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VULVOVAGINITES 1)INTRODUÇÃO -São os processos infecciosos que acometem vulva e vagina e ectocérvice. -A secreção vaginal fisiológica é composta por resíduo vaginal, por restos celulares e microrganismos. É de cor branca ou transparente e consistência flocular, mais viscosa e líquida, homogêneo e inodoro, com pH ácido (4 a 4,5) e volume variável. Geralmente se localiza no fundo da vagina (fórnice posterior) pela própria anatomia feminina. A microbiota vaginal normal é composta 90% por lactobacilos (aeróbios), responsáveis pelo pH ácido que inibe o crescimento de bactérias patogênicas. Essas bactérias também podem ser chamadas bacilos de Döderlein. -Doenças vaginites e vaginoses mais comuns: candidíase (Candida albicans), tricomoníase (Trichomonas vaginalis), vaginose bacteriana (Gardnerella vaginalis, Bacteroides sp. e outros, é a que mais ocorre pois tem maior relação com desequilíbrio da flora normal do que contaminação, uma vez que são micróbios normais da região que só aumentaram de quantidade). 2)TRICOMONÍASE -O agente é um protozoário aeróbico flagelado que possui os seres humanos como os únicos hospedeiros conhecidos – os homens geralmente são portadores assintomáticos e se comportam como vetores. -É uma IST, tornando obrigatório o tratamento do parceiro sexual, existe alta possibilidade de coinfecção com outras ISTs, especialmente HIV e sífilis, causa de baixo peso em bebês, pode estar associado a partos prematuros pela ruptura anteparto de membranas ovulares (RAMO), predispõe mulheres a DIP atípica, câncer cervical e infertilidade. -Algumas vezes desenvolvem um quadro de uretrite não gonocócica. As mulheres em sua maioria são sintomáticas, contudo, podem permanecer assintomáticas, por exemplo quando estão na menopausa. -Tem quadro clínico composto por: • Presença de corrimento: 35% dos casos, normalmente abundante, amarelo ou amarelo-esverdeado mais comum, fétido e bolhoso. • pH se mantém >5 em 70% dos casos. • Sinais inflamatórios da vagina intensos: ardência, coceira, irritação e dor pélvica, hiperemia e edema. • Sintomas se intensificam após menstruação • Teste de Schiller ¨em pele de onça¨ -Exame físico: colpite focal (aspecto de framboesa ou tigróide – é patognomônico), dor suprapúbica, aspecto bolhoso e purulento da secreção em grande quantidade, hiperemia e edema dos grandes e pequenos lábios da vagina. -O diagnóstico é baseado na anamnese + exame físico + preventivo + pH básico + teste de Whiff/das aminas (mais fraco que na vaginose). -Tratamento deve ser sistêmico, pois o tratamento tópico não atinge níveis terapêuticos nas glândulas vaginais e na uretra. Regime recomendado: metronizadol 2g VO dose única ou Tinidazol 2g VO dose única ou tratamento prolongado por 7 dias de 12/12h. Outra opção é o secnidazol 2g VO dose única – todos podem ser usados na gestação. Pode indicar o creme vaginal quando estiver muito hiperemiado, mas não sozinho. -Recomendar os pacientes a manter abstinência alcoólica pra não ocorrer efeito antabuse/efeito dissulfiram-like (mal estar, náuseas, tonturas e saber metálico na boca). -Manejo dos parceiros e a abstinência sexual são obrigatórios durante o tratamento. Acompanhamento de rotina somente para pacientes com múltiplas recorrências. Tratamento idêntico para parceiro. -Complicações na gravidez: rotura prematura de membranas ovulares, parto prematuro, baixo peso ao nascer e infecção puerperal. 3)VAGINOSE BACTERIANA -É a vulvovaginite mais frequente, decorre de um desequilíbrio da flora vaginal normal com redução de lactobacilos e aumento de 100 a 1000 vezes na concentração de bactérias anaeróbias, principalmente a Gardnerella vaginalis. NÃO é considerada IST, essa modificação ocorre em situações que há aumento do pH vaginal >4,5. Corresponde a 40-50% das infecções vaginais; incide em aprox. 46% das mulheres em idade reprodutiva. -Ocorre com mais frequência em mulheres com vida sexual ativa (sêmen e lubrificante íntimo tornam o meio mais alcalino), porem pode acometer de forma esporádica crianças e mulheres celibatárias. afeta de 10 a 30% das gestantes e 10% das mulheres atendidas na AB. Fatores predisponentes: múltiplos e novos parceiros, suo de duchas vaginais, tabagismo, não utilização de condom, sexo oral frequente, antibiótico forte, corticoide, diabetes descompensada, pós- menopausa (baixa quantidade de estrogênio diminui fluido vaginal e aumenta pH). -Cerca de metade das mulheres são assintomáticas, contudo, o quadro clínico tem como característica mais marcante o odor de peixe podre que se agrava durante a menstruação e durante o coito (devido putrescina e cadaverina liberados pelo metabolismo anaeróbio), outras características: pH mais alcalino, corrimento vaginal fluido, homogêneo, as vezes com microbolhas, branco-acinzentado (mais comum) ou amarelado (raro), normalmente em pequena quantidade e não aderente nas paredes vaginais. Em regra, a vagina não se encontra eritematosa, e o exame do colo uterino não apresenta anormalidades. -Diagnóstico: critérios de Amsel (3 dos 4): 1. Leucorreia branco acinzentado, homogêneo, fino, aderente as paredes vaginais e ao colo. 2. pH vaginal > 4,5 3. Teste de aminas positivo – teste de odor da secreção vaginal. Adiciona 1 ou 2 gotas de solução de hidróxido de potássio a 10% nas leucorreias colhidas no fundo-de-saco vaginal e depositadas em uma lâmina. O aparecimento imediato de um odor desagradável de peixe em putrificação, causado pela volatização das bases aminadas, é característico das vaginoses. 4. Visualização de céls-guia (clue cell) no exame microscópico a fresco da secreção vaginal -Tratamento com medidas gerais de higiene e prevenção (evitar ducha, sabonetes íntimos, uso de preservativo), recomendadas a todas as pacientes com diagnostico de vulvovaginites, especialmente de repetição. Além disso, preconiza-se o uso de creme vaginal metronidazol gel 0,75% por 7 dias à noite ou VO, ou clindamicina creme 2% por 7 dias. Para gestantes, é preferível metronidazol em gel. -Em caso de recorrência, pode-se indicar probióticos com lactobacilos externos, como ginoflorax, para reestabelecer o pH vaginal. Além disso, deve ser feito o tratamento do parceiro nesses casos. *Oral – metronidazol oral 7 dias (500mh 12/12h). -Tratamento na gestação mesmo nas assintomáticas, uma vez que a infecção está associada ao trabalho de parto prematuro, ruptura prematura de membranas, aos maiores índices de endometrite e a celulite pós- parto e cesarianas. Metronidazol é categoria B. -As pacientes com vaginose bacteriana estão sob maior risco de DIP, infecções pós-operatórias da cúpula vaginal após histerectomia, DIP pós- abortamento e citologia cervical anormal. 4)CANDIDÍASE VAGINAL -Infecção da vulva e vagina causada por um fungo comensal chamado Candida albicans que habita a flora vaginal controlado por sua acidez, até que ocorre um desequilíbrio entre os fungos e a imunidade da paciente. -Estima-se que cerca de 75% das mulheres tenham pelo menos 1 episódio durante a vida, sendo a 2ª causa mais comum de corrimento vaginal. -Fatores de risco: diminuição da imunidade (gravidez, DM descompensado, obesidade, uso de contraceptivos orais de altas dosagens, uso de antibióticos, corticoides ou imunossupressores), hábitos de higiene e vestuário inadequado (diminuem ventilação e aumentam umidade e o calor local), obesidade, estresse e outros. -Quadro clínico: depende do grau de infecção e da localização do tecido inflamado. Início do quadro é súbito e tende a se manifestar ou se exacerbar na semana antes da menstruação, devido máxima concentração de esteroides e glicogênio para ser convertido em ácido lático. Conta com: • Prurido vaginal • Corrimento branco, grumoso, aspecto de leite coalhado, inodoro e aderido a mucosa. • Sintomas irritativos hiperemiada, edemaciada se a vagina for inflamada; disúria se for auretra e etc. -Diagnóstico: na maioria dos casos, o quadro clínico e o exame a fresco (microscopia c/ visualização dos filamentos do fungo) são suficientes, na vigência de CVV recorrente ou de resistência ao tratamento, a realização de cultura pode ser útil para avaliar a presença de espécies não-albicans. -Consideramos candidíase vaginal recorrente como quatro ou mais episódios sintomáticos no último ano, sendo necessária a investigação de fatores de risco. -Tratamento: fluconazol 150mg VO dose única e, em alguns casos, associa-se com o creme vaginal por 7 dias para tratar a irritação local. Outras opções: miconazol creme 2% por 7 dias, cetoconazol VO (+ em repetição). Profilático: antifúngico oral em dose baixa por 4-6 meses, como fluconazol 150mg por semana por 3 meses VO. -Gestantes apenas creme ou geleia vaginal de miconazol ou clotrimazol. Se for oral, causa teratogenicidade. ISTS 1)INTRODUÇÃO -São doenças de transmissão sexual, com alto risco de disseminação, que causam inúmeros danos à saúde, como DIP, infertilidade, lesões fetais, câncer e transmissão do HIV. Podem ser somente transmitidas pela via sexual ou ter outras formas também, divide: • Doenças essencialmente transmitidas por contagio sexual: sífilis, gonorreia, cancro mole e linfogranuloma venéreo. • Doenças frequentemente transmitidas por contágio sexual: donovanose, herpes simples genital, condiloma acuminado, candidíase genital, hepatite B, AIDS e outro. • Doenças eventualmente transmitidas por contágio sexual: amebíase, escabiose e etc. -A incidência está crescendo nos últimos anos, pois pessoas e baixas condições socioeconômicas não tem acesso à educação sexual em saúde e usam menos camisinhas e são mais ativos sexualmente, em parte se deve a deficiente atuação dos serviços de saúde e o despreparo dos profissionais em promover essa educação. 2)SÍFILIS -É uma doença pandêmica, transmitida pelo Treponema pallidum, pode ser adquirida por via sexual ou congênita (gestante se contamina e passa ao bebê), o acometimento depende da sua evolução, tem 3 formas: • Primária: resposta local da penetração, com formação de lesão ulcerada única chamada cancro duro/protossinfiloma, rósea brilhante, limpa, indolor, no ponto de inoculação, após período de inoculação de 10-21 dias, sem fenômenos inflamatórios, bordas elevadas e duras (pode ter localização fora do alcance da visão). Pode ser acompanhada de adenopatia inguinal. Tende a cura espontânea, sem cicatrizes. • Secundária: máculas, pápulas e lesões chamadas de roséolas, palmo-plantares são patognomônicas (nas mãos é mais comum), + alopecia areata/em clareira + micropoliadenopatia + mialgia + neurite periférica + leve esplenomegalia + queda do EG, surge 6 semanas a 6 meses após lesão primária como resultado da disseminação linfática e hematogênica. Pode ter lesões nas mucosas ou na genitália, chamada de condiloma plano ou lata. • Terciária: infecção no SNC depois de muitos anos de latência, com forma cutânea (nódulos, gomas e eritema), cardiovascular (aortrite, insuficiência aórtica, aneurismas, estenose do óstio coronariano) e neurológica (tabes dorsalis). -Forma congênita ocorre por contaminação a partir da 8ª semana de gestação, gera abortamento tardio, morte intra-útero, HEM, anormalidades ósseas, baixo peso, pneumonia, paralisia dos membros ou anormalidades do SNC. -A doença caracteriza-se por longos períodos de silêncio clínico e pela capacidade de atingir múltiplos sistemas orgânicos. Além disso, apresenta evolução crônica, sujeita a surtos de agudização e períodos de latência. -Diagnóstico: pesquisa de T. pallidum (campo escuro, coloração pelo Giemsa, punção dos linfonodos) + reações não treponêmicas (VDRL, diferencia a 2ª com problema de pele, titulação acima de 1:8 indica +) + reações treponêmicas (mais especifico, em caso de titulação 1:2, o FTA-ABS IgM) + exame do LCR + sífilis congênita. -Tratamento: na 1ª ou 2ª, usa-se penicilina benzatina 2.400.000 UI IM em dose única OU doxiciclina 100mg VO 12/12h por 14 dias OU ceftriaxone 250mg/dia IM por 10 dias. Se for 3ª, usa penicilina benzatina 2.400.000 UI IM semanal por 3sem (faz assim na gravidez ou ceftriaxona!) OU doxiciclina 100mg VO 12/12h por 28 dias – mais elevado para atravessar a BHE. *ceftriaxona e doxiciclina em quem tem reação alérgica a penicilina, pois não curam 100% dos pct. 3)GONORREIA (BLENORRAGIA) -Causada pela Neisseira Gonorhoeae, tem desenv. de sintomas rápido, média de 2-10 dias de incubação, -No homem, se manifesta com corrimento uretral esverdeado (pus) e na mulher com esse corrimento na endocérvice associado à uretrite, cervicite, ardência vaginal, dispareunia, prurido, disúria e na maioria das vezes um sangramento uretral. Pode proceder com complicações como bartholinite e DIP nas mulheres, e balanopostite, prostatite, litrites etc. nos homens. Contudo, cerca de 60-80% das mulheres são assintomáticas. Na gravidez, pode causar prematuridade e abortamento. -Diagnóstico pelo exame bacterioscópico com coloração GRAM da secreção (diplococos G-) e cultura (ágar de Thayer-Martin ou New York City) -Tratamento com ceftriaxona 500mg IM dose única, alérgicos usam quinolonas (como ciprofloxacino, nunca em gestante). MS recomenda associação com azitromicina 1g VO em dose única por persistência da infecção em alguns casos e coinfecção por clamídia. -Em caso de faringite gonorreica usa ceftriaxone 250mg IM DU. Na forma disseminada, ceftriaxone 1g/dia IM ou EV por 7-10 dias. Obs.: artrite gonocócica. 4)CLAMÍDIA -Causada pela Chlamydia trachomatis, seu risco é semelhante a do gonacoco de causar DIP, esterilidade, gravidez ectópica, abscesso ovariano, dor pélvica crônica e etc. Localiza-se no colo, trompas. -Pode causar cervicite não purulenta com corrimento de líquido claro + sangramento + hiperemia, uretrite gerando disúria + irritação ao urinar + incontinência, endometrite, DIP, proctite e síndrome oculogenital. -Diagnóstico pela coleta do liquido cervical com SWAB, PCR, urocultura de qual bactéria está presente. -Tratamento com doxiciclina 100mg VO 12/12h por 7 dias. Outras alternativas: azitromicina, ofloxacina, tianfenicol e eritromicina. 5)LINFOGRANULOMA INGUINAL -Também causado pela Chlamydia trachomatis, pelos sorotipos L1, L2 e L3, pode ser chamado de doença de Nicolas-Favre, bulbão climático ou linfogranuloma venéreo. Tem incubação de 4-21 dias. -Caracterizado por pequenas erosões, pápulas ou ulceras no local da inoculação, principalmente na face interna dos pequenos lábios + acometimento dos linfonodos inguinais unilaterais + formação de abscessos purulentos + fistulização e eliminação de material purulento + algumas inflamações e vegetações polipoides e elefantíase. -Tem 3 estágios -Diagnóstico pelo teste de Frei, teste de microimunofluorescêncio ou reação de fixação do complemento. -Tratamento com doxiciclina 100mg VO 12/12h por 21 dias, por ser um quadro mais exuberante e sistêmico. Para gestante: azitromicina 500mg 2cp VO por semana por 21 dias. Tratamento pode ser prolongado se a sintomatologia persistir. 6)CANCRO MOLE -Causado pelo Haemophilus ducreyi, é mais frequente em homens, de evolução aguda com período de incubação de 2-5 dias. Também conhecido como cancroide, cancro venéreo simples ou cavalo. -Apresenta-se como uma lesão ulcerada de base mole, rasa, com bordas irregulares, envolta por halo eritematoso e recoberta por muito exsudato necrótico e purulento. As lesões são dolorosas e com odor fétido. Lesões são múltiplas e com apresentação variada. Quando afeta mulheres, é mais comum nos lábios, vulva e introito – contato direto com bactéria. Tem enfartamento ganglionar (bulbão) em 75% dos casos. -Diagnóstico clínico, achado laboratorial é difícil, pois cultura é de difícil execução, mas tem a opção de GRAM ou GIEMSA de material das ulceras ou aspiradodo bulbão – disposição em cardume de peixe. -Tratamento com ceftriaxona 250mg IM dose única OU eritromicina estearato 500mg VO 6/6h de 7 a 10 dias. Trata mulheres assintomáticas. Em gestantes, azitromicina 1g VO dose única. *Diferenças do cancro duro da sífilis: não é bem redondinha, é irregular pois vai destruindo os tecidos, forma muita secreção, muita dor e é mole. *Diagnóstico diferencial em lesões muito grandes: FOURNIER ou LEISHMANIOSE TEGUMENTAR. Diferencia por biópsia, pois muda o tratamento. 7)DONOVANOSE -Causado pelo Donovania granulomatis, também é chamado de granuloma inguinal/venéreo/tropical ou esclerosante. Tem período de incubação 3d-6sem, com evolução crônica e lenta, mais comum em homens de baixo nível socioeconômico de regiões tropicais. -Quadro caracterizado por lesões cutâneas e mucosas, inicialmente indolores, que pode alcançar grandes áreas e causar deformidades, em geral na genitália, ânus, períneo e região inguinal. Sintomas gerais, localização extragenital e adenopatia são raros. -Diagnóstico essencialmente clínico, mas pode-se fazer esfregaços ou biópsia ou reação de fixação do complemento. -Tratamento igual do linfogranuloma inguinal, mas como alternativas tem tetraciclina, sulfametoxazol- trimetoprim, cloranfenicol e gentamicina e a opção de tratamento cirúrgico de desbridamento por grandes áreas de necrose. *Se tiver uma lesão na região inguinal e duvida entre donovanose e cancro mole, prescreve ceftriaxona e doxiciclina para tratar as 2 possibilidades. 8)HERPES SIMPLES -Causado pelo vírus herpes-simples (HSV) tipo 2, de incidência crescente. Incubação de 7 dias. -Quadro com lesões vesico-bolhosas, eritematosas, muito prurido, ardor, edema e dor após eclodir as bolhas em 4-5 dias, formando úlceras posteriormente recobertas por crostas sero-hemáticas, inicia com as vesículas agrupadas com conteúdo claro – é comum a coexistência dos 3 estágios. Ademais, linfoadenopatia em 75% dos casos. Na fase prodrômica, ocorrem aumento de sensibilidade, formigamento, mialgias, ardência ou prurido antecedendo o aparecimento das lesões. -Primoinfecção dura 10-20 dias, mas tem alta incidência de reinfecção (menos grave) – fatores desencadeantes são estresse, traumas físicos, infecções e imunodeficiência. -Diagnóstico pelo Papanicolau (céls gigantes multinucleadas) ou confirmação por cultura seguida de tipagem viral de material das vesículas. -Tratamento com limpeza + permanganato de potássio + creme de aciclovir + antiviral oral para diminuir a reagudização e o tempo de evolução da doença, pode ser o aciclovir oral, 200mg 4/4h por 7- 10 dias, ou ganciclovir ou valaciclovir 1g VO 12/12h. Para recorrência, iniciar o tratamento já nos pródomos. -Parto cesárea em gestantes com lesões ativas na região vaginal + uso de aciclovir durante a gestação. 9)HPV (CONDILOMA ACUMINADO) -Também chamado de crista de galo pelas lesões vegetantes causadas, são muito vascularizadas, logo, o tratamento é com ácido ou cauterização com bisturi elétrico, CO2 ou nitrogênio líquido. -Existem mais de 70 subtipos de grupo de vírus que causa o HPV. Muito relacionado com o CA de colo uterino (presente em mais de 90% das lesões cancerígenas de colo), sendo mais comum em mulheres sexualmente ativas, com maior no de parceiros. -Forma clínica: condiloma acuminado -Diagnóstico com papanicolau (coilocitose), colposcopia para orientar biopsia, detecção do vírus pela captura hibrida. -Não tem tratamento certo.