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TBL 6- ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO I: APENDICITE E DIVERTICULITE Pedro Vilela T17 Laura Stefano T17 01.APENDICITE 1. INTRODUÇÃO: Anatomia: - Localizado no fossa ilíaca direito (quadrante inferior direito) - pélvico, retrocecal, paracecal, pré e pós ileal, sub hepático - Inervação: plexo mesentérico superior (dor) - Vascularização: artérias e veias mesentéricas sup, íleocólicas e apendiculares Epidemiologia: - Discreto predomínio no sexo masculino - Mais comum entre os 10 e 30 anos de idade - Sua sintomatologia clássica está presente em 60% dos casos. 2. FISIOPATOLOGIA - A apendicite aguda (inflamação do apêndice vermiforme) ocorre pela obstrução desse órgão por fecalitos*, cálculos, hiperplasia linfóide, processos infecciosos e neoplasias. - O lúmen do apêndice, por ser estreito, é facilmente obstruído e isso favorece o crescimento de bactérias e a distensão da luz do órgão, o que causa dor visceral (dor mal definida). - Quando a inflamação ultrapassa a serosa do apêndice e entra em contato com o peritônio, o padrão da dor se muda para dor localizada em fossa ilíaca direita. - Obstrução → infecção por bactérias → inflamação → aumento da pressão luminal → trombose e oclusão dos pequenos vasos → isquemia e necrose → perfuração Tipos de bactérias que colonizam o apêndice inflamado: 3. QUADRO CLÍNICO: - Início: dor referida (inespecífica), mal definida (visceral) na região periumbilical, que cursa com náusea, anorexia e febre - Após 12h: migração da dor para região da fossa ilíaca direita - Indigestão, flatulências, alteração do hábito intestinal, diarreia, mal estar generalizado - Perfuração: presença de plastão (massa palpável), e abdome em tábua 4. DIAGNÓSTICO: - Clínico - Exames laboratoriais: leucocitose com predomínio neutrofílico - Provas inflamatórias: PCR, VHS - Urina 1, BHCG (sempre descartar gravidez em pacientes em idade fértil) - Amilase- diag. diferencial pancreatite Exame físico; ● Radiografia simples do abdome:menos de 15% dos pacientes irão apresentar fecalito calcificado em fossa ilíaca direita ● Ultrassonografia: sensibilidade de 85% e especificidade de 90%. ● Tomografia: sensibilidade de 90% e especificidade de 80% a 90%. 5. TRATAMENTO - Complicações: peritonite, abscesso apendicular, perfuração - Remoção cirúrgica do apêndice - ATB pré operatória 02. DIVERTICULITE 1. INTRODUÇÃO - Diverticulose: herniação e formação de saculações no intestino grosso sem manifestação de sintomas - Diverticulite: infecção e inflamação dos divertículos 2. EPIDEMIOLOGIA - A diverticulite pode evoluir com formação de abscesso, fístula, perfuração com peritonite e estenose com obstrução colônica. - Diverticulose: acomete igualmente homens e mulheres. - Diverticulite: mais comum em mulheres principalmente após a sexta década de vida. - Cólon sigmóide é mais acometido 3. FISIOPATOLOGIA - O acúmulo de resíduos particulados no saco diverticular favorece a obstrução do óstio estreito do pseudodivertículo e ocasiona supercrescimento bacteriano, isquemia tecidual local, inflamação e microperfurações. 4. FATORES DE RISCO 5. CLASSIFICAÇÃO DE GRAVIDADE 6. QUADRO CLÍNICO - Dor abdominal aguda em QIE- sintoma mais comum - Diarréia, febre baixa, constipação, náuseas sem vômitos - Sintomas urinários - Constipação e distensão abdominal → obstrução - Sangramento retal é incomum 7. DIAGNÓSTICO - Clínico - Exame pélvico em mulheres para avaliar possíveis causas ginecológicas - Hemograma, PCR, Urina 1, BHCG (mulheres em idade fértil), enzimas hepáticas (descartar causas biliares de dor) - TC abdome: padrão ouro - USG abdome: suspeitos de diverticulite - RM: pacientes não candidatos à TC e USG - RX abdome: pneumoperitônio e exclusão de diagnóstico 8. TRATAMENTO - não complicada: clinicamente e ambulatorialmente - complicada (perfurações, abscessos, estenoses, fístulas e diverticulite recorrente): cirurgia - Dieta pobre em fibras até cessar sintomas (aumenta peristaltismo- dói mais) e depois rica em fibras - Controle da dor e ATB
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