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Prévia do material em texto

I. Tema / Conteúdo
Contos (características, estruturação e temáticas).
	II. Objetivos
· Ativar o conhecimento prévio para definir o gênero textual;
· Identificar o conto enquanto gênero textual;
· Compreender sua finalidade e sua estrutura;
· Verificar suas variadas temáticas;
· Trabalhar em equipe.
	III. Metodologia/ Estratégias
· Dividir os alunos em quatro ou cinco grupos (aproximadamente sete alunos em cada grupo) e para cada grupo entregar um conto para que façam uma leitura silenciosa (cada um fica com um conto com temática diferente);
· Relatar a história lida para os outros da classe;
· Discussão de questões para que observem as características do conto;
· Conferir se algum aluno tem noção do gênero do texto que eles acabaram de ler;
· Identificar com os alunos a estrutura do texto (apresentação das personagens, espaço, problema, desenvolvimento, clímax e desfecho).
· Aula expositiva explicativa.
	IV. Recursos 
· Xerox dos contos. 
	V. Avaliação
· Participação durante a aula.
	VI. Referências
· Apostila usada na escola;
· Sites na internet para encontrar contos mais didáticos: 
https://nuhtaradahab.wordpress.com/2011/04/27/monteiro-lobato-historias-de-tia-nastacia-xx-o-cagado-na-festa-do-ceu/
https://www.portalsaofrancisco.com.br/literatura-infantil/o-menino-e-o-padre
http://www.apocalipse2000.com.br/contos.htm
http://www.criandocomapego.com/contos-africanos-para-criancas-e-adultos/
	VII. Anexo 
· Questões para discussão (oralmente): 
1) Há semelhanças entre os textos?
2) Há narração de uma história?
3) Tem personagem e narrador?
4) Há uma ordem? Início meio e fim
5) Qual o tempo em que se passa a história?
6) E o espaço?
7) É uma história curta ou longa?
8) Qual a temática de cada um?
9) Quais as diferenças? 
· Contos que devem ser dados a cada grupo:
Conto I- “O cágado na festa do céu” – Monteiro Lobato (conto etiológico)
Certa vez houve uma grande festa no céu, para a qual foram convidados os bichos da floresta. Todos se encaminharam para lá, e o cágado também — mas este era vagaroso demais, de modo que andava, andava e não chegava nunca.
A festa era só de três dias e o cágado nada de chegar. Desanimado, pediu a uma garça que o conduzisse às costas. A garça respondeu: "Pois não", e o cágado montou.
A garça foi subindo, subindo, subindo; de vez em quando perguntava ao cágado se estava vendo a terra.
— Estou, sim, mas lá longe.
A garça subia mais e mais.
— E agora?
— Agora já não vejo o menor sinalzinho da terra.
A garça, então, que era uma perversa, fez uma reviravolta no ar, desmontando o cágado. Coitado! Começou a cair com velocidade cada vez maior. E enquanto caía, murmurava:
Se eu desta escapar,
léu, léu, léu,
se eu desta escapar,
nunca mais ao céu
me deixarei levar.
Nisto avistou lá embaixo a terra. Gritou:
— Arredai-vos, pedras e paus, senão eu vos esmagarei! As pedras e paus se afastaram e o cágado caiu. Mesmo assim arrebentou-se todo, em cem pedaços.
Deus, que estava vendo tudo, teve dó do coitado. Afinal de contas aquela desgraça tinha acontecido só porque ele teimou em comparecer à festa do céu. E Deus juntou outra vez os pedaços.
É por isso que o cágado tem a casca feita de pedacinhos emendados uns nos outros.
Conto II – “O menino e o padre" (conto de humor)
Um padre andava pelo sertão, e como estava com muita sede, aproximou-se duma cabana e chamou por alguém de dentro. Veio então lhe atender um menino muito mirrado.
 
- Bom dia meu filho, você não tem por aí uma aguinha aqui pro padre?
 
- Água tem não senhor, aqui só tem um pote cheio de garapa de açúcar! Se o senhor quiser... - disse o menino.
 
- Serve, vá buscar. - pediu-lhe o padre.
 
E o menino trouxe a garapa dentro de uma cabaça. O padre bebeu bastante e o menino ofereceu mais. Meio desconfiado, mas como estava com muita sede o padre aceitou. Depois de beber, o padre curioso perguntou ao menino:
 
- Me diga uma coisa, sua mãe não vai brigar com você por causa dessa garapa?
 
- Briga não senhor. Ela não quer mais essa garapa, porque tinha uma barata morta dentro do pote.
 
Surpreso e revoltado, o padre atira a cabaça no chão e esta se quebra em mil pedaços. E furioso ele exclama:
 
-Moleque danado, por que não me avisou antes?
 
O menino olhou desesperado para o padre, e então disse em tom de lamento:
 
- Agora sim eu vou levar uma surra das grandes; o senhor acaba de quebrar a cabacinha de vovó fazer xixi dentro
Conto III- “As crianças” (mistério/horror)
No interior do estado de Minas Gerais havia um pequeno vilarejo. As pessoas viviam com paz e tranqüilidade. O dia passava calmamente, com um belo sol e pássaros cantando a primavera que havia chegado.  
Junto com a primavera, chega um forasteiro. Um rapaz de São Paulo que está fazendo pesquisas com os insetos da região. Ele se hospeda no único hotel da cidade. Ao pegar as chaves, recebe uma advertência do atendente: 
- Muito cuidado, Doutor. As noites de primavera dessa cidade são amaldiçoadas... 
- Mas por quê? Perguntou o rapaz...
- Demônios do inferno... Todas as noites eles saem para fazer algazarra. São dezenas de crianças que atormentam a cidade. Elas já mataram muita gente por aqui... - Mas que bobagem...
O jovem pegou suas coisas e foi para o seu quarto. Com o cair da noite, o rapaz se preparava para sair em sua busca por exemplares de insetos na região. Ficou preocupado com a história do atendente, mas pegou seu facão por garantia. Ele achava que deveriam ser delinqüentes, e não demônios... 
E lá se foi, o biólogo em busca de seus animaizinhos... Uma cigarra aqui, um gafanhoto dali... Até que o silencio se torna total na cidade. Seu relógio marcara meia-noite e os ponteiros não se movimentavam mais. O jovem puxa seu facão e fica preparado. Ele escuta sons. Vozes. Vozes de crianças. É impossível entender o que elas diziam... Mas vinham em sua direção. Não era possível identificar as imagens, apenas vultos que se moviam rapidamente. E estavam se aproximando. O desespero toma conta do rapaz. Eles vêm em sua direção. Ele tenta fugir, mas as crianças são mais rápidas do que ele. Até que as crianças o pegam e o levam para a porta da igreja sendo arrastado pelas pernas. Elas são muito fortes e rápidas. Gritos, risadas e muitos gemidos. As crianças batem a mão dele no chão e gritam a cada pancada. O rapaz sente dores terríveis.
Uma das almas pega o facão de sua mão. Outras duas o deitam de costas para o chão. Preocupado, e prevendo sua morte, ele fecha os olhos e ouve o barulho do seu facão batendo no chão de terra. Ao abrir os olhos, as crianças haviam sumido e seu facão estava cravado na terra. O jovem não entendia como poderiam ter enterrado um facão de 30 centímetros até o cabo.
Depois de passar o susto, ele resolve retirar sua arma da terra. Depois de muita dificuldade ele resolve cavar para facilitar a saída da arma. Mas ao cavar uns 20 centímetros de solo ele sente que seu facão está cravado em algo sólido. Era branco. Ao retirar mais terra do local ele percebe a surpresa. Era um crânio. De uma criança indígena, ainda com os colares e peças de rituais. Ao tocar no crânio, as crianças aparecem repentinamente ao seu lado, porém em silêncio. Agora ele consegue definir seus rostos. Elas pedem para que ele continue cavando. Ele busca uma pá e cavar em volta da igreja. O jovem rapaz encontra dezenas de corpos e descobre o mistério. As crianças atormentavam a vila porque ela foi construída sobre um cemitério de crianças indígenas, dizimadas pela colonização da região. Suas almas não conseguiam descansar em paz até que as casas que estavam sobre o terreno sagrado foram removidas do local. 
Depois desse dia, os "demônios baderneiros" nunca mais foram vistos na cidade.  
Conto IV- “A mulher que não falava” (africano) Certo dia, um rapaz viu uma rapariga muito bonita e apaixonou-se por ela. Como se queria casar com ela, no outro dia, foi ter com os pais da rapariga para tratar do assunto. – Essa nossa filha não fala. Caso consigas fazê-la falar, podes casar comela, responderam os pais da rapariga. O rapaz aproximou-se da menina e começou a fazer-lhe várias perguntas, a contar coisas engraçadas, bem como a insultá-la, mas a miúda não chegou a rir e não pronunciou uma só palavra. O rapaz desistiu e foi-se embora. Após este rapaz, seguiram-se outros pretendentes, alguns com muita fortuna, mas, ninguém conseguiu fazê-la falar. O último pretendente era um rapaz sujo, pobre e insignificante. Apareceu junto dos pais da rapariga dizendo que queria casar com ela, ao que os pais responderam: __ Se já várias pessoas apresentáveis e com muito dinheiro não conseguiram fazê-la falar, tu é que vais conseguir? Nem penses nisso! O rapaz insistiu e pediu que o deixassem tentar a sorte. Por fim, os pais acederam. O rapaz pediu à rapariga para irem à sua machamba, para esta o ajudar a sachar. A machamba estava carregada de muito milho e amendoim e o rapaz começou a sachá-los. Depois de muito trabalho, a menina ao ver que o rapaz estava a acabar com os seus produtos, perguntou-lhe: – O que estás a fazer? O rapaz começou a rir e, por fim, disse para regressarem a casa para junto dos pais dela e acabarem de uma vez com a questão. Quando aí chegaram, o rapaz contou o que se tinha passado na machamba. A questão foi discutida pelos anciãos da aldeia e organizou-se um grande casamento.
Machamba- Local onde são plantados vegetais; herdade, quinta, horta. Designação comum para propriedade agrícola. 
Sachar- Capinar

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