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VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS II

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TUBERCULOSE 
A doença não apresenta variações 
cíclicas ou sazonais de importância 
prática. Fatores sociais como pobreza, 
desnutrição, estresse, superpopulação 
e exposição à pessoa infectada, a 
áreas de grande concentração 
populacional, precárias condições 
socioeconômicas e sanitárias 
influenciam a susceptibilidade. A 
distribuição da doença é mundial, com 
tendência decrescente da morbidade 
e mortalidade nos países 
desenvolvidos. 
Pessoas privados de liberdade, 
pessoas em situação de rua, indígenas 
e profissionais de saúde apresentam 
maior risco de adoecimento no Brasil. 
Por essa razão, devem ser 
considerados populações especiais e 
direcionadas ações específicas para 
esses grupos. Entretanto, a 
imunossupressão causada 
principalmente pela infecção por 
HIV/AIDS tem sido apontada como 
um dos principais fatores 
desencadeadores desta doença. 
AGENTE ETIOLÓGICO 
Mycobacterium tuberculosis: M. 
tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. 
canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. 
Caprae 
 
 
MODOS DE TRANSMISSÃO 
Transmissão aérea, a partir da 
inalação de aerossóis oriundos das vias 
aéreas, expelidos pela tosse, espirro 
ou fala de doentes com tuberculose 
pulmonar ou laríngea 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Risco de adoecimento maior nos 
primeiros 2 anos após a primo-
infecção, mas uma vez infectada, a 
pessoa pode adoecer em qualquer 
momento da sua vida 
PERÍODO DE 
TRANSMISSIBILIDADE 
Enquanto o indivíduo estiver 
eliminando bacilos no escarro, com o 
início do esquema terapêutico 
adequado, após 15 dias a transmissão 
chega a níveis insignificantes 
Crianças menores de 10 anos com 
tuberculose pulmonar geralmente têm 
baciloscopia negativa e, por isso, 
costumam ter pouca participação na 
transmissão da doença 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E 
CONTROLE 
DIAGNÓSTICO 
I: Busca ativa de sintomáticos 
respiratórios (tosse há mais de 3 
semanas) 
VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS II 
II: Capacitação dos profissionais de 
saúde 
III: Investigação dos contatos - grupos 
prioritários: crianças menores de 5 
anos; pessoas de todas as idades com 
sintomas sugestivos de tuberculose; 
pessoas com HIV/Aids; portadores de 
outras condições imunossupressoras; 
Contatos de casos-índice com 
tuberculose multidrogarresistente ou 
resistente extensiva 
 
NOTIFICAÇÃO 
Compulsória regular (semanal), apenas 
o caso confirmado (critério laboratorial 
ou clínico) 
ISOLAMENTO 
Respiratório, se paciente bacilífero 
AÇÕES COM CONTATOS 
Definição: pessoa que convive no 
mesmo ambiente com o caso índice 
ou, com o caso fonte, no momento 
do diagnóstico da tuberculose. O 
convívio pode ser em casa, em 
ambientes de trabalho, em 
instituições de longa permanência ou 
na escola 
VACINA 
BCG 
AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E 
COM GRUPOS VULNERÁVEIS 
 
OUTRAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA 
I: Reduzir a morbimortalidade 
II: Conhecer distribuição e frequência 
III: Busca de faltosos 
IV: Ambiente hospitalar 
V: Instituições 
VI: Vulneráveis 
DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA 
São três doenças transmitidas por 
mosquitos. Uma delas possui como 
agente etiológico um vírus com 
quatro sorotipos distintos. Estima-se 
que 3 bilhões de pessoas estejam sob 
o risco de contrair a doença e que 
ocorram, anualmente, 390 milhões de 
infecções e 20 mil mortes. Vem 
ocorrendo no país de forma 
endêmica, com epidemias geralmente 
associadas à circulação ou alteração 
dos sorotipos atualmente conhecidos 
ou com a circulação destes em áreas 
anteriormente indenes. Possui uma 
sazonalidade marcada, coincidente 
com épocas quentes e chuvosas no 
Brasil. 
A segunda doença foi introduzida no 
continente americano em 2013. No 
segundo semestre de 2014, o Brasil 
passou a conviver com uma nova 
doença causada pelo mosquito e 
atualmente todas Unidades da 
Federação (UFs) registram 
transmissão autóctone da doença. 
Também pode se manifestar de 
forma atípica e/ou grave, sendo 
observado elevado número de óbitos. 
No primeiro semestre de 2015, foi 
identificado pela primeira vez no 
continente americano, em alguns 
estados da região Nordeste do Brasil, 
outro vírus transmitido pelo mesmo 
mosquito, que se caracteriza pela 
ocorrência de manifestações 
neurológicas em alguns casos. Desde 
então se disseminou para todo o país 
e demais países do continente 
americano, com exceção de Chile e 
Canadá. Essas doenças, por 
compartilharem diversos sinais clínicos 
semelhantes, a dificuldade da suspeita 
inicial pelo profissional de saúde pode, 
em algum grau, dificultar a adoção de 
manejo clínico adequado e, 
consequentemente predispor à 
ocorrência de formas graves, levando 
eventualmente a óbitos. 
AGENTE ETILÓGICO 
Vírus dengue (DENV); Chikungunya 
(CHIVQ) e Zika (ZIIKV) 
MODOS DE TRANSMISSÃO 
Via vetorial, vertical e transfusional 
PERÍODOS DE INCUBAÇÃO 
DENGUE 
4 a 10 dias 
CHIKUNGUNYA 
1 a 12 dias 
ZICA 
2 a 7 dias 
PERÍODOS DE 
TRANSMISSIBILIDADE 
DENGUE 
1 dia antes dos sintomas até o quinto 
dia 
CHIKUNGUNYA 
2 dias antes dos sintomas, dura até 10 
dias 
ZICA 
Até 5 dias após início dos sintomas 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E 
CONTROLE 
DIAGNÓSTICO PRECOCE 
Protocolos, Capacitação dos 
profissionais de saúde e Informações 
NOTIFICAÇÃO 
Compulsória regular para a doença, 
mas imediata, se: óbito, gestante em 
caso de vírus Zica, Chikungunya em 
área sem transmissão 
ISOLAMENTO 
Não necessário 
VACINAS 
Dengue, para pessoas de 9 a 45 
anos, que já tiveram dengue 
 
OUTRAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA E DE 
CONTROLE AMBIENTAL 
I: Manejo integrado de vetores 
II: Vigilância entomológica 
III: Medidas de proteção pessoal 
IV: Assistência ao paciente 
V: Educação em saúde, mobilização 
social 
DETERMNANTES SOCIAIS 
Mobilização da população para 
combater os focos de reprodução do 
mosquito Aedes aegypti 
As larvas do mosquito dependem do 
acúmulo de água parada para se 
desenvolverem: fornecimento regular 
de água reduz a necessidade de 
reservatórios domésticos e a coleta 
de lixo não permite que objetos 
acumulem água 
Planejamento urbano: O Aedes já foi 
considerado erradicado do país, o 
crescimento desorganizado das 
grandes cidades brasileira permitiu que 
ele voltasse, uma cidade que evolui de 
forma planejada é capaz de oferecer 
serviços e garantir direitos à sua 
população com mais facilidade e 
qualidade 
Educação: com a função de formar 
cidadãos conscientes de seus direitos 
e deveres, é uma área estratégica 
para a realização de ações 
intersetoriais 
Educação Ambiental: Desequilíbrio 
ambiental com mudanças climáticas: 
macrofatores relacionados a possíveis 
epidemias de dengue, zika e 
chikungunya 
Mobilização da população e incentivo 
a mudanças de comportamento: 
oportunidades para trabalhar valores, 
como solidariedade, estimular o 
protagonismo juvenil e fortalecer 
laços comunitários 
SARAMPO 
Doença viral, infecciosa aguda, 
transmissível, extremamente 
contagiosa, bastante comum na 
infância, podendo ser grave, evoluir 
com complicações infecciosas e óbito, 
particularmente em crianças 
desnutridas e menores de um ano de 
idade. Tem alta infectividade e 
contagiosidade. Nos últimos anos, 
casos desta doença têm sido 
reportados em várias partes do 
mundo. Segundo a OMS, os países do 
continente europeu e africano 
registraram o maior número de casos. 
Em 2016, o Brasil recebeu o 
certificado de eliminação da circulação 
do vírus pela OMS, declarando a 
região das Américas livre da doença, 
mas a certificação foi perdida em 
fevereiro de 2018. É uma importante 
causa de morbimortalidade entre 
crianças menores de 5 anos de idade, 
sobretudo as desnutridas e que vivem 
nos países em desenvolvimento 
A distribuição é universal, com 
variação sazonal. Nos climas 
temperados, observa-se aumento 
da incidência no período 
compreendido entre o final do 
inverno e o início da primavera. Nos 
climas tropicais, a transmissão pareceaumentar depois da estação chuvosa. 
AGENTE ETIOLÓGICO 
RNA vírus pertencente ao gênero 
Morbillivirus, família Paramyxoviridae 
MODOS DE TRANSMISSÃO 
De forma direta, por secreções 
nasofaríngeas expelidas ao tossir, 
espirrar, falar ou respirar, e provável 
por dispersão de aerossóis com 
partículas virais no ar, em ambientes 
fechados, como escolas, creches e 
clínicas 
PERÍODOS DE INCUBAÇÃO 
Entre 7 e 21 dias 
PERÍODOS DE 
TRANSMISSIBILIDADE 
6 dias antes do exantema até 4 dias 
após seu aparecimento 
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO 
Todo paciente que apresentar febre 
e exantema maculopapular 
morbiliforme de direção cefalocaudal, 
acompanhados de um ou mais dos 
seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou 
coriza e/ou conjuntivite, 
independentemente da idade e 
situação vacinal 
Todo indivíduo suspeito com história 
de viagem para locais com circulação 
do vírus do sarampo, nos últimos 30 
dias, ou de contato, no mesmo 
período, com alguém que viajou para 
local com circulação viral 
CONFIRMAÇÃO 
I: Critério laboratorial 
II: Critério vínculo-epidemiológico 
III: Critério clínico: surtos 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E 
CONTROLE 
DIAGNÓSTICO PRECOCE 
Busca Ativa e Capacitação dos 
profissionais 
NOTIFICAÇÃO 
Compulsória imediata 
ISOLAMENTO 
Respiratório, até 4 dias após o 
aparecimento do exantema com 
impacto relativo no controle em 
pacientes não internados 
AÇÕES COM CONTATOS 
Vacinação seletiva de funcionários e 
pacientes em setor hospitalar com 
caso suspeito ou confirmado de 
sarampo 
VACINA 
I: Rotina: tríplice viral com 12 meses, 
tetraviral com 15 meses 
II: Intensificação vacinal 
III: Bloqueio vacinal até 72 horas após 
o contato. 
IV: Crianças de 6 a 11 meses recebem 
a vacina, mas não é válida para o 
esquema de vacinação do calendário 
V: Campanha de vacinação 
VI: Varredura 
OUTRAS AÇÕES DA VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA 
I: Verificação da situação 
epidemiológica – vigilância sensível, 
ativa e oportuna 
II: Monitoramento das condições de 
risco 
III: Caso hospitalar 
IV: Proteção da população 
V: Busca ativa de novos casos 
 
INFLUENZA 
Segundo a OMS, anualmente, a 
doença é responsável por 3 a 5 
milhões de casos graves e 
aproximadamente 250.000 a 500.000 
mortes. É uma doença sazonal, de 
ocorrência anual. Em regiões de clima 
temperado, as epidemias ocorrem 
quase que exclusivamente nos meses 
de inverno. Causa infecção aguda do 
sistema respiratório, de elevada 
transmissibilidade e distribuição global. 
Verifica-se maior gravidade em idosos, 
crianças, pessoas com 
comprometimento imunológico, 
cardiopatias e pneumopatias, entre 
outros. Um indivíduo pode contraí-la 
várias vezes ao longo da vida. 
Em 2009, registrou-se a primeira 
pandemia do século XXI com mais de 
190 países notificando milhares de 
casos e óbitos pela doença. O vírus 
responsável pela última epidemia (em 
2009) sofreu mutações desde 2010, 
porém mutações mais relevantes 
com algum impacto na resposta 
imunológica só foram detectadas 
recentemente. A vacina é a melhor 
estratégia disponível para a 
prevenção. 
AGENTE ETIOLÓGICO 
Vírus influenza, pertencente à família 
Ortomixiviridae, se subdivide em três 
tipos antigenicamente distintos: A, B e 
C 
Tipo A: maioria das epidemias: 
classificação de acordo com as 
protéinas da superfície (hemaglutinina 
e neuraminidade) 
Tipo B: epidemias localizadas 
Tipo C: doença subclínica 
MODOS DE TRANSMISSÃO 
Gotículas expelidas por tosse, espirros 
e fala: mais comum 
Pelo ar: inalação de partículas residuais 
Superfícies: contatos com secreções 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
1 a 4 dias 
 
 
PERÍODOS DE 
TRANSMISSIBILIDADE 
24 a 48 horas antes do início dos 
sintomas, maior carga viral nas 
primeiras 24 a 72 horas após o início 
dos sintomas, até aproximadamente o 
5º dia 
PRINCIPAIS SINAIS E 
SINTOMAS 
Síndrome gripal (SG) e 
síndrome respiratória aguda grave 
(SRAG) 
SG: indivíduo com febre, 
acompanhada de tosse ou dor de 
garganta e início dos sintomas nos 
últimos 7 dias 
SRAG: indivíduo com febre, 
acompanhada de tosse ou dor de 
garganta que apresente dispnéia e foi 
hospitalizado em UTI 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E 
CONTROLE 
DIAGNÓSTICO PRECOCE 
NOTIFICAÇÃO 
Não é compulsória, exceto em casos 
graves (SRAG), óbitos, surtos, 
suspeita de novo subtipo viral 
REDES SENTINELA 
Unidades sentinelas para registro de 
informação de casos de SG e SRAG 
são unidades ou serviços de saúde já 
implantados e cadastrados no 
Cadastro Nacional de 
Estabelecimentos de Saúde (CNES) e 
Sistema de Informação de Vigilância 
Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), 
que atuam na identificação, registro, 
investigação e diagnóstico de casos 
suspeitos e confirmados, têm como 
objetivo principal identificar os vírus 
da influenza circulantes no Brasil 
ISOLAMENTO 
Crianças devem ser afastadas de 
creche e escola, isolamento para 
pacientes internados 
AÇÕES COM CONTATOS 
Quimioprofilaxia 
VACINA 
MEDIDAS GERAIS 
AÇÕES DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE 
OUTRAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA 
I: Monitoramento da situação 
epidemiológica – cepas 
II: Avaliação de impacto da vacinação 
III: Tendência da morbidade e 
mortalidade 
IV: Detecção de grupos e fatores de 
risco 
V: Resposta a situações 
inusitadas. Produção e disseminação 
de informações 
VI: Detecção e ação: novos subtipos 
MENINGITE 
No Brasil é considerada uma doença 
endêmica, casos da doença são 
esperados ao longo de todo o ano, 
com a ocorrência de surtos e 
epidemias ocasionais. Pode ser 
causada por diversos agentes 
infecciosos, como bactérias, vírus, 
parasitas e fungos, ou também por 
processos não infecciosos. A 
ocorrência desta doença causada por 
bactérias é mais comum no inverno e, 
por vírus, no verão. A doença 
causada por bactérias e vírus são as 
mais importantes do ponto de vista da 
saúde pública, devido à sua 
magnitude, capacidade de ocasionar 
surtos e pela gravidade dos casos. 
Acomete indivíduos de todas as faixas 
etárias, porém aproximadamente 40 a 
50% dos casos notificados ocorrem 
em crianças menores de 5 anos de 
idade. Os maiores coeficientes de 
incidência desta doença são 
observados em lactentes, no primeiro 
ano de vida. Nos surtos e epidemias, 
observam-se mudanças nas faixas 
etárias afetadas, com aumento de 
casos entre adolescentes e adultos 
jovens. A letalidade desta doença no 
Brasil situa-se em torno de 20% nos 
últimos anos. Na forma mais grave, a 
letalidade chega a quase 50%. As 
taxas de incidência de portadores são 
maiores entre adolescentes e adultos 
jovens e em camadas 
socioeconômicas menos privilegiadas. 
AGENTE ETIOLÓGICO 
Neisseria meningitidis (meningococo) 
MODO DE TRANSMISSÃO 
Contato direto pessoa a pessoa por 
meio de secreções respiratórias de 
pessoas infectadas, assintomáticas ou 
doentes 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
Em média, de 3 a 4 dias, podendo 
variar de 2 a 10 dias 
PERÍODO DE 
TRANSMISSIBILIDADE 
Até que o meningococo desapareça 
da nasofaringe, em geral a bactéria é 
eliminada da nasofaringe após 24 
horas de antibioticoterapia adequada 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E 
CONTROLE 
DIAGNÓSTICO PRECOCE 
Capacitação dos profissionais de 
saúde, informações à população 
NOTIFICAÇÃO 
Compulsória Imediata 
ISOLAMENTO 
Respiratório, pelo menos até 24 
horas após o início dos antibióticos 
VACINAS 
Meningo C no SUS, Meningo ACWY 
sendo inserido no SUS, Meningo B 
em clínicas privadas. Bloqueio indicado 
em situações de surtos 
AÇÕES EM CONTATOS 
I: Quimioprofilaxia: indicada para os 
contatos próximos, o mais rápido 
possível 
II: Contatos próximos são moradores 
do mesmo domicílio, indivíduos que 
compartilham o mesmo dormitório 
(em alojamentos, quartéis, entre 
outros), comunicantes de creches e 
escolas, e pessoas diretamente 
expostas às secreções do paciente 
III: Não há recomendação para os 
profissionais da área de saúde que 
atenderam o caso de doença 
meningocócica,exceto para aqueles 
que realizaram procedimentos 
invasivos (intubação orotraqueal, 
passagem de cateter nasogástrico) 
sem utilização de equipamento de 
proteção individual adequado (EPI) 
IV: Antibiótico de escolha: rifampicina, 
durante dois dias 
OUTRAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA 
I: Situação epidemiológica 
II: Identificação do agente etiológico 
III: Detecção de surtos e epidemias 
IV: Ações educativas

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