada comparado a 
realidade brasileira, no sentido prático. O legislador foi bem pontual nas determinações dos 
procedimentos para realização da cadeia de custódia, porém estes procedimentos demandam 
um alto custo financeiro e preparação dos agentes responsáveis, então há uma grande 
dificuldade de proceder com as determinações da lei, visto que há estados que sequer possuem 
26 
 
 
 
o material básico para coleta das provas ou estabelecimentos e profissionais para o 
acondicionamento da prova. Bem como a falta de preparo e de informação para todos os agentes 
responsáveis, seja perito ou policiais militares. 
Não obstante, observei na pesquisa que a jurisprudência possui entendimento contrários diante 
o caso da quebra da cadeia de custódia. Concordando com a corrente doutrinária apresentada 
na pesquisa, entendo que diante um caso de violação da cadeia de custódia deve prevalecer o 
entendimento da imprestabilidade da prova, sendo causa de nulidade processual. Pois esse 
entendimento doutrinário firma ênfase nos princípios constitucionais que regem o processo 
penal, apontando principalmente os princípios do devido processo legal, do contraditório, da 
ampla defesa, bem como o princípio da prova. 
 
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