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FINANÇAS-CORPORATIVAS-8

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1 
 
 
FINANÇAS CORPORATIVAS 
1 
 
 
SUMÁRIO 
 
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................................................... 2 
INTRODUÇÃO AS FINANÇAS CORPORATIVAS ................................................................................. 3 
1. O FOCO DE FINANÇAS ............................................................................................................ 9 
2. custos HOSPITALARES ......................................................................................................... 17 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 21 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO AS FINANÇAS CORPORATIVAS 
Figura 1 - Figura Ilustrativa 
 
Fonte: Google Imagens, 2020. 
Antes de definir o que é a administração financeira é importante identificar se 
ela é na verdade uma área de concentração de estudos da Administração de 
Empresas, da Contabilidade e, também, das Ciências Econômicas. Essas três 
ciências são todas sociais-aplicadas e compartilham diversos pensamentos e 
instrumentos ao longo de sua evolução. 
As possibilidades da análise multiparadigmática das teorias expostas na 
Ciência Administrativa e os debates sobre a fragmentação das teorias 
organizacionais, seguidos da sofisticação do paradigma funcionalista e com a recente 
aplicação do paradigma crítico na gestão das organizações, justificam a importância 
de conhecer e de estudar as teorias, uma vez que ocorrem entre esses fatores 
cruzamentos e contraversões. 
As evidências apontam que as finanças são originárias da contabilidade, pois 
suas técnicas de registro são oriundas das práticas realizadas anteriormente por essa 
Ciência Contábil. No entanto, isso começou por volta de 3000 a.C., conforme mostram 
registros históricos. Nessa época, os sistemas agrícolas se utilizavam de anotações 
em placa de argila para saber como eram as transações desses insumos e produtos 
gerados. Logo, aí estão evidentes as bases de registro e de controle. O que controlar 
e por que controlar vem crescendo ao longo dos anos conforme o grau de 
complexidade que os negócios vêm assumindo. 
A questão é que a contabilidade veio evoluindo e notou-se que tudo era 
registrado seguindo alguma metodologia. O único questionamento era o pagamento 
de impostos, os custos dos produtos e insumos, a dificuldade do comércio pelo 
4 
 
 
escambo. A teoria econômica veio evoluindo lado a lado ao longo deste tempo 
procurando responder aos fenômenos do desenvolvimento, e é essa teoria então que 
incorpora em seu escopo as finanças como desafio de entender o mercado. Então já 
fica evidente do nascer desses estudos que um dos postulados da administração 
financeira é entender o mercado. A economia então incorporou ainda mais modelos 
de analise quantitativos e econométricos nas funções financeiras. Posterior a isso e 
no início do século passado, a administração financeira voltou-se à gestão sendo 
abordada agora com um enfoque mais administrativo justamente buscando fornecer 
instrumento para a gestão das organizações que começam a surgir frente à revolução 
industrial, ficando então sob o enfoque da ciência da administração. 
De maneira rápida e objetiva, Gitman (2010, p. 3) define finanças como “[...] a 
arte e a ciência de administrar o dinheiro”. Na realidade, nenhum autor conseguiu 
reunir de algum modo a trajetória da administração financeira, para tal é preciso juntar 
e conhecer de forma exaustiva a literatura disponível. 
Conforme apresentado por Fayol (2007), uma das seis naturezas da 
administração de empresas envolve a administração financeira, que é abordada como 
a procura e gestão de capital. 
Qualquer atividade no mundo empresarial, e até mesmo pessoal, envolve a 
alocação de recursos financeiros. Imagine desde uma família que precisa obter renda 
frente a um sistema econômico para satisfazer as suas necessidades ou contribuir 
com determinado regime de funcionamento, uma organização não governamental 
sem fins lucrativos que precisa buscar fontes de financiamento para suas operações, 
uma organização que objetiva o lucro como essência necessita buscar recursos e 
administrar o seu funcionamento. 
Isso envolve desde operações básicas como a decisão de compra de matéria 
prima, pagamento de despesas até as técnicas mais avançadas para análise de 
investimentos e projetos e aplicação de capital para ganhos futuros e, por último, os 
governos de um modo geral através de seus orçamentos e controle de gastos a fim 
de atender aos objetivos propostos em seus planejamentos e suprir a demanda de 
uma comunidade em questão. 
Pereira (2010) mostra que o mundo atual vive um capitalismo impulsionado 
pela financeirização das economias. Após as crises da década de 1990 e a recente 
5 
 
 
crise de 2008, a administração está voltada a atenção para as finanças de um modo 
geral a fim de criar mecanismos e soluções para que as empresas possam lidar melhor 
com as crises que estão por vir cada vez mais fortes e mais frequentes. 
É inevitável que com a globalização econômica, o aumento de concorrência e 
a dinâmica com que a economia caminha que as turbulências sejam mais frequentes 
e maiores. É neste mesmo ritmo que os administradores, economistas e “financistas” 
estudam e buscam evoluir as técnicas de administração financeira a fim de combater 
as dificuldades. 
Interessante, no entanto, conhecermos como a administração financeira vem 
evoluindo ao longo dos anos. 
O início mais próximo da administração financeira já no ambiente da 
administração empresarial remete ao início do século XIX na conclusão das redes 
ferroviárias americanas. A partir daí nasce, segundo Rosseti (2008), um 
conglomerado de cerca de 300 indústrias, onde 78 delas eram responsáveis por cerca 
de 50% da produção. 
Ainda de acordo com o autor, o principal problema era a composição das fontes 
de financiamento dando origem a problemas na estrutura de capital dessas 
organizações. Frente a isso, o enfoque principal se concentrava na busca de recursos 
para financiar as operações dessas companhias. 
Ainda de acordo com o autor, podemos apresentar década a década como a 
administração financeira evoluiu conforme a seguir: 
Década de 1920: com o crescimento das indústrias químicas, aço e de 
automóveis e a flutuação de preços, fazendo com que as empresas tivessem 
problemas de fluxo de caixa, levaram os especialistas a estudarem os estoques, os 
fluxos de caixa e, principalmente, se preocupar com a liquidez das organizações. 
Década de 1930: impulsionada pela crise de 1929, o enfoque era a intervenção 
governamental, o grau de alavancagem financeira e a liquidez das organizações aindatinha forte importância nos estudos em finanças. 
Década de 1940: período de pós Segunda Guerra Mundial, onde a 
concentração era fomentar a reconstrução dos países destruídos pelas batalhas e 
financiar a demanda por bens de consumo da população. Com isso muitos 
6 
 
 
fornecedores impulsionaram-se no mercado tornando-se extremamente líquidos. Na 
visão de Archer D’Ambrosio (1969), nesta época, popularizou-se a chamada 
“abordagem administrativa” que dava atenção às rotinas e operações diárias de uma 
organização. 
Década de 1950: começam as preocupações com os orçamentos e controle 
das empresas, justamente em função do medo de uma possível recessão. Começam 
então a gestão baseada em indicadores financeiros. 
Década de 1960: começa a decair o lucro das empresas em função das 
segmentações de mercado. Logo, os analistas se voltam para a avaliação de novos 
investimentos. Com o advento dos computadores, tornam-se possíveis simulações de 
crescimento de vendas e cálculos de rentabilidade fazendo com que as teorias 
econômicas ganhassem ainda mais força. 
Década de 1970: marcada pelas teorias de Markowitz (1952) que começam a 
ganhar força frente aos acontecimentos econômicos. Onde a diversificação das 
opções de investimento é o enfoque. Entram em evidência também os modelos de 
CAPM (Capital Asset Pricing Model), em português Modelo de Precificação de Ativos 
Financeiros, bem como as teorias de eficiência de mercado no que tange ao 
comportamento das cotações frente aos acontecimentos no mercado. 
Década de 1980: com as flutuações cambiais e de taxa de juros, o enfoque é 
a proteção financeira que podem ser discutidas a fim de evitar problema com a saúde 
financeira de um modo geral. Opções e headges são exemplos mais conhecidos. 
Nesta época, os bancos conseguem destaque no mundo dos negócios. 
Década de 1990: começam os estudos sobre avaliação das empresas em 
mercados globalizados, o estudo do valor agregado, a tomada de decisão frente aos 
contextos de valorização frente segmentos e a gestão baseada em valor. 
Atualmente, há uma gestão que não difere muito dos objetivos propostos 
anteriormente que é a maximização da riqueza para o acionista. A tendência é que 
cada vez mais a integração entre os setores de uma organização seja utilizada para 
o desenvolvimento. Apresentam-se também frente à academia diversos estudos nas 
finanças comportamentais para explicar a tomada de decisão financeira. No entanto, 
isso não desrespeita o modo de fazer a gestão e apenas a tomada de decisão. 
7 
 
 
O gestor financeiro, nomenclatura aqui utilizada para referenciar o tomador da 
decisão financeira, tem, na verdade, frente às suas decisões, três principais objetivos, 
sendo eles descritos conforme ilustra a Figura 2. 
Figura 2 - Objetivos da Administração Financeira 
 
Fonte: Herling et al, 2014. 
A maximização do lucro como critério contábil é o resultado auferido pela 
empresa após a apuração do exercício (ou operação) que o gestor deseja verificar. 
Influenciam nesta decisão todas as decisões operacionais e não operacionais 
da empresa que envolva processos que atinjam diretamente aos recursos das 
organizações. 
A maximização do valor de mercado é o objetivo que reflete o desempenho da 
empresa perante o valor dela no mercado. Atualmente, uma empresa é avaliada pelos 
seus tangíveis e intangíveis (marca, posicionamento de mercado, etc.) e as decisões 
do gestor financeiro refletem neste resultado. 
Maximizando o lucro e o valor de mercado consequentemente o valor para o 
acionista aumenta. A administração financeira, no entanto, segue a corrente da 
sustentabilidade empresarial visando utilizar de forma consciente os recursos sem 
prejudicar o meio ambiente e mantendo o equilíbrio deles para se autossustentar e 
gerar valor. 
Frente a esses objetivos, o papel do gestor financeiro em três grandes decisões 
que englobam toda essa evolução do estudo sendo: 
 a) Decisão de Investimento: refere-se à alocação dos recursos em uma 
empresa. Análise de investimentos por meio de técnicas, a decisão de aplicar em itens 
circulantes ou imobilizados, ou seja, é onde serão aplicados os recursos captados 
independente de sua fonte. 
8 
 
 
b) Decisão de Financiamento: trata das fontes de financiamento de uma 
organização e sua estrutura de capital. É como uma organização vai financiar suas 
atividades, seja por capital próprio ou de terceiros. Leva em conta o custo de cada 
capital, prazo de pagamento e o retorno que ele irá proporcionar em relação à 
atividade proposta pelo projeto. 
 c) Decisão de Operações: o que será realizado com o produto produzido pela 
organização. Distribuir ou reter os lucros para serem reinvestidos é o grande 
questionamento desta decisão, bem como as realocações de ativos e passivos dentro 
do balanço da empresa. 
Nesta evolução apresentada, é possível perceber todo o escopo da 
administração financeira. Outro ponto importante é que todas as decisões financeiras 
visam maximizar o capital e a rentabilidade. 
Figura 3 - Decisões do gestor financeiro 
 
Fonte: Herling et al, 2014. 
9 
 
 
1. O FOCO DE FINANÇAS 
 
Muito embora a pesquisa em finanças nos últimos 40 anos possa ser 
enquadrada em duas grandes linhas, com sua tradicional divisão em asset pricing e 
corporate financing, há de se atentar para a afirmação de Miller (1999) de que as 
abordagens originadas das escolas de negócios acerca das funções e objetivos das 
empresas são, por excelência, micronormativas, entendendo que estas buscam 
melhores decisões. Dessa forma, seus modelos de decisão se estabelecem visando 
à maximização de uma função-objetivo qualquer, seja o retorno esperado ou o valor 
para acionista, tendo-se os preços dos títulos no mercado como um dado que 
referenda desempenhos. 
Ainda quanto a isso, é interessante notar que as abordagens das escolas de 
economia seguem a máxima de Marshall, de que "não é da conta dos economistas 
ensinar o mestre cervejeiro a fazer cerveja", sendo, portanto, macronormativas. As 
empresas são vistas como unidades microotimizadoras e participantes de algo maior 
chamado mercado, que é dirigido via mecanismo geral de preços. 
Exemplos da natureza macronormativa de finanças podem ainda ser buscados 
na teoria de portfólio de Markowitz, com seu modelo baseado na média e variância 
dos dados, o qual vê o investidor como um decisor que se baseia em dados e 
estatísticas passadas de médias e variâncias de retornos de ativos, assim como de 
covariâncias entre estes. Na mesma linha macronormativa, o modelo Capital Asset 
10 
 
 
Pricing Model – CAPM - mensura riscos de ativos como função de sua covariância 
com os retornos do portfólio de mercado. 
A hipótese de eficiência dos mercados, conforme enunciada por Fama (1970), 
estipula que "nenhuma regra simples baseada em dados e informações já publicados 
e disponibilizados pode gerar taxas de retornos acima do normal", o que implica a 
afirmação de nova abordagem de natureza macronormativa de finanças (MILLER, 
1999). 
Entretanto, as proposições de Modigliani e Miller (1958 e 1961) ilustram a 
tensão entre as abordagens macro e micronormativas no campo das finanças, 
embutindoas, pelo lado micro, com sua busca do custo de capital, que sirva como taxa 
de retorno para análise dos projetos de investimentos da firma; pelo lado macro, com 
a expressão da demanda por investimentos se estabelecendo em função do custo de 
capital das firmas no lugar da taxa dos títulos de longo prazo do governo. Em especial, 
a abordagem micronormativa de que o custo de capital da empresa depende apenas 
da classe de risco dos projetos sob análise, portanto independendo de seus 
instrumentos de financiamento, colocou uma enorme dificuldade para o entendimento 
das teorias de finanças corporativas, o que é apontado pelo próprio Miller (1999). 
Aliás, um trabalho seminal desse autor (Miller, 1977), deixa claraa posição de que o 
equilíbrio no mercado de capitais se dá em nível agregado, embora cada empresa 
tenha sua preferência acerca da estrutura de financiamento que agrada a seu público 
investidor-alvo. Para tanto, o autor se expressa exatamente na última linha desse 
texto, dizendo: "... afinal, cada clientela é tão boa quanto outra qualquer" (MILLER, 
1977). 
O trabalho de Jensen e Meckling (1984) expressa muito bem a tensão entre as 
abordagens micro e macronormativas, com sua argumentação de que o 
balanceamento tradeoff entre custos de falência e subsídios tributários invalida a 
proposição de irrelevância de estrutura de capital de MM, na medida em que 
probabilidades de ocorrência de falência guardam relação direta com índices de 
alavancagem financeira (capital de terceiros/capital próprio), o que afeta a distribuição 
futura dos prováveis fluxos de caixa da firma. 
Na proposição dos autores, os custos de agência fundam-se no mesmo 
pressuposto de maximização de uma função utilidade das finanças, amplo senso: "De 
11 
 
 
nossa parte, mantemos a noção de um comportamento maximizador por parte de 
todos os indivíduos na análise a seguir" e que "se ambas as partes na relação são 
maximizadores de utilidade, há boa razão para acreditar que o agente (gerentes) nem 
sempre agirá nos melhores interesses do principal (acionistas)" (JENSEN e 
MECKLING, 1984, p. 191). 
Esse conflito de caráter permanente no processo decisório da firma, no qual os 
protagonistas são os acionistas (os principais) e seus agentes (os gerentes), leva à 
questão básica: a quem os gestores realmente servem? Naturalmente que essa 
pergunta sintetiza uma negativa definitiva à pretensão de se ater exclusivamente ao 
caráter micronormativo das finanças, até porque as respostas vão desde posições 
críticas que apontam os próprios gerentes como beneficiários a outras que colocam 
os gerentes como protagonistas de processos que atendem aos interesses de 
diversos stakeholders como acionistas, clientes, fornecedores e empregados 
(GRINBLATT e TITMAN, 1998). 
Por certo a importância da abordagem normativa emerge na análise e a raiz 
desse comportamento dos gestores encontra explicação no trabalho clássico de Berle 
e Means (1932), os quais tratam do fenômeno da separação entre propriedade e 
controle nas grandes corporações americanas. Por sua vez, Donaldson e Lorsch 
(1983) sugerem que os gestores entendem a si próprios como representantes dos 
mesmos stakeholders citados no parágrafo acima (acionistas, credores, clientes, 
fornecedores e os próprios empregados). 
Do ponto de vista do acionista, a grande questão posta é como exercer controle 
sobre os atos dos gestores da firma, e uma influência direta pode ser exercida quando 
seu bloco de ações é proporcionalmente grande o suficiente para se fazer ouvido e 
obedecido. Entretanto, nas grandes corporações americanas, o controle é 
essencialmente exercido por gestores que possuem uma parcela mínima das ações 
da firma. Além disso, seus interesses não estão sempre e necessariamente alinhados 
aos dos acionistas. 
Do lado da escolha dos novos projetos da firma, os gestores preferem 
investimentos ligados a sua expertise pessoal e que aumentem seu poder e influência 
na firma e diminuam o risco futuro de serem descartados. Ademais, eles revelam 
preferências por investimentos que aumentem o tamanho da firma, que a 
12 
 
 
diversifiquem, que retornem mais rapidamente, bem como almejam redução de níveis 
de endividamento, mesmo à custa da perda de possibilidade de dedução dos juros do 
imposto de renda a pagar (GRINBLATT e TITMAN, 1998). 
Enfim, esse conjunto de preferências dos gestores representa conflitos de 
agência na firma e influencia fortemente sua estrutura de governança, impactando a 
escolha de projetos de investimentos e afetando seu processo de criação de valor. De 
forma definitiva, não tem sentido a aplicação exclusiva da lógica inerente à abordagem 
micronormativa de buscar entender a empresa apenas como a geradora de benefícios 
a seus proprietários. 
Por essa visão, esses custos de agência estendem-se também para as dívidas 
contraídas pela firma. Os custos de falência induzem os credores a incorrer em custos 
de monitoramento de seus recursos aplicados nas empresas, os quais derivam dos 
incentivos associados à alavancagem. Como sistematizam Grinblatt e Titman (1998), 
o acionista pode assumir estratégias que transfiram riqueza do credor para si mesmo, 
que se manifestariam de diferentes formas, como: 
 adoção de estratégias de subinvestimentos, com a recusa de projetos com alto 
Valor Presente Líquido – VPL - porque seus benefícios serão capturados em 
sua maior parte por financiamentos anteriores, com cláusulas de precedência. 
Por sua vez, essas cláusulas desincentivam novos credores a colocar mais 
dinheiro na firma, reduzindo seu funding para novos projetos; 
 orientação de curto prazo, o que significa que as empresas escolhem projetos 
geradores de caixa a curto prazo, mesmo que seu VPL não seja atrativo; 
 escolha de projetos com maiores taxas de risco, desde que a expectativa de 
retorno para o acionista seja maior do que de projetos com menor risco, 
aumentando a probabilidade de perda total para o credor, no caso de insucesso 
do projeto; 
 postergação de liquidação da firma no caso de falência, porque o fluxo de caixa 
poderá remunerar de alguma forma o acionista e manterá, certamente, os 
salários dos gestores. Cabe ainda lembrar que, no caso de liquidação, os 
acionistas são os últimos a receber valores no processo legal, o que os 
incentiva ainda mais a comportamentos espúrios. 
13 
 
 
Como enfatizam Grinblatt e Titman (1998), custos de falência, subsídios 
tributários e custos de agência são manifestações típicas do mundo real do mercado, 
e as interrelações entre elas influenciam decisivamente as escolhas de estruturas de 
capital, as formas e a extensão da distribuição de resultados aos acionistas, além de 
interferir nas relações entre os stakeholders da organização. 
No caso específico dos stakeholders, verifica-se que estratégias de 
investimentos da firma têm relação com graus de dificuldades financeiras, o que pode 
levar clientes e fornecedores, por exemplo, a evitar fazer negócios com essa firma, 
por medo das consequências de uma possível falência. Esta situação pode levar 
também a perda de qualidade dos produtos ou redução dos serviços de assistência 
técnica pós-venda para os clientes, afastando-os da empresa. Essa mesma situação 
pode levar à postergação dos pagamentos a fornecedores e, ainda, no caso dos 
empregados, a perda de emprego ou privação de oportunidades de crescimento 
profissional (GRINBLATT e TITMAN, 1998). 
Ainda mais, os investimentos em imagem e credibilidade da sua reputação e 
produtos seguem nessa mesma trilha, e Grinblatt e Titman (1998) apontam que "sob 
dificuldades financeiras, o valor a longo prazo de uma boa reputação pode ser menos 
importante para gerentes que a necessidade de geração de caixa a curto prazo com 
o intuito de evitar a falência" (GRINBLATT e TITMAN, 1998, p. 582). 
Muito embora os custos de falência impostos por uma firma a seus stakeholders 
retornem na forma de restrições sobre sua capacidade de elaborar estratégias, essa 
mesma situação gera alguns benefícios como, por exemplo, o de dissuadir sindicatos 
de empregados de demandas diversas e o de sensibilizar governos quanto a 
disponibilizar concessões para evitar situações falimentares de empresas. 
Os custos de falência de uma grande firma incidentes sobre uma comunidade 
na forma de baixa da atividade econômica reduzem, também, a capacidade de 
recolher impostos dessa mesma comunidade. É claro que esse efeito representa um 
catalisador da boa vontade governamental para este tipo de negociações. 
Myers e Majluf (1984) desenvolvem um modelo de equilíbrio para a decisão de 
emitir-investir baseado nasseguintes suposições: a empresa tem uma oportunidade 
valiosa de investimento e existem informações assimétricas entre gerentes e 
investidores. Concordam, ainda, que a firma opera em um mercado de capitais 
14 
 
 
eficiente onde o VPL dos títulos emitidos é zero visto que é compensado pelo VPL 
dos investimentos pretendidos. 
Isto é de fato um equilíbrio complexo que envolve muitas variáveis e demonstra 
a interligação entre a estrutura de capital e decisões de escolha dos projetos de 
investimento da firma. Ao contrário da irrelevância da estrutura de capital sobre o valor 
dos ativos, conforme proposto por MM, o modelo mostra sua conexões. 
Eles propõem nas conclusões de seu estudo que a firma deve evitar financiar 
seus investimentos via emissão de capital. Ela deve, também, fixar uma meta de 
dividendos compatível com possíveis investimentos de capital e com a geração interna 
de recursos. 
De qualquer forma, o poder discricionário dos gestores é reduzido pela 
alavancagem financeira, na medida em que exerce pressão sobre o fluxo de caixa da 
empresa, deixando pouca margem de manobra decisória. Neste quadro, o gestor 
dispõe-se a investir menos, pois se veria com poucos recursos para novos projetos. 
Além disso, uma estrutura de capital alavancada introduz outro stakeholder no sistema 
de governança da firma, qual seja, a instituição financeira. O aumento de sua 
participação na estrutura de capital dá-lhe poderes de monitorar as decisões dos 
gestores, via controle de suas linhas de crédito adicionais. 
Assim é que, como afirmam Myers e Majluf (1984), a estrutura de governança, 
desenhada pela estrutura de capital da firma é, portanto, um dado da realidade que 
afeta a geração de valor para ela. Dito de outra forma, as decisões de finanças afetam 
a estratégia da firma, e a formulação desta deve levar em conta as finanças 
corporativas, representando, ambas, os dois lados de um mesmo processo decisório. 
Por outro lado, esses mesmos conflitos entre acionistas e credores suscitam a 
busca de sua superação e uma das maneiras encontradas é a de financiar a firma 
somente com capitais próprios. No entanto, essa forma radical de eliminar os conflitos 
desaparece também com os benefícios decorrentes do endividamento como as 
economias de impostos. Desta maneira, os gestores buscam formas de minimizar 
esses conflitos lançando mão de artifícios como cláusulas restritivas nos contratos de 
financiamento ou a busca de instituições privadas – companhias de seguro ou fundos 
de pensão – como provedores de crédito, no lugar de emitirem títulos públicos de 
dívidas. Essas instituições privadas de crédito podem monitorar mais de perto os 
15 
 
 
novos créditos da firma, protegendo os contratos com cláusulas restritivas, reduzindo 
os conflitos de interesse entre credores e acionistas. 
Vimos, portanto, que a escolha da estrutura de capital não é uma questão de 
indiferença para o valor da firma, conforme proposto por Modigliani e Miller (1958), até 
porque, nas questões relacionadas às decisões de financiamento desta, o gestor se 
vê envolvido com toda uma gama de variáveis imbricadas entre si, exercendo 
impactos fortes e contraditórios sobre o processo decisório. Naturalmente, quando a 
isso somamos as dificuldades inerentes às decisões de pagamento de dividendos, a 
própria natureza das finanças corporativas muda vivamente de contorno, e as 
pretensões de se ater apenas à abordagem micro ou macronormativa, no sentido de 
entender o processo de decisões das organizações, perdem sentido. Enfim, todo esse 
processo acaba por tornar mais próximas as decisões de gestão financeira da 
formulação de estratégias da firma. 
Dessa forma, as proposições sobre a inter-relação entre estratégia e finanças 
vêm hoje ganhando contornos cada vez mais nítidos e precisos com trabalhos e 
pesquisas sobre o tema. Na síntese que empreenderam sobre o estado da arte na 
área denominada teoria da estrutura de capital, Harris e Raviv (1991) apontaram um 
conjunto de cerca de 150 papers sobre o assunto, justificando os quatro 
agrupamentos adotados com base em determinantes de estruturas de capital, os 
quais seriam para eles: 
1. conflitos de agência da firma; 
2. assimetria de informações entre agentes internos e externos às organizações, 
no contexto da seleção adversa de ativos; 
3. características dos mercados de produtos e insumos das empresas; 
4. disputa pelo controle corporativo. 
Em outro trabalho de síntese do estado da arte sobre estrutura de 
financiamento de empresas, Balakrishnan e Fox (1993, p. 14) adotam agrupamentos 
sobre os títulos de "níveis de deduções tributárias financeiras", "níveis de deduções 
tributárias não financeiras", "teoria de agência e endividamento", "fluxo de caixa livre, 
endividamento e falência", "estrutura de capital por indústria". Além disso, os autores 
adotam as perspectivas da transaction costs economics de Coase (1937) e da 
16 
 
 
resource based view da economia industrial, como base para pesquisas acerca dos 
elos entre estratégia de negócios e estrutura de capital. 
 Encerrando, os trabalhos assinalados nesta seção revelam o grande potencial 
de estudo que deriva desta busca de elos entre finanças e estratégia, o que significa 
trabalhar em campos teóricos fundados sobre paradigmas diferentes e que se 
expressa na frase de Harris e Raviv (1991, p. 300) de que modelos de estrutura de 
financiamentos baseados nas interações dos mercados de produtos e de insumos 
estão ainda em sua infância. 
 
17 
 
 
2. CUSTOS HOSPITALARES 
 
 
A gestão de custos tem sido vista como de suma importância nas organizações 
hospitalares, mesmo sendo consideradas organizações complexas para apuração e 
gestão de custos (SENHORAS, 2007; MIRANDA et al., 2007; DALLORA; FORSTER, 
2008; BLANSKI, 2015), tendo em vista que não são empreendimentos únicos, 
produzindo diversos serviços e produtos como de lavanderia, costura, hotelaria 
(internação), atendimento ambulatorial e emergências, restaurante (nutrição), 
laboratório, entre outros (TOGNON, 1999; LA FORGIA; COUTTOLENC, 2009; 
BERTÓ; BEULKE, 2012). 
Diante desta complexidade, a contabilidade de custos pode fornecer 
informações relevantes para a gestão hospitalar, por meio de suas ferramentas para 
avaliação do estoque (custeio por absorção), controle (custo padrão), tomada de 
decisão (custeio variável, custeio baseado em atividades) e artefatos gerenciais no 
campo da Gestão Estratégica (custeio alvo, determinantes de custos, análise de 
custos dos concorrentes, GCI, ABC/ABM, custos da XXIV Congresso Brasileiro de 
Custos – Florianópolis, SC, Brasil, 15 a 17 de novembro de 2017 qualidade, entre 
outros) (GREJO; PAVÃO; CAMACHO; ABBAS, 2015). 
 Popesko (2013) destaca que não se considera muito comum a utilização de 
métodos de custeio em hospitais como em empresas tradicionais, contudo, com a 
introdução das técnicas modernas de medicina e o consequente aumento dos custos, 
muitos hospitais são pressionados a adotarem técnicas de gerenciamento de custos 
18 
 
 
mais avançadas, a fim de conseguirem enfrentar as dificuldades e desafios ao 
equilibrar recursos e custos limitados para oferecer sua demanda por serviços. Nesse 
aspecto, a gestão de custos aparece necessária aos hospitais, podendo melhorar o 
desempenho da organização e redefinir prioridades na utilização dos recursos 
disponíveis (MARTINS et al., 2015). 
No Brasil, conforme destacam La Forgia e Couttolenc (2009), as informações 
de custos possuem limitações que comprometem o seu uso efetivo, como por 
exemplo, a baixa qualidade dos múltiplos e não padronizados sistemas de custos 
(quando existem) e falhas gerenciais para aplicar os dados disponíveis às operações. 
Martins e Rocha (2010, p.9) definem que custo “é o que se consome em 
recursos monetários, para produção de bens e serviços, podendo ser divididos em 
custos fixos e variáveis, diretose indiretos”. O Custeio variável, por absorção (parcial, 
modificado e pleno), por atividades, por exemplo, são alguns dos principais métodos 
de custeio para gestão de custos, além dos artefatos da Gestão Estratégica de Custos 
(GEC). Martins et al. (2015) pontuam que dentre os métodos de custeios 
apresentados na literatura, que já foram base de estudos empíricos realizados em 
instituições hospitalares, destacam-se: Activity Based Costing (ABC), Time-Driven 
ABC, Padrão, Absorção, Direto ou Variável, e Reichskuratorium für Wirtschaftlichkeit 
(RKW). No Quadro 1 apresentam-se as ferramentas e artefatos existentes para a 
gestão de custos e que podem estar presentes no âmbito hospitalar: 
Ferramentas e Artefatos Variáveis Autores 
Métodos de mensuração 
e custeio 
Custeio por absorção Ching (2001); Matos (2005); Frezatti 
(2009); Souza e Diehl (2009); Martins e 
Rocha (2010); Martins (2010). 
Custeio Pleno 
Reichskuratorium für 
Wirtschaftlichtkeit (RKW) 
Frezatti (2009); Martins (2010). 
Custeio Variáve Ching (2001); Matos (2005); Frezatti 
(2009); Souza e Diehl (2009); Martins 
(2010). 
Custeio Baseado em 
Atividades ou Activity-
Based Costing (ABC) 
Kaplan e Cooper (1998); Matos (2005); 
Falk (2008); Souza e Diehl (2009). 
Custeio TDABC Kaplan & Anderson (2007). 
19 
 
 
Custos para controle e 
tomada de decisões 
Custeio Padrão 
Matos (2005). 
Ponto de equilíbrio, margem 
de contribuição, margem de 
segurança e grau de 
alavancagem operacional 
Artefatos da GEC 
Gestão Interorganizacional 
de Custos (GCI) 
Cooper & Slagmulder (1999, 2003, 
2004); Hoffjan & Kruse (2006); 
Camacho (2010). 
Custos da Qualidade Juran & Gryna (1991); Juran (2009) 
Custeio Alvo Ansari et al. (1997); Camacho (2004); 
Cruz & Rocha (2008). 
ABC/ABM Kaplan e Cooper (1998); Ching (2001); 
Aillón (2013). 
Análise de Concorrentes Porter (2004); Santos (2010). 
Cadeia de Valor Shank & Govindarajan (1997); Rocha & 
Borinelli (2007); Camacho (2010). 
Determinantes de Custos Porter (1989); Shank & Govindarajan 
(1997); Carneiro (2015). 
 
Cabe ressaltar que nenhum método de custeio é capaz de atender a todas as 
necessidades informativas dos gestores, portanto, não se pode considerá-los 
excludentes, e sim complementares (MARTINS; ROCHA, 2010). 
No contexto hospitalar, estudos indicam, embora não probabilísticos, que o 
principal método de custeio utilizado na área hospitalar é o custeio por absorção e que 
o ABC tem seu uso moderado, visto a complexidade deste último (SILVA; MIRANDA; 
FALK, 2002; SILVA; ABREU, 2006; MARTINS et al.., 2015). Dalmácio, Rezende e 
Aguiar (2007) buscaram aplicar e analisar a nova proposição do ABC – Time-Driven 
ABC Model – em uma empresa do setor de serviço hospitalar, concluindo que esta 
nova abordagem pode oferecer uma contribuição significativa para as organizações 
que atuam na área de serviços, todavia, este modelo não irá resolver todos os 
problemas de alocação dos custos indiretos. 
Quanto às pesquisas que buscaram identificar o perfil dos trabalhos publicados 
na área de custos, cabe destacar algumas como de Cardoso, Pereira e Guerreiro 
(2004), que analisaram o perfil das pesquisas de custos no EnANPAD, desde a sua 
inauguração em 1998 até como área até 2003, evidenciando um forte crescimento 
20 
 
 
quantitativo da temática, contudo não proporcional ao crescimento qualitativo nesta 
área. 
Rocha, Reis, Souza, Cruz e Tracz (2010) buscaram analisar as publicações 
voltadas para a abordagem de gestão de custos também no EnANPAD, destacando 
as principais tendências, autores, universidades e relações entre autores no período 
analisado, e ressaltaram que o método de custeio ABC foi o mais abordado nos 
artigos. Custódio, Machado e Gibbon (2016), analisando as publicações de custos em 
periódicos nacionais, demonstram que grande parte das pesquisas abordam os 
métodos de custeio e em relação ao método o estudo de caso é predominante e conta 
com um número reduzido de pesquisas tipo survey. 
Já as pesquisas identificadas como semelhantes ao propósito do presente 
estudo, como expostas no capítulo 1, foram de Lucena e Brito (2010), que destacaram, 
dentre os artigos do congresso USP, havia uma pequena quantidade de artigos 
publicados na área de custos em hospitais, dando indícios de que até o ano de 2010 
não haveria publicações neste congresso sobre a temática. E Santos et al (2014) 
apontaram que a produção científica nacional na área de custos hospitalares ainda é 
pequena. Ademais, os mesmos autores evidenciaram que a maioria dos artigos tem 
uma abordagem qualitativa, com estudos empíricos, utilizando-se predominantemente 
estudos de caso, e dentre os congressos pesquisados, o CBC apresenta o maior 
número de artigos publicados na área. Diante desse contexto, denota-se a relevância 
da pesquisa na área de custos hospitalares e no levantamento dos estudos já 
realizados nessas instituições em relação a temática da gestão de custos. 
 
21 
 
 
REFERÊNCIAS 
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em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 
2001. 
 
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2010. 
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São Paulo: Atlas, 2001. 
 
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2010. 
 
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empresas brasileiras com ações negociadas em bolsas de valores. In: LEAL, Ricardo 
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MATIAS, A. B. (Org.) Finanças corporativas de curto prazo. São Paulo: Atlas, 2006. 
 
MELO, Giovani M. Padrão de financiamento das empresas privadas no Brasil. Rio de 
Janeiro: IPEA Documento de Trabalho 653, 1999. 
 
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crescimento – uma análise do Brasil pós-real. Revista de Economia Contemporânea, 
v. 5, p. 35-67, 2001. 
 
RAMOS, Patricia B.; BARBOSA, Andreza P. Maior Visibilidade ou integração do 
mercado de capitais brasileiro? Os efeitos da listagem de ações de empresas 
brasileiras no mercado norte-americano através do mecanismo de recibos de 
depósitos de ações. Revista Eletrônica de Administração, v. 5, n. 1, 1999 (disponível 
em . RODRIGUES JR., Waldery; MELO, Giovani M. Padrão de financiamento das 
empresas privadas no Brasil. Rio de Janeiro: IPEA Documento de Trabalho 653, 1999. 
 
 
 
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Revista da CVM, p. 63-70, dezembro 2001.

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