Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RAIVA No ano de 2021, foram registrados no Brasil 661 casos de raiva, destes 642 em ruminantes. De acordo com os registros, 109 casos (17%) ocorreram em São Paulo, seguido por 92 (14,3%) em Minas Gerais e 65 (10,1%) no Paraná. Os demais estados apresentaram menos de 10% de casos. A vacinação contra raiva bovina é feita em regiões onde existem colônias permanentes de morcegos hematófagos (sugadores de sangue). A vacinação se torna obrigatória em 100% dos animais quando aparecem focos esporádicos da doença, em certas regiões. As atividades de controle da raiva em herbívoros são coordenadas e supervisionadas pelo Mapa e executadas pelos Órgão Estaduais de Defesa Sanitária Animal. Caso um herbívoro apresente sinais neurológicos, o Mapa orienta que o produtor entre em contato com o Órgão de Defesa Sanitária Animal de seu estado para notificar a suspeita e, assim, propiciar as ações de controle e vigilância da doença. A aplicação da vacina é anual e todo o rebanho deve ser vacinado, independente da idade. O esquema recomendado é de duas doses iniciais, com intervalo de 30 dias e revacinação anual de todos os animais. A vacinação dos bovinos deve ser associada à imunização dos demais animais existentes na propriedade, tais como cães, gatos, equídeos, suínos, caprinos e ovinos. Raivacel Multi Composição: Vírus fixo Pasteur inativado pelo BEI e produzido em cultivo celular. Indicação: Profilaxia da raiva dos bovinos, ovinos, caprinos e equinos. Dosagem: 2 mL Esquema de vacinação: Animais primovacinados deverão ser revacinados 30 dias após a 1ª vacinação. Profilático: vacinar os animais anualmente. Preventivo: a critério do Médico Veterinário. Via de Administração: Intramuscular ou subcutânea. Rabmune Descrição e indicações: Vacina para prevenção da raiva dos bovinos, equinos, ovinos e caprinos. Formulação: Suspensão do vírus rábico PV inativado. Apresentações comerciais: Frascos com 25 doses. Aplicar por via subcutânea a dose de 2 mL por animal. Em animais jovens a 1ª dose deve ser aplicada aos 3 meses de idade ou antes disso a critério do médico veterinário, repetindo-se outra dose 30 dias após. Em animais adultos sem histórico de vacinação contra a Raiva ou que nunca receberam a vacinação (animais de compra ou recém chegados em área de risco), aplicar uma dose imediatamente e repetir outra dose 30 dias após. Revacinações de 12 em 12 meses. O critério de vacinações poderá ser alterado segundo recomendação do Médico Veterinário ou programa oficial da autoridade sanitária. Revacinar após 30 dias. Revacinação anual. Período de carência Leite: ZERO Abate: ZERO Cuidados que devem ser observados: Instruções de uso: Manter sob refrigeração (entre 2°C e 8°C). AGITAR ANTES DE USAR. Não vacinar animais doentes, debilitados ou sob estresse extremo. Desinfetar o local antes da aplicação. Usar seringas e agulhas estéreis. Manter fora do alcance de crianças e animais domésticos. Verificar o prazo de validade do produto. Não vacinar animais enfermos, subnutridos, parasitados ou sob condições de estresse. Uso concomitante com substâncias anti-inflamatórias poderá interferir no desenvolvimento e manutenção da resposta imune após a vacinação. Excepcionalmente, como qualquer produto biológico, a vacina poderá causar uma reação de hipersensibilidade. Nesse caso, administrar sulfato de atropina. A presença de sulfato de alumínio pode causar o aparecimento de um pequeno nódulo transitório no local da injeção. Slide 6 No Brasil, não existem testes oficiais para avaliar se determinada vacina produziu soro- conversão em bovinos, em condições de campo. Os testes limitam-se em aprovar ou desaprovar as vacinas com base em ensaios de laboratório. Um indivíduo para ser considerado imunizado precisa obter títulos de anticorpos = 0,5 Unidades Internacionais por mL (UI/mL), e se o título estiver abaixo, haverá necessidade da aplicação de uma dose de vacina como reforço. Esse artigo de 2005 compara 5 diferentes protocolos vacinais utilizando grupos de animais separadas e a mesma vacina e dose: Os animais do grupo A receberam apenas uma dose de vacina no dia 0, contendo volume de 2 mL, aplicada com seringa previamente graduada. No grupo B, os animais também receberam o mesmo tratamento, porém 30 dias após a primeira vacinação, receberam uma dose de reforço (booster). Os animais do grupo C foram vacinados no dia 0 e a dose de reforço foi aplicada 180 dias após. Quanto ao grupo D, além da dose do dia zero, os bovinos receberam mais duas doses de reforço, sendo uma no dia 30 e outra no dia 60. Os animais do grupo E receberam uma dose no dia 0 como todos os outros, porém, as duas doses de reforço foram aplicadas nos 30 e 180 dias, após a primeira vacinação. Com base nesses resultados, o esquema E, que empregou uma dose no dia 0, sendo o primeiro reforço no dia 30 e o segundo no dia 180, foi mais eficiente que os demais, corroborando com a indicação do programa de controle da raiva dos herbívoros para o Estado de São Paulo, que recomenda revacinações semestrais para áreas consideradas. BRUCELOSE No período avaliado foram registrados 164 casos da enfermidade, sendo 21 casos em 2020 e 143 casos em 2021, distribuídos em sete dos nove estados da região Nordeste, com maior ocorrência em Sergipe (43,29%) e no Maranhão (34,76%). Em dois estados não houve registro da Brucelose Bovina nesse período, Alagoas e Piauí. Vale destacar o aumento substancial de casos do ano de 2020 para o ano 2021, quando os registros eram de 21 casos e passaram para 143. Esse aumento de casos deve servir de alerta para os órgãos de Defesa Sanitária, sendo necessário a adoção de medidas sanitárias para prevenção e controle da doença na região. Em 2001, o MAPA criou o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose (PNCEBT) com o objetivo de promover o controle nos estados que tinham como meta diminuir os números de zoonoses. A proposta era e continua sendo caminhar para a erradicação. Existem dois tipos: a cepa B19 e a RB51 A B19 é empregada em bovinos e bubalinos fêmeas entre 3 e 8 meses de idade. Admite-se que fêmeas vacinadas com a vacina B19 na idade correta estarão protegidas por um período de sete anos após a vacinação. A RB51 é utilizada apenas em fêmeas bovinas. Tem seu uso: Obrigatório quando a bezerra não recebeu a vacina B19 até os 8 meses; Facultativo nas fêmeas acima de 8 meses de idade que receberam a vacina B19; e Também em substituição à B19 em fêmeas entre 3 e 8 meses de idade. B19 Formulação: contém Brucella abortus Amostra B-19 liofilizada. Indicação: profilaxia da Brucelose bovina. Dosagem: a dose recomendada é de 2 mL. Apresentação: pó + diluente Os animais vacinados apresentam reação positiva à soro-aglutinação, a qual permanece por 90 a 120 dias e às vezes mais. Os frascos e sobras de vacina devem ser queimados ou enterrados profundamente. B51 RB-51® é uma vacina viva atenuada, liofilizada, contendo cultivo vivo de Brucella abortus, cepa RB-51. Esta é uma cepa mutante natural atenuada, de baixa patogenicidade e baixo efeito abortivo, proporcionando uma vacina segura e eficaz. Os soros de animais vacinados com a cepa RB-51 não demonstram reação positiva nas provas diagnósticas convencionais para brucelose, evitando assim os falsos positivos. Dose de 2 mL por via subcutânea. Também possui manipulação perigosa Período de carência: não abater os animais vacinados para consumo humano antes de decorridas 3 semanas da aplicação do produto. Período de carência: Não abater os animais vacinados para consumo humano antes de decorridas 3 semanas da aplicação do produto. QUEM REALIZA? O médico veterinário cadastrado pelo serviço veterinário estadual (EMDAGRO), o qual possui a responsabilidade técnica da vacinação. Este poderá incluir em seu cadastro vacinadores auxiliares, permanecendo suaa responsabilidade técnica pela vacinação. O Serviço Veterinário Oficial, onde não houver médicos veterinários cadastrados ou em regiões onde eles não atendam plenamente a demanda. PARA O MÉDICO VETERINÁRIO SE CADASTRAR: O(A) médico(a) veterinário(a) interessado(a) em atuar na vacinação contra brucelose bovina e bubalina no Estado de Sergipe, deverá enviar o email pncebt@emdagro.se.gov.br. O profissional deverá anexar as seguintes documentações: Cópia de carteira de identificação com foto e CPF; Cópia de certidão negativa do CRMV/SE. COMPROVAÇÃO DA VACINAÇÃO: É obrigação do proprietário comprovar a vacinação das bezerras ao serviço veterinário estadual, no mínimo, uma vez por semestre. Com o atual sistema informatizado (, a declaração será realizada pelo médico veterinário que realizou a vacinação. Vale ressaltar que o produtor que deixar de vacinar pagará multa no valor de R$ 5,32 por animal não vacinado e R$ 127,69 pela não declaração. Além disso, a ficha de movimentação do rebanho ficará bloqueada para a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) até a regularização. COMERCIALIZAÇÃO DA VACINA: Para comercialização de vacina da brucelose B19 ou RB51, a revenda agropecuária deverá estar cadastrada no SIAPEC 3. A venda deverá ser cadastrada no SIAPEC 3 e está condicionada à emissão de receita pelo médico veterinário cadastrado e gerada no próprio SIAPEC 3. É OBRIGATÓRIA a marcação das fêmeas vacinadas, utilizando-se ferro candente, no lado esquerda da cara, com um V, conforme figura a seguir, acompanhado do algarismo final do ano de vacinação. Ficam dispensadas desta marcação as fêmeas destinadas ao registro genealógico, quando devidamente identificadas, e fêmeas identificadas individualmente por meio de sistema aprovado pelo MAPA. Por que é obrigatória a marcação das fêmeas vacinadas com a B19? Porque é a maneira mais eficaz de comprovação da vacinação do animal e a única forma de identificarmos que esta fêmea somente deverá ser submetida a teste diagnóstico com Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) quando tiver mais de 24 meses de idade. Qual é o problema se não houver marcação? Além das sanções previstas na legislação estadual e federal, o animal em questão, por não ter marcação que comprove a vacinação, deverá ser submetido a teste diagnóstico de brucelose partir dos 8 meses de idade. Caso este animal seja reagente positivo (devido a reação vacinal) ele deverá ser eliminado. PRECAUÇÕES GERAIS Armazenar em geladeira em temperatura entre 2°C e 8°C. A exposição prolongada a temperaturas mais altas e/ou à luz solar direta pode afetar adversamente a potência. Não congelar. Usar todo o conteúdo do frasco depois de aberto Deverão ser utilizadas seringas e agulhas esterilizadas para administrar esta vacina. Não esterilizar com produtos químicos, pois traços de desinfetante podem inativar a vacina. Reações transitórias locais podem ser observadas no local da injeção. Incinerar os frascos e todo o conteúdo não utilizado. Como com qualquer outra vacina, anafilaxia pode ocorrer. Recomenda-se tratamento inicial com epinefrina, que deverá ser seguido de terapia de suporte apropriada. Este produto mostrou-se eficaz em animais sadios. Uma resposta imunológica protetora poderá não ser obtida se os animais estiverem persistentemente infectados ou incubando uma doença infecciosa, ou ainda mal nutridos ou parasitados, estressados por transporte ou condições ambientais, ou de outro modo imunocomprometidos, ou se a vacina não tiver sido administrada de acordo com as instruções da bula. A aplicação simultânea de produtos antiinflamatórios ou nos dias que antecedem a vacinação pode interferir com o desenvolvimento da imunidade da vacina. Manter fora do alcance de crianças e de animais domésticos. Devem ser empregadas as boas práticas de criação animal e de manejo de saúde de rebanhos.
Compartilhar