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PRECONCEITO LINGUISTICO-DESAFIO COLABORATIVO

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DESAFIO COLABORATIVO
Como já dizia Marcos Bagno “...o preconceito linguístico é decorrência de um preconceito social.” (Jun de 2017, pág. 40), podemos assim dizer que o preconceito está diretamente ligado com a distinção de falares dentro do mesmo idioma, como, diferença entre classes socias, etnias, costumes, religião e fala características entre regiões. 
É comum ver em redes sociais indivíduos manifestarem opiniões, expondo discurso de ódio à famosos, homossexuais e negros. Da mesma forma vemos comediantes nordestinos ficarem famosos por ser engraçado e por muitas vezes até ridículo o jeito que os mesmos falam. Em novelas, por exemplo, encontramos o preconceito explicito na fala de determinados personagens. Os atores que interpretam pessoas do interior, sempre incorporam uma forma muitas vezes exagerada, como se as pessoas destas regiões fossem sem instrução, pobres, mau vestidas e sem modos; tais personagens, na maioria das vezes, são criados para causar o riso do expectador. Sabemos que essas interpretações não representam de forma generalizada a verdadeira população do local, mas com o passar do tempo, este tipo de preconceito linguístico acaba se normalizando e sempre acabamos comparando tais pessoas com estes estigmas, assim reforçando o preconceito linguístico.
Todas as variantes linguísticas são válidas e precisam ser aceitas como uma agregação social e não como motivo de preconceito. Muitas pessoas que possuem peculiaridades no modo de falar devido ao local onde vivem ou até mesmo alguma dificuldade com a fala, acabam acumulando sentimentos negativos que podem gerar problemas psicológicos como depressão, bipolaridade e sistematicamente o risco de desenvolver a dependência alcoólica e de drogas em geral. 
Ao humilhar ou rir do sotaque ou jeito de alguém, estamos não somente desrespeitando o indivíduo em si, mas também estamos desrespeitando uma origem, cultura ou grupo social. Assim entendemos que não existe um modo correto ou errado de falar, mas sim, modos diferentes de empregar a língua. 
BAGNO, MARCOS. Preconceito linguístico. O que é, como se faz. São Paulo Brasil, Jun de 2017. 49° edição. Disponível em: < https://professorjailton.com.br/novo/biblioteca/preconceito_linguistico_marcos_bagno.pdf > Acesso em 07 de Set de 2020.
TODA MATÉRIA. Preconceito linguístico. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/preconceito-linguistico/> Acesso em: 07 de Set de 2020.
BORIS MIHIALOVA, Tatiana. A influência da língua africana e indígena no português do Brasil. Jaboticabal - São Paulo, 2008. Disponível em: < https://www2.jf.jus.br/pergamumweb/vinculos/000024/000024ea.pdf> Acesso em: 08 de Set de 2020.

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