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1 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 aul� 4 - ha�. clínica� Abdome agudo inflamatória Abdome agudo Definição - Síndrome dolorosa aguda, cuja intensidade é variável de início súbito ou progressivo que leva o paciente a buscar atendimento médico necessitando de tratamento imediato. *O diagnóstico precoce é de vital importância na conduta e evolução dos pacientes. Considerações •Queixa frequente em urgências/ emergências •Importante causa de morbimortalidade Etiologias mais frequentes ✓ Apendicite aguda ✓ Pancreatite aguda ✓ Diverticulite ✓ Colecistite aguda Bases fisiopatológicas da dor Fibras Características Fibras A-delta (somatossensoriais) •Mielinizadas •Rápida condução •Dor súbita e bem localizada, aguda Ex: pele e músculos Fibras C (viscerais) •Não-mielinizadas •Condução lenta •Dor vagal e mal localizada Ex: vísceras abdominais, peritônio Dor visceral •Estímulos às fibras C - vísceras intraabdominais •Estiramento, distensão ou contração da musc. lisa •Dor vagal e mal localizada •Náuseas, vômitos, sudorese, palidez (descarga autonômica) Dor parietal •Irritação do peritônio parietal •Estímulo às fibras A •Dor mais intensa e bem localizada Dor referida •Dor distante dos órgãos comprometidos •Convergência de neurônios aferentes viscerais e neurônios aferentes somáticos Dor referida Órgão acometido Dor epigástrica Intestino anterior Dor periumbilical Intestino médio Dor hipogástrica Intestino posterior Dor no ombro Fígado/ vesícula biliar Investigação •Detalhar história do paciente •Caracterizar a dor Início (Súbito, progressivo) Irradiação Tempo de evolução (Aguda, crônica) Duração 2 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 Intensidade Qualidade da dor (pontada, cólica, contínua, queimação) Sintomas associados (Náuseas, vômitos, febre) Medicações usadas Fatores agravantes e atenuantes (movimentação, esforços) Localização (Bem localizada, difusa) Cirurgias prévias Alterações dos hábitos intestinais (diarréia, constipação, eliminação de flatos) Sintomas urológicos (disúria, polaciúria) *A dor no abdome agudo inflamatório pode ser desencadeada pelo início de uma doença recente, como no caso da apendicite aguda, ou pela agudização de uma doença crônica, como na colecistite aguda por colelitíase ou diverticulite do sigmóide por doença diverticular dos colos. Quadro clínico •Dor e distensão abdominal •Febre •Náuseas, Vômitos •Instabilidade hemodinâmica Exame físico geral e abdominal •Estado geral (bom, regular, ruim) •Nível de consciência •Atitude •Investigação de peritonismo (inspeção, palpação, percussão, ausculta, manobras especiais) •Exame ginecológico, toque retal Inspeção Abaulamentos, depressões Estrias Equimoses Cicatrizes Massas Peristalse visível Escoriações (trauma) Ausculta (Ruídos hidroaéreos) Aumentado (diarréia) Diminuído (íleo paralítico) Percussão (circular, região dolorida fica por último) Palpação (inicia-se pelo lado sem dor) Superficial (parede abdominal) - diástase - Hérnia Profunda (órgãos) *Abdome em tábua/ rígido (irritação peritoneal) Exames de imagem •Rx simples* •USG de abdome •vTC *Auxiliam no diagnóstico Exames laboratoriais •Hemograma •Sumário de urina •PCR •Amilase •Teste de gravidez (gravidez ectópica rota) - Mulheres em idade fértil Diagnóstico - CLÍNICO Tratamento inicial geral •Analgesia •Reposição volêmica •Correção de distúrbios eletrolíticos •Antibioticoterapia Per����it� Conceito - Irritação do peritônio por agente inflamatório ou infeccioso. Peritônio 3 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 ✓ Visceral - reveste as vísceras (inervado pelo SN autônomo) ✓ Parietal - reveste a parede abdominal (inervado pelo SN cerebrospinal - o mesmo da musculatura da parede abdominal) Dor causada pelo peritônio visceral Dor causada pelo peritônio parietal Mal localizada Causada por distensão e contração das vísceras Dor contínua, progressiva, piora com a movimentação e é bem localizada Peritônio visceral ➝ Inflamação/ infecção ➝ inervação pelas fibras autonômicas ➝ paralisia da muscl. lisa➝ Distensão ou contração visceral ➝ Dor difusa e mal localizada Peritônio parietal ➝ Inflamação/ infecção ➝ Inervação pelas fibras somáticas ➝ Contração da muscul. abdominal localizada ou difusa ➝ Dor localizada, contínua e intensa *Toda vez que a serosa que envolve uma musculatura lisa sofre irritação, esta entra em paresia ou paralisia. A fisiopatologia do AAI baseia-se, sobretudo, na extensão do processo inflamatório/infeccioso ao peritônio e às modificações do funcionamento do trânsito intestinal. *Ao se instalar o processo de peritonite, a deterioração clínica do indivíduo pode ocorrer rapidamente e constitui-se um sinal de gravidade e mau prognóstico. Observações Peritonite - Conteúdo visceral extravasado de víscera oca. Inflamação/ infecção. Ex: perfuração de úlcera gástrica/ duodenal e extravasamento do suco gástrico, sangue, fezes, bile, pus. Dor abdominal - Distensão de vísceras, afecções vasculares. Ex: trombose de A. mesentérica (infarto do intestino), *Abdome em tábua/ rígido - ocorre por irritação do peritônio parietal. A inervação deste peritônio é a mesma da musculatura abdominal, em caso de irritação do mesmo, ocorre uma contratura desses músculos. Colecistite aguda Conceito - Doença inflamatória/ infecciosa (química ou bacteriana) da vesícula biliar. Considerações •É a complicação mais comum da colelitíase - Obstrução do ducto cístico (+ comum) •Acomete mais o sexo feminino, adultos jovens e idosos •A colecistite é geralmente a primeira manifestação da doença litiásica Colecistolitíase sintomática - obstrução intermitente/ transitórios do ducto cístico. O cálculo obstrui o ducto, causa sintomas e volta. Colecistite - Obstrução do ducto cístico ou infundíbulo da vesícula por um cálculo por mais de 6h. Colangite aguda - infecção das vias biliares por obstrução do ducto colédoco. - Potencialmente fatal - Tríade de Charcot: febre com calafrios, icterícia e dor abdominal 4 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 Pêntade de Reynolds - febre com calafrios, icterícia, dor abdominal, hipotensão e depressão do SNC - Colangite supurativa/ tóxica Fisiopatologia Cálculo impactado ⇩ Incapacidade de esvaziamento (bile) ⇩ Estase biliar ⇩ Translocação bacteriana ⇩ Colonização ⇩ Inflamação/ Infecção ⇩ Aumento da pressão ⇩ Isquemia *O processo pode involuir com a mobilização do cálculo. *O processo pode evoluir para empiema, necrose e perfuração da vesícula. *A colecistite pode ocorrer na ausência de obstrução do ducto cístico (alitiásica) - Menos comum (trauma, cirurgia prévia) *Em suspeita de colecistite não administrar opióides ao paciente (aumento do esfíncter de oddi) Bactérias ✓ Gram negativas ✓ Anaeróbicas (apresenta quadro clínico mais grave) Quadro clínico •Dor abdominal - Inicialmente a dor manifesta-se em hipocôndrio direito, irradiando posteriormente para epigástrio e dorso. - Dor progressiva - Dor em cólica após ingestão de alimentos que estimulam a secreção biliar ocasionando a contração da vesícula •Náuseas e vômitos •Febre •Estado geral costuma ser preservado •Posição antálgica *A icterícia pode estar presente em casos que há obstrução do ducto colédoco ou ducto hepático comum. Exame físico •Pode-se palpar a vesícula em 25% dos pacientes •Sinal de Murphy positivo - pausa álgica da inspiração à palpação profunda do ponto cístico. - Linha hemiclavicular até o rebordo costal direito = ponto cístico •Pode haver sinais de irritação peritoneal •Percussão - dor ao nível do hipocôndrio direito (irritação do peritônio visceral) •Ausculta - ruídos hidroaéreos podem estar diminuídos ou normais Diagnóstico - CLÍNICO Hemograma - Leucocitose - Elevação da PCR - GGT, TGO, TGP, Bilirrubinas podem estar alterados Ultrassonografia *Exame de escolha para diagnóstico •Presença de cálculos (estruturas hiperecogênicas, sombra acústica posterior) - Cálculo impactado no infundíbulo (não móvel) •Sinais de inflamação (parede espessada >6mm, hiperecogênica, presença de lama biliar, líquidolivre pericolecístico) 5 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 Manejo inicial •Hidratação •Controle álgico •Antieméticos •Antibióticos (amplo espectro - gram negativa + anaeróbica) - Amoxicilina + clavulanato - Ceftriaxona + metronidazol - Ciprofloxacino + metronidazol Tratamento •Colecistectomia - Deve ser realizada dentro de 3 dias após o início os sintomas *Colecistectomia de emergência em pacientes com instabilidade hemodinâmica ou dor intratável + complicações. Apendicite aguda Epidemiologia •Causa mais comum de abdome agudo •Mais prevalente entre a 2 e 3 década de vida •Mais comum em homens •Apresenta baixa mortalidade Aspectos anatômicos do apêndice cecal •Órgão vestigial •Divertículo verdadeiro (apresenta todas as suas camadas) •Localizado nas confluência das tênias, na parte inferior do ceco •Apresenta abundante tecido linfóide Variação anatômica do apêndice *O ceco pode mudar de localização, mudando também a apresentação dos sintomas. Fisiopatologia Hiperplasia linfóide/ fecalito/ tumor ⇩ Obstrução do apêndice ⇩ Distensão (aumento de tamanho) ⇩ Proliferação de bactéria e muco ⇩ Aumento de pressão ⇩ Isquemia local ⇩ Perfuração do apêndice ⇩ Abscesso local (bom prognóstico) ⇩ Peritonite (rompimento do abscesso) - mau prognóstico *O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações Quadro clínico •Dor abdominal - Dor migratória (inicia na região periumbilical e migra para a região da fossa ilíaca direita. - Dor tipo cólica, contínua - Piora com a movimentação (andar, pular, tossir) •Anorexia (sem fome, recusa alimentação) •Náusea e vômito •Posição antálgica •Bom estado geral •Condições hemodinâmicas preservadas *A dor inicial é visceral, com localização periumbilical devido derivar da mesma origem embriológica do apêndice. Em seguida, quando a inflamação começa a acometer as estruturas adjacentes (peritônio), essa dor passa a ser mais localizada e predominar na FID. Pode ocorrer 6 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 •Febre - de baixa a moderada (pode estar ausente em fases iniciais) •Diarréia •Tenesmo •Disúria *Idosos e gestantes podem apresentar apresentações atípicas. - Dor lombar Variação anatômica do apêndice ✓ Pélvica ✓ Retrocecal ✓Perileal ✓Paracecal *Os sintomas podem diferir dos habituais, o que torna o diagnóstico mais difícil. A apendicite pode apresentar alterações no sumário de urina (Leucocitúria, Piúria) Exame físico •Sinais de irritação peritoneal (contratura da musculatura abdominal) •Sinal de Blumberg positivo - descompressão brusca no ponto de Mcburney (FID) •Rovsing - dor na FID a compressão da FIE (deslocamento dos gases) •Sinal de Lapinski: dor na fossa ilíaca direita desencadeada pela palpação profunda no ponto de McBurney com o membro inferior direito hiperestendido e elevado. •Sinal de Dunphy - Tosse (aumento da dor) Sinais de irritação peritoneal •Sinal do obturador - flete a coxa do paciente e faz uma rotação interna - Paciente relata piora da dor •Sinal do psoas - deita o paciente de lado e faz-se uma extensão forçada do quadril/ coxa para trás - Paciente refere aumento da dor Palpação •Massa em fossa ilíaca direita - Abcesso - Fleimão Ausculta •Diminuição dos ruídos hidroaéreos Exames laboratoriais •Hemograma - Leucocitose - Desvio a esquerda - Granulações tóxicas Diagnóstico - CLÍNICO Escore de Alvarado Total •8,9 ou 10 = Muito provável •5,6 ou 7 = Provável •< 5 = Pouco provável Exame de imagem USG ✓ Diâmetro aumentado (> 6/7 mm) ✓ Presença de líquido livre ao lado do apêndice ✓ Incompressível ✓ Parede espessada (> ⅔ mm) ✓ Densificação da gordura periapendicular ✓ Visualização do apendiculito *Indicado para casos mais simples (homens, pacientes magros) 7 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 TC com contraste ✓ Apêndice dilatado ✓ Borramento da gordura ✓ Presença de líquido livre ✓ Paredes espessadas *Indicação para casos mais complicados, em que há dúvida diagnóstica (obesos e mulheres) *Exame de escolha em pacientes com suspeita de apendicite perfurada ou complicada É importante fazer o diagnóstico diferencial em mulheres. Investigação mais precisa. •Doenças ginecológicas •Gravidez ectópica Classificação Não complicada ✓ Fase I - Edematosa ✓ Fase II - Flegmonosa (presença de fibrina, processo inflamatório) *Paciente opera e vai para casa Complicada ✓ Fase III - Supurativa (presença de pus) ✓ Fase IV - Perfurativa (peritonite fecal, purulenta) - Maior morbimortalidade *Paciente necessita de um tratamento com antibiótico mais prolongado. Tratamento - Apendicectomia *Apendicite não complicada - apendicectomia dentro de 12h após o diagnóstico *Apendicite complicada (perfuração) - apendicectomia imediata Pancreatite aguda Conceito - Doença inflamatória do pâncreas. Epidemiologia •80-90% dos casos a doença é benigna, leve e autolimitada Etiologia •Biliar - Colelitíase (+ de 70% dos casos) - Cálculos pequenos (< 5 mm) •Alcóolica •Medicamentos (diuréticos - furosemida, antibióticos - metronidazol, tetraciclina, estrogênio) •Hipertrigliceridemia (> 1000 mg/ dl) •Hipercalcemia •Tumores •Pós-cpre (exame das vias biliares) *Se o paciente possui pancreatite é bem provável que ele possua cálculos biliares. Fisiopatologia (colelitíase) Cálculo biliar impactado na ampola ⇩ Incapacidade de drenagem do suco pancreático ⇩ Aumento da pressão pancreática ⇩ Ativação das enzimas pancreáticas dentro do pâncreas (Amilase, lipase, Tripsina) ⇩ Digestão do parênquima pancreático Tipos ✓Intersticial ou edematosa (autolimitada, benigna) 8 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 ✓Necrotizante - rara (necrose do parênquima pancreático e/ou estruturas adjacentes) - Alta mortalidade Quadro clínico •Dor abdominal - Localização: andar superior do abdome - Em faixa - Irradiação para o dorso - Piora com a alimentação •Náuseas, vômitos (precoces e volumosos) •Colestase (icterícia) •Desidratação, torpor, dispnéia •Íleo paralítico - parada de eliminação de fezes e flatos Exame físico *Variado e inespecífico •Dor em andar superior •Taquicardia •Dispnéia •Distensão abdominal •Desidratação •Icterícia (se associado a litíase biliar) •Redução de ruídos aéreos •Abdome doloroso à palpação profunda •Posição antálgica •Estado geral regular •Pode apresentar sinais de peritonite (em casos mais graves) Hematomas na parede abdominal - Sinal de pancreatite grave ✓Sinal de Cullen - Sangramento retroperitoneal - Hematoma periumbilical ✓Sinal de Gray-Turner - Sangramento retroperitoneal - Hematomas em flancos Exames laboratoriais Hemograma •Leucocitose •Elevação da PCR •Elevação de enzimas hepáticas (se houver associação a litíase biliar) •Elevação da amilase e lipase Diagnóstico •Clínica •> 3x o limite superior de referência de lipase e amilase •Achados de pancreatite aguda na TC ou RM de abdome Observações A amilase sérica eleva-se precocemente, apresentando normalização dos seus níveis após 48 horas, enquanto que a lipase eleva-se mais tardiamente que a amilase, porém seus níveis permanecem altos por mais tempo. TC com contraste (fazer tardiamente - 72H) - Feito apenas em caso de dúvida diagnóstica - Permite boa visualização do pâncreas e complicações - Útil para diagnóstico e estratificação da gravidade do quadro Ressonância nuclear magnética do abdome contrastada - Excelente alternativa diagnóstica e de estadiamento; - Útil em pacientes com contraindicação ao contraste iodado; - Imagens ponderadas em T2 são úteis para avaliar com precisão coleções líquidas, pseudocistos e hemorragias. *São necessários 2 de 3 critérios para fechar diagnóstico. Tratamento Suporte clínico 9 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 •Hidratação volêmica agressiva •Antiemético (plasil, dramin) •Dieta 0 (jejum) - Soro de manutenção EV •Analgesia •UTI •Antibioticoterapia *Não há tratamento específico Tratar a causa de base da pancreatite - Se a causa for biliar, deve-se fazer uma colecistectomia (caso contrário, o paciente pode voltar a ter um quadro de pancreatite aguda) Diverticulite aguda Epidemiologia •É maisprevalente em idoso (sem preferência por sexo) - maioria é assintomático •85% dos casos são quadros não complicados •Doença de países “ricos” - Alto consumo de alimentos industrializados, carne vermelha e dieta pobre em fibras •Sedentarismo (IMC >25) •Tabagismo •Uso excessivo de AINEs *Fatores de risco para doença diverticular - Divertículo - saculação do cólon Localização •Mais de 90% dos casos se localizam nos cólons descendente e sigmóide Fisiopatologia Divertículo ⇩ Obstrução da luz (fecalito, secreções intestinais) ⇩ Distensão do divertículo ⇩ Isquemia da parede ⇩ Necrose *Apendicite do lado esquerdo. Quadro clínico •Dor abdominal - A intensidade depende da extensão da doença - FIE (cólon reto sigmóide) ou região suprapúbica - Dor em cólica ou contínua, pode irradiar para o dorso ipsilateral - Progressiva •Náuseas, vômitos, anorexia •Inapetência •Febre baixa •Plenitude perirretal •Pode haver sangramento •Constipação, diarréia •Sintomas urinários (disúria, polaciúria) - se houver acometimento das vias urinárias •Distensão abdominal, diminuição dos RHA *Diverticulite aguda não cursa com sangue nas fezes Exame físico *Os achados dependem da extensão da doença •Rigidez de parede •Defesa involuntária •Dor localizada em FIE •Descompressão brusca dolorosa •Massas em FIE podem ser palpáveis Hemograma •Discreta leucocitose (predomínio neutrófilos) •Elevação do PCR Diagnóstico NÃO FAZER COLONOSCOPIA EM CASOS DE SUSPEITA DE DIVERTICULITE AGUDA *Pode haver rompimento dos divertículos. Deve ser feita após a resolução do quadro de 10 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 diverticulite aguda para afastar neoplasias colorretais. •TC + contraste endovenoso - exame de escolha - Inflamação no cólon, presença de divertículos - Confirmação diagnóstica e detecção de complicações •Rx - pode demonstrar pneumoperitônio e/ou quadros obstrutivos Classificação ✓Doença diverticular não complicada ✓Doença diverticular complicada - Classificar de acordo com a escala de Hinchey Tratamento •Doença diverticular não complicada - tratamento ambulatorial (não há complicações - abscesso) - Antibiótico + analgesia - Dieta leve (rica em fibras) - Antiinflamatórios *Não entra na classificação Hinchey Antibiótico - Contra bactérias Gram negativas e anaeróbias. •Doença diverticular complicada - Hinchey 1 = Jejum/ dieta branda, analgesia, antibiótico (possível alta com 72h) - Hinchey 2 = jejum/ dieta branda, alagaesia, antibiótico, drenagem de abscesso - Hinchey 3/ 4 = jejum, analgesia, antibiótico, cirurgia (ressecção do cólon acometido) - 85% dos cas Doença inflamatória pélvica Definição - Infecção do trato genital superior feminino. - Tubas, útero, ovários, peritônio pélvico e órgãos abdominais Ex: Endometriose, miomatose, salpingite, ooforite, abscessos tubo-ovarianos e peritonite pélvica. Epidemiologia •É uma IST •Mulheres jovens, com atividade sexual desprotegida Etiologia 11 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 *São bactérias/ microorganismos que estavam na vagina e ascenderam para o colo do útero. •Flora polimicrobiana (gram positivo, gram negativo e anaeróbios) •Gonorréia •Tricomoníase Fatores de risco •Múltiplos parceiros sexuais •Baixo nível socioeconómico •ISTs prévias •Adolescentes •Atividade sexual desprotegida Quadro clínico •Dor pélvica aguda •Secreção vaginal (fétido) - Corrimento purulento •Alteração menstrual •Sangramento uterino •Disúria •Dor pélvica •Febre (abscesso) •Dispareunia •Tenesmo *Pode haver pacientes assintomáticas Diagnóstico *Não há nenhum teste definitivo e conclusivo para diagnóstico da DIP *São necessários a presença de 3 critérios maiores + 1 critério menor ou a presença de 1 critério elaborado para confirmação diagnóstica. Exames complementares •Hemograma completo •Sorologias (DSTs) •Marcadores inflamatórios •B-HCG •Sumário de urina, urocultura •Biópsia de endométrio •USG pélvico, transvaginal Diagnóstico - Clínico Diagnósticos diferenciais •Gestação ectópica •Apendicite aguda •ITU/ pielonefrite •Litíase ureteral •Rotura de cisto ovariano •Endometriose •Mioma •Diverticulite Tratamento •Antibioticoterapia (iniciar o mais precoce possível) 12 Hab. clínicas丨Mariana Oliveira丨P5 - Cobrir flora polimicrobiana *Definir a necessidade de tratamento ambulatorial ou hospitalar. Tratamento cirúrgico •Falha do tratamento clínico •Presença de massa pélvica (abscesso) que aumenta, apesar do tratam. clínico •Abscesso > 10 cm Complicações •Abscesso tubo-ovariano •Dificuldade de engravidar •Gravidez ectópica/ tubária •Infertilidade •Dor pélvica crônica Hematócrito - Sangue nas fezes (+ vivo) - Intestino baixo, ânus Melena - sangue nas fezes (+ escuro) - Intestinos alto Hemoptise - Tosse com sangue - Pulmão (pode acompanhar secreções) Hematêmese - Vômito com sangue (pode vir junto com comida) - Sangue escuro (estômago) - Varize esofágica (sangue + vivo) Cirurgias prévias - pode causar fibrose gerando obstrução intestinal, aderências Uso de muitos anti-inflamatórios - úlcera péptica Baixa imunidade - maior susceptibilidade a infecções (salpingite, epididimite, gastrite, colecistite) Uso de anticoagulantes - sangramento de algum órgão (abdome inflamatório) Antecedentes pessoais femininos - Gravidez ectópica - Uso de ACO - Endometriose Antecedentes obstétricos
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