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Terapêutica do Sistema Nervoso Anatomia Na região do lobo cerebral existem doze pares de nervos cranianos que partem do tronco cerebral. O oitavo, chamado vestíbulo coclear tem uma ramificação na orelha média interna, região responsável pelo equilíbrio. Disfunções nessa região incluem labirintite, uma vez que o Sistema Vestibular é importante para o equilíbrio, orientação da cabeça e espaço espacial. A medula é dividida em 4 partes C1-C5: região cervical C6-T2: região cervico-torácica, localizado o neurônio motor inferior do membro torácico T3-L3: região toracolombar L4-S: região lombo-sacra, localizado o neurônio motor inferior pélvico Sistema nervoso periférico Para movimentação ser possível, deve haver uma comunicação dos nervos com o órgão efetor feita pelo sistema nervoso periférico, que emerge da região cervico-torácica para movimento de membros torácicos. Essa conexão para membros pélvicos ocorre na região lombo-sacra (nervo ciático, por exemplo). Onde termina o nervo e se inicia o musculo, há a junção neuromuscular, onde também ocorre a liberação de acetilcolina e demais reações. Convulsão A convulsão é uma disfunção da região cortical do SNC. Isto é, quando há uma disfunção cerebral ocorre alguns sinais clínicos, como por exemplo a convulsão, e essa disfunção pode ser acometida por lesões extracranianas ou intracranianas. Alteração Comportamental Alguns animais podem ter alterações comportamentais relacionadas ao sistema límbico, em que apresenta disfunções que indicam a perda do intelecto. Tipos de alteração comportamental Agressividade: sistema límbico Vocalização: é uma disfunção neurológica, não é associada com a dor Convulsão Andar compulsivo: disfunção cerebral. Quando há uma disfunção apenas de um lado do córtex, o animal fica andando em círculos compulsivamente. Córtex Occipital O lobo occipital possui relação com a visão e lesões nessa região podem levar a quadros de cegueira. Cerebelo O cerebelo coordena o movimento, então se o animal tem uma disfunção cerebelar, o paciente tem problemas de coordenação (ataxia). Tronco Cerebral Em afecções no tronco cerebral é muito comum ter disfunção nos nervos cranianos, pois grande parte deles emergem do tronco cerebral. SARA (sistema de ativação reticular ascendente) Estrutura presente no tronco cerebral e no mesencéfalo que mantém o animal alerta. Quando há uma lesão no SARA, é possível que o animal tenha uma depressão no seu nível de consciência ficando mais deprimido. Graus de consciência: ↪Alerta: normal ↪Estupor: animal em estado inconsciente, mas com estímulo doloroso ele desperta ↪Coma: maior grau de depressão da consciência, midríase não responsável a luz (somente tem a inervação simpática, e a falta da parassimpática, logo não tem miose). Causada por edema cerebral, trauma craniano Mesencéfalo Terceiro par de nervo craniano é o oculomotor, tem a finalidade de carrear a inervação parassimpática para o olho. Lesões nesse nervo fazem com que ocorram predominância das fibras simpáticas, promovendo midríase não responsiva a luz. Típica lesão mesocefálica. Sistema Nervoso Motor Anatomia e fisiologia A unidade funcional do Sistema Nervoso é o neurônio, o qual contêm corpo celular e axônio. A substância branca possui o axônio revestido por mielina, enquanto a substância cinzenta possui o corpo celular. O Sistema Nervoso Motor (SNM) é composto por neurônio motor superior e neurônio motor inferior, sendo que o neurônio motor superior tem o axônio em volta do corpo celular do neurônio motor inferior. Neurônio motor superior: seu corpo celular está no SNC e o seu axônio não sai do SNC. Modula atividade do neurônio motor inferior, é como se fosse um freio Neurônio motor inferior (nervo periférico): seu corpo celular está no SNC (localizado na substância cinzenta lombo-sacra) e seu axônio sai do SNC e vai inervar o órgão efetor. Movimento voluntario O animal decide realizar uma movimentação → a informação é processada no corpo celular do neurônio motor superior → desce pelo seu axônio → passa para o corpo celular do neurônio motor inferior → passa para seus axônios → age no órgão efetor. Arco-reflexo É uma resposta involuntária e simples que independe do neurônio motor superior. Estímulo doloroso no membro → a informação sobe pelo axônio do neurônio motor inferior → chega ao corpo celular do neurônio motor inferior → retorna ao axônio do neurônio motor inferior retirando o membro do estímulo doloroso. Lesões Síndrome Cervical: em caso de lesão na região cervical afeta o neurônio motor superior que não consegue atingir os membros, logo, o animal possui paralisia nos 4 membros. Sabendo como está o tônus do animal e o reflexo dele, dá para saber se é uma síndrome cervical. Reflexo: hipereflexia nos dois, uma vez que o neurônio motor superior é quem modula o inferior, como não tem essa influência inibitória ele tem um reflexo mais exagerado que o normal Tônus: tônus espástico nos dois membros. Lesão cervico-torácica: a informação não passa para os dois membros devido ao bloqueio no neurônio motor superior, assim o animal possui paralisia dos 4 membros. Reflexo: não tem reflexo no membro torácico e membro pélvico com hiperreflexia Tônus: membro torácico está com tônus muscular flácido e membro pélvico está espástico. Lesão toracolombar: muito comum em hernia de disco. O animal possui movimentação do membro torácico e não do membro pélvico. Reflexo: membro pélvico com hiperreflexia Tônus: membro pélvico espástico Lesão lombo-sacra: não movimenta o membro pélvico, somente o torácico. Reflexo: hipotonicidade muscular (reflexo reduzido) Tônus: flácido Lesão no tronco cerebral: sinais similares a lesão na região cervical. O animal perde influência inibitória nos membros e não possui movimentação no membro pélvico e torácico. Reflexo: hiperreflexia no membro torácico e pélvico Tônus: membro pélvico e torácico espástico Diferença de lesão de tronco cerebral e lesão cervical: no tronco cerebral tem o SARA, ou seja, tem alterações nos nervos cranianos podendo observar um animal com alterações no nível de consciência. Por outro lado, o animal com lesão cervical está consciente e alerta. Diferencial das lesões: doenças neuromusculares Botulismo: problema na junção neuromuscular em que bloqueia a sinapse, então o animal para de movimentar os 4 membros, flacidez dos 4 membros e arreflexia dos 4 membros. Diferencial da lesão tronco cerebral. Consequências das Lesões Atrofia neurogênica Em pouco tempo causa atrofia do musculo que está paralisado. A rapidez da atrofia no membro torácico é maior que a atrofia no membro pélvico. Estímulo de dor O animal sente a dor somente quando a informação vai para o neurônio superior e chega ao córtex, essa informação viaja pelo trato da dor profunda na medula e causa a percepção da dor. Enquanto isso ele tem o seu arco reflexo. A perda da dor profunda por mais de 72h indica prognóstico de recuperação ruim, pois significa uma lesão extensa que aboliu a dor profunda. Exemplo: em caso de lesão na região toracolombar, ao apertar o membro pélvico o animal tem uma resposta reflexa de puxar o membro, mas ele não tem percepção da dor devido ao bloqueio do caminho até o neurônio motor superior que chega ao córtex.
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