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Moisés Brisamar Freire Do Incidente de Insanidade Mental no Ordenamento Jurídico Brasileiro Fortaleza-CE Setembro 2002 343 -Zz5 ,X"l-YVJ>. ~ ~~ bJ;.o • Moisés Brisamar Freire Do Incidente de Insanidade Mental no Ordenamento Jurídico Brasileiro Monografia apresentada no curso de Graduação em Direito da Universidade Federal do Ceará, na cidade de Fortaleza, como requisito parcial para obtenção do Grau de Bacharel. Orientador: Professor Marcos de Holanda Fortaleza-CE Setembro 2002 l.sta monografia foi submetida à apreciação da banca examinadora como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito, outorgado pela Universidade Federal do Ceará - UFC. A citação de qualquer trecho deste trabalho é permitida, desde que seja feita de conformidade com as normas da ética científica. Monografia aprovada em 11.09.2002 r I Primeiramente a Deus, Luz, Sabedoria e Força que ilumina, guia e sustenta a nossa caminhada. À minha mãe, Maria José Rocha Freire, pelo carinho e atenção a num dedicados. Homenagem póstuma a meu pai, Pedro Joaquim Freire, cuja luta incansável tornou possível a minha vida estudantil. "Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora, resta-me aguardar a coroa da Justiça que o Senhor, Justo Juiz, me dará naquele dia. E não somente a mim, mas a todos aqueles que em Seu nome esperam". Paulo, 2 Tm, 4: 7-8 AGRADECIMENTOS A todos aqueles que lutam incansavelmente pelo aprimoramento do ensino jurídico no país, especialmente aos professores da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. A estes a minha gratidão pelas luzes iniciais neste mundo fascinante que é o Direito. Sumário FteSUnlo---------------------------------------------------------------------------------------------- 7 Introdução-------------------------------------------------------------------------- 8 A Sanção Jurídica----------------------------------------------------------------------------------- 10 A Imputabilidade: pressuposto da sanção penal----------------------------------------- 12 Das Medidas de Segurança------------------------------------------------------------------------- 15 Circunstâncias Limitadoras da Responsabilidade Penal--------------------------------------- 18 Disposições nonnativas----------------------------------------------------------------------------- 19 O Procedimento-------------------------------------------------------------------------------------- 21 Do Resultado da perícia------------------------------------------------------------------ 25 Conclusão---------------------------------------------------------------------.. 28 Bibliografia------------------------------------------------------------------------------------- 29 7 Resumo Trata-se de um trabalho acadêmico no qual é abordada a temática insanidade mental do réu, suas conseqüências penais e processuais, logo após uma breve análise da jurisdição estatal, especificamente a jurisdição penal enquanto função de pacificação social, as relações entre imputabilidade e culpabilidade, os aspectos procedimentais do incidente de insanidade mental, além da menção a estudiosos do assunto, doutrinadores nacionais e estrangeiros e a compilação de alguns pronunciamentos dos tribunais pátrios acerca da matéria em alusão. 8 1. Introdução Não se concebe a vida do homem senão em sociedade. Daí Arístóteles'P (384-322 a.Ci) haver afirmado que "o homem é, por natureza, um animal político". Complementando esse pensamento, cerca de quinze séculos depois Santo Tomás de AquinO(2)afirma que "o homem é, por natureza, animal social e político, vivendo em multidão, ainda mais que todos os outros animais, o que se evidencia pela natural necessidade". No afã de explicar a origem da sociedade, inúmeras teorias foram construídas, das quais os dois ramos principais são os contratualistas e os naturalistas. Entretanto, perquirir os fatores que levaram os homens primitivos a se unirem dando origem à sociedade, se em decorrência de uma propensão natural pelo instinto de sobrevivência ou se em decorrência de vontade consciente, pura e simplesmente racional, seria tarefa ingrata e que foge ao objetivo deste trabalho. Interessa-nos saber apenas que a sociedade existe, que está posta e pode ser considerada como realidade. As relações existentes entre sociedade e direito são de tal ordem que um não existe sem o outro. Ambos são realidades necessárias: a existência de um é pressuposto da existência do outro. Por isso diz-se que sociedade e direito coexistem, afirmação plasmada no borcardo "ubi societas, ibi jus" (aonde a sociedade, aí o direito), significando que onde houver pessoas reunidas necessariamente deverão existir normas de condutas, sob pena de se instalar o caos social. Dessa necessidade de regular as condutas surgiu o Estado. Não é fácil emitir um conceito ou uma definição do termo "Estado". Muitos filósofos, juristas e cientistas políticos estudam o tema e divergem inclusive no tocante a seus elementos constitutivos. Houve no século XIX um publicista do Liberalismo, Bastiat(3), que se dispôs a pagar o prêmio de cinqüenta mil francos a quem lhe fornecesse uma definição satisfatória de Estado. Quase todos os teóricos que se debruçaram e se debruçam sobre o tema pecam pela unilateralidade do prisma de observação. I. BETIlOLl, Antônio Bento. "Introdução ao Direito - Lições de Propedêutica Jurídica". 48 edição, São Paulo: Letras e Letras, 1996, p. 16. 2. ibid., p. 17 3. BONAVIDES, Paulo. "Ciência Política". 10" edição, São Paulo: Malheiros, 1997, p. 63. 9 Alguns, como Hegel, constroem sua definição a partir da acepção filosófica. Outros o fazem sob o ponto de vista estritamente jurídico, como Kant e Kelsen. Há também aqueles que o fazem pelo aspecto meramente sociológico, como Duguit, Oppenheimer e Ihering. Para Kant(4)"o Estado é a reunião de uma multidão de homens vivendo sob as leis do Direito". Como bem assinalou Dei Vecchio'I', tal afirmativa é inexata pois poderíamos aplicá-Ia a um município, província ou mesmo uma penitenciária. Conceito digno de fazer jus ao prêmio de Bastiat foi emitido por Jellinek(6), que assim definiu: "o Estado é a corporação de um povo, assentada num determinado território e dotada de um poder originário de mando". O Direito surge para regular a vida em sociedade, mas o Estado surge para assegurar a observância do Direito. O Estado existe para garantir às pessoas a fruição de todos os direitos e garantias albergados no ordenamento jurídico, como a vida, a liberdade, a igualdade, a propriedade, a segurança, o trabalho, o lazer, enfim o bem-estar de toda a coletividade. É necessário ao homem viver em sociedade para se realizar plenamente, alcançando valores e atingindo metas que lhes seriam impossíveis conseguir se vivesse isoladamente. Destarte, hodiernamente não se concebe poder o homem viver como um "Robson Crusoé", Da convivência social surgem inúmeros conflitos, alguns simples, outros bastante complexos. O meio pelo qual o Estado apazigua tais conflitos é o Direito. Daí existem normas de condutas que são impostas pelo Estado e cuja frnalidade precípua é possibilitar a coesão social através coexistência pacífica das pessoas. Na utilização dessa ferramenta de controle social que é o Direito, o Estado age ora preventivamente, isto é, antes da conflagração dos conflitos de interesses através da normatização ou ordenação de condutas, ora repressivamente, aplicando as sanções cabíveis e fazendo punir aqueles que desobedeceram os seus mandamentos legais. 4. ibid., p. 63 5. ibid, p. 63/64 6. ibid., p. 65 10 2. A sanção jurídica Há inúmeros conceitos e definições acerca do termo ''Direito''. Na tarefa de conceituar não se deve ser unilateral, mas em todas as definições está ínsita a idéia de norma. A norma surge do fato. O fato é valorado. Assim, temos o direito como integração dialética entre fato, valor e norma. Dentro da idéia de norma há a idéia sanção. O professor MiguelReale esclarece: "As normas jurídicas visam a preservar o que há de essencial na convivência humana, elas não podem ficar à mt;rcêda simples boa vontade, da adesão espontânea dos obrigados. E necessário prever-se a possibilidade de seu cumprimento obrigatório. Não existe regra que não implique certa obediência, certo respeito. Daí a sanção. E sanção é, pois, todo e qualquer processo de garantia daquilo que se determina na regra." (7) Para garantir aqueles valores essenciais que possibilitam o bem-estar e progresso da coletividade, que é a função precípua do Estado, este, utilizando-se do Direito, impõe a observância de determinadas condutas, sancionando-as. Pode-se dizer que o Estado possui a função institucional de prescrever sanções buscando evitar, reprimir ou premiar determinadas condutas. Os seus agentes são detentores do poder-dever de impor as sanções prescritas abstratamente. Contudo, esse mister não se dá ao alvedrio de seus agentes, os quais poderiam agir com arbitrariedades. Daí a conseqüência lógica de que a ação estatal é batizada, portanto, limitada por princípios que são plasmados nos direitos individuais, qual sejam: o princípio da legalidade, o princípio da igualdade, o princípio da anterioridade, o princípio da proporcionalidade etc. O homem escalo na os valores que o mundo se lhe apresenta. E nesta tarefa de escalonamento axiológico, levam-se em consideração diferenças culturais, históricas e ontológicas. Dessa forma, em alguns ordenamentos jurídicos a propriedade vale mais que a vida ou a liberdade. Ora, se os valores são escalonados as sanções também o devem ser. De fato. 7. REALE, Miguel. "Lições Preliminares de Direito". 23" edição. São Paulo: Saraiva, 1996 II Se a sanção busca tutelar os valores ínsitos na norma e há variação no grau de importância de tais valores, logicamente deverá existir uma gradação na gravidade das sanções. Assim, temos sanções no âmbito civil, administrativo, político e penal. Sanção civil: atingem, via de regra, o patrimônio do indivíduo. Exemplo: ressarcimento e indenizações, perda do usufruto etc. Sanção administrativa: multa, cassação de alvarás de funcionamento, apreensão de mercadorias, perda do cargo, suspensão ou cassação de habilitação para dirigir veículo etc. Sanção política: estão previstas, em sua maioria, na Constituição da República. Exemplo: cassação de direitos políticos, perda do mandato ou função publica Sanção penal: são as mais drásticas. Atingem tanto o patrimônio quanto a liberdade do indivíduo. Exemplos: a multa, a perda dos bens, a perda do cargo público, a prestação de serviços e a prisão. A este conjunto de sanções que tem por finalidade combater o crime, protegendo aqueles bens tidos por mais preciosos para a coexistência social pacífica denomina-se Direito Penal. Eis aqui a parte crucial para este nosso breve estudo. Assim é que, sendo desrespeitada uma norma penal incriminadora há que surgir uma resposta por parte do Estado através da aplicação de uma sanção, de natureza penal, obviamente. Esta sanção é denominada pena. Acerca do conceito de pena, colhemos na lição de Damásio de Jesus o seguinte: "Pena é a sanção aflitiva imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao autor de uma infração (penal), como retribuição de seu ato ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico, e cujo fim é evitar novos delitos." (8) Apresenta a pena, por conseguinte, as características de retribuição e finalidade preventiva. 8. JESUS, Damásio E. de. "Direito Penal". vol. I, 21a edição revista e ampliada, São Paulo: Saraiva, 1998, p. 517. 12 3. A imputabilidade: pressuposto da aplicação da sanção penal Para punir, o Estado, necessariamente, deve imputar a alguém a pratica de uma infração penal. Imputar é atribuir a alguém a responsabilidade de alguma coisa. Para Damásio de Jesus, a imputabilidade penal pode ser assim definida: "Imputabilida.de penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para lhe ser juridicamente imputada a pratica de um fato punivel". (9) Portanto, para se aplicar a pena é necessária a presença da imputabilidade. Esta é conditio sine qua non daquela. Temos em Magalhães Noronha: "A imputabilidade não se confunde com a responsabilidade penal, que corresponde às conseqüências jurídicas oriundas da prática de uma infração. Responsabilidade é a obri~ação que alguém tem de arcar com as conseqüências jurídicas do crime. E o dever que a I?<essoatem de prestar contas de sue ato. Ela depende da imputabilidade" O) Com Tourinho Filho colhemos o seguinte: "Imputabilidade é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente capacidade para lhe ser atribuída a prática defato punível." (11) A regra é a imputabilidade: todo indivíduo é imputável, salvo quando ocorre uma causa de exclusão. Ocorrendo esta, diz-se que o indivíduo é inimputável. Há três critérios para se aferir a imputabilidade: a) o biológico: leva-se em conta a idade do agente. Exemplo: os menores de dezoito anos; b) o psicológico: leva-se em conta o estado de higidez mental do agente no momento do fato. Aqui não se considera o aspecto causal; c) o misto: que também recebe a denominação biopsicológico, no qual é relevante o aspecto causal entre a enfermidade e a capacidade de entendimento e de determinação do agente no momento da realização da conduta. 9. ibid., p. 465 IO.NORONHA, Magalhães. "Direito Penal, 58 edição, v. I, São Paulo: Saraiva, 1998, p.l72 l l. TOURJNHO FILHO, Fernando da Costa. "Processo Penal". v. 1Il, 21a edição, São Paulo: Saraiva, 1999, p. 60. 13 A imputabilidade, portanto, integra o conceito de culpabilidade. Só é culpável quem é imputável. Acerca do conceito de culpabilidade, colhemos da lição de Damásio de Jesus: "A culpabili~ade consiste na reprovabilidade da vontade da ação, ou seja, na reprovaçao da opção realizada pelo agente." (12) Em torno da culpabilidade, surgiram três teorias: L teoria psicológica: a culpabilidade reside na relação psíquica do autor com seu fato, tendo por fundamento a teoria causal ou naturalística da ação; 2. teoria psicológico-normativa: a culpabilidade é sinônimo de reprovabilidade, compreendendo um juizo de valoração a respeito do fato doloso; 3. teoria normativa: a culpabilidade relaciona-se com a teoria finalista da ação. A culpabilidade é de suma importância no momento da prestação jurisdicional no âmbito penal, pois é aferindo sua intensidade que o juiz aplicará a sanção, conforme assinala o art. 59 de nossa Lei Substantiva Penal: "Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime." (grifamos) Assim, quanto mais culpável o sujeito maior deverá ser a quantidade da sanção penal e não havendo culpabilidade não há que se falar em aplicação de pena. A imputabilidade conduz à culpabilidade e esta leva à aplicação de pena. Portanto, sem culpabilidade não há pena. É o que se dessume dos arts, 26 e 28, § lOdo Código Penal: Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Art. 28 - (...) § 1° - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou 12. ibid., p. 455 15 4. Das medidas de segurança Enquanto a pena tem caráter repressivo e preventivo, com o desiderato de ressociaJizar o agente, a medida de segurança tem o escopo exclusivamente preventivo e assistencial. Distintamente da pena, cujo fundamento é a culpabilidade, a medida de segurança pressupõe a prática do fato punível e tem como fundamento a periculosidade do agente. A matéria acerca das medidas de segurança vem expostano nosso Código Penal, em seus arts. 96 e seguintes e na Lei de Execução Penal (Lei n.o 7.210/84). Art. 96. As medidas de segurança são: 1- Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado; fi - sujeição a tratamento ambulatorial. Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste a que tenha sido imposta. Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-Io a tratamento ambulatorial. § 10 - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. §r -A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. § 30 - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. § 40 - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos. 16 Art, 9~ - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e n~ess~tando o. condenado de especial tratamento curativo, a pena prrvativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial, pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1°a 40. ' Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de caracteristicas hospitalares e será submetido a tratamento. Art. 171. Transitada em julgado a sentença que aplicar medida de segurança, será ordenada a expedição de guia para a execução. Art. 172. Ninguém será internado em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, ou submetido a tratamento ambulatorial, para cumprimento de medida de segurança, sem a guia expedida pela autoridade judiciária. Art. 173. A guia de internamento ou de tratamento ambulatorial, extraída pelo escrivão, que a rubricará em todas as folhas e a subscreverá com o Juiz, será remetida à autoridade administrativa incumbida da execução e conterá: I - a qualificação do agente e o número do registro geral do órgão oficial de identificação; n-o inteiro teor da denúncia e da sentença que tiver aplicado a medida de segurança, bem como a certidão do trânsito em julgado; m - a data em que terminará o prazo mínimo de internação, ou do tratamento ambulatorial; IV - outras peças do processo reputadas indispensáveis ao adequado tratamento ou internamento. § 10 Ao Ministério Público será dada ciência da guia de recolhimento e de sujeição a tratamento. § 20 A guia será retificada sempre que sobrevier modificações quanto ao prazo de execução. Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da medida de segurança, naquilo que couber, o disposto nos artigos 80 e 90 desta Lei. Art. 175. A cessação da periculosidade será averiguada no fim do prazo mínimo de duração da medida de segurança, pelo exame das condições pessoais do agente, observando-se o seguinte: I - a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de expirar o prazo de duração mínima da medida, remeterá ao Juiz minucioso relatório que o habilite a resolver sobre a revogação 00 permanência da medida; ]7 TI - O relatório será instruído com o laudo psiquiátrico; m : juntado a.os autos o relatório ou realizadas as diligências, serão ouvidos, sucessIVamente, o Ministério Público e o curador ou defensor no prazo de 3 (três) dias para cada um; , IV - o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que não o tiver; V - o Juiz, de oficio ou a requerimento de qualquer das partes poderá determinar novas diligências, ainda que expirado o prazo de duração mínima da medida de segurança; VI - ouvidas as partes ou realizadas as diligências a qne se refere o i~ciso anterior, o Juiz proferirá a sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias. Art. 176. Em qualquer tempo, ainda no decorrer do prazo mínimo de duração da medida de segurança, poderá o Juiz da execução, diante de requerimento fundamentado do Ministério Público ou do interessado, seu procurador ou defensor, ordenar o exame para que se verifique a cessação da periculosidade, procedendo-se nos termos do artigo anterior. Art. 177. Nos exames sucessivos para verificar-se a cessação da periculosidade, observar-se-à, no que Ihes for aplicável, o disposto no artigo anterior. Art. 178. Nas hipóteses de desintemação ou de liberação (artigo 97, § 3°, do Código Penal), aplicar-se-á o disposto nos artigos 132 e 133 desta Lei. Art. 179. Transitada em julgado a sentença, o Juiz expedirá ordem para a desinternação ou a liberação. Segundo o autor Júlio Fabbrini Mírabete'{", com relação à aplicação da medida de segurança vigem vários princípios, dentre os quais figuram o da legalidade, anterioridade ejurisdicionalidade. Portanto, toda medida de segurança deve estar prescrita em lei; deve ser anterior ao fato e só pode ser aplicada pelo juiz competente, mediante as garantias do contraditório, ampla defesa e devido processo legal. Mas como o Estado deve fazer para reconhecer a inimputabilidade alguém que cometeu, ainda que formalmente, um fato criminoso? Através do exame de insanidade mental ordenado em momento adequado. Portanto, se for reconhecida a inimputabilidade do agente mister se faz a aplicação da medida de segurança, uma vez que neste caso a periculosidade do sujeito é presumida. 14. MlRABETE, Júlio Fabrinni. "Execução Penal". 91edição, São Paulo: Atlas, 2000, p. 611 18 5. Circunstâncias Limitadoras da Responsabilidade Penal Há determinadas circunstâncias que limitam e/ou modificam a responsabilidade penal dos indivíduos. Tal matéria é tratada de maneira mais detalhada pela Medicina Legal. Segundo o Hélio Gomes(15): Limites e modificadores da responsabilidade penal e da capacidade civil Idade Sexo Biológicos Emoção e paixão normais Agonia (moribundos) Sonambulismo Hipnotismo Surdo-mudez Psicopatológicos Afasia Prodigalidade Embriaguez Toxicomania Doenças mentais Oligofrenias Psiq u iátricos Personalidades psicopáticas Neuroses Civilização (silvícolas) Mesológicos Psicologia coletiva (multidões) Legais Reincidência 15. GOMES, Hélio. "Medicina Legal", 2'" edição, Rio de Jareiro: Freitas Bastos, 1989, p. 82 19 6. DisposiçõesNormativas A matéria relativa à imputabilidade é essencialmente de direito material, ou seja, suas normas pertencem ao campo de estudo do Direito Penal. Todavia, as normas referentes à apuração da inimputabilidade são de Direito Processual Penal. Art.149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de oficio ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal. § I! O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente. § 2! O juiz nomeará curador ao acusado, quando determinar o exame, ficando suspenso o processo, se já iniciada a ação penal, salvo quanto às diligências que possam ser prejudicadas pelo adiamento. Art. 150. Para o efeito do exame, o acusado, se estiver preso, será internado em manicômio judiciário, onde houver, ou, se estiver solto, e o requererem os peritos, em estabelecimento adequado que o juiz designar. § I! O exame não durará mais de 45 (quarenta e cinco) dias, salvo se os peritos demonstrarem a necessidade de maior prazo. § 2º Se não houver prejuízo para a marcha do processo, o juiz poderá autorizar sejam os autos entregues aos peritos, para facilitar o exame. Art.151. Se os peritos concluírem que o acusado era, ao tempo da infração, irresponsável nos termos do art. 22 do Código Penal, o processo prosseguirá, coma presença do curador. Art. 152. Se se verificar que a doença mental sobreveio à infração o processo continuará suspenso até que o acusado se restabeleça, observado o § 2! do art. 149. § I! O juiz poderá, nesse caso, ordenar a internação do acusado em manicômio judiciário ou em outro estabelecimento adequado. § 2! O processo retomará o seu curso, desde que se restabeleça o acusado, ficando-lhe assegurada a faculdade de reinquirir as testemunhas que houverem prestado depoimento sem a sua presença. Art. 153. O incidente da insanidade mental processar-se-á em auto apartado, que só depois da apresentação do laudo, será apenso ao processo principal. 20 Art. 154. Se a insanidade mental sobrevier no curso da execução da pena, observar-se-à o disposto no art. 682. Como se vê, a dúvida acerca da higidez mental do agente pode ser levantada a qualquer época, inclusive durante o inquérito policial. Mas um detalhe nos chama a atenção por sua importância: somente o juiz tem competência para determinar a feitura de exame psiquiátrico; à autoridade policial compete somente representar ao Órgão Jurisdicional. Assim também entende o professor Paulo Lúcio Nogueira'?', magistrado paulista, com amparo na jurisprudência pátria: "O delegado não pode determinar a realização do exame de sanidade mental sem representar ao juiz, pois em qualquer fase deve haver determinação deste." (RT 548:365) "Se o juiz acolhe a representação do delegado, não há que se falar em constrangimento ilegal." (RT 573:449) "O acusado não pode recusar-se a submeter-se ao exame pericial, pois trata-se de matéria de interesse público." (RT 550:289) 16. NOGUEIRA, Paulo Lúcio. "Curso Completo de Processo Penal". 7" edição revista, ampliada e atualizada, São Paulo: Saraiva, 1993, p. 142 21 7. O procedimento o procedimento pode ser iniciado ex officio ou a requerimento. O juiz deve agir com a máxima cautela e parcimônia, uma vez que em não havendo qualquer suspeita sobre a saúdo mental do agente, o pedido deve ser indeferido, motivadamente, posto que se configura como meio procrastinatório. Diz-se que o procedimento é ex officio ou de impulso oficial quando se dá por iniciativa do juiz. Este, após a análise do contexto probatório dos autos, levanta razoável suspeita acerca da saúde mental do autor da infração penal e, através de despacho fundamentado, deve sobrestar o feito e baixar Portaria, a qual será autuada e processada em autos apartados. É de curial importância a suspensão do feito. Neste sentido já se manifestou o Pretório Excelso: "Art: 149, §2°, do CPP. Suspenso o processo em virtude de instauração do incidente de insanidade mental, nula é a sentença de pronúncia proferida antes da conclusão do procedimento incidental" (RTJ 113/579) É interessante o fato de que o incidente de insanidade não é prejudicial, acarretando a suspensão do processo mas não da prescrição, cujo prazo continua fluir normalmente. Há falta de previsão legal disciplinando a matéria relativa à suspensão do processo principal enquanto tramita o incidente, o que, em nossa opinião, constitui erro que pode levar a injustiças flagrantes. Pelas disposições normativas acima transcritas verifica-se que se a doença mental sobreveio à infração o processo deverá ser suspenso até que o acusado se restabeleça e, dependendo do tempo para essa recuperação, poderá aqui ocorrer a prescrição. Se porventura a doença mental sobrevier no curso da execução da pena o condenado deverá ser internado em manicômio judiciário ou estabelecimento adequado, de conformidade com o disposto no art, 682 do CPP e 183 da LEP. "Art.682. O sentenciado a que sobrevier doença mental, verificada por perícia médica, será internado em manicômio 22 judiciário, ou, à falta, em outro estabelecimento adequado onde lhe seja assegurada a custódia." , Art. 1~3. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sob~eVIer doença. mental ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de OfiCI?,. a r~uenmento do Ministério Público ou da autoridade admlOlStratlva, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança. Ressalte-se que não cabe recurso do despacho que determina a realização do exame de sanidade mental. Na pré-falada Portaria o juiz deverá nomear os peritos e pode, desde logo, formular quesitos. Após tomadas as providências de praxe como autuação e registro das principais peças, os autos deverão ir à conclusão do Juiz, ordenando este vista ao representante do Ministério Público e ao Curador nomeado, para que formulem, caso queiram, os seus quesitos. É importante lembrar que se a perícia for realizada na fase judicial o acusado terá direito de oferecer quesitos, o que não ocorre na fase de inquérito, por conta de seu caráter inquisitorial. Os quesitos devem ser formulados de maneira clara e objetiva, ou seja, o mais simples possível, haja vista que não se direcionam a bacharéis em direito, conseqüentemente não entenderão a linguagem técnica (''juridiquês''). Tourinho Filho(17)assim indica a formulação dos quesitos: 1j O réu (ou indiciado) era, ao tempo da ação ou omissão, portador de alguma doença mental? 2j Em caso positivo, qual a doença? 3j Em caso negativo, apresentava ele desenvolvimento mental incompleto (silvicolas inadaptados) ou retardado (oligofrênicos e surdos-mudos)? 4j Em virtude de doença mental, ou do desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era ele inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato que cometeu? 5j Se era capaz de entender, estava, contudo, inteiramente incapaz de determinar-se de acordo com esse entendimento? 6j Negativo o primeiro quesito, era o agente, à época dofato, portador de perturbação da saúde mental? 17. ibid., p. 135 23 7j Em. virtude dessa perturbação, tinha ele a plena capacidade de entendimento da ilicitude do fato ou a de autodeterminação? 8jNegativos o r, o 4°, o 5° e o (? quesitos e afirmativo o 3°, em virtude do desenvolvimento me~tal incompleto ou retardado, tinha ele, à época do fato, a plena capacidade de entendimento da ilicitude do fato ou a de autodeterminação? A jurisprudência dominante entende que a previsão legal é expressa, não podendo o exame ser suprido por quaisquer outras provas, até mesmo pela inspeção pessoal do juiz. O exame de insanidade é complexo e delicado. Por isto, os peritos devem ser, preferencialmente, médicos especialistas (psiquiatras). Mas, à sua falta, pode ser qualquer clínico. Os peritos nomeados não podem recusar-se, salvo escusa justificada. O prazo para a realização da perícia é de 45 (quarenta e cinco) dias, podendo tal prazo ser dilatado, por motivo justo, a requerimento dos peritos. A jurisprudência tem entendido que se houver excesso de prazo e nada for requerido pelos peritos configurar-se-á constrangimento ilegal, sanado via habeas corpus. As disposições normativas prevêem que o juiz nomeará curador ao acusado para acompanhar a realização do exame. Deve ser alguém habilitado para tal como um advogado, por exemplo, mas não há óbice que seja um leigo, podendo inclusive ser alguém da família do periciado e que se disponha a prestar assistência ao mesmo. Este curador permanecerá no exercício de sua função até a sentença final. A falta de nomeação de curador ao acusado no incidente de insanidade mental é causa de nulidade do processo. Surgiu a indagação se o internamento em manicômio judiciário de acusado solto só se dá em virtude de requerimento dos peritos, por expressa previsão legal do art. 150 do crr. Ora, cabe ao juiz mandar internar o paciente que vai ser submetido a exame por conta do seu regular poder de direção, se assim entender que o acusado apresenta periculosidade. É este também o entendimento de Mirabete(18): "O bem comum, a prevenção da pratica de crime, exige o sacrifício da liberdade do acusado, como também ocorre, por exemplo, na decretação da prisão preventiva." 18. MIRABETE, Júlio Fabrinni. "Execução Penal". 9' edição, São Paulo: Atlas, 2000, p. 244 24 Questão interessantesurge no caso de ser comprovada a insanidade mental do indiciado, ou seja, durante a tramitação do inquérito policial. Surgem duas correntes: a) uma que entende que o promotor dever oferecer a denúncia; b) outra que entende que basta historiar os fatos e pedir a aplicação da medida de segurança. A primeira tem a preferência da jurisprudência'l'". A segunda, da doutrina(20). Os dois procedimentos, entretanto, levam ao mesmo resultado que é a absolvição do indiciado e a aplicação da medida de segurança. Esta absolvição recebe a denominação de "absolvição imprópria". 19. TJ/SP (RT 451/273) e TJIRS (RTJE 95/141) 20. Assim entendem Nélson Hungria, Magalhães Noronha e Damásio E. de Jesus 25 8. Do resultado da perícia Após apresentado o laudo pericial, os autos do incidente devem ser apensados à ação principal. O juiz não fica vinculado ao exame pericial, podendo discordar do mesmo e, motivadamente, afastá-lo. Pode, outrossim, ordenar nova perícia. Entendendo plenamente imputável o réu, dispensa-se o curador, prosseguindo o processo até seus ulteriores termos. Se entender inimputável o réu, absolvê-lo-á, aplicando-lhe medida de segurança. Acaso entenda seja o mesmo semi-imputável, apenas haverá diminuição da responsabilidade e, por conseguinte, da pena. Um aspecto interessante é a argüição da insanidade mental do acusado nos crimes de competência do Tribunal do Júri. Se esta argüição é apresentada antes da sentença de pronúncia deverá o juiz suspender o feito e, na decisão do incidente, resolver se pronuncia ou não o acusado. Mas para o caso de ser apresentada a argüição de insanidade após a pronúncia, há dois entendimentos: a) o primeiro, entende ser da competência do juiz monocrático apreciar o pedido; b) o outro entendimento é no sentido de que, uma vez cessada a competência do juiz monocrático, deverá o mesmo remeter o caso à apreciação do Conselho de Sentença. Questão controvertida é saber se cabe ou não argüição de insanidade mental do réu em plenário, sem que antes tenha sido instaurado o competente procedimento, qual seja, o incidente de insanidade mental, ora em comento. Adriano Marrey entende que não cabe essa argüição, baseando-se em dois julgados, um do Tnbunal de Justiça do Estado de São Paulo e o outro do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais: "O juiz presidente do Tribunal do Júri deve indeferi a inclusão de quesitos sobre insanidade mental do acusado se o incidente não houver sido levando nos autos, uma vez que a inimputabllidade não pode ser presumida, e para seu acolhimento, é indispensável a comprovação das condições mentais do acusado através de exame prévio, realizado por técnico, sob pena de o julgamento vir a ser anulado. Havendo dúvida a 26 respeito da sanidade mental do acusado e diante dopedido deformulação de quesito sobre a matéria, poderá ojuiz indagar dosjurados se entendem indispensável à decisão da causa a realização do exame de sanidade. Se necessário, dissolverá o Conselho de Sentença, determinará a perícia, ficando a cargo de outro Conselho a apreciação do assunto." (TJIMG, RTJE 95/44) "Era de boa técnica que fosse melhor apreciado o pedido, inclusive pelos jurados e no caso de acolhimento, ser o incidente instaurado e suspenso o julgamento e marcado para depois outro." (TJ/SP, Ap. n.? 249.509-3/000) Para Tourinho Filho(21), se o Conselho de Sentença reconhecer a inimputabilidade do acusado, deverá o juiz absolvê-Io e aplicar medida de segurança Discordamos dos ilustres mestres para esposar a tese de que ao Conselho de Sentença não cabe apreciar a matéria, pois para afastar o laudo pericial há necessidade de motivação, o que, na atual sistemática do Tribunal do Júri, é inviável. Neste sentido já decidiu o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, cuja decisão transcrevemos com a devida vênia: "Homicídio duplamente qualificado. Júri. Fato típico do art. 121, § 2°, I1e IV do Código Penal. Decisão soberana do Tribunal do Júri que se apresenta contraditória e manifestamente contrária a prova dos autos. Ao conselho de sentença não é dado recusar laudo que reconhece a semi- imputabilidade. A recusa, que é deferida ao juiz monocrático, não se estende aos cidadãos jurados, juizes de fato, eis que tem que ser ela justificada. (..) Ao Conselho de Sentença - formado por juizes de fato - não se permite recusar laudo oficial, eis que tal recusa teria que ser motivada. (..)" (TJIRJ, Ap. n.? 1.868/99) (sublinhamos) Ora, se o incidente foi instaurado antes da sentença de pronúncia e o réu foi a julgamento pelo Tribunal do Júri é porque o juiz o reconheceu imputável, seja plenamente ou não. Obviamente que de tal decisão houve preclusão, não cabendo mais discussão acerca do fato. 21. ibid., p. 136 27 o reconhecimento da semi-imputabiJidade só acarretaria conseqüência na fixação do quantum da pena. Portanto, se reconhecida anteriormente à sentença de pronúncia, a semi- imputabilidade vincula o juiz-presidente do Tribunal do Júri quando da prolação da sentença. Também somos pelo entendimento de que mesmo que o incidente seja instaurado após a pronúncia, a competência para apreciação é do juízo monocrático e não do Conselho de Sentença, até porque a instauração do incidente suspende o processo. 28 9. Conclusão Após uma breve análise sobre a insanidade mental do réu e seus aspectos penais e processuais, sem a pretensão de exaurir o tema ora versado, podemos observar que o assunto é palpitante e, pode-se também dizer, controvertido. Se por um lado o Estado não pode infligir sanção penal aos inimputáveis, mas procurar na medida do possível tratá-los, por outro lado deve também oferecer condições de segurança pública à sociedade. Observamos em nossa pesquisa que os mecanismos referentes à apuração da insanidade mental do réu são bastante falhos; a legislação atinente à matéria é lacunosa e obscura em alguns pontos; faltam estabelecimentos apropriados, infra-estrutura hospitalar nos estabelecimentos existentes; pessoal qualificado para a realização dos exames necessários e acompanhamento dos pacientes A Psquiatria Forense evoluiu e o Poder Judiciário, diga-se bem, os nossos magistrados, não podem desprezar ou menosprezar a grandiosa ajuda que essa ciência auxiliar do Direito pode Ihes propiciar na difícil missão de distribuir Justiça. 29 Referências Bibliográficas BEITIOLL Antônio Bento. Introdu ão ao Direito - Li ões de Pro edêutica Jurídica. 4a edição, São Paulo: Letras e Letras, 1996. BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. l O" edição, São Paulo: Malheiros, 1997. BONAVIDES, Paulo. Teoria do Estado. 3a edição, São Paulo: Malheiros, 200l. CARNELLUTI, Francesco. Metodologia do Direito. Tradução de Frederico A Pascoal, Campinas: Bookseller, 2000. FEU ROSA, Antonio José Miguel. Processo Penal. 1a edição, São Paulo: Consulex, 1999. GOMES, Hélio. Medicina Legal, 27a edição, Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1989. JESUS, Damásio E. de. Direito Penal. vol. I, 21a edição revista e ampliada, São Paulo: Saraiva, 1998. LEITE, Eduardo de Oliveira. A Monografia Jurídica. 4a edição revista, atualizada e ampliada, São Paulo: RT, 2000. MACEDO, Magda Helena Soares. Manual de Metodologia da Pesquisa Jurídica. Porto Alegre: Sagra Luzzato, 2000. MIRABETE, Júlio Fabrinni. Execução Penal. 9a edição, São Paulo: Atlas, 2000 NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Curso Completo de Processo Penal. 7a edição revista, ampliada e atualizada, São Paulo: Saraiva, 1993. REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 23a edição. São Paulo: Saraiva, 1996 REALE JÚNIOR, Miguel. Teoria do Delito. Ia edição, São Paulo: RT, 1998; TOURINHO FILHO, Femando da Costa. Processo Penal. Vol I, 21a edição revista e ampliada, São Paulo: Saraiva, 1999. VASCONCELOS, Arnaldo. Teoria da Norma Jurídica. 4a edição, São Paulo: Malheiros, 1996. Anexo 1 Trata-se de um procedimento judicial que tramitou na Comarca de Ibiapina-CE, o qual visava apurar a insanidade mental de Elias Rodrigues da Silva. No final, foi constatadaa sua semi-responsabilidade penal. Referido processo encontra-se já arquivado. PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA ÚNICA VARA COMARCA DE IBIAPINA AUTOS N.o 035/2000 Incidente de Insanidade Mental Acusado: ELlAS RODRIGUES DA SILVA Tombado sob n.o 035/2000 às fls. 11v/12, do Livro n.? 01 de T. C. O. e outros. AUTUAÇÃO Aos 05 (cinco) dias do mês de maio do ano 2000 (dois mil), na Secretaria da Única Vara, Fórum Des. José Ferreira de Assis, autuei os documentos que adiante seguem. o,:/.0(;( ( . ~/C1'(.~:" IJ /-' ):-d~,- Olinésia Aragão Mendes Diretora de Secretaria ESTADO DO CEARA PODER JUDIC;ÁRIO JU'IZO DA COMARCA DE IBIAPINA 1'( )!{,J'..\!{!:\ ~. 02/2000 n B,~\. l·/\.B\O ~,~LnFW,(I~' l:J\~ f-=.Ãe) De AI'[J)lV\J)L Juiz de Dircuo 'fituiar da Comarca de U)laplllu. pllr uomcaç.Io 1'<.;gaL lISaIlU'() oas airi6111'~(IO • II ) I" til' f' 1. ~; 1 J I, •• ,. __., I"'"" I:.•,;.,..,' ,. '1"\.1 t"'1 IV' '11V ."1" '\"..·\·Jl'VI''\..'-''~'' v •• C()NSJ.l).T:·.I~.Il.~\),I)() !.'W.: J:',T.J.t\S .l~OPU ,1cr.rns DA SlLV /\..esb sendo proccxs.id» .rd'! .pr:·l!ú:a de crunc c:tp',tubdt' 110 art. ] 21. § '" n ,., T" 1 ,'''': l' T\ 1 .: '. I I C I V (J(, '. ( I lJlg (I I {:lI: ti. l'. (~IJN~.t.t.Il.'V,I\l:'-tt,'t(\ ',\ '~AI".\,~,;'\\\"",\b •.k lk. ;.1,;\-,\5. !()\'mtlbd() t.1cln :!~f\'P!!adll ÚO:1(US~!l(il.. , 'li ,,1rt. JU ))clcnnllwr a ÚlSl:lllrflç?)C) (1n incincnrc àc \r"."an)d~~J\:..,'t',~:,',',~Ir , \:\)W, ·.\md,.,,·,·,'tcn'l'\'~ \', ~'IY\. \ ~f) \~\" C\'rJ'~b\'J \~~ V'i\'R.,~·."~'1\)V~wó'.. tudo num o fim de ser o ncuxndo ELLAS HODRICiUES DA SlLV A. (l\l:Iiiílc:!cú) J]O processo 11'> 2000.0 íYI.OOI'42- i. âesla CnilJ:ln'::J, slItJmctú ..io a ""Q(~'" médico-lcest <"r.{-C'(.A.~~"" l""" " ••+".L. ,.I" "",'.,.1" ."" •••",V."\U IIv IIvulv\l-lvt"'u(." llu l~l\'-.,V \) .~~1I v •.•\I<lU\. UV .""llI~lv 1111,.111<11. Ar/. 2~ Dch~n.l)jnn.r n s!.:,~:pe.nc;;ih) dc) r!.In~~) JJPrnwJ do processo principal, nos lermos do rcfcriôo art. 149, ~ 2'" <'o t;ó<)'lgo úe ~\m:.e:':;;"f, 1.\~,Y.'Z111. Art 3(1. Nomcur Cur3J1.\r d.o :.u:u~..lo I) Dr . Pcdro c~':WX M iki'.etTa, aovogado mifitantc nesta Comarca Art. ./~ Dctcrminsr n ;wtuaç.1o lic1 rícseiitc Portar: .r em :JparllJdo. CDm as pFjncjpajs pCÇESdD processo prjr~c.ir..~J. .1ri. 5~ Dcterruinar. após a autuação prevista no artigo anterior. :'lç)~ ~bcna ",')';o,b" du:-. ~I\)h:I~~ Rcprc:-.cn"l~m'lc '1I1n):'>'lcr1-a\ c :'10 C1.l.nl.df..'.1':. r:.l.~., 1;'.0.r·f."...r/0, de l () (d/!"l) di.t\'):. Cotu\uGret.\\ os ~1JJ!...it(\s:. 0a1..U! 'entenderem ncrtmcntcs, os <t.lIals xcr.lo ell\·iac.io~) aps Pnit()~) Ú medida que IIII\;(/I il('l\:sçl[(alflls. li\.: l'i~'I .. Clla'ld.al.í". :-..i\l a'~'III.lIiild\l'> li;-. qlll!~lí(}S ,',. " I) ; 1\ ,,' •..•.•J ••••o< ti' ("".1, rJ Quesito Por doença mental oesenvcívirnentc meí)ta~ incornpíetc ou retardado, ou em virtude intoxicação era o eutorao fato, ao tempo da eçêo; inteiramente incapaz de entender o caráter camnosa do reto ou de aetetmitst-se de acordo CO/71 esse e.nfendime.n!o? T) Quesito - Em vírtude da perlurbaçg,u da saúde m€nta( por d€SBnlfotvimento men~::i(int:ompteto ou retardado, ou em virtude de tntooceçso estava ° autor ao reto, ao tempo da ação, pttveao ae ca~'acJdad9:..i9 -9,1;-le,?de,r o C3,rj/;?,r c,,:,:r::/:':DSD do ,f3/D, D!../ c/e ~/et~/7?~t,~/?a,r-SBae acordo com esse entendimento! Ar!. (i0. 1,).,:t.t.:.t;l.l,1,i,I.W.\ ~/':'}\.\ ,:,fi.'.:.\\.vJ/,... ,~ b.w..l..\l..I,~t/j P'':'I.W.t Governador Stcnio Gomes, situado em Fortaleza. com o escopo de serem norncuuos PCIÚUSpara a H;ah/,a'Y~lo u\,; p\.:/ il.:llJ liir.:u\úH'~gal' u\) á(;US•.Ü](I, As /'.)/'l r»ucõ ....o .-tr.~' n •.•tnos ,1'1·,·_')...""'_',.·•••...• 1., •••-:.••";,, Á,·,,;)r. ••{.I.1;.,.-, "11." rl..•'; •..•,·ác, t ••••••uT .•...., "".<..fJ fl"Ví. .J ~" .•.•.• "" \Ao\..' t'''''''1 t'. '-'1'1 AV '--"f'\\.A\..' }-' ".," .•.•"''-' '-J"'.""" ""' ...••..•.""1.\..4- mlorrnar :1 este Juizo quais os ncntos dcstgnados. O laudo deverá ser áPTCSCTlláÓO cm:\'0 (tTinta) ólas. p{)(kTló(l o pnrzo xct pronogaóo TIlCÓiaTÔc ~'1,-~E·~;.t,'2.yi\.·J·~~·/~;lf,'(..J..;., '1'1;:·,.;.1,- •• ,. \:.1,\'.\\ ,k·.·.\w'\~'\\"\'r'6-,~.J.'Ó, \~~.,~:M.~,~ ~k .J.;'~'('...y·21,~4.\ referido prazo. Publique-se. 1'<. Cumpra-se, C E R T I D i\ O= = = = = ..Certif ic o que e,TI cunpr tme n to a Por-t.ar í a nº02/2000 ~s fls. 02 e 03 destes autos, experli Ofício nº 198/2000 ao Diretor do Instituto Ps í qu í ri tr ico Cov. Stênio Gomes. Dou fé. Ibiapina, 05/0~/2000 A Df r-c t or-o de Secre t'~r ia, CE~TIDXO .:z: 1% = a: ::: ~ " • ESTADO DO CEAIU\ ~lI0:ISTI::RI() P(IBI.IC() CO~IARC;\ DE I13I:\PIN.'\ CEARA . . E.\i\lO. Sl~. Dl~. JUIZ DE DlRl·:nO D.\ (,()~I.\R('A DI· IBL\PII 'A CEAl~A IfJ J/o ()()6 ']()()() 11rt. 121.§ ]°,11 e Ir do cn: R(:II:' l-Lias R()clriglles ela Silva. Vitlnta: Lcopoldo Otávio Jus Reis. Cinn vis/li. 1\ representante do Ministério Público, em exercício nesta comarcn. no US() de SU~IS atribuições ,legais, vem perante V. Exa., com o respeito e acat.nncnto devidos, oferecer j)/~NUNCJ../ contra 1~'jJ..lS J<(Jj)J<I(J(j/~S 1>'-/ ,<.,'11.1:,1, brasileiro. solteiro, agricultor, natural de lbiapinu Ceará, nascido em 12 de agosto de 1975, filho de Luiz Soares da Silva e de Juditc Rodrigucs da Silva, residente nesta cidade e coinarca de lhiapiu«. Noticiam os autos de iuvcstigução policial que 110 dia 2() de fevereiro de 2000. por volta ele 23:30 horas. IlO sítio Pituba, neste município. o denunciado Elias Rodrigues da ,Si/\,(I assassinou a golpes de laca a pessoa de l.copolilo Otávio Reis. Segundo ficou apurado. c o próprio denunciado confessa. agrediu a VÍtima com vúrias facadas. sem motivo e sem qualquer discusxãn. Acriminudo c vítinui eram amigos e :1 inlcliz vitimn foi atacada de surpresa Ainda. consta que, apús () cometimento du delito. o denunciado tratou de ~~ Q..iJ_ i çt. 77' .j 'j esconder a arma do crime em sua casa c relornou ao local do crime. ) ~ nu 110.-.-,:- voltou a Sl}~ casa c contou o fato :1 seu pai. que () entregou às autoridades. i\ autoria é certa, pois confessada pelo denunciado. i\ mutcriulidadc se prova com o auto de exame cadavérico de Ils.03/03v. i\ssim,. provada a autoria e comprovada a matcrialidadc, requer esta reprcscntün~ do Ministério Público o recebimento da denúncia, em todos os seus termos e (rw' sC·Pf.()'ssiga nos-demais atos da instrução criminal, citando-se o acusado Elias Rodrigues ;la .~;ilv(/ para interrogatório e ver-se processado como incurso nas sanções do art.I 21. ~ 2°, 11 c IV do Código Penal Brasileiro, pena de revelia, até linul sentença. Requer. finalmente, a oitiva das testemunhas abaixo arroladas. todas quali ticadas 110 Inquérito Policial. P. IkICrimcllto. Ibinpin.: Ceará. 15 lk março de 20()O. y \c...X)'\. .•...•.....", ~~..fL--) Edna l.opcs Costa l'romotoru ,lu Justtc« Tcstelllun has: l-I.uiz Soares da Silva( Ils. ] J). 2-Lolll'ival Magno Reis de Sonsa (11s.14 ). 3-0svaldo Bezerra de Meio (lls.1 ó). Data supra. c?---:-----· ~ -r:-r' tu opcs Cas/a Promotora de Justiça TEI~MODE INTERROGAT()RIO DO ACUSADO Aos vinte (vinte) dias do mês de março do ano de dois mil, nesta cidade de lbiapina,' Estado do Ceará, onde pelas 14h30, presente se achava o Dr.(a) Fábio Mcdciros Falcão de Andradc MM, ./uiz Substituto Titular desta Comarca, comigo, Diretora de.Secretaria do seu cargo, presentes _ aí compareceu o acusado ~J AS nC'DTUGU~:':; .JA ::;ILVA que, 'indago sobre o seu nome, nacionalidade, estado civil, idade, filiação, profissão, residência, e se o interrogando sabia ler e escrever, este RESPONDEU chamar-se: _:U:h~_~~C:J~u..r;U_~d~L:j1".D~J. , ter' nacionalidade brasileiro ser :.3",,1 teiro.~~~~---------- ter _'lint.e <! luotrü anos de idade, ser filho de TIl; z Soares da 8i1m3 _Julli±-~OJl:tigUB s dn ;,ilv1i e de dona , com a profissão._------ de ._ {le~j,~~l t or , residente c domiciliado no f.lítio iltub:.J.-llc:; t C-nUnic {,r-i o sabendo . .._ (ler e escrever ou assinar o próprio nome), Em seglJida passou o MM, Juiz a advcrti-lota) de que não estava obrigado(a), conformegarantia constitucional, a responder as perguntas que lhe fossem feitas, e sendo inquirido na forma da lei, respondeu: que é ver-dud e u. imputação feita pela r.Q. }/resentante mí.ru rrt cr í aj ; que conhece as testemunhas arroladas, nada' havapuo contra estas; que por voltade 8 horas da noite o denunciado foi u' cana de 10uri vaI r,!ogno Reis de ..Jouoa, irmão da vítima, a fim ' de r-ec et.er- um dinheiro devi.do era dec orr-enc í a do serviço que ele preg tara a eet e ; flue o valor eré~ de n~ 20,00; flue em virtúde de Lourival n:1o ter o· dinheiro naque l.o rsom.irrt o o denunc í.uô o ineeriu um pouco de bebitla ulcoólicB e returnou para sua caGaj que após retornou fi sua ' c;J:J:t, unindo loco em 1J1J{:ui(l.·~j1ura CH[q ele úsvuldo Bezerra do .1I'elo e 'lun n{ COI'1prOU ,llir.;(), t omou (l.llatro dos on grandolf-i ele c achuç a ; 'lUfJ t, t r'lrü:\ IlJnU vez r-ut onnou p.i ru :~:lJil C:.WIl., lll.!nO me.i o U\J c aminho nncontrou 'i v{t í rr.. 2 c dI!! eL:e trut ou de .í r-om par" uma festa '1ue estava havendo' 't· -.J, I - , ", 1 C".... "I ,1' t c1 t 'no ::1 '10 01:; rl!~'lO;~, T11lt11t:ll'10 C C 0.)1;0 ucneu1 o ; 'lue e pr out o ~l Vl- tir,a ac oí t ou ; n.,ue t~l': virtude dn ví t í »: (~ot:l a llé o acu sudo retornou' It !J'la cuna pari) ll~de í xur- o L'i.c i.cLe t n ,! IlCOJl111anLar él v{tima FI :,é; " , 1 J ' "t· "'. 1 ' d.ju o \lt~ ::.lU:!. C:"!SH 'para o OCLe onu e él VI ;lT;la .llCO(J, eape.runr o ~~ e H.prQ. x í nadrr.on t « 400 met r os ; l.l.'e uo r-e t cr-nu- ele nua c s.sa, e en encontran- elo '( v it í na , :Jaill COI!] '1:J!;:1 plra o Loc.vI C\'lr,l;ina(l.oj 'l\ld j.ouo on I'OUC!O!J , t I -1''':;'''''' ", "" li ,,,,,,,,,,,,,, ,,,,r,, lUUVIl ., vi t ""'; 1"" Jnu unhe por l'tJ f"Y, [) [ue' , .rt o ; 'lud :JI' . .r''''lJr'l:, 1 >l' '[' ,"ú" h.i vi n ']iltlu ti t,"", f'ac nduu OUViU X1jJ . '• 81euém se aproximé1.l', pois havia conversa, momento em que saiu cOI rendo para sua casa; que na sua cusa Guardou a fuca e ficou imue1 nund o q seu ato teria c au suü o um crime, no meSICOLnet ant o .também' ficava imaGinando qu era teria aí dv <..l ví t ima; que ,mtüo, Ill)ÓS uno' 'luin:...;e rní nu t oo , retornou uo Lvc s.L pura verificar ,le quem ~e trata tav:1 j IlU\;! aí viu qu e era o [J:~U t,mieo; .j ue 11UOse r-ec or-du se a v1.- tina falou alGLUIluooa sa : :lul~ se quer r'.!corda -ju e 'lLlundo estava " "c cr-t nndo " se t r-at uvu de 8:~U é:mit::O Leol uldoj (lue lJ.póu certificar- -se ele quer:l seria a ví timu o .í nt er-r-ogand o voltou para c.asa e elor- !.1i~; (11;8 no dia s~guinte pen.~ou z;tUito E'sercH elo ~u~ fi~eru; que t fOl ate o Loc a.l ç dí.g o, flue f'o í, ate o ve.l or-í o ela ví.t í.ma , maa nada' f aj ou ~ qu e na soeund,.-feira, .n~o mais cguentond.o, contou d seu t, pai o acontecido; (lua o pai do acuuado , GntãQ~o,preferiu que que' este viesse se entr::Jg!:tr; que bebe, mas nem s ernpr-e em todon 08 fi- nnj. s cl'J De.:!:~,l.l1éd que aIgumas vezes quando bel.e não se rec arda do 'lue faz j que no dia do deli to o interro{';<.lndo beb eu c achuç a serra- , - , Jna COM euarana; que riao tirou nenhuma r-ou pa da Vl. t í ma (tue quando se enc ongr-ou com ela, a vítim:J, já estava 8,~i!; canisa; qu e nunca' foi preso nem pr-oc ee aado ; (lu.e vinha trall:llhanuo ;fiado:) "00 aun t os ' dias"; 'lue a "ítime era c a aadu e tinha dua s f'Ll.hurs ; (lU8 está ar-' r-e pend.í do do que fez,die;o, ,tue e:,t<.1 muito ar-r-e pend i do do crime" flue cumeteu; I ue nuo tem aelvogauu e n~o tem condiçõfls ele, consti-' tuir. ]; CaI n da ma.í.a Lhe foi pe.rgurrt aô (), deu-se por filil este in terroGató io, UtJ véd deva d.unent e ai-;siné:'do. :fu, Ho san.: de ]?r7!itas Silv:-~, Li xiI' rr (Ju..dici<~.riO, o datilOGrafei. 3.l, ({~!Jt'~u.b lJirt:tor, .:5ecretaria, o aubac r-evã , ,TUrZ .' EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ IBIAPINA - CE. DE DIREITO DA COMAR~.~~ Proc.nO: 2.000.070.00042-1 DEFESA PRÉVIA Acusado:ELIAS RODRIGUES DA SILVA . . ( .' .. (": .~ ,~ .,; , .... • ELIAS RODRIGUES DA SILVA, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, por intermédió de seu defensor dativo infra-assinado, em processo crime que lhe move ii .Iu s ti ç a Pública, corno incurso néls.penilS do art.121, § 2°, .i nc Ls) II r: IV do Cód . Penal Bras., vem i com o devido respeito a presença de V.Sxft., no prazo do art. 39~ rio Cód. de Proc. Penal, ap r e s e n t a r DEFESA PRÉVIA, alegando, para tanto, da ta ve n i a , o lOIJV{lV(~l zelo que o(a) representante cio Ministério Público, sempre emprega no exercício de suas pet i ções, que os fatos que 1he foram imputados ocor r e ram de forma di ve r s a do reJ.a tado na DENÚNCIA, o que provará durante a ':'nstrução criminal, f!n~e-iancio, assim, outro rumo para o de l imi t a r o presente caso em l o l a, dr~iXc1lldo, as n im, pélril ilpr(l:;(~Ilt.iH :';U:l d('(c:la po comp lota , qua ndo d(~ sua sal (~(Flçàes [j na .i s . Ne:;!;p í n t e r i rn, !;(!f.jll(! aha ixo o rol de t (' ~~ t r.munha S , él S q IJ a i ~l d 0. ver .'í o fi <. r d (~v .i d rl TIlr.r 11 o i n l imil ri a [L Nestes termos, Pede Deferimento. Tbiapina, 05 de ilbril de 2.000 / ROL DE TESTEMUNHAS: 01. ANTONIO C.AMELO 02. PEDRO OAMELO 03. FRANCISC0 BATISTA, toda. reaiiemtas e iomicilia.i 8 n síti. Pituba, nee\8 mun1~{,1c ie Ibia~1na. ~ 'IP PODER .JUDICIÁRIO DO ESTADO DO CF:ARÁ COI\IAI~C;\ DE IBIAPINA---------- ----- ----;------------- FOlll"1 I>F~, .I(l~(" FFUUFIII \ IlF Assl~ - A\'. DFI', ÃI.\' \IW SO,\UFS, ~fN -('F:"IIIW FONF: (tI\\HH) f.:'iJ-1277 { (,:'iJ-1J l~ - ('~ 1': 61,J('(I-11II1I - IIIIAI'Ir-;,\-('E Oficio 11." I ()X/20()() lbiapina, OS de maio de 2000 Sr. Diretor, Determino a' V, Sa. que proeeda o intcrnamcnto nessa entidade hospitalar do indivíduo ELIAS RODRIGUES DA SILVA, cumprindo o disposto no art. 6C1 da Portaria n." 02/2000, cuja cópia segue anexa, cxpedida nos autos 11.° 035/2000 de Incidente de Insanidade Mental oriundo dos autos n.02000.070.00042-1 de Ação Criminal em que o indivíduo supracitado figura como acusado. Seguem anexas cópias da denúncia e do .nterrogatório, os quais poderão servir COI referência aos quesitos relacionados em referida Portaria. A t cnciosamcnt e, F:íhio l\ledciros 1I .Iulz SUBSTlT limo. Sr. ANTÔNIO MIRANDA CHAVES PEOROSA Diretor do Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes , Itaitinga - CE iU f.' PODER JUDICIÁIUO DO ESTADO DO CEARÁ COi\lARCA DE IBIAPINA Oficio n." 199/2000 lbiapina. 05 de maio de 2000. SI'. Secretário, Requisito a V. Sa. as necessárias providências no sentido de fornecer a' este Juízo uma ambulância para conduzir até Fortaleza/CE '0 indivíduo ELIAS RODRIGUES DA SILVA, que encontra-se recolhido na cadeia pública desta cidade, conforme determinado nos autos n." 2000.070.00042-1 de Ação Criminal em que é acusado: Elias Rodrigucs da Silva e vítima: Leopoldo Otávio Reis, ação que tramita pelo expediente dcsl: Secretaria. No (lia 02. junhoo I 2000. I Atcncios.uuci te, Fúbio Mcdciros .J lJ IZ SlfnST~ ao de Andrade ,O TITULAR Sr. Secretário de Transportes do Município de lbiapina . Ibiapina - CE 11. tit PODER Jl DICIAIHO DO ESTADO DO CEAI~A COi\IARCA DE IUIt\Pll A ll)iéljJillél, i~LÍcjuuiio cic ~000. \: r ('''n· ...•,....'''~rtt\,I" •. ~,. ••..• , I •••••.•• \. ••• i i • Ir.... . " .1 .•• 1 ., ..• ~4n." ""E"r.""OC'I 'I... \.111I\.-1II \.1\.1 1/1. j :,1)1 ~ lU :-UI:-In, o FA I,C - () DE ANDI~A DE, MM .Il1i/. de nireilo Titlllar desta Comarca, solicito a V. Sa. um policial militar para acompanhar o preso da Justiça Elias Rodrigues da Silv'a até a cidade de Itaitiuga-Cli, entregando referido preso ao diretor do Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes, situado na BR-Il G, Km - 17, vizinho ao posto fiscal da Fazenda Estadual, região metropolitana, no dia 02.06.2000. . . , r t,: ~:!~ :~::--,..::!n....·' :t~·. t i . / LI I ' t;1 - i ".'( (li. (,t.!.. )n C r,,· eco . .' J./nd...;.::..,_ ()Iinrsia Arag'ào l\1C:~ndt.·s f)JHF.TOI{A DF.SECHETARIA Mal. 11." 21111"1-1-2 .' C'_.~ "...., 1":'~~Tíl C'F"T n .•' "....~C''T' .• ""'T,~n..~t-;lt: Ll·..oI\.J: '1:-,\.14-: :;:~ \. ~j •.__~: i"':.. .;t.·~;1~.J:~ Comandante do Destacamento local da Pi\1 •••• r"." 1l1lapllla - \..I'~ : I j '. .' I~ r PODEH .JUDICIÁHIO 1)0 ESTADO DO CEA ~Á COMARCA DE IBIAPINA FÓIIIIM 1)1'10 . .If)S~: F~'IW"'IIA m: ASSIS - A v, Jh:r, Á I,VAItO S(MII~'S. Ii/N -('1(1'1'1110 floNI'. (IIX>.HII) (,5J-1l77/ (,~J-IJ14 -l'y.P; (,2.3(,1)-0110- 1IlIAI'INA-l'E Oficio 11.° I ()X/2000 lbiapina, 05 de maio de 2000 Sr. Diretor, Determino a V. Sa. que proceda o internamente nessa entidade hospitalar do indivíduo ELIAS RODRIGUES DA SILVA, cumprindo o disposto no' art. Gil da Portaria n." 02/2000, cuja cópia segue anexa, expedida 110S autos n." 035/2000 de Incidente de Insanidade Mental oriundo dos autos 11.°2000.070.00042-1 de Ação Criminal em que o indivíduo supracitado figura como acusado. Seguem anexas cópias da denúncia e do interrogatório, os quais poderão servir co o re rência aos quesitos relacionados em referida Portaria. Atenciosamente, Fábio Mcdeiros~~-Io de Andrade JUIZ SUBS r TITULAR IInlU. Sr. ANTÔNIO MIIV\NDA CIIAVES PEUnOSA Diretor do Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes ltaitinga - CE' POI>ER JUDJCIÁRIO DO ESTADO DO CEAI{Á COMARCA DE IBIAPINA Ofício n. fi 259/2000 Ibiapina, 10 de junho de 2000. ASStI TO: Determinação (FAZ) Sr. Carcereiro, Determino a V. Sa. que entregue o preso ELIAS RODRIGlJES DA SILVA, que encontra-se recolhido na cadeia pública desta cidade, a fim de que o mesmo seja conduzido ao Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes, Itaitinga-CE, no dia 02.06.2000, conforme restou determinado nos autos 11.0 35/2000 de Incidente de Insanidade Mental, ação que tramita pelo , diente da Secretaria deste Juízo. Atcnciosamcnt Fábio Medeir~"lllY ..UJIII:I .JUIZ DE ()J de Andrade . O TITULAR . '-.. ..-- Sr. Carcereiro da Cadeia Pública lbiapina - CE Gl~), ,: -;;, ,I .' . , GOVERNO DO ESTADO SECH.ETARIA DA JUSTiÇA INSTITUTO PSIQUIÁTRICO GOVERNADOR STi~NIO GOME~ Df. nQ 749/00 Itaitinga, 22 de Agosto de 2000 Dnvld~mcntn escolt~do pelo Aqanta Peni- tenci~rio JOsaphat do Mour;) Frcirp., p.stílmos devolvenrlo a essa Comarca do Ihinpinn-Cr, o pncirnlA [LIAS RODRIGUES DA SILVA,' o qu~l veio realizar Líludo rrriciíll, 1ue sogue anexo. I\tonciontlmcn e, b-ill C:QJ..CtV1 -\urilelll M ele Almeida Pinto Gerente Adjunta LP.G.S.O. ExmooSr. Dl'o Fábio I':oclrlro;, r~llr::in de An dradc Ibi"pjn,,-Cu• M1'1. Juiz Suhstituto Tí t o Lo r di) Cr~ •.vr c ((': I S I/\DO I l() ('1./\1</\ 'iITRFrI\lHA DA JI JSTIC,'A I~S'I 1'1'1,'1 O I'SIQll,\'IIUCO GO\'EHNADOI{ STf:NIO GOMES "('I'iriado: :,1 I 4 , .••• " ••••• 'r", /'\ ) I I' Lucal: Solirit:t\,i'io: , .••r, J : 1\ ,. ," , ,\ I:f' ... Peritos: r-r-r-f' ,- \.! - \,. I ~ • LAUDO PERICIAL , • 1" 'I , I '" ,....•""•. r· .... I " .- •..••• I - I r , .. I', ,',"f,"11' , ••, ~ ',:'1" • r:r: .'\" .,' "" r""" rr- " ••••.• "'T""' ,1"'\ I" ri SIIM/\ HIO t I I 'I" ; r:, ,, , '" I' .-., " J ,~ 1 t,., " ':.. : I, , " " " r ",- l' f, /' , l, " " " /, -., , , ., ti' , ""7 _ .•_- - " r ., • ., C"l I" " I ", i r' l~ r' i , , , ~., ! I: () : ;, --' , I I '~(' 'I'i ~II" ." L-: ~i 1 \ " " " +- .:' ~ I r' , " i ~P' -t - '~(, 1 :'" <; ", r j f \'., J ud: t f' III -"': ,I I. .1,.. ; . I ," I. - r !\' , ' ,~ l- f')!' 1\/ I" • .' I' r '" I i .....1· • ['('''('1" " I , I'! ., .•. r " - , Ir' " . \, )"' .. ., ; , , , i r i, ",\ll , '~;:-"'t~r;' ~'l':\r, ...•__ ._. . .l..- ,',C:'110 1, C(~l'''r-(-l d;- I"i \+-,1,., I: ~....,r i I\,.,~"n \ r- 'i,i"., r-m C'''.C:;.('C',f'::!. r-, t' '; i" 1 'l l , I' ~r' 1- ; :J~) • ~ l , .i(t ':' P....• (.j 1 ~'\ 1 ' . r t () •.•• ( r"" ,'" r !..1 •. ~,; t- I~' 1'" I" " til h· , , ., -, , .1;' ,....I' ' r. 1 ; .••• -. ! ;:. f 1'1'" L,)! 'J j , . (,... ,- r'(' , 1 I 1 , r .' t, (,~,,·t't,:...4 -111" :,4_ ,l ~ i' I. , ~~ 1 ~ i ,- r : --"..- -. :'....,i' i 1'" 'I. , ,,(,4- ')" r' . \ r,l ;." ~ to. I 1 .,", : n ~ ! I 'cga fumo e refere uso de frcqu~nciu. ~ada refere a passado policiais pelo 4- Hjs!:.~!:"i., do D~I~: .,)Yer5~0 do Acus a do r Diz que a vftimn era seu conhecido, que no dia do delito se encontrou com ames mil e accrtilram irem juntos par., um() festil. Diz o ucusndo, que foi dei - xar sua biciclctn em cus~, e rctornou para sair com a vftima, nesse mo- mento não sabe informnr com prccis~o do Cjue ilcontecell, di;: Cjue Cjllando '" ,lembrn a vitima ja estava caida c esfaqllc~da, voltou para casa sem reco nh oc c r- a vftim'-l pois C~it.lva os c u r-o , e qrrc guardou a ar-me do crime(faca) em c a s o , !\rirm., que 10:)0 em seguida par.l t i r-ar- a d~vida do que teria ' oc o nt e c ido voltou 030 local do crime, tendo reconhecido c3 vftimuo ~:ova - mun t n vo l r ou par-o c os o em dc s e spc r-o, e ,1P(~S O::! di ,'5 rcsol vo u c ont a r- pa- ra o s cu po i , que o lovo u í",1r" se epr-e s cnt nr- n., Delc8acia de Palfci.,. Di;: quo f oz uso de bcb ida a I·co~ I ic o (c.lclltl'iCl) du- rante o dia do delito, que perdeu a consci~ncia do que fnzia c acha Cjur praticou o crime sem consci~ncia do ato. C o n f e s s o que nu nc a s e e nvo I vo li c orn p(',1 fc ia, 11;o ' ( -tinhn nado contra a vitima, c nao sabe ao certo se na hora do crime dis cutiu com a mcsm.:l, pois n;)o se lembra. b) Vcrs;o clos Au tos : Compo t f v c I com u do o cu s e do , , 5- [xaml. :v!<-nt.ll: !:Xilminc1ndo l uc i do , or-i r-nt odo glo- ho 1men t ~, r C'o pC'r·l r om (;;':;-;;;-;:,-' hO.l ,'r.1r~ ri" i .1, p c nr-,ame nto c or- rf"nb· , n ao- . (1\;10 -Ic l i r.r , ur-m ":.;r(·:;r.lividndc. 0(·m.1i"'l funçoc'; pSIQllit>1<; pr·('5C.!:,o luc i n i , v.1d.)~ 10 ,. x um (". 11- 2C";':'L'IS!0: t o l I.' de cO::1port.lfnl.·nto dc c o r-r-c n t;c Atudlll1C'ntc c \J ~';C) \ I(' h c h i .Io .i l (' o~ 1 i eu. Cx.im i :11n·!0 j'ort.,d,-", ,lI" tl~,)Il·,tol'no mun do u~o d0 ~lcool(CID-10 rI0). - A "';(,In ev i dunc i e s de' d i s t ur-b io ps iqu ic o , (Jo Jui;:) 1- ror d"cn<',1 r.1cnt.ll ou d c s c nvo I vi mont o 11\('tlt.)I i nCO;T!!' 1(·to Oll ret"rd.l,b, OLlem vi;tuoc d" intl)xiC,Jr~o era o out or- do f'o t o , .10 t crnpo d., aç~o I inteiramente i nc apo z d!' l.'f~tcn('h'r o cLlr~te •• criminoso Jo f'ot o ou dI' , dc t cr-m i no r+s o de ec or-do com esse c~nt..':lldimt!"I-.)?-f:[SP- ~'uO. 2- [m virtude da perturb<l~;.) da sa~dc .ncnt a l por desenvolvimento me rrt a l i ncomp I c-t o ou rctilr~hd;, 011 e-m v i r-t u ie de i ntox i Cc'l;;;~(,\ ost a vo o auto!' d o f'a t o , eo tem~;) da aç;o, pri va.lo rlu c ap ac i .l.Jdc dr- e n t e i dCI~ o ci"lr~- ter cri 1:'\i nos o do f'o t o , ou dl; d+t r-r-m i l1:1r-sc de oc or-v!o com esse enten- dimento? ::~sr-Siml em virtude ~(.. p"rturh,1ç;o mcn to l por into:,<i\,,'ç~o c1lco~li- .",:il • 1- é o J ,!f\lJI1Ci odo ort.,dür;lc l' .ju:n.l c!O'~Il';1 mon+o ] ou ·1;:·:3CnVD1v imcrrt o ' r:1t:nt.,1 i nc ornp l c t o ou rC':.Jr.-L:!o •. ror.l .10 t~::1,:)o ,!., <1('.10, i, t o i r-emcnt c" . " , » i 11(:.1,.,,1::cle cn t on.Ic r- () C:11'.,!:C'!' i I i c i t.o do f.1to ou l!f'tf"rr.r i ni'lr-s~ de ' .1rnrdo c orn os s c ont c nd i nl<:l1io: DT. (horgc F~ IÚ I astro C:hM 1213 ( .•31":".61,·~J aaoico hll'U " ., COflClUSÁO ~dTPl:JW.~f:',!o rctes autos eM- elusos u() iJ. I'. I _ ,:_ i..:( .ito . .; Cfl') f?1;d::..J .. _ ü,,· c. ;j t .I I c» 50 .: ' 'i~ ~ t..I'II\ / .•~'c;.<-' /t, )6'· ~ DESPACHO Trata-se de ioadente de insanidade mental instaurado para apurar a higidcz mental de Elias Rodrigues da Silva. o laudo pericial elaborado pelos peritos do Instituto Psiquiálrico Governador Stênio Gomes revela-se, poré m, contraditório. Com efeito, se o autor do fato, ao tempo da ação, , não era inteiramente capaz de entender o caráter criminoso do fato (quesito 1), parece contra-senso afirmar-se que, em virtude da perturbação da saúde mentel. estava o autor do fato privado da capacidade de entender o caráter criminoso do fato (quesito 2). Por ser assim, intimem-se os peritos Dr. George Fernandes de Castro e Dr. Luiz Bezerra da Silva Filho para que, em 5 dias, esc/areçam as repostas da quesitaçã o, i/idindo a contrariedadeentre e/as. Ibiapina/CE, 6 de/setembro 2000. I I\ ? Fábio Medeiros F de Andrade Juiz de Diylr: o A T A J lteD5J DE ,uaJ"cI!hl 1I11tn auto. __ .Ib!Ihu-4_. u' ,•• ---) Olr.Wo ( s ) d. Seclt'..,,. PODER .JUDlCIÁRIO Do fSI ADO Do CE.ARÁ COM ARCA DE lBlAP1NA SECRETARIA DA li ICt\ VARA FOKI'" Drx Jo~l:FERKFII{;\ rn: AS~IS - A\". ()EI'. ÁIXAKO S<IAKFS, st-« -n'''' rKO Fovr: (Ox:.HH) (,:'\3-1277 I (.53-132-1 - (".:1': (.2.3(,U-{)OO - IIII.\I'INA-CE Ofício 11.°442/2000 lbiapina, 05 de outubro de 2000 Sr. Diretor, Requisito a V. Sa. as necessanas providencias no sentido de determinar aos peritos Dr. George Fcmal1des de Castro e Dr. I.uiz Bernardo da Silva Filho, que esclareçam a este Juizo, 110 prazo de 05 dias, a contrariedade existente nas respostas aos quesitos, cuja cópia segue anexa. A presente requisição foi feita nos autos 11.°035/2000 de Insanidade Mental oriunda dos autos 11.°2000.070.00042-1 de Ação Criminal em que é acusado: Elias Rodrigues da Silva e vitima: l.eopoldo Otávio Reis, ação que tramita pelo expediente desta Secretario . Fúhio Medeiros. ' ,JUIZ de !\tcnciosamcntc. lImo. Sr. Antônio Miranda Chaves Pcdrosa Diretor do Inst. Psiquiátrico GOl:. Stênio Gomes Itaitinga-CE __ ot.. 61~: ..•: - .. ; GOVERNO DO ESTADO SECRETARIA DA JUSTiÇA INSTITUTO PSIQlllkfl~I(,O (;OVEI{NAnOI~ STI::NIO COM ES Of.I031/00 It~itin9a, 16 de novembro de 2000 MM. Jui z, •••• _ •• _ •• 4 • ••••••••••••••• _ •••••••• " • I ~ ." • :. • '''\ 1 •~', .\ " ,Em' 'anexe,',:estàmosenviando a V.Exa, para os devidos fins, esclarecimentos dos quesi tos do acu~'ddo'ElIAS RODRIGUES DA SILVA, elabo=- rado por peritos deste Nosoc~mio. Respeitosamente, Or. AnfO~'IoO "h,1'41 C '.dlo" O",nt. do IPGSG Exmo.$r. Dr. F~bio Medeiro8 falc~o de Andrade MM. Juiz de Direito da Comarca de Ibiapina-Ce. " ~ GOVERNO DO ESTADO SECRETARIA DA .JUSTIÇA INSTITUTO PSIQUIÁTRICO GOVEI{NADOR STf:NIO COMES ESCLARECIMENTO DOS QUESITOS SOLICITADO ELI AS;,!~,0.9~I!~,~E~ :p_~"~ ~.~.~;A.• ~I • I 1f • I , , ~ ••• I ., . ,. ,..!. 'I.' ..'J .-:., .,1 .", :::'j PELO JUIZ: DO ACUBADO I. , .. .. '-- '. ~-.... '..: ;'~t . -:f' '.:, " '~'. • ••• 1_ Por doença':';'lDe}lt~1,ou:"'des·(;~:~0.1~.lIlent2me~tal incompleto ou re- tardado, ou_em' v i"rtu~:AfT ..;' ihtóx i caçao era o autor do fato, ao tempo da açao, inteiramente incapaz de entender o carater cri minoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendi mento? RESP- Nao. 2- Em virtude de perturbaç;o da sa~de mental por desenvolvime~to menta I i ncomp Ieto ou rW-at-dàCIô; ;o.u era v i rtude de i ntox i caçao' estava o autor cft!jl"a-t;o, ~·ao. telllpo; de .~çq~.,,~p: i vado da capac i d!!, de do orrt e ndor- o car~ltó"", ;:;r,Â!Al; nos~, d?. f~~~~, 1 ou de determ inar- se do acordo com esse.~ntondimcnto? Uq... - . ~,,,. , RESP- Nao. Em virtude de perturbaçao da saude mental por into xicaç;o alco~l ic-a,' o ~utor,. do, f.~~.~ntendia o car~ter crimin2: 50 do fato, contudo'nao se determinava com esse entendimento. Itaitinga, 09 de novembro de 2000 \. Anexo 2 Trata-se de um procedimento judicial que tramitou na Comarca de Ibiapina-CE, o qual visava apurar a insanidade mental de Manuel Paulo Oliveira Filho. o final, foi constatada a sua responsabilidade penal. Referido processo encontra-se também já arquivado. PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA ÚNICA VARA COMARCA DE IBIAPINA " . INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL AUTOS N.o 13/2002 Acusado: Manuel Paulo Oliveira Filho Tombado sob n." 13/2002, às fls. 31v/32, do Livro n.? 01 de T. C. O. e outros. AUTUACAO J Aos 27 (vinte e sete) de fevereiro de 2002 (dois mil e dois), na Secretaria da Única Vara, Fórum Des. José Ferreira de Assis, autuei os documentos que adiante seguem. llnésla 'Aragã Mendes DIRETORA DE SECRETARIA IV:AT. N.o 201181-1-2 PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO CEARÁ COMARCA DE IBIAPINA SECRETARIA DA ÚNICA VARA PORTARIA N.o 01/2002 A Dra. ANTONIA DILCE RODRIGUES FEIJÃOO, Juíza de Direito Auxiliar em rcspondência por esta Cornarca de Ibiapina, Estado do Ceará, por nomeação legal, etc. CONSIDERANDO que MANUEL PAULO OLIVEIRA FILlIO está sendo processado pela prática de crime capitulado no art. 121, caput do Código Penal; e CONSIDERANDO a informação do Agente prisional à 71 dos autos de Ação Criminal, de que o mesmo sofre de desvio mental, o que foi constatado por este Juizo durante audiência de interrogatório, em que o mesmo figura corno acusado; RESOLVE: Art, 1°. Determinar a instauração do incidente de insanidade mental, com fundamento no art. 14<) do Código de Processo Penal, (lido nílr;, () fim de ser o acusado MA lI/':L I'AlJLO OLlVI:IR/\ F/LlIO, qualif ado no proc- n° 1997.070.00120-7, desta Cornarca, submetido a exame médico,' apur: -se o seu estado de saúde mental. Art. 2°. Determinar a suspensão do curso non ial do prol .o principal, nos termos do referido ali. 149, 2° de Código de Processo PCI Art, 3°, Nomear curador do acusado o Dr. Manuel de -;d.: Silva, advogado militante nesta Comarca. Art. 4°. Determinar a autuação da presente Portaria em 'lado, com as principais peças cio processo principal. Art. 5°. Determinar, após a autuação prevista no artigo .rior, .scja aberta "vista" dos autos à Representante Ministerial e ao Curador, J, no prazo de 05( cinco) dias, formularem os quesitos que entenderem rtincntcs, os quais serão enviados aos Peritos à medida que forem apresentados. c logo, entretanto, são formulados os quesitos seguintes: ~ 2" OUl'sifo - 1:111 virtude de pcrturbaçào da saúde mental ou por desenvolvimento incompleto ou retardado, não possuía o réu, ao tempo da ~l(;:IO, ~l plena capacidade de entender o car.ucr iIícito do Into, ou de determinar-se de acordo COI11 esse entendimento? Art. 6(1. Determinar seja oficiado ao Hospital Psiquiátrico Dr. Stênio Gomes, solicitando data para realização do exame e vaga para inicmaçâo provisória do acusado, em razão da ausência de estabelecimento adequado nesta Cornarca. Art. r. Determinar seja oficiado o Hospital Psiquiátrico Dr. Stênio Gomes, situado em Fortaleza, C0111 o escopo de serem nomeados peritos para a real ização de perícia médico-legal do acusado. As nomeações dos peritos dar-sc-ão pelo próprio órgão público que deverá informar a este Juízo quais os peritos (ksigll:ldos. () laudo deverá ser nprr scutudo em JO(trint~l) dias. podendo o prazo ser prorrogado mediante solicitação escrita do perito, C0111 demonstração da necessidade de dilação do referido prazo. Rcgisi rc-sc, Puhl iq lIL'-SC. <- 'um pro-se. lbiapina, '27 de fevereiro de 200'2. (dOlfJcJ..J.i- '- ANTO IA bíLCE ROÓ~GUES FEIJÃO .luiza de Direito Auxiliar- Respondendo . 4 " . .. ;' I / PODER .~JUnICIÁRIO COMARCA DE 1I3lAPINA Processo 19<)7.070.00120-7 Acusado: Manuel Paulo Oliveira Filho D1:CISÃO Vistos etc. I. Havendo dúvidas a respeito da sanidade mental do ac Isal!!). que apresenta comportamento próprio de quem sofre de desvio mental, conforme constatado por este juizo durante audiência de interrogatório e noticiado pelo Agente Prisional. com fundamento 110 artigo 149 do Código de Processo Penal. instauro incidente de insanidade mental, a fim de ser o acusado submetido a exame. 2. Na forma do § 2° do referido artigo 149. suspendo o processo até solução do incidente c nomeio Curador do acusado o Dr. Manuel de Jesus da Sil a, que já roi nomeado para patrocinar sua defesa, tomando-se o compromisso. 3. Formulo desde já os seguintes quesitos: -t:> a) Por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado. era ° réu, ao tempo da ação. inteiramente incap: '/ de entender o caráter ilícito do luto ou de determinar-se ti' acordo com esse entendimento? ..-p h) 1:111 virtude de perturbação da saúde mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado, não po ssuía o réu. tempo da ação. a plena capacidade de entender o c rá '. ilíci do fato. ou dc determinar-se de acordo com esse cn endir 1 t 4. Autue-se o incidente em separado. baixando-s r será acompanhada de uma via deste despacho. Intimem-se. '1 1 representante do MinistérioPúblico e o Defensor, que poderão ar r '_ quesitos. no prazo de cinco dias. 5. Oficie-se ao Hospital Psiquiátrico Dr. Stênio I olicitundo data para realização do exame e vaga para intcrnação pro i. ria li) ucusado. em J'U/Jo da uusênciu de cstabclccirncuto adequado nesta Contare I. r '111 'I .ndo-sc cópia das principai» peças do processo principal. (,. Intimem-se. Expedientes ncccssáric Ibiapina, 2ú de fevereiro de 2002. 'JS!).tr-)J&.·d;A/':1})1J~".r. r:-•.; _ ANTONlA DILCE RODRIGUE' Il:1J O Juiza de Direito Auxiliar - Rcsp ndcndo ... ,I ( C E R T I D l\ O Certifico que em cumprimento ao despacho retro, expedi ofIcio nQ 75/2002 ao Djretor do Inst. Psiqui(trico Cav. ' Stênj~ Gomes. Dou fé. Ibiapina-CE. 27 de fevereiro de 2002. A Diretora de Secretrtria, (-r!f)p/~) 1997.070.00120.7 LST xoo DO CCMIÁ MINISTÉRIO rÚE3UCO COMAnCA IPL N." 021/96 INDCDO: MA UEL PAULO OLIVEIRA FILIIO EXCELENTíSSIMO SENIIOR .JIJIZ DE DIREITO DA COMARCA DE IBIAPINA r DENIJNCIA 1 - R. e A., RtCHJO A DE.NÚNCI~I 2 - DE SIGNO IN r ERROGA tomo h~.~A O 011\I{t !t!1 .9...f, Àsjº.~o· . s: 3 _ PROVIDÊ.I P',' SE A eu f•.ÇAO D~ RÉU; . 4 - CI~NCII\ fiO rrtNI')TÉhIO PUOLICa. '5iJ.!f1:1!!!V./L (CE) . .t.]: " f./.q-l .. ~z:{;~;J:k ,<-- ffZrfoq~,,. (i, 1m O REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL "in fine" assinado, no uso de suas atribuições legais, vem à presença de V.Exa., nos autos em cpígralc, ~!crcccr DENÚNCIA contra: ~ ESTADO DO CEARÁ MINISTÉRIO PÚBLICO COMARCA MANUEL PAULO OLIVEIRA FILHO, brasileiro, casado, vendedor ambulante, nascido em 01.03.61., filho de Manuel Paulo Oliveira e Maria Antonia Fontcnelc, residente e domiciliado no Bairro das Pedrinhas, neste município, ~ pelo cometimento do ato delituoso que. passa a narrar: Segundo consta dos autos de inquérito-policial que acompanha a presente, no dia 21 de dezembro de 1996, por volta das 1X :30 horas, na 1\v. Francisco Luís de Sousa, proximidades da residência do Dr. Cláudio Sabino, nesta Cornarca, o indiciado desferiu na pessoa da vítima, Mauro Osório da Silva, qualificada nos autos, dois golpes de faca que foram a causa eficiente de sua morte O lato se deu quando indiciado e vítima, após passarem algum tempo no bar do senhor Luís Fcmandcs da Silva, deixaram aquele estabelecimento comercial em direção ao centro da cidade, tendo a vítima saído primeiro, cmbriagadu, e o indiciado o a seguir. 1\ certa altura, iniciou-se uma discussão verbal entre dois seguidos por uma luta corporal. Quando estavam agarrados , 50, o indiciado saca de sua faca tipo peixeira e dcsfcr dois I;' Jj undos golpes na vítima, causando-lhe a morte, tendo, logo" a seguir, empreendido fuga em sua bicicleta. 1\ autoria repousa estampada na confissão do indiciado na polícia e nos depoimentos das testemunhas. 1\ material idade, no auto de exame de corpo de delito cadavérico de fls. 03 . .' Em lace do exposto e de tudo o mais do que consta . dos autos, encontra-se o denunciado incurso nas sanções do arL l~. ESI 1100 no CEMIA MINISTéplO PÚOLlCO COMAFlCA "caput", do Código Penal i3rasilciro, razão pela qual requer-se, recebida e autuada esta, seja o mesmo citado para interrogatório e para se ver processado até final julgamento, pena de revelia. Requer- se, outrossim, a notificação das testemunhas do rol abaixo para virem depor em juizo, oportunamente. Rol de Testemunhas: Manuel Cláudio Fcrnnndcs Monteiro, residente c domiciliado na Av. l'rcf h.~CI.Luís de Sousa, s/n, neste município; Luís lcrnaudcs da Silva, residente e domiciliado na Av. Pref. Fc". LlIÍs de Sonsa, n.". 02, bairro São João, neste município; José Edmar Carvalho, vulgo "Zczinho", residente e dorniciliado no bairro São João, neste rnuniclpio; l'cdro de Araújo Vici 1':1, residente e domiciliado na no sítio Santa Maria, neste município; Antonia Feitosa Vicira, residente e dorniciliado no sítio Santa Maria,~ neste município. ~ ::'I iapillJa, ~6 dC)!a o 'i~ dc ~997. ~t.;Jo.MJ-A- ~ ~ • •. MA IMA T IC'UEIRO Promotor de Justiça :' PODER JUDICIÁRiO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DA ÚNICA VARA COMARCA DE IBIAPINA ,'" ., -,/.. !\o(s) I X (dezoito) dias do mês de fevereiro do ano 2002 (dois mil e dois), nestél'cidadc~""''- lbiapina, Estado do Ceará, onde pelas 10 horas, presente se achava oCa) Dra. Antonia Dilcc Rodrigucs Feijão, Mfv1. ~lúz(a) de Direito respondendo por esta Comarce: o Dr, Fábio lIolanda Albuqucrquc, Promotor de Justiça Titular; comigo Diretora de S<.:t:rd,aria.de seu cargo, nl compareceu o acusado que indagado sobre o seu nome, nacionalidade, estado civil, idade, liliução, profissão, residência e se o' interrogando xahia ler e cscrc cr, este respondeu chamar-se /J;iANlIEL PAULO OLIVEIRA FII.J/O, brasileiro, casado, vendedor ambulante, nascido em 01.03.61, filho de Manuel Paulo Oliveira c Ma ria Antonio Foutencle, residente e tio11Iicitia do /10 Bairro das Pedrinluts, neste Municipio, mio sabendo ler c nem escrever. Em seguida passou oía) MM. Juiz(a) a advcrti-Ioía) de que não estava obrigadota), conforme garantia constitucional. a responder as perguntas que lhe fossem feitas e sendo inquirido na forma da lei, RESPONDEU: que perguntado sobre o fato respondeu que nada lembra; que em razão dos vários fcrimcntos sofridos, perdeu muito sangue c ficou fraco da cabeça; que sobre a morte da vítima Mauro Osório da Silva, nada lemhra, em razão de ter passado muito tempo; que perguntado se conhece as testemunhas arroladas, nada respondeu; (Iue perguntado se tem advogado nada respondeu, sendo-lhe nomeado o Dr. Severino A. A. Santa na. E corno nada mais disse nem lhe foi perguntado. deu-se por findo este interrogatório, o qual vai devidamente assinado. lu, ~~~~"--- _ I)iretora de Secretaria. mandei digitnr e subscrevi . TEnMO DE INTEI{ROGATÓRIO DO RÉU '., .Jllí7.a:~ rsado: ---~ . -' b , !'.1.f;. Jqíz~ IJ., j}jr'~j Lo '0:Jpf)1l<1~IJLa prn 1)1 I. 1111~(I/I'j II I, i ''''I) I'od 1 i I:II(] :'J P'I)i .iii'o', ~!) til COtnHTC:I '\ , I f>' i r o c'iLj·JIl~O.;:'ll[11'Jl I:Ju}() nliv8.trr.I,O rne nmo ~llC()lltnl-!:;c rec o Lh í d o :,t 11m:! d u.: C\;):18 cl(':~~n. r(,llit(!llCi:~I:in.(~ 1I,~t.JlltO n pre nen t n um qu ud i o (I~ :;:-:ltfur> J'o i m« ~ln()rrn:l]. 1,:-::0 1'1)\1 'l\i(, d'IIIL~Jo rl~:1(). J::,r;l) q'lC :~ ~xma. ·;r4.• o tr'l:1 Lil;' }"l'l 1,"'1;:1,1" i t o r:í(l'li'~l.ric." corn mo i n ),l"e,ri.d'lJl~ J'(J:l',j-rnl. ;·Jt>:3!.,8 0J'Col t,lttli.\,:,,;(~ ln; Ler') :1 '!.'~)n. f1ol;n::;Ln (t:",P.J0'I'IJ~1 n.lti1J" f~ ~ Nesta d~ta faço estes auto8 co VISTA ao Rep. do M.~bl1cG. para, querendo, apresentar " quesitos, no prazo de 05 dias. Ibiapina-C~. 27 de fevereiro de 2002.  Diretora de Secretaria, _~.d~d ,, PODER JUDJCIÁIHO Do ESTADO Do CEARÁ COMARCA DE IBIAPINA SECRETARIA DA ÚNICA VARA F(lIWl\l Ih:s. J()S~: Ft:10U:1I{,\ DE A~~lS - A v, DEI'. ,\ I. ,'AlUI SOARES, w« -CENT1{O Fo:\r.: (0-.::-;88) 653-1277 /653-1324 - Cr.r: 62.360-000 - 1/IIi\PI:-'A-CE Ofício n.o 75/2002 IbiapinalCE, 27 de fevereiro dc 2002. Sr.(a) Diretor (a), Solicito a V. Sa. as ncccssárius providências no sentido de designar data para rcaliza ão dc exame e vaga para interna<;ão provisória do preso da Justiça MANUEL PAliLO OLIVEII~A FILIIO, acusado nos autos 1111 19(n .070.00120-7 de Ação Crim inal, tendo este J uízo instaurado Incidente de Insanidade Mental do mesmo, que sofre de desvio mental. A presente solicitação foi dada nos autos n." 1312002 de Incidente de Insanidade Mental oriunda da Ação Criminal n° 1997.070.00120-7, em que a mesmo figura como acusado, ação que tramita pelo expediente da Secretaria deste Juízo. ~~Co llB <6CJSJ ;jLf A tcnc iosamcntc, ( ..•.t~~kod«q.,a/~u~o Ora. Ant'ónia Dilcc Rodrigucs' •.•.eijâo .11;íz"\ m: nuu.rro nESI'. Sr(a) Dirctor(a) do Instituto Psiquiátrico Gov. Stênio Gomes ltairinga-Cli lutO' cora EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA r.OMA~q~ n~ 1~IArJN - Gê INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL , PRXE O, 2 ACUSADO: MANUEL PAULO OLIVEIRA FilHO , I • "I , I 1,'1 ,":", COTA N° 16/2002 " r EMENTA: HOMiCíDIO DOlOSO. INSANIDADE MENTAL DO ACUSADO. FORMULAÇÃO DE QUESITOS.
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