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o IMPACTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE A PRODUTIVIDADE DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO NORDESTE: UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA SERGIO AQUINO DE SOUZA ORIENTADOR: FLÁVIO ATALIBA FLEXA DALTRO BARRETO FORTALEZA-CE 2000 Sergio Aquino de Souza o IMPACTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE A PRODUTIVIDADE DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO NORDESTE: UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Economia da Universidade Federal do Ceará como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Economia. Área de Concentração: Teoria Econômica Orientado r: Prof. Dr. Flávio Ataliba F.D. Barreto Fortaleza Universidade Federal do Ceará Curso de Mestrado em Economia 2000 Sergio Aquino de Souza o IMPACTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE A PRODUTIVIDADE DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO DO NORDESTE: UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA Fortaleza Universidade Federal do Ceará Curso de Mestrado em Economia 2000 Esta dissertação foi submetida como parte dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Economia, outorgado pela Universidade Federal do Ceará, e encontra-se à disposição dos interessados na Biblioteca do curso de Mestrado em Economia da referida Universidade. ~1\4~k(~~ Sergio Aquino de Souza Dissertação aprovada em 30 de junho de 2000 jfo:vÚJ ilitJi1,,- ~QX~]Jt.,B~ Flávio Ataliba Flexa Daltro Barreto Orientador Luiz Ivan de Melo Castelar \ José Meneleu Neto AGRADECIMENTOS Ao Professor e orientado r Flávio Ataliba pela dedicação na realização deste trabalho, que sem sua importante ajuda não teria sido concretizado. Aos meus pais, José Vitorino de Souza e Givanilda Aquino de Souza que são responsáveis pela minha educação formal e informal desde o meu nascimento. À minha noiva, Cristiane Madeiro Araújo pelo incentivo que me deu durante todo o curso de mestrado. E aos professores Luís Ivan de Melo Castelar, José Meneleu Neto e Antônio Lisboa Teles da Rosa pelas sugestões dadas para a realização da dissertação. RESUMO Este trabalho busca investigar o impacto de políticas industriais sobre a taxa de crescimento da produtividade do trabalho e da produtividade total dos fatores na indústria de transformação nordestina, utilizando metodologia de contabilidade do crescimento econômico desenvolvida por Solow. Tais políticas industriais se subdividem em protecionismo, através da adoção de elevadas tarifas de importação, incentivos fiscais, medido pela quantidade de recursos liberados pelo Fundo de Investimento do Nordeste (Finor), e incentivos creditícios, determinados pela quantia dos empréstimos contratados com recursos do Fundo Constitucional do Nordeste(FNE). São realizados dois conjuntos de regressões. a primeiro toma a média das variáveis de incentivo fiscal e de protecionismo no período de 1985 a 1995 em cada setor da indústria de transformação e mostra que o FINaR não explica a taxa de crescimento de nenhuma das duas medidas de produtividade. No entanto, a tarifa média de importação se mostrou significativa e negativamente correlacionada com ambas as taxas. a segundo conjunto de regressões utiliza dados de 1995 dos incentivos creditícios e do número de anos de estudo completados pelos funcionários em cada setor da indústria de transformação nordestina, mostrando que nenhuma das duas medidas de produtividade são influenciadas pelo FNE. Dos dados de escolaridade, apenas a série que consistia da proporção de funcionários ligados à produção que possuíam segundo grau completo apresentou coeficiente significante e positivamente correlacionado com a produtividade total dos fatores. SUMÁRIO 1. Introdução 2. Uma Breve Discussão das Políticas Industriais no Brasil 2.1 Comércio exterior 2.2 Incentivos à Industrialização no Nordeste 2.2.1 FINaR 2.2.2FNE 3. Modelo 4 . Produtividade 4.1 Produtividade do Trabalho 4.1.1 Aspectos conceituais 4.1.2 Evolução da produtividade do trabalho 4.1.3 a impacto de políticas públicas sobre a produtividade do trabalho 4.2 Produtividade Total dos Fatores. 4.2.1 Cálculo da PTF 4.2.2 Aspectos conceituais. 4.2.3 Evolução da PTF na Indústria de Transformação do Nordeste 4.2.4 a impacto de políticas públicas sobre a variação da PTF 5. FNE e Capital Humano 6. Considerações [mais Bibliografia Anexos Apêndice 1 3 3 5 5 6 8 10 11 11 14 16 18 18 21 22 24 25 30 32 34 40 RELAÇÃO DE TABELAS Tabela 1: Tarifa Nominal Média de Importação 4 Tabela 2: FINOR- Recursos Liberados na indústria de transformação nordestina 6 Tabela 3 : Valor Contratado no Sistema FNE 7 Tabela 4: Variação da produtividade do trabalho -VPL 15 Tabela 5: Variação da produtividade do trabalho -VPH 16 Tabela 6: Regressão para a Variação da Produtividade do Trabalho - VPL 17 Tabela 7: Regressão para a Variação da Produtividade do Trabalho - VPH 17 Tabela 8: Regressão para o Valor Agregado 20 Tabela 8.1: Variação da Produtividade Total dos Fatores-VPTFL 23 Tabela 9: Regressão para a Variação da PTF - VPTFI 24 Tabela 9.1: Regressão para a Variação da Produtividade Total dos fatores - VPTFh 24 Tabela 10: Níveis de Escolaridade por Gênero da Industria de Transformação Nordestina. 26 Tabela 11: Regressão para a Variação da Produtividade Total dos Fatores - VPTFI 27 Tabela 11.1: Regressão para a Variação da Produtividade Total dos Fatores - VPTFh 28 Tabela 12: Regressão para a Variação da Produtividade do Trabalho - VPL 29 Tabela 12.1.Regressão vara a Variação da Produtividade do Trabalho(vpH). 29 1. Introdução Desde o pós-guerra até o final da década de 80, o dirigismo econômico foi um traço marcante em várias economias. Por muito tempo, vigorou o argumento de que o desenvolvimento econômico de regiões ou países menos favorecidos só seria alcançado através de uma forte intervenção estatal na forma de políticas de substituição de importações, de proteção da indústria nascente e através de incentivos fiscais e financeiros. Entretanto, aspectos teóricos, como a possibilidade de ineficiência econômica gerada por políticas protecionistas e a dificuldade do agente público realizar a escolha certa da empresa a ser incentivada, colocaram em dúvida o argumento vigente, motivando o aprofundamento de pesquisas sobre a relevância da forma de intervenção pública. Nishimizu e Robinson (1984) concluem, por exemplo, a partir de uma comparação entre países, que a substituição de importação diminui a taxa de crescimento da produtividade total dos fatores. Young (1992), por sua vez, em uma pesquisa realizada em 207 empresas coreanas, mostra que a maioria daquelas empresas que competiam com produtos importados, aumentaram significativamente seus esforços na melhoria da qualidade e produtividade depois da liberação das importações. Young (1995) ressalta ainda que acumulação de fatores de produção (capital humano e capital fisico) e o aumento percentual da população economicamente ativa desempenharam um papel muito mais importante no desenvolvimento recente da Coréia do Sul que o crescimento da produtividade total dos fatores. Ele deixa em aberta, entretanto, a questão de se saber qual a extensão da influência de políticas públicas sobre a produtividade na indústria coreana. Um estudo mais completo sobre este tema, que analisa o impacto de um série de políticas públicas sobre a produtividade do trabalho, foi realizado por Lee (1996). Ele usou dados da indústria coreana e concluiu que há evidências empíricas de que políticas protecionistas, como barreiras tarifárias e não tarifárias, tiveram forte efeito negativo sobre a evolução da produtividade da indústria coreana e que políticas de incentivos fiscais e creditícias não têm relação com o crescimento do produtividade total dos fatores. Em relação ao Brasil, Ferreira e Rossi (1999), utilizando dados em painel para 16 gêneros da indústria para os anos de 1985 até 1997, período que compreende a abertura comercial, concluíram que a redução das tarifas de importação teve forte influência na produtividade da indústria brasileira Seguindo a metodologia da literatura acima mencionada, este trabalhotem como objetivo testar se o impacto das políticas públicas sobre a produtividade da indústria de transformação nordestina foi relevante. Selecionaram-se 21 gêneros da industriais de acordo com a classificação do IBGE. Utilizaram-se dados do FINOR (Fundo de Investimento do Nordeste), como medida de incentivo fiscal; do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), como medida de incentivo creditício; da tarifa nominal média de importação, como política de proteção; do nível escolaridade, como política educacional e duas medidas de produtividade, quais sejam: produtividade do trabalho e produtividade total dos fatores. A literatura econômica recente tem levado em conta, além da acumulação dos fatores de produção e da aquisição de tecnologia, fatores institucionais para explicar o crescimento econômico ou aumento de produtividade em regiões e países. North (1990) por exemplo, ressalta a importância das instituições e das mudanças institucionais como o principal fator explicativo do crescimento econômico. Hall e Jones (1998) reforçam empiricamente essa tese mostrando que um índice qualitativo de "infraestrutura institucional", composto por medidas de eficiência burocrática, grau de respeito a contratos e às leis, explica grande parte da diferença da produtividade do trabalho entre países. Apesar da importância dos fatores institucionais, não se dispõe deste tipo de dados ao nível industrial para o Nordeste. No entanto, o uso de dados em cross-section, como é o caso no presente trabalho, permite um melhor controle sobre fatores institucionais, dado que é razoável a suposição de que "ambiente institucional" é o mesmo para cada gênero da indústria. Este trabalho é dividido em seis partes. Na seção seguinte é realizada uma breve discussão sobre algumas políticas industriais adotas no Brasil, especificamente no Nordeste. 2 Um modelo de contabilidade de variáveis de crescimento econômico é apresentado na seção três. Na seção quatro o comportamento da produtividade do trabalho e da produtividade total dos fatores é analisado para o período de 1985 a 1995. São realizadas algumas regressões tendo como variáveis independentes duas variáveis de política industrial, uma de barreira ao comércio internacional e outra de incentivo fiscal e como variáveis dependentes, a produtividade do trabalho e a produtividade total dos fatores. A Seção 5 exibe regressões das duas medidas de produtividade, em um período mais restrito, sobre outro conjunto de variáveis, uma de incentivo creditício e outra de capital humano. A última seção ressalta os aspectos importantes do trabalho e apresenta as conclusões. 2. Uma Breve Discussão das Políticas Industriais no Brasil 2.1 Comércio exterior A política de barreiras ao comércio exterior no Brasil pode ser subdividida em três períodos: antes 1988, de 1988 a 1990, e de 1990 até o presente. Em 1998 a política tarifária brasileira era caracterizada pela existência de diversas tarifas redundantes, ou seja, aquelas tarifas que excediam a diferença entre o preço mundial e o nacional de produtos pertencentes aos diversos segmentos da indústria. A exceção era encontrada nos gêneros farmacêutico, vestuário e diversas. Algumas taxas adicionais como IOF (imposto sobre transações fmanceiras internacionais) adicionavam em média, segundo Kume (1996), 28% ao custo de importação e, tomadas juntas com as tarifas, implicavam em redundância em cada gênero da indústria de transformação. Neste período ainda vigorava a chamada "Lei do Similar nacional". Criada em 1957, esta lei introduziu como critério para permitir ou sobretaxar a importação de um determinado produto a existência de um similar produzido no país. O caso do setor de máquinas e equipamentos evidencia o caráter excessivamente protecionista desta lei, pois os próprios produtores nacionais eram consultados para determinar a existência de um similar nacional concorrente. 3 No segundo período, foram eliminadas duas taxas de importação, além de ocorrerem reduções significativas nas barreiras não-tarifárias. o entanto, a soma das tarifas e das taxas de importação ainda promoviam tarifas redundantes em praticamente todos os setores. Os avanços tímidos no segundo período contrastaram com mudanças agressivas ocorridas no início dos anos 90. Quase todas as barreiras quantitativas foram abolidas e um programa de redução gradual de tarifas foi implementado, representando assim um ponto de inflexão na política de abertura comercial. Tabela 1 Tarifa Nominal Média de Importação(%) Gêneros 1985-1989 1890-1993 1994-1995 Minerais não metálicos 87.7 18.97 7.18 Metalúrzíca 65.15 21.33 12.41 Mecânica 58.88 31.59 16.76 Material Elétrico e de Comunicações 91.73 34.69 18.31 Material de transportes 105.53 40.65 24.69 Madeira - - - Mobiliário - - - Papel e papelão 75.8 17.34 10.48 Borracha 95.58 37.12 12.63 Couros e peles - - - Ouimica 32.48 16.7 6.63 Farmacêutica 43.28 11.92 8.58 Perfumaria. sabões e velas 158.83 44.4 8.58 Produtos de matérias plásticas 142.93 34.79 16.3 Têxtil 142.03 39.54 15.18 Vestuários. calçados e artefatos de tecidos 166.55 45.31 19.55 Produtos alimentares 77.5 23.51 12.53 Bebidas 159.5 54.66 13.93 Fumo 176.1 60.55 10.16 Editorial e I!ráfica - - - Diversas - - - Média 104.97 34.00 13.37 Fonte. Pinheiro e Almelda (1994), Kume (1996). A tabela 1 mostra a tarifa nominal média para 16 dos 21 gêneros da indústria de transformação no Brasil. Verifica-se que os gêneros de bens de consumo, em especial os duráveis, têm as maiores tarifas, enquanto que aqueles que produzem bens de capital e bens intermediários são menos protegidos. Uma característica comum a todos os gêneros é que eles apresentam tarifas decrescentes, o que evidencia a política de abertura comercial implementada a partir de 1990. Vale ressaltar também que o grau de dispersão das tarifas, medido pelo coeficiente de 4 • variação, razão entre desvio padrão e a média, também foi reduzido de 0,44 para 0,37. O que mostra uma diminuição dos privilégios dos quais usufruíam alguns gêneros da indústria brasileira. 2.2 Incentivos à Industrialização no ordeste Com o objetivo de reduzir as desigualdades regionais, foram implementadas medidas de incentivo à industrialização das regiões menos desenvolvidas, especialmente do Nordeste. No início da década de 60 foi criado o artigo 34/18 que permitia a dedução de até 50% do imposto de renda de pessoas jurídicas para serem aplicados em projetos industriais do Nordeste. Os recursos eram depositados no Banco do Nordeste. No entanto, o sistema apresentou várias distorções dentre elas o elevado custo de captação dos recursos devido às elevadas comissões pagas aos agenciadores (corretores e escritórios de projetos) que intermediavam o processo. Na tentativa de eliminar tais problemas e de promover a abertura de capitais das empresas nordestinas foi criado um fundo de investimento, que passou a ser denominado Fundo de Investimento do ordeste - FINaR. 2.2.1 FINaR Os recursos do FINaR provêm da opção de qualquer empresa localizada no Brasil em aplicar até 18% do imposto de renda devido no Nordeste. Ao tomar esta decisão, a empresa recebe do Banco do Nordeste um título conhecido como Certificado de Investimento - CI, tornando o investidor cotista do FINaR. De posse do CI, a empresa cotista pode optar entre convertê-lo em ações, através dos leilões especiais do FINaR, negociá-lo em bolsas de valores com pessoas fisicas ou jurídicas, ou mantê-lo em seu poder, em busca dos beneficios provenientes de sua eventual valorização. Os empresários beneficiários dos recursos do FINaR têm a possibilidade de comprar os CI's e trocá-los por ações de sua própria empresas nos leilões especiais do FINaR. Como o 5 valor de mercado dos CI' s é, em média, bem abaixo do seu valor nominal, esta operação fmanceira acaba se tomando extremamente vantajosa para as empresas incentivadas, constituindo-se na verdade em um subsídio implícito I. Tabela 2 FINOR- Recursos Liberadosna indústria de transfonnação nordestina(1985-95) Gêneros Valor em milhõesde USS Participação (%) Minp.rllijl niío mp.tálic-rw 295.198 15.55 Metalúrmca 236,313 12,45 Mecânica 45,581 2,40 Material Elétrico e de Comunicaciies 321,070 1,69 Material de transnortes 48,909 2,58 Madeira 19,414 1,02 Mohiliário 47,865 2,52 Panel e nanelão 22,808 1,20 Borracha 7,533 0,40 Couros e neles 9,031 0,48 Ouímica 168,230 8,86 Farmacêutica - NA Perfumaria. sabões e velas 12,089 0,64 Produtos de matérias nlástieas 51,404 2,71 Têxtil 381,389 20,08 Vestuários. calcados e artefatos de 150,363 7,92 Produtos alimentares 304,200 16,02 Bebidas 38,345 2,02 Fumo - NA Editorial e Irráfica 5,541 0,29 Diversas 22,558 1,19 M,l; •• i", 1898860 Fonte:SUDENE Os valores distribuídos pelo FINOR no Nordeste , durante o período de 1986 a 1995 estão dispostos na tabela 2 . Percebe-se que os gêneros produtos alimentares, têxtil, transformação de minerais não metálicos e metalúrgica, receberam mais de 10% do total cada. Enquanto que editorial e gráfica, couros e peles, perfumaria e borracha tiveram uma participação abaixo de 1% do total. 2.2.2 FNE Criado pela Constituição Federal de 1988, e regulamentado em 1989, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) tem como fonte de recursos 1,8% do resultado da arrecadação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, contando também com recursos provenientes de suas aplicações. 1 Para maiores detalhes de como surge este subsídio implícito ver Barreto (l ~ 6 o principal objetivo deste fundo, segundo regulamentação de 1989, é promover assistência financeira em condições adequadas aos empreendimentos regionais prioritários, propiciando o incremento da produção e da produtividade das atividades econômicas, especialmente na região Nordeste. Em troca da concessão do empréstimo, em condições melhores que as do mercado, as empresas beneficiadas tem que oferecer como contrapartida garantias reais como imóveis, terrenos e equipamentos a serem adquiridos. Tabela 3 Valor Contratado no Sistema FNE-1995 Gêneros Industriais Valor contratado Participação setorial (%) (em milhões de R~) Minprai!ll niio mptálirO!ll 372.242 7.03 Metalúrl!ica 25,043 4,73 Mecânica 3,336 0,63 Material Elétrico e de 10,421 1,97 Material de transnortes 0,515 0,10 Madeira 5,972 1,13 Mobiliário 10,819 2,04 Panel e nanelão 7,881 1,49 Borracha 5,838 1,10 Couros e neles 2,149 0,41 Ouímica 34,551 6,53 Farmacêutica 8,313 1,57 Perfumaria. sabões e velas 4,035 0,76 Produtos de matéria.'! 30,636 5,79 Têxtil 94,513 17,86 Vestuários. calcados e 102,550 19,38 Produtos alimentares 106,732 20,17 Bebidas 10,232 1,93 Fumo 0,312 0,06 Editorial e I!ráfica 22,750 4,30 Diversas - NA !Mpdi<ll 529204 Fonte: Banco do Nordeste A tabela 3 mostra os valores contratados com o FNE por gênero na indústria de transformação do Nordeste em 1995. Verifica-se que os setores que mais receberam recursos foram têxtil (17,86% do total), vestuário, calçados e artefatos de tecido (19,38%) e produtos alimentares (20,17%). Por outro lado, setores menos beneficiados foram mecânica, material de transporte, couros e peles, sabões e velas, perfumaria efumo 7 3. Modelo Nesta seção é apresentado um modelo teórico de contabilidade do crescimento econômico desenvolvido por Solow (1957), Kendrick (1961) e Denison (1962) e um modelo eco nométrico para testar o impacto de políticas públicas sobre a produtividade da indústria de transformação. Seja Y uma função de produção do valor agregado no gênero i: Y = F(A,K,L) (1) Y: quantidade de valor agregado ; K: quantidade de capital físico utilizado na produção; L: força de trabalho utilizada na produção; A: nível de tecnologia ; Após a diferenciação da equação (1) em relação ao tempo e dividindo-a por Y, obtém-se a seguinte igualdade: . y/Y = g + (FKK /Y).(K/ K ) + (FLL/Y) .(LI L) (2) Onde FK e FL são os produtos marginais dos fatores capital e trabalho e g o crescimento do valor agregado devido à mudança tecnológíca, sendo dado por g = (FAA/Y).(A / A ) (2.1) 8 • Assumindo que a tecnologia afeta os fatores de produção na mesma intensidade, ou seja a tecnologia é hicks-neutral, então F(A,K,L) = A f (K,L) e . g=AlA (3) o termo g é conhecido na literatura como resíduo de Solow ou variação da produtividade total dos fatores e representa uma mudança no nível da função de produção definida pela equação(1). Assim, pela equação anterior e definindo a e p como as elasticidades do valor agregado em relação ao capital e ao trabalho respectivamente, a equação (2) pode ser reescrita como: PTF/PTF = Y/Y -a K)-P(UL) (4) . Onde, PTF é a produtividade total dos fatores e PT F/ PT F é a sua variação ou taxa de crescimento . Apesar do resíduo de olow ter sido um importante contribuição na área de pesquisa do crescimento econômico, ela possui algumas limitações em termos empíricos na medida em que exige-se que os dados estejam em tempo contínuo. Desta forma utiliza-se a aproximação de Tornqvist, definida pela equação (5) para adaptar o uso de dados discretos em modelos de tempo contínuo. (5) Onde VPTFt,t-1representa a taxa de crescimento em tempo discreto ou variação da PTF. 9 • o objetivo deste trabalho é avaliar a influência das chamadas variáveis de controle sobre a taxa de crescimento da produtividade do trabalho ,defmida pela razão entre o valor agregado (Y) e a força de trabalho (Li), e sobre a taxa de crescimento da PTF definida pela equação (4). Desta maneira, baseado no modelo neoclássico simples, estima-se a equação seguinte: (6) . A variável dependente W.I W; pode representar crescimento da produtividade do . trabalhoí y, /yJ, onde Yi = Y, / L, ou da produtividade total dos fatores (PTF/ PTFJ em cada gênero da indústria de transformação do Nordeste. o vetor Z, , por sua vez, denota um conjunto de variáveis de controle (políticas públicas), incluindo os seguintes instrumentos: TARj: tarifa média. Ela é definida pelo imposto nominal ad valorem de importação. FINj: incentivo fiscal dado ao gênero industrial i representado pelo FINOR; FNE i : incentivo creditício concedido ao gênero i, representado pelo FNE KHUM i :é uma medida do capital humano em cada gênero i.2 o vetor Z, pode, então, ser resumido da seguinte forma: z, = [TARj, FINj, FNEj, KHUMd 4 • Produtividade Nesta seção são apresentadas duas medidas para avaliar a produtividade da indústria de transformação do Nordeste: produtividade do trabalho e produtividade total dos fatores. São analisados aspectos conceituais, evolução temporal e a relevância de políticas públicas como 2 Por não dispor de dados de capital humano em quantidade suficiente para incluir esta variável na função de produção, optou-se por tomá-Ia como uma variável de política pública. 10 • o FINaR e a política de tarifas sobre importações para explicar a variação de ambas as medidas de produtividade. 4.1 Produtividade do Trabalho 4.1.2 Aspectos conceituais Os dados utilizados nesta seção (valor real da produção, horas trabalhadas e número de empregados ligados à produção) provêm da Pesquisa Industrial Mensal - dados gerais (pIM- DG) do IBGE e estão dispostos na forma de índice conforme anexos 1,2 e 3. Segundo seção anterior a produtividade do trabalho deveria ser calculada pela simples divisão do valor agregado por uma medida da força de trabalho. No entanto, por não dispor de dados sobre o valor agregado (va) em cada gênero da indústria de transformação nordestina optou-se por utilizar o valor da produção real como proxy. Para isto, é necessário supor que a relação entre valor da produção real (vpr) e valor do consumo intermediário (vci) seja constante ao longo tempo '. Tal hipótese se sustenta no pressuposto de que os preços relativos, a organização industrial e a qualidade dos produtos se mantenham inalterados. A seguir são discutidas violações destes pressupostos e seus eventuais efeitos sobre o índice de produtividade. No que diz respeito aos preços relativos,estes podem afetar o grau de adequação da proxy a partir do momento em que mudam a relação vci / vpr. Se houver diminuição do preço dos insumos, por exemplo, reduz-se a relação vci / vpr e aumenta a relação va / vp , também suposta constante. Por outro lado, se houver redução de salários a razão vci / vpr aumenta, enquanto que a razão va / vp, suposta constante, diminui. Outros fatores que podem distorcer o índice são novas formas de organização industrial. Dentre elas, a que mais afeta a credibilidade do índice é a terceirização da produção, pois superestima a produtividade do trabalho na medida em que a produção de um dado valor agregado é creditado a um número de trabalhadores ligados à produção menor do que o que deveria ser computado caso fosse adicionada a força de trabalho terceirizada . 3 Vale lembrar que valor agregado é igual ao valor da produção real menos o valor do consumo intermediário. 11 • Finalmente, a influência da qualidade dos produtos na composição do índice é justificada nas palavras de Salm, Sabóia e Carvalho (1997) da seguinte forma: "Um produto mais sofisticado e de melhor qualidade tende a incorporar maior valor agregado e isto escapa ao índice de produtividade. este caso, portanto, o efeito é uma subestimação do valor agregado e, conseqüentemente, da produtividade Através dos dados provenientes da PIM-DG foram construídas duas medidas para a produtividade do trabalho definidas da seguinte forma : PHit = VPRit / HT it (6.1) (6.2) (6.3) (6.4) Onde: PHit =Produtividade do trabalho medida pelo número de horas trabalhadas dedicadas à produção no gênero i no tempo t; VPRit = Valor da produção real no gênero i no tempo t; HTit = Horas trabalhadas empregadas na produção no gênero i no tempo t; PLit = Produtividade do trabalho medida pelo número de trabalhadores ligados à produção no gênero i no tempo t; N, = Número de trabalhadores ligados à produção no gênero i no tempo t; VPHit = Variação ou taxa de crescimento de PH VPLit = Variação ou taxa de crescimento de PL A avaliação da produtividade do trabalho pelo número de trabalhadores ligados à produção, PL, pode apresentar distorções, uma vez que a produtividade pode aumentar sem que PL capte esta mudança. A título de exemplo , suponha que o valor da produção real e número de trabalhadores ligados à produção se mantenham constantes de um período para 12 outro e que novas tecnologias sejam adotadas em um certo gênero industrial de maneira que o número de horas trabalhadas diminua no mesmo período, já que os indivíduos se tomaram mais produtivos. Assim, a produtividade do trabalho, medida por PL, conservaria o seu valor inicial pois VPR e N manteriam os mesmos valores. Enquanto que medida por PH, a produtividade do trabalho aumentaria dado que VPR não se altera e H diminui. Por captar melhor as mudanças tecnológicas ocorridas na produção, PH representa mais fielmente o conceito de produtividade do trabalho. Os dados do IBGE, no entanto não calculam diretamente as horas trabalhadas e sim uma proxy que são as horas pagas. ia de regra as duas medidas são iguais. As exceções ocorrem quando se pagam horas não trabalhadas como é o caso de férias, licença maternidade e licença por moti o de doença, o que subestimaria o índice de produtividade do trabalho. Para contornar este problema são apresentadas ao longo do presente trabalho as duas medidas, PH e PL, com o objeti o de avaliar se há uma variação significativa nos valores calculados. Dadas as observações sobre a adequação da base dados provenientes da PIM-DG ao conceito de produtividade do trabalho é impossível determinar o sentido do viés causado pelo uso das variáveis descritas acima Uma elevação no preço dos insumos superestimaria o índice enquanto que um aumento na qualidade dos produtos o subestimaria. O resultado líquido, porém, é desconhecido. Outro aspecto importante é a escolha do período em análise. De 1985 a 1995 é possível captar os efeitos sobre a produtividade da indústria de transformação do Nordeste da transição de uma política de barreiras à importação para uma política de abertura comercial que teve seu início nos anos 90 . 13 • 4.1.2 Evolução da produtividade do trabalho A figura 1 a segurr mostra o comportamento das duas medidas da produtividade do trabalho na indústria de transformação nordestina, PH e PL. Observa-se que o período em análise, 1985 a 1995, pode ser decomposto em três sub-períodos: 1985-1989, 1990-1993 e 1994-1995. No primeiro as medidas agregadas de produtividade do trabalho na indústria de transformação nordestina, PL e PH, decresceram em média 3,07% e 2,9% ao ano respectivamente. No segundo período que coincide com o início da abertura econômica, a produtividade do trabalho decresceu em média 1,4 % ao ano, no caso de PL, e 1,1%, no caso de PH. O último período apresenta taxa de crescimento anual média de 3,0% em ambas as medidas." Figura 1 120.00 100.00 +---1="'~=---------------------------n---~--o.......- --o-- .-. 80.00 t---------=~.....~~:::::::~-~--A~:::::::~===~~c..---~::;..,,=::::::~- 60.00 -+-----------~-~:;;c ..•.~------------ 40.00 +--------------------------- 20.00 +--------------------------- 0.00 +-------,-------,.-------,-----.---------,---.--------,-------,---,------, 85' 86' 87' 88' 89' 90' 91' 92' 93' 94' 95' I-+-PL ---PH I Produtividade do trabalho (média da indústria de transformação do Nordeste, 1985-1995)' Um rápida inspeção na figura 1 sugere ainda a equivalência entre PH e PL. Sugestão esta que é confirmada pelo alto coeficiente de correlação (0,98) entre as duas medidas. Os gêneros, por sua vez, acompanham a tendência dos dados agregados da indústria de transformação nordestina, como pode ser verificado na tabela 4. 4 Valores obtidos a partir das tabelas 4 e 5. 5 O dados a partir dos quais foi construída a figura 1 foram gerados pela média da produtividade do trabalho dos 21 gêneros da indústria de transformação do nordeste a cada ano. 14 • No primeiro sub-período, a produtividade do trabalho, PL, diminui em quase todos os segmentos, com o gênero transformação de produtos minerais não metálicos registrando o pior desempenho (11,38% de decréscimo médio ao ano). No segundo período, na metade dos gêneros a produtividade aumenta, com destaque positivo para o gênero têxtil (3,0% de crescimento médio ao ano) e negati o para madeira (15,6% de decréscimo médio ao ano). Finalmente, no terceiro sub-período a maior parte dos gêneros apresenta aumento de produtividade, destacando-se os gêneros editorial e gráfica e madeira que mostraram um crescimento anual médio de 1431 % e 10 35% na produtividade, respectivamente. Tabela 4 Variação da Produti idade do Trabalho - VPL(%) Gêneros ... 86-89 90-93 94-95 Minerais não metálicos -11.38 0.56 7.00 Metalúr2Íca 2.03 -2.64 -4.15 Mecânica -5.54 0.38 3.33 Material Elétrico e deCoro. 0.35 -1.73 8.89 Material de transportes -4.43 -2.84 3.91 Madeira -6.94 -15.60 10.45 Mobiliário -8.38 6.32 2.44 Papel e papelão -1.97 0.32 6.94 Borracha 9.25 -6.30 -6.82 Couros e peles -6.77 1.66 1.67 Química -0.52 -0.17 6.38 Farmacêutica 0.10 -7.61 0.69 Perfumaria, sabões e velas -6.85 -9.33 -4.09 Produtos de matérias plásticas -0.05 0.07 1.42 Têxtil -3.88 3.10 -0.52 Vestuários, calçados e artefatos de 0.39 1.43 -0.63 Produtos alimentares -4.57 1.46 2.74 Bebidas -8.14 -4.21 6.74 Fumo -4.31 6.66 7.04 Editorial e 2I"áfica -0.60 -1.77 14.31 Diversas -0.16 3.56 -2.08 Média da indústria de -307 -IA 300 Fonte: mGE - Pesquisa Industrial Mensal - Dados Gerais Obs: Os dados da tabela foram obtidos através da medida PL. Os valores da produtividade do trabalho medidos por PH apresentados na tabela 5 mostram que não há uma variação relevante tanto no aspecto qualitativo quanto quantitativo em relação a produtividade medida por PL. 15 Tabela 5 Variação da Produtividade do Trabalho - VPH(%) Gêneros &6-&9 90-91 94-95 Minerais não met.álicos -9.85 1.06 7.57 Metalúrtrica 2.70 -2.58 -3.08 Mecânica -5.10 2.01 3.76 MaterialElétrico e deColO. 0.54 -1.40 8.91 Material de transnortes -4.45 -2.94 4.16 Madeira -7.58 -15.03 10.48 Mohiliário -8.41 6.27 1.87 Panel e nanelão -1.22 0.49 7.05 Borracha 8.67 -6.05 -6.85 Couros e neles -7.61 1.05 1.84 Ouímica -0.33 0.69 4.56 Farmacêutica 0.81 -6.37 -0.69 Perfumaria. sabões e velas -6.77 -8.19 -4.25 Produtos de matérias olásti 0.61 -0.54 2.38 Têxtil -3.20 3.31 -0.69 Vestuários. calcados e artefat de 0.68 1.66 -0.05 Produtos alimentares -4.21 1.66 2.10 Bebidas -8.33 -4.31 7.77 Fumo -4.62 5.51 7.48 Editorial e !!ráfica -1.33 -0.32 14.59 Diversas 0.09 3.08 -2.43 Média da indústria de transformado -2.9 -1.1 3.0 Fonte:mGE - P isa Industrial Mensal - Dados Geraisesqu Obs: Os dados da tabela foram obtidos através da medida PH. 4.1.3 O impacto de políticas públicas sobre a produtividade do trabalho Para avaliar o impacto das ariáveis de políticas públicas, FINOR (FIN) e tarifa de importação (TAR), sobre a ariação da produtividade do trabalho realizou-se a regressão • descrita pela equação (6) onde a ariável dependente W;/W; = yJ Yi e o vetor Z; é composto das variáveis independentes FIN e TAR. A tabela 6 a seguir mostra os resultados da regressão. Pode-se verificar que a significância do coeficiente de TAR (tarifa nominal média) corrobora o resultado esperado, ou seja, uma relação inversamente proporcional entre a variação da produtividade do trabalho e barreiras tarifárias ao comércio internacional. A elasticidade tarifa-produtividade se revelou elevada. Para 1% de redução na tarifa nominal média a taxa anual de crescimento da produtividade do trabalho aumenta em 3,5%. O coeficiente estimado de FIN, no entanto, se mostrou insignificante. O que permite concluir que os incentivos creditícios do FINOR não tiveram influência sobre a taxa de crescimento da produtividade do trabalho durante o período analisado . 16 • Tabela 6 Regressão para a Variação da Produtividade do Trabalho - VPL VARIÁVEL INDEPENDENTE COEFICIENTE ERRO PADRÃo P-VALUE FIN -3,29E-08 (- 07317) 4.49E-08 0.4811 TAR -0,084 (- 2.557) 0.032 0.0285 R2 R2ajust Erro padrão da regressão SQR Log Likehood DW 0.485 0.331 1.887 35.636 -26.405 2.502 Média da varodependente D.P da variável dependente Akaike info criterion Obs*R2 Estatística F Probo(Estatística F) -1.214 2.308 4.343 6.361 3.147 0.073 Nota: Estatística t entre parênteses. étodo utilizado: OLS Com o objetivo de analisar a sensibilidade dos valores da regressão acima à uma mudança na contabilidade da produti idade do trabalho, realiza-se uma nova regressão onde a medida da variável dependente toma valores de VPH no lugar de VPL, obtendo assim os resultados constantes da tabela 7 abaixo. Tabela 7 Regressão para a ariação da Produtividade do Trabalho - VPH Variável independente Coeficiente Erro padrão P-Value FIN -2,74E-08 (- 0,660) 4. 15E-08 0.5243 TAR -0,087 (- 2,86) 0.030430 0.0169 R2 0.536 Média da varodependente -0.896 R2ajust 0.396 D.P da variável dependente 2.244 Erro padrão da regressão 1.743 Akaike info criterion 4.184 SQR 30.392 Obs*R2 6.132 Log Likehood -25.291 Estatística F 3.851 D W 2.744 Prob. (Estatística F) 0.045 Nota: Estatística t entre parênteses. Método utilizado: OLS A significância e os valores dos coeficientes não se mostraram sensíveis à mudança da contabilidade da produtividade do trabalho para PH. O coeficiente de TAR, por exemplo, variou de -0.084 para -0.087 . A elasticidade tarifa-produtividade, por sua vez, também se 17 • revelou elevada. Para 1% de redução na tarifa nominal média a taxa anual de crescimento da produtividade do trabalho aumenta em 4,8%. Em ambas as regressões os dados da variável dependente, taxa de crescimento da produtividade do trabalho, e das duas ariá eis independentes, FIN e TAR, consistem de uma média do período de 1985 a 1995 em cada gênero conforme anexo 4. Foram realizados ainda testes de White com termos cruzados para as regressões. A estatística de White, Obs*R2, se mostrou insignificante em ambas as regressões, não indicando, assim, a presença de heterocedasticidade 6• 4.2 Produtividade Total dos Fatores 4.2.1 Cálculo da variação da PTF Existem dois métodos de calcular a variação da PTF. O primeiro parte da suposição de competitividade no mercado de fatores representada pelas seguintes equações: 8F -=FK =R 8K (6.3) 8F -=FL =w 8L (6.4) Onde R representa o preço do aluguel do capital e W a taxa de salário. Dito de outra forma, os fatores capital e trabalho são remunerados pelos respectivos produtos marginais. Como a= (FKK / Y), P =(FtL / Y) , deduz-se que: a= RK / Y (participação do capital na renda total da indústria, SK) e P =WL / Y (participação do trabalho na renda total da indústria, SL). 6 Para maiores detalhes sobre o teste de White, ver apêndice A2. 18 Substituindo estes valores na equação 4 a variação da PTF pode ser determinada da seguinte forma: PTF Y K L A--=--s --s = PTF Y KK LL A (7) Assim, a hipótese de competição perfeita permite transformar elasticidades não observáveis (u e /3) em participações na renda observáveis. É interessante notar que para deduzir a equação (7) não foi necessário explicitar nenhuma a forma funcional para a função de produção descrita pela equação 1). Por este motivo esta maneira de determinar as elasticidades do produto em relação aos fatores de produção, e consequentemente, o resíduo de Solow, é conhecida na literatura como método não-paramétrico. No entanto, Hulten (1973) mostra que para que a equação diferencial (7) tenha solução única para A(t), é necessário supor a existência de uma função de produção cujas derivadas parciais em relação aos fatores de produção capital e trabalho sejam iguais às remunerações destes fatores, R e W respecti amente usadas para calcular Sk e SL • A conclusão de Hulten enfraquece o método não-paramétrico pois se existe uma função de produção subtendida é mais interessante recorrer ao segundo método de determinação da variação da PTF. Este método consiste em impor uma função de produção como aproximação da função potencial real, que é desconhecida, e estimar a e fJ econometricamente para então determinar a variação da PTF atra és da equação (4). Isto evita a necessidade da suposição de retornos constantes de escala, assim como de competição perfeita no mercado de fatores, o que poderia gerar estimativas viesadas do parâmetro hicksiano A(t) (Hall 1988). Assim, seja uma função de produção do tipo Cobb-Douglas: (8) 19 • Aplicando logaritmo na equação (8 o ém-se a seguinte equação a ser estimada: LogY, = C + a logKt + P logl., (9) Para esta estimação, cujos apresentados na tabela 8, foram utilizados dados agregados da indústria de transformação do Nordeste, em séries temporais, para o período de 1976 a 1995. A série de ital foi construída a partir de dados de investimento a preços constantes de 1993 . O mét otado foi o perpetual inventory method 8 com uma taxa de depreciação de 6% ao ano. Tabela 8 R~ -o para o Valor Agregado Variável independente Coefi iente Erro padrão Capital fisico 0.223 0.039 C. 1) Trabalho o. 4 0.038 P-Value 0.0000 0.0000 0.15) R2 0.573 Média da varodependente 4.557 R2 ajust 0.523 D.P da variável dependente 0.134 Erro padrão da regressão 0.093 Akaike info criterion -1.772 SQR 0.147 CritériodeSchwartz -1.622 Log Likehood 20.720 D W 1.561 Obs: Estatística t entre parenteses. Todas as variáveis independentes estão em logo Método utilizado: OLS Como pode se ver pela tabela 8 acima os coeficientes, ou elasticidades,a= 0.223 e /3=0.774, para o capital fisico e trabalho respectivamente, se mostraram significantes e com sinal esperado. Apesar de não ser necessária para o desenvolvimento do modelo descrito neste trabalho, a função de produção é homogênea de grau 1, ou seja, a soma de a e /3 é estatisticamente igual a 1. 7 " Agregados Econômicos Regionais,Nordeste do Brasil" ,SUDENE (1999) 8 Para maiores detalhes sobre este método ver apêndice AI. 20 4.2.2 Aspectos conceituais No modelo teórico e no desen olvimnto do item (4.2.1) foi mostrado que a taxa de crescimento da PTF para dados contínuo de e ser calculada através da equação (4) e que para dados discretos, como é o caso ll! e trabalho, deve-se usar a aproximação de Tornquvist explicitada na equação (5) com a e P calculados econometricamente segundo regressão apresentada na tabela 8. Analogamente à produtividade do trabalho, foram criadas duas medidas para avaliar a variação da produtividade total do fatores determinadas pelas seguintes equações: VPTFhil = ln (yYn )-aln (~)-~ln (;~I) 1,1-1 1,1-1 1,1-1 (10) VPTFln =ln (yYn )-aln ( ~. )-~ln (:;il ) 1,1-1 1,1-1 1,1-1 (11) Onde: VPTFhit = Variação ou taxa de crescimento da produtividade total dos fatores tendo a força de trabalho medida pelo número de horas trabalhadas no gênero i no tempo t; VPRt = Valor da produção real no gênero i no tempo t; Yit = Valor agregado tendo como proxy o VPRit ; Kit = Nível de capital no gênero i no tempo t; HTit = Horas trabalhadas, empregadas na produção, no gênero i no tempo t; VPTFlit = Variação ou taxa de crescimento da produtividade do trabalho com a força de trabalho medida pelo número de trabalhadores ligados à produção no gênero i no tempo t·, Nit = Número de trabalhadores ligados à produção no gênero i no tempo t; 21 • As mesmas observações sobre os possíveis VIeses do índice de produtividade do trabalho continuam válidas para a variação da produtividade total dos fatores. Da mesma forma, uma elevação no preço dos insumos superestimaria o índice da VPTF enquanto que um aumento na qualidade dos produtos o subestimaria. A discussão sobre o grau de adequabilidade da variável HT também remete aos mesmos problemas no cálculo do índice da produti idade do trabalho. Neste sentido, para contornar parte destes problemas são realizadas comparações entre VPTFI e VPTFh com o objetivo de avaliar a robustez dos valores encontrados para a produtividade total dos fatores. o período em análise, por sua ez, é o mesmo para o caso da produtividade do trabalho e também se justifica por coincidir com o início do processo de abertura econômica no país. 4.2.3 Evolução da PTF na Indústria de Transformação do Nordeste Figura 2 I--+-PTFI I 70 ~I--~--~--.---'--'---'--,,--'---'--'---' 85' 86' 87' 88' 89' 90' 91' 92' 93' 94' 95' Produtividade Total dos Fatores( Média da Indústria de Transformação Nordestina, 1985-1995) A Figura 2 acunar mostra a evolução da PTFI da indústria de transformação do Nordeste de 1985 a 19959• Como pode ser visto, a PTFI apresenta comportamento semelhante a produtividade do trabalho, decrescendo até 1990 e se recuperando desde então. Para a 9A PTFl consiste no nível de produtividade total dos fatores obtida a partir da VPTFL, estando disposta em número-índice de base fixa. Os dados anuais da PTFl constantes da figura 2 foram obtidos tomando-se a média da PTFl dos 21 gêneros a cada ano. 22 • maioria dos gêneros esta análise dos dados agregados para a indústria de transformação do Nordeste continua válida em geral ( er tabela 8.1 ). A PTFI declinou em quase todos os gêneros no período 1986-1989, destacando-se materiais não metálicos e mobiliário, com 8,95% e 6,68% ao ano de decréscimo médio anual na PTFI respectivamente. 10 No segundo período, quase a metade dos gêneros registrou aumento na PTFI, com destaque para mobiliário e fumo que tiveram a PTFI aumentada em mais de 4% ao ano, em média. O destaque negativo fica por conta de madeira, sabões e velas, farmacêutica e perfumaria, gêneros em que a PTFl decresceu mais de 5% ao ano em média. Tabela 8.1 Variação da Produti idade Total dos Fatores-VPTFL(%) Gêneros 86-89 90-93 Q4_Q<; Minerais não metálicos -8.95 0.27 6.24 Metalúnrica 1.42 -2.22 -2.46 Mecânica -4.43 0.14 3.38 Material Elétrico e Com. 0.11 -1.47 7.68 Material de transoortes -3.56 -2.37 3.80 Madeira -5.49 -11.82 8.86 Mohiliário -6.68 4.73 2.73 Panel e naoelão -1.61 0.08 6.13 Borracha 7.00 -5.02 -4.54 Couros e neles -5.33 1.14 2.07 Ouímica -0.57 -0.29 5.71 Farmacêutica -0.05 -5.98 1.44 Perfumaria. sabões e velas -5.49 -7.31 -2.40 Produtos de matérias elásticas -0.19 -0.12 1.90 Têxtil -3.19 2.25 0.38 Vestuários. calcados e artefatos 0.14 0.95 0.27 Produtos alimentares -3.66 0.97 2.93 Bebidas -6.34 -3.43 6.01 Fumo -3.44 5.02 6.22 Editorial e trráfica -0.58 -1.48 11.87 Diversa.'! -0.28 2.68 -0.84 Média -2,5 -1,19 3,13. . .. . .Nota: Podutividade total dos fatores calculada a partir da produtividade do trabalho medida uttltzando os dados pessoas ocupadas ligadas à produção. No terceiro período todos os gêneros, exceto quatro, apresentaram queda na PTFI. Como pode ser visto, material elétrico e comunicações e editorial e gráfica se distanciam da média, apresentando taxas de crescimento anuais médias superiores a 7%. 10 A PTFh agregada da indústria de transformação do nordeste segue a mesma tendência da PTFI (ver anexo 7). O coeficiente de correlação de 0,98 entre as duas séries PTFI e PTFh, corroboram esta afirmação. 23 • o gênero borracha, no entanto não acompanhou a tendência e teve a PTFl reduzida em 4,54% ao ano em média. 11 4.2.4 O impacto de políticas públicas sobre a ariação da produtividade total dos fatores O efeito de intervenções públicas como o programa FINOR e a política de tarifas de importação na evolução da PTF no período 85-95 pode ser medida através da estimação da equação (6), tomando como variá el dependente a variação da produtividade total dos fatores. Tabela 9 Regressão para a ariação da PTF - VPTFl Variável independente Coeficiente Erro padrão P-Value FIN - . 6E-08 -0.737) 3.47E-08 0.4779 TAR -0.065 ( -2.-53) 0.025437 0.0287 R2 0.484 Média da varodependente -0.893 R2ajust 0.329 D.P da variável dependente 1.779 Erro padrão da regressão 1.457 Akaike info criterion 3.826 SQR 1.231 Obs*R2 6.49 LogLikehood -22.782 EstatísticaF 3.126 D W 2.485 Prob. (Estatística F) 0.074 Nota: Estatística t entre parênteses. Método utilizado: OLS Os resultados da tabela 9 acima, confirmam o sinal e a significância esperada para o coeficiente de TAR. Quanto menor as barreiras ao comércio exterior (TAR) maior a taxa de crescimento da PTF. Pode ser mostrado que 1% de redução na tarifa causa uma aumento de 3,7% na taxa anual de crescimento da PTF. Como no caso da regressão para a produtividade do trabalho, o coeficiente de FIN não tem correlação com a variação da PTF. Analogamente ao caso da produtividade do trabalho, é realizada uma nova regressão (tabela 9.1) com as mesmas variáveis independentes, FIN e TAR, e com a variável dependente VPTFh no lugar de VPTFl. 11 Os dados referentes a VPTFh por setor estão dispostos no anexo 5 e não apresentam variação significativa em relação aos valores de VPTFl da tabela 8.1. 24 Tabela 9.1 Regressão para a ariação da PTF - VPTFh Variável independente Coeficiente Erro padrão P-Value FIN -2.16E-08 (-0.6 1) 3.2lE-08 0.517 TAR 0.067 (-2.851) 0.023 0.017 R2 O. 33 Média da varo dependente -0.648 R2 ajust 0.393 D.P da variável dependente 1.733 Erro padrão da regressão 1350 Akaike info criterion 3.673 SQR 18.229 Obs*R2 6.255 Log Likehood -21. 12 Estatística F 3.812 D W 2.722 Prob. (Estatística F) 0.046 Nota: Estatística t entre parênteses. Método utilizado: OLS A análise de sensibilidade mostra que a significância dos coeficientes, os coeficientes e o R2 são robustos em relação a mudança na variável força de trabalho. O coeficiente de TAR pouco se modificou, passando de -O 065 para 0,067. Enquanto que elasticidade tarifa - produtividade apresentou uma ariação maior, tendo seu valor alterado de 3,7 para 5,3. Os dados utilizados para realizar as duas regressões anteriores representam uma média do período de 1985 a 1995 em cada gênero tanto da variável dependente, variação ou taxa de crescimento da PTF, como das duas ariáveis independentes, FIN e TAR, conforme anexo 6. Ambas as regressões foram submetidas a testes de White com termos cruzados, mas a estatística de White, Obs*R2, não permite aceitação da hipótese de presença deheterocedasticidade. 5. FNE e Capital Humano Os dados do FNE consistem dos valores contratados pelo gerenciador do fundo no ano de 1995 conforme tabela 3. Por sua vez, o capital humano é representado por seis categorias diferentes segundo a tabela seguir, onde Ej representa os diferentes níveis de escolaridade dos empregados em cada gênero industrial no ano de 1995. 25 • Tabela 10 Níveis de Escolaridade por Gênero da Industria de Transformação Nordestina(%) Gêneros E1 E2 E3 E4 E5 E6 Minerais não metálicos 13 22 25 17 18 5 Metalürziea 2 7 20 30 34 7 Mecânica 2 22 24 21 24 7 Material Elétrico e deCom. 8 I 17 20 23 25 7 Material de transnortes 5 22 16 40 13 4 Madeira 10 27 31 20 11 1 Mobiliário 3 13 35 25 23 1 Papel e naoetão NA NA NA NA NA NA Borracha NA NA NA NA NA NA Couros e peles NA NA NA NA NA NA Ouímica 2 9 10 20 46 13 Farmacêutica NA NA NA NA NA NA Perfumaria sabões e velas 23 14 18 28 14 3 Produtos de matérias nlástícas 3 12 29 25 26 5 Têxtil 2 17 29 30 19 3 Vestuários calcados e artefatos 4 27 19 32 16 2 Produtos alimentares 21 20 17 24 16 2 Bebidas 2 8 17 27 40 6 Fumo NA NA NA NA NA NA Editorial e zráfica O 9 22 38 28 3 Diversas NA NA NA NA NA NA Fonte: Banco do Nordeste Obs: Os dados se referem ao ano de 1995. El: Porcentagem dos empregados de cada gênero que possui menos de um ano de estudo. E2: Porcentagem dos empregados em cada gênero que possui de 1 a 3 anos de estudo. E3: Porcentagem dos empregados em cada gênero que possui de 4 a 7 anos de estudo. E4: Porcentagem dos empregados em cada gênero que possui 10 grau completo. E5: Porcentagem dos empregados em cada gênero que possui 20 grau completo. E5: Porcentagem dos empregados de cada gênero que possui 30 grau completo. Pela soma das duas pnmerras colunas da tabela acima verifica-se que os gêneros transformação de produto minerais não-metálicos, calçados e artefatos de tecidos, sabões e velas, produtos alimentares e Vestuários, madeira e perfumaria se destacam negativamente, apresentando mais de 30% dos empregados com menos de três anos de instrução. Os gêneros metalúrgica, editorial e gráfica, química e bebidas se sobressaem no que diz respeito ao nível educacional intermediário (entre 4 e 7 anos de estudo, E3, ou 10 grau completo,E4), possuindo mais de 60% dos seus respectivos funcionários com tal nível educacional. 26 Vale ainda ressaltar os gêneros química e bebidas com 46% e 40% de seus respectivos empregados com 2 grau completo em contraste com 13% e 11% nos gêneros madeira e material de transporte respectivamente. Observa-se que apenas o gênero química apresenta mais de 10 % de seus empregados com nível superior completo contra meno de 3% nos gêneros madeira, calçados e artefatos de tecidos, mobiliário, vestuários e produtos alimentares. Um série de regressões são realizadas nesta seção com objetivo de analisar a relação econométrica entre as variáveis independentes FNE, descrita na seção 2, e nível educacional, representada pela variável 12 e a ariável dependente produtividade do trabalho ou produtividade total dos fatores conforme a equaçãotô)':' . Na tabela 11 abaixo na qual a produtividade total dos fatores é a variável dependente, o coeficiente estimado do FNE é insignificante em todos os modelos e, dos indicadores de capital humano, apenas o coeficiente de E5, que corresponde a segundo grau completo, se mostrou significante e com inal esperado. Tabela 11 ariação da Produtividade Total dos Fatores - VPTFIRegressão para a Variável MODELO independente 1 2 3 4 5 6 FNE -3.15E-08 -5.72E-08 -4.48E-08 . -4.83E-08 -5.32E-08 -4.38E-08 (-0.681) (-1.32) (-1.07) (-1.17) (-1.45) (-1.208) E1 0.0967 (0.507) E2 0.173 (1.554) E3 0.L06 (1.304) E4 0.105 (1.46) E5 0.136 (2.19) E6 0.538 (1.97) R2 0,16 0,29 0,25 0,28 0,39 0,36 R2 ajust. 0,02 0,17 0,13 0,16 0,29 0,24 Obs* R2 4,05 6,75 9,22 6,64 6,19 5,68 Obs: Estatítica t entre parênteses. Método utilizado: OLS. 12 A variável que mede o nível educacional KHUM pode assumir qualquer um dos Ej descritos na tabela 10 o que gera o seis modelos diferentes nas tabelas 11, 11.1, 12 e 12.1. 13 As variáveis dependentes, variação da produtividade do trabalho e da PTF se referem nesta seção apenas a 1995. 27 A troca da variável dependente de VPTFI por VPTFh, conforme tabela 11.1, não ocasiona mudanças relevantes nos resultados. O coeficiente de FNE continua insignificante em todas as regressões e a variá el de educação E5 é a única cujo coeficiente é estatisticamente diferente de zero. Este último coeficiente tem uma pequena variação entre as duas últimas regressões, passando de 0.136 para 1.143, assim como R2 que tem seu valor alterado de 0,39 para 0,46. Tabela 11.1 Regressão para a Variação da Produtividade Total dos Fatores(VPTFb) Variável MODELO independente I 2 3 4 5 6 FNE -4.45E-08 -7.03E-08 -5.64E-08 -5.94E-08 -6.30E-08 -5.30E-08 (-0.959) (-1.638) (-1.36) (-1.443) (-1.726) (-1.462) EI 0.1336 (0.699) E2 0.195 (1.776) E3 0.120 (1.494) E4 0.1l6 (1.615) E5 0.143 (2.305) E6 0.564 (2.006) R2 0,25 0,38 0,34 0,36 0,46 0,43 R2 ajusto 0,13 0,28 0,23 0,25 0,37 0,33 Obs* R2 4,58 6,84 8,90 6,24 6,46 6,44 Obs: Estatítica t entre parênteses. Método utilizado: OLS. Pela substituição da variação da produtividade total dos fatores pela variação da produtividade do trabalho como variável dependente, medida por VPL observa-se na tabela 12 que o FNE não contribuiu para a taxa de crescimento da produtividade do trabalho assim como nenhuma das variáveis de capital humano. 28 Tabela 12 Regressão para a Variação da Produtividade do Trabalho - VPL Variável MODELO independente 1 2 3 4 5 6 FNE -4.69E-08 -7.47E-08 -6.09E-08 -6.48E-08 -7.402E-08 -6.49E-08 (-0.82) (-1.36) (-1.16) (-1.24) (-1.56) (-1.403) EI 0.052 (0.22) E2 0.155 (1.102) E3 0.085 (0.827) E4 0.087 (0.96) E5 0.133 (1.662) E6 0.533 (1.52) R2 0,25 031 0,25 0,30 0,38 0,37 R2 ajust. 0,12 0,20 0,17 0,18 0,29 0,26 Obs* R2 4,39 7,16 8,77 7,04 6,54 6,54 Obs: Estatítica t entre parênteses. Método utilizado: OLS. Os resultados referentes a estimação anterior, se mantêm os mesmos quando se toma a variável dependente VPH no lugar de VPL, ou seja, todos os coeficientes em todos os modelos descritos na tabela (12.1) abaixo apresentam coeficientes insignificantes. 14 Tabela 12.1 Regressão para a Variação da Produtividade do Trabalho(VPH) Variável indo MODELO 1 2 3 4 5 FNE -6.37E-08 -9. 16E-08 -7.60E-08 -7.91E-08 -8.66E-08 (-0.123) (-1.686) (-1.456) (-1.517) (-1.84) El 0.099 (0.426) 6 -7.69E-08 (-1.669) E2 0.184 (1.324) E3 0.104 (1.019) E4 0.101 (\.l17) E5 E6 0.142 (1.782) 0.567 (1.634) 0,38 0,45 0,44 0,27 0,37 0,35 7,65 6,65 7,46 R2 0,33 0,40 0,37 R2ajust. 0,21 0,30 0,26 Obs* R2 4,95 6,92 8,59 Obs: Estatística t entre parênteses. Método utilizado: OLS. 14 Nesta seção todas as regressões foram submetidas a teste de White. Nenhuma, no entanto, detectou a presença de beterocedasticidade, o que pode ser constatado pela estatítica de White, Obs*R2. 29 • 6. Considerações finais No período de 1985 a 1995 o país experimentou uma mudança na política de comércio internacional. Tarifas foram reduzidas, barreira quantitativas e reservas de mercado praticamente abolidas, o que, obviamente, reduziu a proteção ao produtor nacional. No mesmo período, não por coincidência, a produtividade do trabalho e produtividade total dos fatores na indústria de transformação do ordeste tiveram uma queda gradual até 1990, ano em que a abertura comercial foi mais intensa, e desde então aumentaram significativamente. A relação entre política de abertura comercial e produtividade pôde ser confirmada pelas regressões apresentadas nas tabelas 5 e 9, onde a tarifa média de importação nominal se destaca por apresentar uma forte correlação negativa com as duas medidas de produtividade adotadas no trabalho (produtividade do trabalho e produtividade total dos fatores). Este resultado encontra amplo respaldo na literatura econômica vigente. Ferreira e Rossi(l999), por exemplo, realizaram estudocom dados painel em 16 setores da indústria de transformação brasileira no período de 1985 a 1997 e concluíram que 20% de redução na tarifa nominal média aumenta em tomo de 1% o crescimento da produtividade do trabalho. No que diz respeito aos mecanismos criados para incentivar à industrialização no Nordeste, FINOR e FNE, não há evidência empírica que suporte a afirmação de que a existência dos Fundos influenciem a taxa de crescimento da produtividade do trabalho, ou da produtividade total dos fatores na indústria de transformação do Nordeste. Outra conclusão importante é a equivalência entre o uso das duas medidas de força de trabalho (HT, número de horas trabalhadas empregadas na produção, e N, número de trabalhadores ligados à produção). Esta equivalência pôde ser verificada pela pouca sensibilidade dos coeficientes e suas respectivas significâncias à mudança na variável dependente de VPL para VPH e de VPTFI para VPTFh nas regressões cujo propósito principal consistia em analisar o impacto de políticas públicas sobre a produtividade. O capital humano, por sua vez, apesar de não estar incluído com fator de produção, pode ser entendido neste trabalho como uma variável de política pública, influenciando a taxa 30 de crescimento do nível de conhecimento CÂ/A)15. OS resultados corroboram a expectativa de que capital humano influencia positivamente a produtividade, sendo o coeficiente da variável que mede a porcentagem dos empregados em cada gênero que possui 2° grau completo (E5) significante, explicando parte do crescimento da produtividade total dos fatores. Em suma, este trabalho conclui que: programas de incentivos à industrialização (FNE e FINOR) não afetam a variação da produtividade da indústria de transformação nordestina a política protecionista através de barreiras tarifárias à importação tem forte efeito negativo sobre a taxa de crescimento das duas medidas de produtividade. a acumulação de capital humano explica positivamente a variação da produtividade total dos fatores. Há uma equivalência na utilização das duas medidas de força de trabalho, horas trabalhadas (HT) e número de traballhadore ligados à produção (N). Algumas limitações, no entanto, merecem destaque. O grau de confiabilidade da base de dados e de adequabilidade das proxies adotadas é desconhecido. Apesar de parte deste problema ter sido contornado satisfatoriamente através de comparações entre VPH e VPL e entre VPTFh e VPTFl. Além disto, as conclusões que se referem ao FNE e ao nível de capital humano devem ser interpretadas com cautela, já que a quantidade de dados disponíveis é pequena, referindo- se- apenas ao ano de 1995. -; -15 Lembrando que A A é equivalente ao crescimento da PTF (PT F / PT F) 31 Bibliografia Banco do Nordeste - Meio Eletrônico www.banconordeste.gov.br Barro, R.,(1998) ''Notes on Growth Accouting", National Bureau of Economic Research working Paper 6654, Julho. Barro, R., and J.W.Lee (1994) "Sources of Economic Growth." Carnegie-Rochester Conference Series on Public Policy 40, 1-46. Barreto, Flavio A. F. D (1990), "Trinta anos de incentivos fiscais para o Nordeste: resultado, distorções e propostas de reformulação" Dissertação de Mestrado - CAEN- Curso de pós-graduação em economia - Universidade Federal do Ceará. Denison, Edward F. 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Quarterly Journal ofEconomics 110,641-680 Young, S.G (1992), ''Import Liberalization na Industrial Adjustment in Korea", in Corbo Vittorio, e Sang-Mok Suh eds., Structural Adjustment in A Newly Industrializaed Country, The Korean Experience, Baltirnore, MD : Johns Hopkins Univerity Press published for the World Bank. 33 • ANEXOS ANt:.A.Ul Valor da produção real (Número índice) Região Nordeste Indice base fixa (Base: média de1985 = 100) Gêneros da indústria de 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 transformação Transformação de produtos de minerais 100 86.1 64.68 54.46 48.15 42.49 42.64 43.6 33.5 38.69 39.27 Metalúrglca 100 125.66 117.11 108.36 129.53 107.92 113.12 83.83 70.34 65.33 57.6 Mecânica 100 128.09 104.64 64.55 54.73 51.04 54.05 54.37 42.91 46.47 44.4 Material elétrico e de comunicação 100 111.D7 118.66 120.22 122.97 90.14 113.84 78.57 91.07 107.02 161.95 Material de transporte 100 180.27 143.02 112.91 106.72 80.46 68.89 58.93 59.18 64.96 65.92 Madeira 100 114.06 106.97 77.54 46.43 42.46 33.35 10.73 7.72 7.16 8.49 Mobiliário 100 117.71 72.39 52.21 41.97 44.51 63.22 46.77 53.2 64.35 54.11 Papel e papelão 100 142.31 157.67 117.22 132.99 113.44 109.73 108.6 110.98 95.99 97.59 Borracha 100 135.29 141.28 144.44 188.37 161.49 146.9 97.31 106.86 82.5 67.69 Couros e peles 100 156.77 140.54 150.43 93.05 83.62 83.35 76.73 96.06 104.6 82.13 Quimlca 100 101.83 94.88 97.53 92.68 72.63 85.97 80.59 69.45 70.24 79.55 Farmacêutica 100 121.48 152.16 119.76 108.91 111.69 90.39 103.71 72.67 52.5 75.64 Perfumaria, sabões e 100 99.34 98.05 79.76 66.92 35.01 35.15 31.15 29.12 28.42 22.9 Produtos de matérias plásticas 100 145.98 163.02 111.27 119 89.33 91.44 92.1 86.07 100.65 110.57 Têxtil 100 113.28 120.77 106.16 101.47 86.08 107.71 112.47 128.83 113.3 121.27 Vestuários, calçados e artefatos de tecidos 100 114.69 125.43 102.46 110.57 83.51 72.58 57.06 72.42 64.39 63.26 Produtos alimentares 100 82.21 86.94 73.03 73.16 64.35 66.36 64.44 65.02 64.64 69.36 Bebidas 100 89.14 57.95 56.76 56.41 40.64 41.88 32.37 28.98 27.77 39.77 Fumo 100 105.75 73.13 67.32 54.16 50.14 61.33 65.79 54.56 43.65 61.05 Editorial e gráfica 100 160.06 142.46 115.36 117.46 128.39131.74 96.93 104.57 139.07 169.17 Diversas 100 91.98 94.48 68.47 84.93 77.54 67.96 83.78 78.7 70.24 74.08 Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Dados Gerais ANEXO 2 Número de horas pagas na produção (Número índice) Região Nordeste Indice base fixa (Base: média de1985 = 100) Gêneros da indústria de 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 transformação Transformação de produtos de minerais 100 86.1 64.68 54.46 48.15 42.49 42.64 43.6 33.5 38.69 39.27 Metalúrglca 100 125.66 117.11 108.36 129.53 107.92 113.12 83.83 70.34 65.33 57.6 Mecânica 100 128.09 104.64 64.55 54.73 51.04 54.05 54.37 42.91 46.47 44.4 Material elétrico e de comunicação 100 111.Q7 118.66 120.22 122.97 90.14 113.84 78.57 91.07 107.02 161.95 Material de transporte 100 180.27 143.02 112.91 106.72 80.46 68.89 58.93 59.18 64.96 65.92 Madeira 100 114.06 106.97 77.54 46.43 42.46 33.35 10.73 7.72 7.16 8.49 Mobiliário 100 117.71 72.39 52.21 41.97 44.51 63.22 46.77 53.2 64.35 54.11 Papel e papelão 100 142.31 157.67 117.22 132.99 113.44 109.73 108.6 110.98 95.99 97.59 Borracha 100 135.29 141.28 144.44 188.37 161.49 146.9 97.31 106.86 82.5 67.69 Couros e peles 100 156.77 140.54 15Q.43 93.05 83.62 83.35 76.73 96.06 104.6 82.13 Quimlca 100 101.83 94.88 97.53 92.68 72.63 85.97 80.59 69.45 70.24 79.55 Farmacêutica 100 121.48 152.16 119.76 108.91 111.69 90.39 103.71 72.67 52.5 75.64 Perfumaria, sabões e 100 99.34 98.05 79.76 66.92 35.01 35.15 31.15 29.12 28.42 22.9 Produtos de matérias plásticas 100 145.98 163.02 111.27 119 89.33 91.44 92.1 86.07 100.65 110.57 Têxtil 100 113.28 120.77 106.16 101.47 86.08 107.71 112.47 128.83 113.3 121.27 Vestuários, calçados e artefatos de tecidos 100 114.69 125.43 102.46 110.57 83.51 72.58 57.06 72.42 64.39 63.26 Produtos alimentares 100 82.21 86.94 73.03 73.16 64.35 66.36 64.44 65.02 64.64 69.36 Bebidas 100 89.14 57.95 56.76 56.41 40.64 41.88 32.37 28.98 27.77 39.77 Fumo 100 105.75 73.13 67.32 54.16 50.14 61.33 65.79 54.56 43.65 61.05 Editorial e gráfica 100 160.06 142.46 115.36 117.46 128.39 131.74 96.93 104.57 139.07 169.17 Diversas 100 91.98 94.48 68.47 84.93 77.54 67.96 83.78 78.7 70.24 74.08 Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal - Dados Gerais ANEXO 3 Pessoal ocupado na produção (Número índice) Região Nordeste Indice base fixa (Base: média de1985 = 100) Gêneros da indústria de 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 transformação Transformação de produtos de minerais 100 137.5 125.21 127.53 135.23 119.1 104.02 110.99 88.95 73.81 74.73 Metalúrglca 100 120.54 125.34 108.96 106.33 100.72 86.68 78.79 72.22 72.91 71.58 MecAnlca 100 106.44 107.53 103.4 86.57 82.84 73.9 72.41 64.9 57.48 57.25 Material elétrico e de comunicação 100 115.1 122.3 115.68 118.96 120.95 109.71 97 96.83 101 114 Material de transporte 100 143.62 164.46 147.66 154.23 137.57 117.86 111.63 110.51 108.62 102.78 Madeira 100 94.71 91.02 91.56 83.42 81.02 55.31 48.54 47.06 36.87 31.92 Mobiliário 100 118.36 99.04 89.51 89.74 99.39 98.63 63.13 62.54 58.39 55.94 Papel e papeUio 100 108.59 113.93 135.37 148.73 142.69 122.65 123.89 119.66 85.21 76.41 Borracha 100 98.54 93 84.29 79.66 73.73 74.44 68.69 79.8 76.28 69.11 Couros e peles 100 110.61 121.11 179.13 161.66 177.11 152.88 146.96 139.23 133 109.82 Quimlca 100 90.44 91.22 93.91 96.65 100.58 88.52 85.38 70.88 65.62 60.43 Farmacêutica 100 99.31 104.69 92.14 104.8 119.98 129.12 145.58 138.6 133.13 133.65 Perfumaria, sabões e 100 118.75 125.89 121.26 125.51 129.85 135.12 127.79 118.44 117.97 112.16 Produtos de matérias plásticas 100 111.49 120.2 109.29 115.53 99.85 87.19 86.78 82.23 84.38 98.55 Têxtil 100 120.56 139.52 141.24 144.99 146.38 128.72 120.56 134.28 137.17 128.3 Vestuários, calçados e artefatos de tecidos 100 112.21 108.01 102.17 105.74 94.95 77.59 61.47 59.43 56.78 53.36 Produtos alimentares 100 106.01 93.57 96.87 108.65 104.3 96.86 98.96 83.55 67.91 77.98 Bebidas 100 105.21 123.8 109.42 111.37 101.46 91.44 91.1 82.35 75.31 82.44 Fumo 100 90.07 92.72 77.88 76.86 56.73 55.04 56.4 41.71 30.7 33.66 Editorial e aráflca 100 106.39 112.91 119.3 117.34 120.18 117.09 119.25 119.76 115.9 100.21 Diversas 100 99.47 94.4 83 84.52 88.07 72.43 54.62 53.89 55.79 55.56 Fonte: IBGE - Pesquisa Industrial Mensal- Dados Gerais ANEXO 4 Variação da Produtividade do Trabalho, Tarifa Nominal Média, Recursos do Finor (%) Gêneros Industriais VPLMEDIA VPHMEDIA Tarifa nominal média Média de recursos do 85-95 85-95 85-95 FINOR (85-95) Minp.raili:nlin mp.tálif>Oli: -3.20 -2.24 37.95 29,5198 Metalúraica -1.11 -0.60 32.9 23,6313 Mecânica -1.46 -0.56 35.74 4,5581 Material Elétrico e de 1.15 1.37 48.24 32,1070 Material de transnortes -2.17 -2.17 56.96 4,8909 Madeira -7.39 -7.39 NA 1,9414 Mobiliário -0.57 -0.71 NA 4,7865 Panel e nanelão 0.68 1.07 34.54 2,2808 Borracha -0.48 -0.59 48.44 0,7533 Couros e neles -1.80 -2.36 NA 0,9031 Ouímica 0.97 1.04 18.60 16,8230 Farmacêutica -2.94 -2.42 21.60 - Perfumaria. sabões e -7.31 -6.84 70.60 1,2089 Produtos de matérias 0.29 0.50 64.70 5,1404 Têxtil -0.47 -0.14 65.58 38,1389 Vestuários. calcados e 0.60 0.92 77.14 15,0363 Produtos alimentares -0.75 -0.64 37.85 30,4200 Bebidas -3.74 -3.68 76.03 3,8345 Fumo 2.20 1.71 82.270 - Editorial e zráflca 1.74 2.08 NA 0,5541'~. 0.92 0.76 NA 2,2558 ANEXOS Variação da Produtividade Total dos Fatores-VPTFh(%) Gêneros S!(;_S!0 O(L01 O,.LO, Minerais nlin metiíli~Oli: -9.85 1.06 7.57 Metalúrvica 2.70 -2.58 -3.08 Mecânica -5.10 2.01 3.76 Material Elétrico e deCom. 0.54 -1.40 8.91 Material de transnortes -4.45 -2.94 4.16 Madeira -7.58 -15.03 10.48 Mobiliário -8.41 6.27 1.87 Panel e nanelão -1.22 0.49 7.05 Borracha 8.67 -6.05 -6.85 Couros e neles -7.61 1.05 1.84 Ouímica -0.33 0.69 4.56 Farmacêutica 0.81 -6.37 -0.69 Perfumaria. sabões e velas -6.77 -8.19 -4.25 Produtos de matérias nlástieas 0.61 -0.54 2.38 Têxtil -3.20 3.31 -0.69 Vestuários. calcados e artefatos 0.68 1.66 -0.05 Produtos alimentares -4.21 1.66 2.10 Bebidas -8.33 -4.31 7.77 Fumo -4.62 5.51 7.48 Editorial e !!Táfica -1.33 -0.32 14.59 Diversas 0.09 3.08 -2.43 Média -0.029 -0.011 0.030.. .. . .Nota: Podutividade total dos fatores calculada a partir da produtividade do trabalho medida utilizando os dados horas trabalhadas dedicadas à produção. ANEXO 6 Variação da PTF, Tarifa Nominal Média e Recursos do Finor (%) Gêneros Industriais VPTFlMEDlA VPTFhMEDlA Tarifa nominal média Média de recursos do 85-95 85-95 85-95 FINO R (85-95) Minpr~i" ní'iompt~li,,~ -2.40 -1.68 37.95 29,5198 Metalúreíca -0.83 -0.43 32.9 23,6313 Mecânica -1.09 -0.38 35.74 4,5581 Material Elétrico e de 0.93 1.11 48.24 32,1070 Material de transnortes -1.65 -1.65 56.96 4,8909 Madeira -5.44 -5.46 NA 1,9414 Mohiliário -0.38 -0.49 NA 4,7865 Panel e nanelão 0.58 0.88 34.54 2,2808 Borracha -0.28 -0.37 48.44 0,7533 Couros e neles -1.32 -1.75 NA 0,9031 Ouímica 0.77 0.82 18.60 16,8230 Farmacêutica -2.18 -1.77 21.60 - Perfumaria. sahões e -5.61 -5.26 70.60 1,2089 Produtos de matérias 0.25 0.42 64.70 5,1404 Têxtil -0.33 -0.08 65.58 38,1389 Vestuários. calcados e 0.49 0.74 77.14 15,0363 Produtos alimentares -0.53 -0.45 37.85 30,4200 Bebidas -2.81 -2.76 76.03 3,8345 Fumo 1.78 1.39 82.270 - Editorial e ~áfica 1.43 1.68 NA 0,5541 0.78 0.66 NA 2,2558 ANEXO 7 110~------------------------------------~--~ 100+-.-~~----------------------------------~ 90+-----------~~--~----~~--~--_.~------~ 80+---------------------~--------------------~ 70+---.---.---.---.----r---r---r---r--~--~--~ 85' 86' 87' 88' 89' 90' 91' 92' 93' 94' 95' I-+-PTFh I Produtividade Total dos Fatores( Média da Indústria de Transformação Nordestina, 1985-1995) '"APENDICE ."'" AI. Cálculo da série temporal de estoque de capital ( Perpetual inventory method) Pela lei de movimento de capital: (1) onde K, é o estoque de capital no ano t, It o investimento no ano t eo a taxa de depreciação do capital. Logo, de posse de Ko e da série de investimentos, obtêm-se toda a série de capital a partir da equação AI. Ko é dado por Ko = I -1 + 1_2 (1 - a) + I -3 (1 - ai + 1-4 (1 - a)3+ (2) o investimento por sua vezsegue a seguinte igualdade: I t = I t - 1 (1+g) (3) Onde g é a taxa média de crescimento do investimento no período 1976-1995. Tomando todos os valores da série I -t (t = 1,2,3,4, .....) em função de 10 a partir da equação (A3) e substituindo em A2, deduz-se que Ko=Io/(a+g) (4) Al. Teste de heterocedasticidade de White Seja, por exemplo, a seguinte regressão a ser estimada: (5) No método dos mínimos quadrados supõe-se que a variância do erro aleatório (ei) é constante, ou seja : V(ej) = a 2 para i = 1,2,3 N Onde N é tamanho da amostra utilizada para realizar a regressão e a um valor constante. Esta propriedade é também chamada homocedasticidade do erro aleatório. A violação desta hipótese, conhecida como heterocedasticidade, gera propriedades indesejadas dos estimadores. Neste trabalho foi usado o teste de White (White, 1980) para detectar a eventual presença de heterocedasticidade. Neste teste, a hipótese nula consiste na presença de homocedasticidade contra a hipótese alternativa da presença de heterocedasticidade. A estatística teste é computada através de uma regressão auxiliar, tendo como variável dependente o quadrado dos resíduos das estimação original e, como variáveis independentes, todos os possíveis termos cruzados dos regressores da regressão original. Tomando a regressão (AS) como exemplo a regressão auxiliar seria: (6) Obs*R2 é a estatística teste de White , computada pelo número de observações da amostra vezes o R2 da regressão auxiliar. A estatística teste de White é distribuída assintoticamente como uma X: com o número de graus de liberdade igual ao número de coeficientes menos a constante na regressão auxiliar.
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